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O MITO DE ÉDIPO O mito conta a história de Laio, rei de Tebas, que teria sido avisado por um Oráculo sobre seu futuro maldito: ele seria assassinado por seu próprio filho que se casaria com sua mulher, ou seja, a mãe deste. Para evitar que isso se concretizasse, Laio decide abandonar a criança num lugar distante, colocando-lhes pregos nos pés, para que morresse. Um pastor encontra a criança e lhe dá o nome de Edipodos (pés-furados). Essa criança, mais tarde, é adotada pelo rei de Corinto. Ao consultar o oráculo, Édipo recebe a mesma mensagem que seu pai Laio recebeu anos antes, mas, acreditando que se tratava dos pais adotivos, Édipo foge de Corinto. Em sua fuga, Édipo se depara com um bando de negociantes e seu líder e acaba por matá-los todos em uma briga, sem saber que esse líder era Laio, seu pai. Ao chegar a Tebas, Édipo decifra o enigma da Esfinge e livra a cidade de suas ameaças, assim recebe o trono de rei e a mão da rainha Jocasta, agora viúva. Os dois se casam e têm quatro filhos.Anos depois, quando uma peste chega à cidade, Édipo e Jocasta consultam o oráculo para tentar resolver essa questão e acabam por descobrir que são mãe e filho. Jocasta suicida-se e Édipo fura os próprios olhos como punição por não ter reconhecido a própria mãe. O COMPLEXO DE ÉDIPO POR FREUD Foi em 1924 que Freud escreveu “Dissolução do Complexo de Édipo”. Ele considerou o Complexo de ÉDIPO como condição “sine qua non” (sem a/o qual não pode ser”) ; ● Freud volta a pensar a respeito da sexualidade infantil e seus desejos sexuais incestuosos, são as primeiras aproximações da teorização do Complexo de Édipo, não eram os pais que atentavam as crianças, mas o desejo delas seduzirem os pais. A ENTRADA NO ÉDIPO É MARCADA INICIALMENTE POR: ➔ Frustração do desmame; ➔ Os treinos e hábitos de higiene; ➔ A diferença anatômica entre os sexos. Fase Fálica Marcada pela primazia do falo; O valor que é atribuído ao possuidor do pênis. É nessa hora que em uma relação dual surge uma terceira pessoa. É um período marcado por: - Exclusão de um; - A posição sexual do indivíduo com seu par e suas identificações. A exclusão - A criança percebe que está ficando de fora; - Acontece algo entre essa dupla adulta que exclui; - Há percepção de que está sozinho, sem dupla e excluído, portanto, do desejo do outro; - Há algo nesse outro que não posso oferecer. A criança está às voltas com o pensamento daquilo que não tem que a exclui do desejo do outro. Há uma busca de lugar de poder = falo. Não é o órgão pênis, mas a potência que poderia estar associada ao lugar do pai na relação. A criança se questiona - “como eu faço para ter de novo o amor do outro?” ➢ As vivências EDÍPICAS servem para que o sujeito se posicione em relação ao seu objetivo de investimento; ➢ Os polos de identificação entre o masculino e o feminino; ➢ Não se trata da questão anatômica entre os sexos; ➢ Trata-se da tendência de investimento, a oposição e a rivalidade. O pai entra como um 3º nessa relação, ao se inserir na díade mãe-filho, leva à criança perceber que a mãe não é somente sua e que, entre eles, existem “diferenças de sexo, geração e potencia”. - No caso dos meninos, há uma certa potência fálica, imaginariamente atribuída ao penis, e para não perdê-lo a criança abre mão do desejo incestuodo de possuir a mãe, cedendo ao embate contra o pai e vai em busca de seus objetos de identificação. Nesta hora, há uma tendência do menino identificar-se com o pai, para possuir algo que ele possui, como no exemplo, a mãe. Frase conhecida de Freud, em que a criança assente com: “Sua mãe NÃO, todas as outras, SIM” - No caso da menina, por sua vez, compreende que está desprovida dessa potência, dada a ausência do penis, cujo, imaginariamente, imagina que se o tivesse seria potente. A menina volta-se ao pai, figura fálica, com a esperança que ele lhe dê isso que ela sente que não tem; - A menina imagina que o pai possa restituir essa ausência dando lhe um filho, portanto, filho equivale ao falo = substituiria o penis; - Isso poderia fantasiosamente, conferir a menina a potência fálica; - A menina rivaliza com a mãe para ganhar o que lhe falta do pai, mas isso é negado; - A saída dela então é retornar a mãe, se identificar e partir em uma busca daquilo que lhe confira potência. Pode-se pensar, portanto, que tanto meninas, quanto meninos, têm na mãe o primeiro objeto de identificação: ● O menino dada a castração simbólica, abre mão do objeto inicial e vai atrás de outros novos; ● A menina direciona-se ao pai por perceber que a mãe também não tem, como medo da da perda do amor, cede aquilo que lhe é negado, e na esperança de alcançar ‘o falo’, parte para novas buscas. Trata-se de uma triangulação: Mão- criança - outro (pai) ESTÁ EM JOGO NESSA ETAPA: A eleição do objeto de amor; A interdição dos desejos incestuosos “O supereu é herdeiro do complexo de édipo", dizia Freud. Freud acreditava que estrutura-se a personalidade a partir dessa etapa, o período do complexo de édipo, considera-se a forma como será feita essa passagem e como o sujeito lida com a não posse do falo e a fantasia de castração.
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