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MITOLOGIA GREGA E MITO DE ÉDIPO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÀ – UNESA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
ANA CAROLINE DIAS RANGEL 
 
 
 
 
 
 
 
A MITOLOGIA GREGA E O MITO DE ÉDIPO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
2016 
 
 
ANA CAROLINE DIAS RANGEL 
 
 
 
 
 
 
 
A MITOLOGIA GREGA E O MITO DE ÉDIPO. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá – UNESA como requisito de avaliação para a disciplina de Filosofia. Orientador: Prof. Dr. Emir Bosnic. 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
2016 
 
 
1. INTRODUÇÃO: 
Na antiguidade, os gregos cultuavam uma série de deuses (Zeus, Hera, Afrodite, etc.) e 
semideuses, acreditando que os mesmos tinham forma humana. Por isso, a religião deles era 
conhecida como politeísta antropomórfica. 
A distinção entre deuses e semideuses se dava através do fato de que os deuses eram 
imortais e provenientes da geração divina. Já os semideuses eram fruto da relação de um deus 
com uma mortal e não tinham a imortalidade. 
Um mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia. Édipo rei, que 
posteriormente, no século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos filhos para com 
os pais durante a infância. A história é seguinte: 
O mito de Édipo na mitologia grega deu-se quando Laio, rei da cidade de Tebas e 
casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos e, se esse 
mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com 
a mãe. 
O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do 
que havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela 
morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao no me Édipo, que significa 
pés inchados. O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a 
Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi até 
o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era matar o pai 
e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas. No meio do 
caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para passar. Édipo não 
atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo. 
Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. 
No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que 
atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. O 
enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, 
dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância) 
engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) 
precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se 
matou. 
 
O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como 
esposa. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que 
respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao 
longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se. 
2. JUSTIFICATIVA: 
No século XIX, Sigmund Freud fez uma reinterpretarão do mito de Édipo, 
denominada como o Complexo de Édipo. Segundo Freud, o Complexo de Édipo é um 
conjunto de desejos amorosos e hostis, que uma criança experimenta em relação aos seus pais. 
Em sua forma positiva, o complexo é semelhante à história do mito, ou seja, desejo da morte 
do rival que é a pessoa do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Em 
sua forma negativa, apresenta-se de forma inversa, ou seja, raiva do sexo oposto e amor pelo 
mesmo sexo. 
De acordo com o pensamento freudiano, o Complexo de Édipo é vivido entre os três e 
os cinco anos e desempenha um papel fundamental na estruturação da personalidade e na 
orientação do desejo humano. Ele ainda ressalta a influência do comportamento dos pais na 
vida da criança, despertando sentimentos opostos, de amor e ódio, direcionados para aqueles 
que lhe são mais próximos, os pais. Isto ocorre quando ela atravessa a fase fálica, durante a 
segunda infância, e se conscientiza da diversidade entre os sexos. Normalmente ela se sente 
atraída, então, pelo sexo oposto, escolhido no ambiente que lhe é próprio, o familiar. Este 
Complexo tem início quando o bebê, habituado a receber total atenção e proteção, ao atingir 
cerca de três anos de idade, passa a ser alvo de várias proibições que são para ele 
desconhecidas. Agora a criança já não pode fazer o que bem entende, porque já está 
‘crescidinha’, não pode mais compartilhar o tempo todo o leito dos pais, deve evitar andar nu 
à vontade, como antes, entre outras interdições. 
Quando a criança percebe que não é mais o centro do universo, e se dá conta das 
distinções entre ela e seus genitores, ela ingressa em uma das várias fases de passagem em sua 
vida, talvez a mais importante, porque definirá seu comportamento na idade adulta, 
principalmente o referente à sua vida sexual. Geralmente, a criança sente uma forte atração 
pelo sexo oposto – a menina pelo pai, o menino pela mãe – e hostiliza, ao mesmo tempo em 
que ama, seu adversário – no caso da garota, a figura materna; no do garoto, a imagem 
paterna -, sentimentos conflitantes que configuram o Complexo de Édipo. 
 
Se tudo se desenvolve normalmente, a tendência é a menina se identificar com a mãe, 
desenvolvendo assim atitudes femininas, enquanto o garoto passa a se basear no modelo 
masculino, herdado do pai. Porém, quando o temor de ficar sem a posse daquele que ela 
hostiliza for maior que tudo, pode ocorrer uma empatia com a pessoa do sexo oposto, gerando 
possivelmente no futuro atitudes homossexuais. 
O complexo de Édipo permite que o indivíduo, na infância, faça a transição da esfera 
dos instintos e dos impulsos para o universo cultural. Na hipótese da pessoa não conseguir 
realizar esta mudança fundamental na vida mental humana, ela pode entrar em um processo 
de inquietação psíquica extrema. Para que a criança possa reprimir sua libido – energia 
direcionada para toda forma de prazer, não só o sexual –, ela passa por um mecanismo 
simbólico de castração. 
Com medo de ser castrada, ela oculta seus sentimentos e os canaliza para o ingresso no 
âmbito social e na direção de parceiros que não se configuram para ela em um tabu. Assim, 
ela opta pelos valores da civilização e deixa para trás qualquer vestígio incestuoso, agora 
restrito ao seu inconsciente. 
Penso que nenhum mito da Antiguidade Clássica propõe de forma melhor que o de 
Édipo uma reflexão sobre o que é o Homem, o que é esta entidade a que pertencemos e que se 
tem auto definido, desde sempre, como Humanidade. É que, apesar de todos os meios de 
conhecimento a nosso dispor, de todos os progressos que as diversas ciências e a filosofia têm 
apresentado para um melhor conhecimento do Homem, continuamos buscando respostas 
diante de Esfinges sempre prontas a devorar, não só a nós enquanto indivíduos, mas também a 
Humanidade e ao mundo enquanto um todo. 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA 
1. ELÓI, J. Afinal, o que é o Complexo de Édipo? Psicologia Free, 2012. 
2. GRIMAL, P. Mitologia Grega. [S.l.]: L&PM POCKET ENCYCLOPAEDIA. 
3. MOREIRA, J. D. O. Psicologia em Estudo, Maringá, SP, 2004. 
4. SÓFOCLES. Édipo Rei. 2. ed. [S.l.]: Difel, 2002.

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