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* Comportamento do cliente – Parte 1 MSc. Luca Grifoni * Consumidor ou cliente? “Na era do cliente, os consumidores querem voltar a ser clientes, para serem tratados como indivíduos , com suas necessidades entendidas e tratadas individualmente “- Bretzke * Tipologia do cliente potencial – segundo Kossen Suspect: pessoas/empresas consideradas possíveis compradoras do produto/serviço. Determina-se pela segmentação de mercado Prospects: pessoas/empresas que podem beneficiar-se do produto/serviço e têm poder de decisão e financeiro Prospect qualificado: quando o prospect manifesta interesse, solicitando literatura, pedindo visita, cadastrando-se na internet * Escala de lealdade – segundo Kotler Clientes prováveis: possíveis compradores (suspects de Kossen) Clientes potenciais: manifestam predisposição para comprar (prospect e prospec qualificado) Experimentadores: realizam a primeira compra Clientes fiéis: repetem a compra, não concentram a maioria do volume de compras numa marca específica * Escala de lealdade – segundo Kotler Repetidores: concentram a maior parte das compras de produtos/serviços na mesma marca Advogados da marca: além de repetirem a compra têm envolvimento emocional com a marca e a indicam a outros. Também chamados de entusiastas da marca, produzem o efeito boca-a-boca, principal benefício do marketing de relacionamento. * Hierarquia dos clientes - Schimid Suspect Prospect Cliente de primeira compra Cliente de segunda compra Advogado da marca Tempo Nº de compras * Papéis do cliente Participação direta: aquela que se relaciona diretamente com o processo de escolha, compra e consumo ou uso Participação indireta: é aquela em que os pontos de vistas ou especificações podem influenciar na seleção de produtos, serviços, fornecedores ou lojas * Papéis do cliente: participação direta Especificador: determina as características e funcionalidades do produto ou serviço a ser comprado e participa da seleção das alternativas Decisor: quem tem o poder de decidir pela compra do produto/serviço Usuário: aquele que irá definitivamente usar, consumir o produto/serviço * Papéis do cliente: participação indireta Iniciador: pessoa que sugere a compra Influenciador: aquele que afeta a decisão da compra Comprador: decide pela compra, decisor Pagante: quem financia a compra Usuário: o que efetivamente consome * Compreendendo o Comportamento do cliente Contribuição das ciências sociais Economia produziu as primeiras teorias racionais; o desenvolvimento teórico tem-se observado no âmbito das ciências comportamentais; Não existe uma única teoria consistente, pois o comportamento do consumidor é reflexo da personalidade humana que tampouco é explicada à luz de uma teoria integrada e consistente * Contribuição das ciências sociais * Fatores que influenciam o comportamento de compra - Kotler Mercado de consumo: Mercado: nível de oferta, emprego, crédito, ação da concorrência Cultural: cultura, subcultura, classe social Social: grupos de referência, família, papéis e posições sociais Psicológico: motivação, percepção, aprendizado, crenças e atitudes * Fatores que influenciam o comportamento de compra - Kotler Mercado de negócios: Mercado: nível de demanda, custo do dinheiro, poder de barganha dos fornecedores, política fiscal, disponibilidade de recursos, condições de fornecimento de tecnologia Organizacional: cultura corporativa, política, estrutura organizacional Social: autoridade, status, prestígio do cargo Pessoal: idade, cargo ocupado, personalidade Psicológico: motivação, percepção, aprendizado, crenças * A psicologia e o comportamento de compra Motivos e necessidades: Hierarquia das necessidades de Maslow (fisiológicas, segurança, participação, estima e auto-realização); acrescentou a 6ª necessidade: auto transcendência, ou seja, necessidade de integrar-se à comunidade humana em vez de buscar apenas a satisfação das suas próprias necessidades; * Motivos e Necessidades - Maslow A satisfação ou não dos consumidores nos diversos níveis da pirâmide poderiam explicar o comportamento dos clientes * Teoria psicanalítica Teoria de Freud envolvendo três componentes da personalidade: Id – reino dos instintos, dos impulsos mais baixo; Ego – controlador dos impulsos, assegurando o comportamento socialmente desejado; Superego – censor do comportamento humano, avaliando, julgado e punindo a violação das normas de conduta. Exemplo: algumas pessoas sentem-se “culpadas” em comprar a crédito – ação do superego * Teoria psicanalítica A partir deste constructo, Freud distingue três tipos de personalidade: Erótica: dominada pelo Id; Narcisista: preocupada com a afirmação do ego; Obsessiva: indivíduo dominado pelo superego * Teoria psicanalítica Freud propôs adicionalmente: Personalidade se forma durante a infância Até os cinco anos indivíduo passa por três fases ou crises: oral, anal e fálica Fases/crises são superadas de acordo com mecanismos colocados em ação * Contribuição da teoria freudiana Forças que moldam o comportamento de compra das pessoas são inconscientes Dimensão simbólica da compra: produto é comprado pelo que faz e representa No desenvolvimento de novos produtos pode-se definir que características irá satisfazer os clientes, de acordo com as características associadas a um dos estágios da personalidade Pessoa com sua fase criança bloqueada no estágio fálico tenderá a privilegiar embalagens e e objetos em cone ou cilindro * Limitações da teoria freudiana Conceitos e postulados não são passíveis de verificação empírica Há evidências que a personalidade continua evoluindo após os cinco anos de idade * Cognição Do Latim, cognotione: ato de aprender a conhecer... Conhecimento adquirido Processo complexo que inclui percepção, memória e julgamento. Identifica-se com intelecto e conhecimento. Abrange toda a diversidade de processos que geram conhecimento * Percepção e cognição A partir da percepção o indivíduo produz a seleção, organização e interpretação dos estímulos sensoriais que irão compor seu quadro cognitivo do mundo O quadro cognitivo é distinto para cada indivíduo, pois é o resultado do dos processos de percepção, julgamento e memória Os estímulos do meio ambiente são percebidos de acordo com a sua freqüência (peças publicitárias são mostradas várias vezes num intervalo de tempo) e intensidade (nos intervalos comerciais de TV o som aumenta) a fim de que o estímulo seja percebido. * Percepção: como estímulos são agruados a) similaridade: tendemos organizar estímulos semelhantes pertencentes à mesma categoria. É o caso de comprarmos um produto de qualidade inferior devido a semelhança de embalagem com um produto superior b) proximidade: tendemos a perceber coisas e objetos que se encontram próximos, formando um conjunto. produto de marca conhecida ajuda a vender outro com a mesma marca quando colocamos próximos c) continuidade: consumidores tendem a perceber os objetos com um todo, tendemos a dar continuidade ao que está incompleto * Banalização do estímulo Banalização do estímulo: uma estimulação contínua da mesma fonte resulta numa diminuição da percepção . Hoje o cliente está tão exposto aos padrões repetitivos dos anúncios, que não presta mais atenção o que leva o anunciante a aumentar o número de repetições num círculo vicioso * Dissonância cognitiva Refere-se ao estado psicologicamente incômodo que surge da incerteza do acerto na decisão da compra. Resultado inevitável de uma decisão, pois esta implica em escolhas. Ao escolher um produto/alternativa o consumidor pretere os demais Benefício esperado Benefício recebido Possível dissonância * Dissonância cognitiva: como evitar É preciso que o cliente esteja plenamente satisfeito e consciente dos benefícios do produto/serviço Disponibilizar ampla informação relevante sobre o produto/serviço e seus benefícios Cuidar dos benefícios ofertados Realizar pesquisa de satisfação para verificar se existe motivo real de insatisfação * Bibliografia da aula DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. Cap. 3 KOTLER, Philip. Administração de Marketing. São Paulo: Atlas, 1998. Cap. 6 ROCHA, Angela. Marketing: teoria e prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 1999. Cap. 3
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