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Revista Embalagem Marca 032 Abril 2002

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Prévia do material em texto

Ano IV • Nº 32 • Abril 2002 • R$ 6,00
www.embalagemmarca.com.br
FAST FOOD: UM FILÃO PROMISSOR • NOVIDADE: SEÇÃO PERFIL 
Embalagem torna-se vital 
para faturar no segmento de
Embalagem torna-se vital 
para faturar no segmento de
32capa 25/04/02 17:08 Page 2
mbora o Sumário de
EMBALAGEMMARCA,
que aparece nas primeiras
páginas da revista, apre-
sente uma síntese de seu
conteúdo, algumas vezes
utilizamos este espaço para
chamar a atenção para al-
gum tema específico. É o
caso, nesta edição, da se-
ção Perfil. Ela vem atender
a grande número de suges-
tões no sentido de que to-
dos os meses seja mostra-
do um pouco de história,
trabalho, métodos de ges-
tão e produtos de empresas
integrantes da cadeia de
embalagem.
Como provavelmente sur-
girão perguntas sobre o cri-
tério de escolha das empre-
sas que serão retratadas,
adianto desde já que será
estritamente jornalístico.
O objetivo desse novo
serviço é oferecer ao mer-
cado, nos limites do espa-
ço disponível, uma visão
ampla e profunda do que
empresas fornecedoras de
produtos e serviços na área
de embalagem podem dis-
ponibilizar para seus po-
tenciais clientes. Dentro
dessa orientação, a reda-
ção julgará qual a “empre-
sa do mês” que estará
sendo apresentada na
seção. Atenção: não se tra-
ta de “concurso” nem de
“prêmio”.
A área comercial não terá
influência nessa decisão.
Como é norma em EMBA-
LAGEMMARCA, também
em Perfil a informação
prevalecerá sobre o fatura-
mento fácil. A quem por-
ventura se perguntar se
acaso vivemos de brisa,
dedicando monasticamen-
te nosso trabalho ao en-
grandecimento da cadeia
de embalagem, e só, a res-
posta é não. Mas acredita-
mos que a captação de
anúncios deve decorrer da
boa ação comercial e do
bom jornalismo, não fazer
as vezes deste. Até maio.
Wilson Palhares
Um novo serviço de informação
E
A cada mês será
retratada uma
empresa da cadeia
de embalagem
Sempre perto de você. 
Com um investimento de R$ 11 milhões, no prazo
recorde de 90 dias, a Wheaton Brasil reconstruiu
um de seus maiores fornos, dedicado à linha de
frascos para a indústria farmacêutica. 
Já em plena fase de produção, esse equipamento
possibilitou a modernização e a automação de
todos os processos, proporcionando dinamismo
ainda maior à nossa linha de produção.
Permitiu também reduzir a emissão de 
particulados. É a Wheaton Brasil contribuindo com
a preservação de nosso meio ambiente. 
FICHA TÉCNICA
Capacidade de produção: 35 milhões de frascos por mês 
Velocidade: 3,54 toneladas por hora 
Combustão: Gás natural 
WHEATON BRASIL
Tel.: (11) 4355-1800 
e-mail: vendas@wheatonbrasil.com.br
Qualidade é um compromisso presente
em todas as nossas ações
32editorial 25/04/02 18:01 Page 99
ENTREVISTA:
FÁBIO MESTRINER
Além de valorizar o
design de embalagem, 
o novo presidente da
Abre diz que sua gestão
será marcada pela
ampliação do número de
associados da entidade 
CAPA: HOME CARE
Sofisticação dos 
produtos de limpeza
doméstica abre ótimas
perspectivas para
cadeia de embalagem
DECORAÇÃO
Cold stamping é 
boa alternativa 
para impressão de 
embalagens e rótulos 
de produtos premium
PERFIL
Uma nova seção que
trará a cada edição a
trajetória de uma 
importante empresa do
mercado de embalagem. 
Na inauguração, 
um raio X da Antilhas
FAST-FOOD
Demanda por embala-
gens para lanches e
refeições ligeiras cresce
sem parar
MAKING OF
Como foram concebidos
os cartuchos de papel
cartão usados pela
Nivea para promover
suas novas linhas de
maquiagem e de
hidratantes corporais
8
30
32
26
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
Leandro Haberli
leandro@embalagemmarca.com.br
Thays Freitas
thays@embalagemmarca.com.br
Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel 
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
Claudia Regina Salomão
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem. 
Tiragem desta edição
7 500 exemplares
Filiada ao
Impressa em papel couché 
Image Mate 115 g/m2 (miolo) e
couché Image Art 145 g/m2 (capa)
da Ripasa S. A. Celulose e Papel
Impressa pela Grande ABC
EMBALAGEMMARCA é uma publicação 
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
www.embalagemmarca.com.br
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
matérias assinadas não refletem necessaria-
mente a opinião da revista.
abril 2002
3 Editorial
A essência da edição do mês
6 Cartas
A opinião, a sugestão e os 
comentários dos leitores
40 Display
Lançamentos e novidades – e
seus sistemas de embalagem
46 Almanaque
Fatos não muito conhecidos do
universo das embalagens
36 Panorama
Movimentação na indústria de
embalagens e seus lançamentos
34 Painel Gráfico
Novidades do setor, da criação
ao acabamento de embalagens 
14 Adesivos
Rohm and Haas inaugura nova
fábrica de selantes e adesivos
28 Evento
Pack Design Show, a mais 
nova atração da Fispal
16
22
IL
US
TR
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ÃO
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G
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 C
UR
AD
O
32sumario 25/04/02 17:02 Page 1
A respeito da reportagem “Ba-
charéis em Packaging” (EMBA-
LAGEMMARCA nº 30), esclarece-
mos que o curso de Design de Em-
balagem da Universidade Anhem-
bi Morumbi é pioneiro no Brasil
na formação superior de profissio-
nais para a área, tendo sido criado
em 1998 e formado sua primeira
turma no final de 2001, com o re-
conhecimento do Ministério da
Educação.
Quanto à afirmação de que “todas
as 290 vagas do estreante curso de
Design Digital e de Embalagem,
aberto em 2001, foram preenchi-
das”, informamos que a Universi-
dade Anhembi Morumbi oferta
dois cursos distintos na área de
Design: o curso de bacharelado em
Design Digital, criado em 1998, e
o curso de bacharelado em Design
de Embalagem, supracitado, cria-
do no mesmo ano. Nenhum dos
dois cursos é, portanto, estreante.
No ano passado, foram ofertadas
280 vagas para Design Digital e 40
para Design de Embalagem. A
Universidade Anhembi Morumbi
implementou, em 1999, o curso de
pós-graduação em Design de Em-
balagem, que formou sua primeira
turma no ano 2000.
Adriana Valese
Coordenadora do curso de 
design de embalagem
Universidade Anhembi Morumbi
São Paulo, SP
Com relação à reportagem de
capa da edição de fevereiro de
2002, uma importante Instituição
de ensino de embalagem não foi
mencionada. É a Universidade Es-
tadual de Campinas, nas faculdades
de engenharia de alimentos (FEA)
e de engenharia química (FEQ). Na
FEA existe a disciplina “Embala-
gem para Alimentos”, no curso de
graduação e mestrado. Em doutora-
mento, esta é a única instituição do
país com esta área de concentração.
Como mestre formado na UNI-
CAMP e trabalhando na área, é mi-
nha responsabilidade divulgar a
Instituição, que já formou a maio-
ria dos pesquisadores de embala-
gem com o título demestre e dou-
tor do país, além de inúmeros pro-
fissionais que, hoje, atuam com
embalagem, nas áreas de desenvol-
vimento e tecnologia.
Randolpho Neto 
Engenheiro de embalagem pleno 
São José dos Campos, SP
Quero parabenizá-los pela exce-
lente revista que nos atualiza e for-
nece dados a respeito desta área
tão pouco divulgada. Gostaria de
registrar, porém, que na matéria
“Bacharéis em Packaging” (EMBA-
LAGEMMARCA nº 30) nada foi dito
sobre os bacharéis formados em
dezembro de 2001. Ingressei no
curso de Design de Embalagem da
Universidade Anhembi Morumbi
no início de 1998. Apesar do pe-
queno número de formados (seis
pessoas), terminamos o curso, que
foi reconhecido pelo MEC com
nota B. Acho oportuno registrar
também que o mercado de trabalho
está bem restrito no momento,
principalmente pela falta de divul-
gação do curso. Aproveito a carta
para agradecer o conteúdo desta
revista, que muito me ajudou nos
trabalhos da faculdade e me ajuda
profissionalmente. Acompanho-a
desde o primeiro número.
Adriana Cury
Designer de embalagem
Companhia das Ervas
Morungaba, SP
NR: Na mesma reportagem, o tele-
fone da Panamericana – Escola de
Arte e Design foi publicado incor-
retamente. O número certo é (11)
3885-7890. 
6 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Anunciar em EMBALAGEMMAR-
CA não é apenas esperar retorno
em vendas, mas também um traba-
lho institucional. Quando precisa-
mos criar uma marca no mercado
com respeito, lucidez e profissio-
nalismo, um dos meios de comuni-
cação na mídia impressa é EMBA-
LAGEMMARCA. Eu diria que ela é a
Rede Globo da mídia direcionada
à embalagem. 
Marco Antonio Dias de Oliveira
Diretor comercial
E-Packing Group
São Paulo, SP
Gostaria de parabenizá-los pela
matéria sobre o potencial de con-
sumo do público single (“Mesa
para... um”, EMBALAGEMMARCA nº
30, página 23). Achei tão interes-
sante que fiquei estimulada a pes-
quisar mais sobre esse assunto. 
Tathiana Helena de Souza
Estudante de marketing
São Paulo, SP
Gostaria de completar uma notí-
cia que saiu na edição nº 30 de
EMBALAGEMMARCA (página 36)
sobre a Eastman. A divisão da Eas-
tman em duas empresas diferentes
foi definitivamente abandonada,
pois os objetivos de gerenciamento
independentes de cada área da em-
presa (Especialidades & Commo-
dities) foram atingidos com a cria-
ção da divisão Voridian, engloban-
PROJETO FLEXOFILM 
Na edição nº 30 (fev/2002), no
anúncio do Projeto FlexoFilm e
Design, foi publicado: “Note o
brilho e o poder de atração que
a laminação do filme metaliza-
do com papel cartão certamen-
te exercerá sobre o consumi-
dor no ponto-de-venda.” O cor-
reto seria informar: “Note o as-
pecto aveludado e o poder de
atração que a laminação do fil-
me fosco com papel cartão cer-
tamente exercerá sobre o con-
sumidor no ponto-de-venda.”
32cartas 25/04/02 14:56 Page 1
Redação: Rua Arcílio Martins, 53
CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Tel (11) 5181-6533
Fax (11) 5182-9463
redacao@embalagemmarca.com.br
As mensagens recebidas por carta, e-
mail ou fax poderão ter trechos não es-
senciais eliminados, em função do es-
paço disponível, de modo a dar maior
número possível de oportunidades aos
leitores. As mensagens poderão tam-
bém ser inseridas no site da revista
(www.embalagemmarca.com.br).
MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA
do os negócios de PET, Fibras
Acetato, Filter Tow e Polietilenos.
A Eastman hoje está organizada de
forma que os negócios químicos e
de especialidades estejam separa-
dos gerencialmente da divisão Vo-
ridian, formando dois focos distin-
tos de gestão.
Alexandre Vieira
Gerente Marketing & Vendas
Eastman do Brasil
São Paulo, SP
Parabéns a todos da equipe da
revista EMBALAGEMMARCA, prin-
cipalmente ao pessoal que lida
com Internet. O site é ótimo e mui-
to fácil de navegar. Suas notícias,
informações e links são realmente
muito bons.
André Addor
Vendedor da Unilever Bestfoods 
Belo Horizonte, MG
Sou assinante e adoro a revista
de vocês. Tenho certeza que todos
os interessados no desenvolvimen-
to do mercado brasileiro de emba-
lagem apreciaram o envelope me-
talizado desenvolvido para o Pro-
jeto FlexoFilm e Design. Mas ima-
gino que tenha saído muito cara a
produção dos envelopes. Por isso,
permitam-me fazer uma sugestão:
da próxima vez, tentem utilizar um
filme de PVC. Acredito que sairia
mais barato.
Betty Sanson
Pesquisadora e professora da
UnB-Universidade de Brasília
Brasília, Distrito Federal
Gostaria de parabenizá-los pelo
maravilhoso site de EMBALAGEM-
MARCA. Trabalho diretamente com
embalagens numa empresa multi-
nacional no segmento de cafés.
Procurando informações sobre
marcas e noticias do que está acon-
tecendo com embalagens, encon-
trei o site de vocês, que superou
todas minhas expectativas, fazen-
do-me enxergar que posso ficar
muito bem atualizado entrando
diariamente nele.
Márcio Cristiano Mazzeto
Encarregado de Almoxarifado
Sara Lee Cafés do Brasil
Barueri, SP
32cartas 25/04/02 14:56 Page 2
8 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
uma linha possível de interpreta-
ção, pode-se dizer que o Brasil
reúne elementos altamente des-
favoráveis à evolução de seu
mercado de embalagem. Entre
os mais negativos está o baixo
poder aquisitivo da maior parte da popu-
lação, que torna a guerra de preços e o lan-
çamento de produtos “de combate” vitais
em inúmeros segmentos do varejo.
Apesar desses persistentes fatores, feliz-
mente os projetos de embalagem feitos por
aqui revelam cada vez mais seriedade. In-
vestimentos em rótulos atraentes, tampas
práticas e eficientes, ou materiais e formatos
inovadores já não são privilégios de marcas
caras e sofisticadas.
Esse processo vem afastando a hipótese de
que o Brasil não tem potencial para investir
em design de embalagem. Ainda que às ve-
zes a contragosto, hoje as empresas envolvi-
das no mercado de embalagem estão cons-
cientes da importância dos profissionais de
criação no processo produtivo.
Essa impressão foi reforçada recentemente,
com a eleição de um dos expoentes da nova
geração de designers do país à presidência
da Associação Brasileira de Embalagem.
Fundador da agência Packing, especializada
em desenvolvimento de embalagem, Fábio
Mestriner torna-se o primeiro designer a co-
mandar a diretoria da tradicional entidade
em toda sua história.
Ex-coordenador do Comitê de Design da
própria Abre, Mestriner tem pela frente uma
missão mais ampla do que a valorização do
design de embalagem. Como ele mesmo
diz, o “desafio agora é representar a cadeia
de embalagem como um todo”.
Considerando a evolução e o destaque al-
cançado pelo design de embalagem brasi-
leiro nos últimos anos, o que o senhor tem a
dizer sobre a posse do primeiro designer na
história da presidência da Abre?
Está havendo uma mudança na maneira
como o design se relaciona com o segmen-
to produtivo no Brasil. Esses eram dois
mundos que não se conversavam muito
N
Mais do que manter o 
esforço de integração do
design com a indústria de
embalagem, FÁBIO MES-
TRINER, primeiro designer
a ocupar a presidência da
Abre em sua história, quer
criar comitês regionais e
aumentar o número de as-
sociados da entidade. Ou-
tros pontos ainda serão
debatidos com o novo con-
selho, mas ele diz que sua
gestão lutará pela repre-
sentatividade da Abre.
entrevista
D
IV
UL
G
AÇ
ÃO
“Em busca de representatividade”
32entrevista 25/04/02 15:05 Page 8
10 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
um workshop de planejamento estratégi-
co. O objetivo é estabelecer, de comum
acordo, as metas principais da gestão. Al-
gumas dessas metas já estão esboça-
das.Queremos tornar a Abre mais repre-
sentativa. Para ter mais peso, é preciso au-
mentar o número de associados, além de
conquistar representatividade em todo o
território nacional. Nossos associados es-
tão muito concentradosaqui em São Pau-
lo, e nossa meta é criar comitês regionais,
que levem as atividades da Abre às diver-
sas regiões do país. Trabalhos que vinham
sendo desenvolvidos pela gestão anterior
também serão mantidos. Um dos desta-
ques é a criação do Museu da Pro-
paganda e da Embalagem, que de-
verá ser inaugurado já nesse ano.
Ele funcionará em Sào Paulo, no
Centro de Documentação da ESPM
(Escola Superior de Propaganda e
Marketing), com quem a Abre man-
tém um convênio. A partir do que
será exposto no museu, será produ-
zido um livro sobre a história da
embalagem no Brasil. 
A diretoria de uma associação de
classe é suscetível a acusações de
privilégio a determinados elos da ca-
deia produtiva que representa. Como
é possível gerir a Abre, conciliando
os interesses de todos que fazem par-
te do mercado de embalagem?
A política da Abre sempre foi a da
não-competição entre os materiais. A
função da Abre é conciliar os vários
materiais, até porque eles têm suas associa-
ções específicas, que promovem o cresci-
mento de cada um deles. Temos que fazer
aquilo que essas associações específicas
não podem fazer, ou seja, pensar a embala-
gem como um todo. Representar a cadeia
produtiva como uma atividade completa.
Essa postura, aliás, sempre foi defendida
pelo Sérgio Haberfeld. E uma das razões da
minha eleição é que eu não sou ligado a ne-
nhum elo específico do setor. Afinal, o de-
signer tem que trabalhar com qualquer tipo
de material. Ao mesmo tempo, isso repre-
senta um grande desafio para mim, porque
eu não estarei mais representando o design.
Minha responsabilidade agora é lutar pela
indústria como um todo.
bem, embora o design precise funcionar
junto com a cadeia produtiva. No nosso
caso específico, o design é um componente
estratégico do negócio da embalagem,
além de ser a vitrine do setor. E a junção
desses dois elementos ocorreu com mais
força nos últimos anos, em grande parte
graças ao ex-presidente da Abre, Sérgio
Haberfeld. Ele apoiou e compreendeu essa
iniciativa. O mérito é, portanto, da Abre, e
não meu. Aliás, não é só a Abre que nunca
havia sido presidida por um designer. Até
hoje, nenhuma entidade de classe que não
tenha ligação com produção artística teve
um designer à frente de sua diretoria no
Brasil. Isso reforça o fato de que o
design de embalagem se tornou uma
atividade extremamente técnica. Te-
mos que saber sobre rotulagem, téc-
nicas de impressão, dispositivos de
abertura e fechamento, entre outras
tecnologias. Isso obriga o designer a
entender a indústria como um todo. 
Mas o discurso do projeto integrado
nem sempre é posto em prática. Há
casos extremos em que o designer
sequer sabe o nome da empresa que
está produzindo o rótulo da embala-
gem na qual ele está trabalhando. 
Uma das metas do Comitê de De-
sign da Abre, que será mantida na
minha gestão, é exatamente desen-
volver a consciência da importância
do projeto integrado. Os workshops
técnicos, que passaram a ser feitos
nas próprias indústrias, visam exatamente
colocar os designers em contato com os
técnicos e equipamentos que produzem as
embalagens que eles conceberam. Estamos
nos esforçando, mas é claro que não se tra-
ta de algo simples a ser feito. Por outro
lado, garantimos que existe uma determi-
nação clara nessa direção e estamos traba-
lhando sem parar para que isso aconteça. A
consciência precede a ação, e eu diria que
já deixamos o nível da consciência, para
agir de verdade. 
Como o senhor resumiria os principais ob-
jetivos e políticas de sua gestão?
Queremos trazer a diretoria para um pro-
jeto comum. Isso vai ser feito a partir de
Faremos 
workshops de
planejamento
estratégico para
mobilizar a diretoria
em busca de um
projeto comum.
Outro destaque da
minha gestão será 
a inauguração 
do Museu da
Propaganda e da
Embalagem 
32entrevista 25/04/02 15:05 Page 10
12 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Qual o consumo per capita de embalagem
no Brasil hoje, e qual a situação do país em
relação a economias semelhantes à nossa?
Hoje o consumo per capita brasileiro de
embalagem está em torno de 51 dólares por
ano, sendo que a média mundial é de 85 dó-
lares. Antes da crise, na Argentina esse ín-
dice era de 127 dólares por habitante. Por-
tanto, se elevarmos o consumo brasileiro de
embalagem aos padrões mundiais, já tere-
mos alcançado um desenvolvimento ex-
traordinário. A média baixa deve nos ani-
mar, ao invés de nos deixar críticos e pessi-
mistas. Para nós essa disparidade represen-
ta o que podemos ser. 
O senhor acha que as marcas popu-
lares comportam investimentos em
design de embalagem?
Esses são os produtos para os quais
a embalagem pode oferecer seu
maior benefício. Porque esses pro-
dutos precisam mais de embalagem
do que aqueles que têm apoio de
propaganda e grande poder de mar-
keting por trás deles. Os produtos
populares não têm isso, por isso se
valem quase que exclusivamente da
embalagem. Também é preciso dei-
xar claro que, de uns anos para cá, o
design de embalagem tornou-se
muito barato e acessível no Brasil.
Ele só não é mais utilizado pelas
empresas, porque falta cultura de
design no Brasil. Os industriais es-
tão em processo do entendimento
dos benefícios que os designers de emba-
lagem, e a própria indústria de embala-
gem, podem oferecer aos seus produtos. A
Internet está ajudando nesse processo. Ela
tem feito com que as indústrias que estão
fora dos grandes centros comecem a ter
acesso ao mesmo padrão de design de em-
balagem que as grandes empresas.
A iminência da entrada em vigor da Políti-
ca Nacional de Resíduos Sólidos, ainda em
discussão na Câmara Federal, coloca a
questão ambiental no centro das atenções.
Como a Abre se posiciona ante a possibili-
dade de criação de mecanismos e leis que
repassem parte do custo de destinação e de
tratamento do lixo urbano às empresas
usuárias e fornecedoras de embalagem? 
Nós não excluímos essa possibilidade. É
por isso que a Abre tem participado de to-
das as discussões a esse respeito. Temos
um Comitê de Meio Ambiente na entida-
de, aberto a essa discussão. É preciso lem-
brar também que a Abre em momento ne-
nhum se mostrou contrária a iniciativas
ambientais, tanto que estamos apoiando
uma séria de ações de reciclagem. A indús-
tria tem responsabilidade nesse tema, por
isso estamos participando dessas iniciati-
vas. A solução que vai ser tomada ainda
não está clara, porque esse é um assunto
de grande complexidade. A nossa preocu-
pação é que um assunto dessa im-
portância não seja tratado de forma
afobada, com adoção de leis basea-
das em modelos internacionais que
dão certo em países com realidade
completamente diferente da nossa.
Essa legislação precisa favorecer o
país, a sociedade, mas sem prejudi-
car a indústria de embalagem. Que-
ro lembrar que na Fispal desse ano,
teremos um stand do Comitê de
Meio Ambiente da Abre, mostrando
nossas iniciativas de reciclagem.
Um dos papéis das associações e en-
tidades de classe é fornecer dados e
estatísticas sobre o setor que repre-
sentam. Como anda o banco de da-
dos da Abre e quais iniciativas estão
previstas para fortalecê-lo como uma
referência no mercado?
A Abre tem um centro de documentação
e informação, o Cenade (Centro Nacional
de Apoio ao Desenvolvimento de Emba-
lagens), que todos podem acessar. Toda a
equipe da Abre trabalha na atualização
desse serviço. Qualquer empresa que qui-
ser informações sobre fornecedores para
uma solução específica de embalagem en-
contra na Abre uma excelente fonte de in-
formação. Quanto aos dados macroeconô-
micos, a Abre manterá seu contrato com a
Fundação Getúlio Vargas. Nesse setor, a
novidade é uma parceria com a Datamark,
que também garantirá a oferta de inúme-
ros dados sobre a movimentação do mer-
cado de embalagem no Brasil para os as-
sociados da Abre. 
A questão 
dos resíduos
urbanos não 
pode ser tratadaapressadamente.
Qualquer que 
seja a legislação 
escolhida, ela terá
que favorecer a
sociedade, 
sem prejudicar 
a indústria de
embalagem
v
e
ja 
m
ais
: w
w
w
.
e
m
ba
la
ge
m
m
ar
ca
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r
32entrevista 25/04/02 15:05 Page 12
jofer 25/04/02 16:44 Page 1
ma das mais fortes compa-
nhias no mercado mundial de
adesivos e selantes, a Rohm
and Haas está investindo pe-
sado para fortalecer sua marca nos países
latino-americanos. No Brasil, esse com-
promisso ficou mais que claro no início
de abril. A empresa inaugurou sua planta
brasileira reformada de Jacareí (SP), que
passa a ter produção verticalizada de po-
liéster, a matéria-prima para a fabricação
dos adesivos de base poliuretano, tanto
os com como os sem solventes (solven-
tless), utilizados pela indústria de emba-
lagens plásticas flexíveis.
Até então, a fábrica, uma das cinco
da Rohm and Haas presentes na Améri-
ca Latina, se dedicava à fabricação de
emulsões acrílicas, bases de elaboração
dos seus PSAs (pressure sensitive adhe-
sives, adesivos sensíveis à pressão),
consumidos por empresas de rótulos,
etiquetas e fitas adesivas. Agora, com os
investimentos de 15 milhões de dólares
na unidade, o que a coloca em equiva-
lência tecnológica às demais fábricas da
empresa em todo o mundo, as especia-
rias químicas para embalagens flexíveis
poderão deixar de ser importadas, como
vinha ocorrendo.
Mercado mais próximo
“Também haverá uma proximidade
maior com os clientes e facilidades em
aspectos logísticos e comerciais”, afir-
ma Mauro Trevizan, diretor regional de
adesivos e selantes da Rohm and Haas.
“Ter o ativo, a planta, e uma estrutura
comercial própria para o local supply
(fornecimento local) gera maior con-
fiança e deixa os nossos consumidores
mais confortáveis.”
Com a consolidação da construção
da fábrica, Trevizan diz que há perspec-
14 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
tivas de se trazer para o Brasil novas
plataformas tecnológicas, inclusive com
a difusão de novidades, como os adesi-
vos com cura por radiação e a linha de
adesivos hot-melt reativos. “O objetivo
é colocar em evidência os crescentes pa-
cotes de soluções que oferecemos e
disponibilizar novidades aqui no Brasil
quase que com simultaneidade com o
resto do mundo”, ele diz.
adesivos
U
Convertedores
tranqüilos
Rohm and Haas
passa a fabricar
localmente adesivos 
para embalagens flexíveis
Rohm and Haas
(11) 5185-9000
www.latinrohmhaas.com
Planta em Jacareí trabalha com as mais
avançadas tecnologias disponíveis
Fase de crescimento 
Além da maior atenção ao mercado lati-
no, a fome de expansão global da
Rohm and Haas também vem ficando
evidente através da política de aquisi-
ções da empresa.
Uma recente, diretamente ligada à ca-
deia de embalagem, foi a da americana
Benjamin Moore, o que fez da Rohm
and Haas a líder em adesivos cold seal
(com selagem a frio) para embalagens
flexíveis nos Estados Unidos. “Tudo
isso faz parte de uma política que visa
melhorar a imagem da empresa e fazê-
la crescer nesse mercado competitivo,
no qual participam concorrentes de
respeito”, sintetiza o diretor regional de
adesivos e selantes Mauro Trevizan.
32adesivos 25/04/02 15:11 Page 14
16 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
maioria certamente há de
convir que os afazeres do-
mésticos ligados à limpeza
não são dos mais animado-
res. O pouco ou nenhum prazer ligado ao
momento de consumo dos produtos de
limpeza talvez seja um dos fatores que
expliquem a atenção menor que eles vêm
recebendo quanto ao quesito embalagem.
Pouco a pouco, porém, um maior núme-
ro de fabricantes no segmento vem se
dando conta de que a busca constante de
uma apresentação caprichada pode ser a
fórmula ideal para mexer com um merca-
do em que fica cada vez mais difícil anun-
ciar formulações mirabolantes que con-
tem pontos a favor de seus produtos. 
Nesse caso, a embalagem pode ser o
diferencial, mais em conta e mais fácil de
se implementar, para tornar desinfetantes,
limpadores, esponjas, panos e congêneres
– produtos que formam a categoria que os
americanos tratam por home care – dinâ-
micos e atraentes nas gôndolas. 
reportagem de capa
A
Para as gôndolas
brilharem
Embalagens tornam-se vitais para faturar no segmento de home care
Guilherme Kamio
32home_care 25/04/02 16:31 Page 16
abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 17
Para aqueles que, ressabiados, acham
que investir em embalagem significa um
alto risco, argumentando que o mercado
de limpeza doméstica não oferece gran-
des margens, é muito competitivo e que
não cresce no ritmo de vedetes do mo-
mento, vale lembrar que a influência da
embalagem nas decisões de compra está
aumentando, na medida em que, cada
vez mais, são as próprias donas da casa
que vão utilizar o produto. “Contar com
uma empregada ou faxineira está se
transformando em um luxo, pelo aperto
econômico”, atesta um profissional de
embalagem de uma das principais em-
presas do segmento, que pede para não
ser identificado. Por isso, surge o desa-
fio de conquistar a dona da casa, atra-
vés de uma comunicação mais contun-
dente e com apelos práticos na embala-
gem.
Migrações em alta
Tal necessidade vem gerando movimen-
tos significativos na cadeia de embala-
gem. Mesmo que não seja com a mesma
rapidez do segmento de higiene pessoal,
os fabricantes de produtos de limpeza
estão progressivamente substituindo o
papel por plásticos, especialmente o
BOPP, nos rótulos, “para que eles pos-
sam acompanhar a vida útil do produto”,
afirma Walkiria Castro, do marketing da
Novelprint, fornecedora de soluções em
auto-adesivos. 
Em sistemas de fechamento, perce-
be-se uma corrida para a implantação de
tampas com sistemas child-proof, ou
seja, que tenham mecanismos que difi-
cultem o uso indevido dos produtos por
crianças. “É uma forte tendência”, anali-
sa Roberto dos Santos Júnior, da
área de marketing e desenvolvi-
mento de novos mercados da
Crown Cork Tampas Plásticas/Pe-
tropar Embalagens. Um exemplo
de “tampa segura” da empresa
que pode ser vista no país é o do
desinfetante sanitário Harpic, da
Reckitt Benckiser.
Para gerar a desejada empatia
com as consumidoras, as empresas
da área também estão dando ênfa-
se a ações especiais. É o caso da Unile-
ver. A multinacional anglo-holandesa es-
tará homenageando as mães durante os
meses de abril e maio, através de uma
edição limitada de Comfort, amaciante
líder de mercado. No rótulo, criado pela
Rex Design e importado da Argentina,
uma cena de carinho entre uma mãe e
seu filho “cria uma associação com o
conforto, a maciez e o cuidado de
Comfort com as roupas”, sustenta a
empresa. Outro ponto de diferenciação
é o frasco rosado de dois litros, fabri-
cado pela Sinimplast, cuja cor procura
remeter à idéia de leveza e carinho.
“Ações como essa reforçam o posicio-
namento da marca e estreitam ainda
mais o relacionamento com as consu-
midoras”, aponta Anacélia Contador,
gerente de marca da Unilever.
Durante o mesmo período, a marca
rainha em recall na categoria de detergen-
tes em pó, Omo, chegará às gôndolas, em
sua versão Multiação, com uma promo-
ção com os personagens da série Sítio do
Pica-Pau Amarelo. Trata-se de um pack
promocional, contendo duas unidades do
produto e um boneco, o que foi viabiliza-
do através de uma parceria com a Estrela. 
Versões mais práticas
Já para a nova fórmula do detergente em
pó com amaciante Minerva, que segundo
a empresa “facilita uma das tarefas que a
consumidora menos gosta: passar roupa”,
a multinacional anglo-holandesa lançou
mão de um cartucho nobre, com um selo
na forma de ferro de passar aplicado em
hot stamping e relevos em
profusão.
Caso que também mere-
ce destaque na Unilever é o
da versão em embalagem
plástica flexível do deter-
gente em pó Brilhante.
Mesmo sendo claramente
uma alternativaeconômica,
sem os requintes de um car-
tucho, a busca por conve-
niência não foi afastada. As-
sim, a empresa resolveu ex-
perimentar o uso de fechos
resseláveis nos pouches do
Novos rótulos 
do amaciante
Comfort celebram
o dia das mães
Minerva:
nobreza do
cartucho é
garantida
por relevos
impressos
em Hot
Stamping
FO
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IV
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G
AÇ
ÃO
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18 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
produto, uma idéia da Novelprint para
proteger o conteúdo da umidade. Deu cer-
to, o produto foi aprovado e a idéia conti-
nua em prática.
Os demais participantes de peso no
mercado de home care também têm novi-
dades. Dona de marcas fortes, como Veja
e Harpic, a Reckitt Benckiser está apre-
sentando o desinfetante Lysol em spray,
uma alternativa aos frascos plásticos sim-
ples ou com válvulas do tipo gatilho. A
embalagem metálica do produto, da Cia.
Metalúrgica Prada, é decorada com cores
suaves de fundo e um logotipo azul, obra
da Pantani Design. “A idéia é passar um
ar de assepsia através de um visual lim-
po”, resume o designer Adriano Pantani.
E leva um novo tipo de abertura, para fa-
cilitar o borrifo. Para tanto, a tampa Hel-
met, injetada em polipropileno pela Bri-
gaplast, tem design concebido para evitar
o contato das mãos do consumidor com o
produto.
Quase cosméticos
Além dos acessórios práticos, as embala-
gens também vão ganhando contornos e
cores mais atraentes. Estão cada vez mais
próximas das embalagens de cosméticos, e
os produtos que acondicionam também se-
guem esse curso – tudo para conquistar a
consumidora. É o caso do limpador mul-
tiuso Ajax Festa das Flores, que está sen-
do lançado pela Kolynos do Brasil, cujo
apelo é o do perfume prolongado. Sua em-
balagem, translúcida, é um dos pontos
destacados para atrair a atenção no ponto-
de-venda. Outro exemplo é o novo Veja
Multi-Uso Floral, da Reckitt Benckiser,
que, com sua “embalagem de altíssimo
impacto”, como a empresa a avalia, procu-
ra seduzir através do poder de limpeza
aliado ao perfume que deixa no ambiente.
Por sua vez, a Bombril também resol-
veu mudar a cara da sua linha de produ-
tos para manutenção do lar. As embala-
gens, como não podia deixar de ser, cum-
prem um papel vital na comunicação des-
sa nova fase. Estão mais práticas e colo-
ridas, transmitindo uma percepção mais
jovem, moderna. 
A fabricante da lã de aço mais popular
do país também está enfrentando uma
concorrência que, para garantir maiores
fatias de mercado, está atenta à importân-
cia da embalagem. A Prátika, empresa
que fabrica a lã de aço Assolan, está reno-
vando seu visual para tentar incutir nos
consumidores uma percepção mais afina-
da de qualidade. Assim, a embalagem do
produto está com cores mais vivas, e traz
dicas de qualidade de vida e de beleza,
que serão sempre renovadas, na sua parte
lateral. “Fizemos uma pesquisa com con-
sumidoras em grandes cidades, e identifi-
camos um problema em relação ao layout
da embalagem, que era antiquado”, co-
menta Sérgio Guzzo, gerente de marke-
ting da Prátika.
Omo com personagens do Sítio do 
Pica-Pau Amarelo: parceria com a Estrela
Lysol tem visual clean e tampa
que evita contato com o produto
Na nova 
embalagem 
do Veja multi-
uso, sensação 
de assepsia
32home_care 25/04/02 16:32 Page 18
20 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Bombril
0800 191001
www.bombril.com.br
Crown Cork Tampas Plásticas/
Petropar Embalagens
(11) 5054-4014
Kolynos do Brasil
0800 120833
www.kolynos.com.br
Logoplaste
(11) 3846-5311
Novelprint
(11) 3768-4111
www.novelprint.com.br
Pantani Design
(11) 5041-8184
Reckitt Benckiser
(11) 3783-7000
www.reckittbenckiser.com
Sinimplast
(11) 4061-8300
www.sinimplast.com.br
Unilever
www.gessylever.com.br
A MN Design bolou um logotipo mais
forte, colocou um amarelo mais vibrante
na embalagem, fornecida pela converte-
dora goiana Poligel. “Isso foi muito bem
avaliado pelas consumidoras numa pes-
quisa pós-mudanças”, diz Guzzo. “Como
se trata de um produto com um líder mui-
to forte, o Bom Bril, é preciso gerar von-
tade na consumidora de experimentar
nosso produto, através da embalagem.”
Escondido
Mais um caso que mostra o potencial das
embalagens no segmento de home care é
dado pela Limppano, empresa que dire-
ciona itens para limpeza doméstica a
partir de três linhas de produção: espon-
jas, têxteis (panos de chão, flanelas, pa-
nos de limpeza) e químicos. Como con-
ta a gerente de marketing Cláudia Ban-
deira, as vendas da esponja de cobre
para limpeza Adorada aumentaram em
cerca de 30% com a migração de uma
embalagem flexível de polipropileno,
“que escondia o produto das consumido-
ras no ponto-de-venda”, para um blister
com duas unidades.
O produto passou a ficar pendurado
em displays, o que aumentou sua visibi-
lidade. Segundo Cláudia, a cartela com
verniz e o plástico termoformado, fabri-
cados pela Tecnart, encareceram a emba-
lagem. Mas o retorno de vendas com-
pensou o investimento. “Isso prova que
a boa idéia em embalagem funciona”,
ela diz. Por isso, a Limppano vem inves-
tindo em melhoras na embalagem, como
a colocação de papel couché nas embala-
gens de panos, formatos diferenciados
de embalagem e presença de mais cores.
“Sempre investimos em embalagem,
pois centramos nossa comunicação no
ponto-de-venda.”
Pelo que se vê, a sina de “patinho
feio” das embalagens de produtos de
limpeza tem tudo para acabar. Bastam
uma boa dose de criatividade, sinergia
com o fornecedor de embalagens e, an-
tes de qualquer coisa, jogar limpo com o
consumidor.
Para os fabricantes que não podem ou não querem arcar
com os custos da montagem de linhas próprias de em-
balagem, uma solução conveniente é a instalação de so-
luções in-house, ou seja, plantas terceirizadas em suas
próprias unidades, em parcerias sinérgicas com fornece-
dores de embalagem. Muitos dos produtos da Unilever
no segmento de higiene e limpeza recebem embalagens
feitas na unidade in-house que a empresa mantém com a
Sinimplast, a Filial Anastácio, em São Paulo. Já a Reckitt
In-house, solução econômica
Benckiser conta com os serviços da multinacional portu-
guesa Logoplaste para embalar seus produtos de limpe-
za, como os das linhas Veja, Poliflor, Resolv e Harpic. 
O principal apelo do in-house, para quem precisa de
frascos e garrafas para embalar seus produtos de home
care, é a redução de custos em logística, com menor ma-
nuseio e exclusão de etapas. “Funcionamos quase que
como um departamento do próprio cliente”, diz Carlos
Reis, diretor comercial da Logoplaste. “Assim, todos ga-
nham em dinamismo, e a tecnologia e a expertise são
voltados para a redução de custos.” De acordo com
Reis, uma tendência que deve merecer maior atenção
num futuro breve, no segmento de produtos de limpeza,
é o acondicionamento em embalagens de PET. “Desen-
volver novas tecnologias é premente no atual momento
de competição desse mercado”, avalia.
Cores vivas e
dicas de beleza
dão o tom na
linha da Prátika
Limppano: 
depois de optar 
por blister, vendas 
cresceram 30%
32home_care 25/04/02 16:32 Page 20
ão há dúvida de que adornos
metalizados em embalagens
e rótulos enobrecem produ-
tos, sendo uma ferramenta
atrativa para estimular no consumidor
uma percepção premium. Entretanto, a
técnica mais difundida para
se implementar enfeites do
tipo, a do hot stamping, sem-
pre teve como cabrestos o
custo elevado ou as limita-
ções intrínsecas ao processo,
como a impossibilidade de
trabalho com certos subs-
tratos plásticos, por causa
necessidade de altas tempe-
raturas na aplicação. Para
aqueles que sempre quise-
ram, mas nunca puderam
lançar mão do hot stamping,
uma alternativa promete
matar essa vontade: a deco-
ração a frio.
Trata-se, na verdade, de
uma classificação genérica
que reúne diversas técnicas
que estão se popularizandona Europa e nos Estados Unidos sob o
nome de cold foiling, para impressões
flexográficas em estações de banda es-
treita (narrow web). Elas simulam a apa-
rência do hot stamping, porém dispen-
sando as altas temperaturas e a confecção
de ferramental. Além da possibilidade da
aplicação em substratos “problemáticos”,
seu custo inicial é baixo, já que não é ne-
cessário clichê ou outra ferramenta, e há
possibilidade de trabalho com tiragens
flexíveis, entre outras vantagens. 
“Ademais, o processo pode ser adota-
do facilmente em impressoras flexográfi-
cas com pequenas modificações, sem
acertos demorados ou altos investimen-
tos, e rodando em grandes velocidades”,
22 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
diz Rubens Wilmers, da área comercial da
distribuidora de máquinas Comprint. Os
requisitos são uma estação de secagem
UV na última unidade de impressão da
máquina, um sistema de laminação e uma
delaminadora pós-UV. Segundo ele, a li-
nha Gidue Combat de impres-
soras, representada pela em-
presa, já possui uma ampla fa-
mília adaptada ao cold foiling.
Rápido e econômico
Por aqui, uma das empresas
que já fornece uma variante da
técnica, de nome Cold Dieless
Foil, é a FRM Brasil. No caso
da tecnologia da FRM, pelícu-
las (foils) são transferidas para
as áreas onde se pretende apli-
car o efeito metalizado através
da aplicação inicial de um ade-
sivo, fornecido pela Akzo No-
bel. “A seguir, é feita a metali-
zação”, explica Rod Abba-
monte, diretor geral da FRM.
“É um processo rápido, ideal
para máquinas flexográficas e
letterpress, e pode ser aplicado por impres-
soras que já possuem estações de hot stam-
ping, sem problemas”, diz.
A técnica Cold Dieless Foil foi desen-
volvida e patenteada pela API Foils, que é
parceira mundial do grupo italiano FRM.
Além da já citada Gidue Combat, esta-
ções flexográficas de outros fabricantes,
como Nilpeter, Rotatek, Arpeco e Codi-
mag, já testaram a técnica de decoração
com êxito. Atualmente, é possível conse-
guir efeitos dourados e prateados, e vale
ressaltar que os acabamentos do cold foi-
ling ainda não possuem a mesma qualida-
de do hot stamping. “Mas a tendência é de
rápido aperfeiçoamento da tecnologia”,
prevê Abbamonte.
decoração
N
Fria nobreza
Alternativa ao hot stamping promete alastrar metalizações
Akzo Nobel
(41) 272-5388
www.akzonobel.com.br
Comprint
(11) 3371-3371
www.comprint.com.br
FRM Brasil
(11) 6914-6336
www.frmbrasil.com.br
Amostra dá
a riqueza
dos detalhes
metalizados
aplicados a frio
32cold_stamping 25/04/02 12:27 Page 22
oucos são os empreendimen-
tos que, em menos de dez
anos, conseguem atin-
gir o pleno sucesso.
Na cadeia de embalagem, a Anti-
lhas é uma dessas exceções. A
empresa, que em 1989 era mais
uma pequena e endividada gráfi-
ca no país, com 13 funcionários,
hoje lidera o fornecimento de embalagens
em papel, cartão e plástico para redes de
lojas e em envoltórios para a indústria de
papéis cut-size – os sulfites e congêneres
utilizados em casas e escritórios, sobretu-
do como suprimento de informática. E
quer mais.
Entre o fim deste ano e o início de
2003 uma nova unidade industrial, avalia-
da em 20 milhões de reais, será inaugura-
da em Santana do Parnaíba (SP), num ter-
reno de 38 mil metros quadrados. Lá, será
possível a Antilhas aglutinar todas as suas
atividades, hoje distribuídas em cinco
plantas – três contíguas em Barueri e duas
para distribuição, localizadas nas cidades
paulistas de Itapevi e Carapicuíba –, e ba-
lizar a vontade de expandir ainda mais
seus negócios.
O “pulo do gato” para a Antilhas foi a
visão do proprietário Valter Baptista, um
ex-executivo da Ford, do potencial de
crescimento das lojas em shop-
pings e das franquias. No início da
década passada, começava o
“boom” dos sistemas de franchi-
sing, e Baptista detectou a carência
dos lojistas por soluções integradas
em embalagens. Ali estava uma boa
oportunidade de negócios. Ele investiu to-
das as economias para se tornar sócio de
26 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
uma pequena gráfica de Barueri, e se cer-
cou de profissionais que, embora não tives-
sem experiência na indústria de emba-
lagem, tinham um quê de visioná-
rios. Um exemplo ilustra bem esse
aspecto: a Antilhas apostou em um
modelo administrativo incipiente
para a época na indústria gráfica,
baseado em investimentos pesa-
dos em informatização. Dessa forma, nas-
ceu o principal “produto” da empresa, o
Just In Time/Franchising Program
(JIT/FP), uma espécie de pacote que reúne
todos os processos industriais e de serviços
envolvidos na cadeia da embalagem geren-
ciados por um software dedicado.
Simples na teoria
A idéia, simples na teoria, mas intrincada
na prática, era a de criar, produzir, armaze-
nar e distribuir embalagens, centralizando
todas as fases da cadeia em apenas uma
empresa, com vocação industrial. Deu tão
certo que, hoje, as sacolas, sacos, caixas,
cartuchos e demais produtos da Antilhas
têm participação de cerca de 60% no seg-
mento de embalagens para lojas e fran-
quias, sendo entregues em mais de
12 000 pontos-de-venda Brasil afo-
ra através de oito transportadoras
parceiras. As principais marcas de
confecção e de cosméticos usam
embalagens da empresa, inclusive
em mercados internacionais.
“Nosso lema é justamente tirar a
preocupação dos nossos clientes
com embalagens, oferecendo um vasto
mix de soluções”, sintetiza Maurício Mon-
toro Groke, diretor comercial da Antilhas.
“Mesmo que a empresa não produza certos
perfil
P
Embrulhos sem
imbróglios
Lojas e papéis de escritório sustentam o crescimento da Antilhas
Mix de embalagens
da Antilhas 
consome quase 
15 000 toneladas de
materiais por ano
Sacolas da
Kopenhagen: flexo
com diversos
prêmios em 2001FO
TO
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abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 27
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ca
.c
om
.b
r
Antilhas
(11) 4166-4188
www.antilhas.com.br
componentes, parcerias são fechadas para
atender as necessidades dos comprado-
res”, diz. É o caso das fitas de cetim e gor-
gorão usadas nos embrulhos para presente,
que a Antilhas distribui numa parceria
com a fabricante Progresso Hudtelfa.
Com investimentos estratégicos em
maquinário, como na compra de máquinas
de montagem automática para sacolas, e
com a expansão da internet e do comércio
eletrônico, o modelo do JIT/FP ganhou
ainda mais força. Atualmente, perto de
70% das vendas da empresa são feitas pela
web, num sistema monitorado por uma
equipe de informática própria.
Nos escritórios também
Mas não são apenas as soluções para lojas
que sustentam o crescimento da Antilhas.
Ela também detém 50% do fornecimento
de embalagens (envoltórios) para o merca-
do de papéis cortados (cut-size), o que gera
30% de seu faturamento. Recentemente,
2,5 milhões de dólares foram investidos em
uma impressora flexográfica de oito cores,
da espanhola Comexi, a terceira da empre-
sa – as outras são da italiana Uteco. Segun-
do Groke, o modelo é único no Brasil em
seu segmento, e irá aumentar em 80% a sua
capacidade de produção.
Para se ter idéia, o novo equipamento
permite à Antilhas suprir integralmente o
consumo de embalagens de todas as fábri-
cas de papéis cut-size do país. Atualmente,
quase a totalidade dos envoltórios utiliza-
dos pela Cia. Suzano e pela Ripasa sai da
Antilhas. “Ninguém dava atenção à emba-
lagem desse produto, já que ele era com-
prado geralmente em lotes, por escritó-
rios”, lembra Groke. “Nossa sorte foi que
o produto ganhou o caráter de suprimento
de informática e isso gerou disputa em
prateleira, com a embalagem adquirindo
importância como impulso para a com-
pra”. As outrora desprezadas embalagens
ganharam mais cores, laminação adequa-
da, atenção.
No início com 13 funcionários,hoje a
Antilhas emprega 328 pessoas e terceiriza
acabamentos manuais utilizando entre
500 e 800 pessoas. Uma nova impressora
off-set deve chegar à empresa ainda este
ano. A partir da inauguração da nova fá-
brica, a expectativa é de crescimentos
anuais de 25%. No segmento de envoltó-
rios para os papéis cut-size, a Antilhas es-
pera crescer 20% neste ano. O otimismo é
calcado nas boas perspectivas para os
principais mercados atendidos. “Direcio-
namos a produção para nichos que dão
importância à embalagem”, diz Groke. “O
que nos interessa não é somente o aperfei-
çoamento da embalagem, mas a importân-
cia da logística de sua entrega e o papel
que ela tem na venda de determinados
produtos”, pontifica.
EMPRESA EM NÚMEROS
Funcionários: 328
Parque industrial: 21 mil m2 (somando cinco unidades)
Produção: Sacolas de papel e plástico com acabamento manual
(15%) e produzidas automaticamente (25%), caixas e cartuchos
(15%), envoltórios em papel, BOPP e outros plásticos (35%) e ou-
tros (10%). Em 2000, produziu 45,4 milhões de sacolas, 45,6 mi-
lhões de sacos, cartuchos e caixas, 55,4 milhões de lâminas olfati-
vas e 2 845 toneladas de envoltórios, industrializando 13 203 tonela-
das de papel cartão e plástico.
Faturamento: R$ 110 milhões (2000)
Tecnologia: Impressoras off set 2 e 5 cores com verniz, base água e
UV, em linha; impressoras flexográficas 6 e 8 cores com verniz UV
em linha; máquinas automáticas de fabricação de sacolas; coladei-
ras de caixa e cartuchos; corte e vinco automáticos e manuais; es-
tação de hot stamping; laminadoras solventless; rebobinadeiras;
máquinas corte e solda para plástico; máquinas automáticas de fa-
bricação de sacos; diversos acabamentos manuais.
Principais clientes: Hugo Boss, Hering, Brooksfield, Zapping, Wran-
gler, Levi’s, Harry’s, Lacoste, VR e Daslu (confecção); Ripasa e Cia.
Suzano (papéis); Avon, Natura, O Boticário, Água de Cheiro, L’Ac-
qua Di Fiori e Clorophylla (cosméticos); Ofner, Baked Potato, Kope-
nhagen, Viena, Grain Mills, Empório Santa Maria (alimentação).
Exportações: Negócios com Argentina (289 toneladas em 2000, atra-
vés de bobinas técnicas) e Estados Unidos estão sendo retomados.
Previsão de crescimento (estimativa): 25% a partir de 2002.
Organização é
essencial para
atender as lojas
32antilhas 25/04/02 14:26 Page 27
uem acompanhou a Fispal
nos últimos anos percebeu
que seus organizadores têm se
esforçado cada vez mais para
ampliar o alcance da feira, sem com isso
perder referência no mercado alimentício.
Na edição 2001, essa estratégia ficou evi-
dente em pelo menos duas situações.
Em decorrência de seu constante cres-
cimento, a Fispal Tecnologia, braço da
feira voltado principalmente ao mercado
de embalagem, ganhou um espaço inde-
pendente, quase que se equiparando em
metragem e volume de negócios à pró-
pria Fispal Alimentos. 
Também no ano
passado, a Fispal pas-
sou a contar com a
Technoplus – Feira In-
ternacional de Tecnolo-
gia para as Indústrias
Farmacêutica, Química
e Cosmética que, por
sinal, também tem co-
mo alvo os fornecedo-
res de embalagem.
As novidades para esse ano também
indicam que os organizadores da Fispal
querem aumentar o foco do evento,
tornando a embalagem um de seus pon-
tos-chave. Tais ações começam a ser
reveladas agora, com a aproximação da
edição 2002 daquela que se anuncia
como a maior feira de alimentos da
América Latina.
Em mais uma prova de seu imenso in-
teresse pelo mercado de embalagens, o
Grupo Brasil Rio, que organiza a Fispal,
se uniu ao Comitê de Design da Abre,
para realizar o Pack Design Show – es-
paço da Fispal Tecnologia destinado à
exposição de projetos de embalagem e à
integração da indústria com as agências
de design.
28 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
A amostra será feita numa área de
300m2, que será ocupada por 16 agências
de design. “O critério do que será exposto
não é o mercado alimentício. As agências
se preocuparão em mostrar seus mais re-
centes trabalhos”, diz Manoel Müller,
coordenador do Comitê de Design da
Abre. Além de agilizar contatos, o objeti-
vo será discutir o papel das embalagens
no esforço de exportação dos produtos
brasileiros, além de aproximar agências de
design de pequenas e médias empresas.
De acordo com Luiz Fernando Perei-
ra, diretor da Fispal Tecnologia, a realiza-
ção do Pack Design
Show estava prevista
para 2003. “Mas dri-
blamos o problema
de espaço, fazendo a
exposição já esse
ano”, conta . 
Na visão do coor-
denador do Comitê
de Design da Abre, a
viabilização do even-
to evidencia que a in-
dústria de embalagem quer se relacionar
mais estreitamente com as empresas de
design. “O evento prova a aproximação
mercadológica e o entrosamento técnico
que vêm ocorrendo entre os designers e a
indústria de embalagem”, diz Müller. 
Nessa mesma tese, o diretor da Fispal
Tecnologia observa que alguns patrocina-
dores do Pack Design Show são fornecedo-
res de máquinas de embalagem. “Isso mos-
tra o interesse que o design alcançou no se-
tor”, conclui Luiz Fernando Pereira.
evento
Q
Show de design
Fispal 2002 vai inaugurar espaço para exposição de embalagens
Serviço:
Fispal Tecnologia
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Data: 18 a 21 de junho
Informações: (11) 3759-7090
32packdesign 25/04/02 12:36 Page 28
arece que o objeto de criação
dos profissionais de embalagem
será cada vez mais visto longe
das gôndolas de supermercados,
refrigeradores de lojas de conveniência, ou
mesmo prateleiras de drug stores.
Mas não se trata de uma separação
traumática, nem definitiva. Acontece que,
nos mais diferentes ramos da economia,
existem produtos que, mesmo não sendo
expostos ou vendidos em displays e pon-
tos-de-venda tradicionais, precisam de
embalagens eficazes para convencer o
consumidor a levá-los para casa.
E essa é exatamente a chave da ques-
tão quando se constata a surpreendente
demanda por embalagens que o merca-
do de fast-food, ou refeições rápidas,
vem apresentando nos últimos anos.
Praticidade na entrega
Ante as exigências de padronização e
construção de identidade visual, im-
postas sobretudo pelo serviço de en-
trega de suas refeições, muitas redes
do setor perceberam que investir em
embalagens bonitas e higiênicas é tão im-
prescindível para conquistar a preferência
de novos consumidores quanto bolar san-
duíches saborosos ou vender batatas fritas
sequinhas e crocantes.
Essa tendência não é nova, já que há
mais de vinte anos, com a entrada no país
das grandes cadeias americanas de lancho-
netes, as empresas de fast-food vêm
investindo em embalagens no Brasil.
Mesmo assim, é estimulante ver que
esse campo de atuação continua em movi-
mento, oferecendo cada vez mais oportu-
nidades para designers e convertedores de
embalagens. É isso que demonstram os ca-
sos apurados nesta reportagem, a começar
pelo do Habib’s, maior cadeia de cozinha
árabe do país.
28 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Em paralelo a uma forte campa-
nha focada em aumentar a participa-
ção das vendas em domicílio no seu
faturamento (o mote da estratégia é a
garantia de que nenhum pedido leva
mais de 28 minutos para ser entregue
na casa do consumidor), o Habib’s aca-
ba de empreender uma reformulação de
fôlego em toda sua linha de embalagens.
“Criamos projetos que nunca foram
empregados por uma empresa de fast-
food no Brasil”, acredita Gabriela Tischer,
diretora da Spice Design, agência que
atendeu o Habib's nesse verdadeiro esfor-
ço de renovação.
A novidade que mais chama a atenção é
o bag para sanduíches. Trata-se de um saco
celulósico que, além de impressão chama-
tiva, recebe uma resina térmica especial. O
fechamento é garantido por uma selagem,
e a abertura, por uma tira picotada. Os dois
lados da embalagem contam com a face do
simpático Gênio Habib’s, que personifica a
rede desde sua fundação, em 1989.
A Spice Design tambémreformulou as
embalagens de papelão ondulado utiliza-
das para pizzas, esfihas e salgados. Novas
abas foram projetadas para, ao explorar o
natural potencial de isolamento térmico do
material, reter o calor dos alimentos por
mais tempo. Contando com um pool de
fornecedores espalhados pelo Brasil, o Ha-
fast-food
P
Salão ou viagem?
Mercado de refeições rápidas consome cada vez mais embalagens
À direita, 
linha completa 
de embalagens 
do Habib’s. 
Abaixo, 
saco térmico 
para lanches
Leandro Haberli
32fast-food 25/04/02 12:44 Page 28
layout e arte-final. O mascote Gordinho,
por exemplo, acaba de ser submetido a
um chek-up de contornos e cores.
A J Pack desenvolveu ainda cai-
xas de papel cartão, cuja impressão é
feita sobre uma resina térmica espe-
cial. Nelas, as paredes internas são co-
bertas por um verniz antigordura.
“Atualmente, a demanda da Rede Gor-
dão Lanches é de cerca de 50 mil emba-
lagens por mês, sem contar com os copos
plásticos (fornecidos pela Dixie)”, diz
José Vieira da Silva, diretor da J Pack.
Ainda corroborando a tese de que o seg-
mento de fast-food vem se lançando de ma-
neira cada vez mais pujante em projetos de
embalagem, é válido observar que nem só
redes com certa ramificação ou uma marca
já consolidada têm recorrido a profissionais
especializados no assunto.
Ao contrário, a lição de que embalagens
diferenciadas constituem armamento de
longa distância e grosso calibre nos negó-
cios de fast-food já é repetida de cor por
empreendedores de todos os níveis. Com
duas lojas em Alphaville, conglomerado de
condomínios de luxo da grande São Paulo,
a pizzaria Sogiorno contratou uma agência
especializada em logotipia e identidade vi-
sual para criar as embalagens de sua linha
infantil, a Soggiorno Kids.
Utilizando papel cartão da Ripasa, a
Brain Design, agência escolhida para a fun-
ção, criou embalagens com apelos próprios
para o público infantil. O formato, por
exemplo, lembra o de uma lancheira esco-
lar. “Já no visual, tentamos criar um ‘uni-
verso kids’ a partir de temas relacionados à
culinária das pizzarias”, resume Danilo
Mandari, diretor da Brain Design.
Apesar da disseminação dos casos de
sucesso, é bem verdade que muitas das
oportunidades de projetos de embalagem
vistas no mercado de fast-food podem não
garantir a mesma repercussão gerada por
um produto de distribuição nacional. No
entanto, nunca é demais dizer que o McDo-
nald’s – marca cujas embalagens estão en-
tre as mais reconhecidas do planeta –, deu
seus primeiros passos vendendo hambúr-
gueres caseiros para um público que hoje
não encheria sequer uma de suas milhares
de lanchonetes espalhadas pelo mundo.
abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 29
bib’s não revela nomes de seus parceiros
de embalagem, sob a justifica de que tal
informação pode comprometer a concor-
rência entre essas empresas. Mas Alberto
Saraiva, presidente da rede, não deixa dú-
vidas de que se trata de um promissor
campo de atuação. “Com a preferência de
parcela crescente dos consumidores em re-
ceber refeições em casa, nosso delivery
precisa estar cada vez mais profissionaliza-
do”, comenta.
Papel das franquias
Essa profissionalização tem estreita ligação
com o crescimento do modelo de franquias
no setor. O próprio Habib’s hoje soma mais
de 150 restaurantes, espalhados por nove
Estados brasileiros – ramificação que dá
uma boa medida de como a marca consome
embalagens.
Criada em 1981 e hoje conhecida por
uma competitiva cadeia de lojas que se ex-
pandiu em cidades importantes da dinâmi-
ca região oeste do Estado de São Paulo, a
rede Gordão Lanches, natural de Campinas,
também se viu compelida, nos últimos
anos, a fazer novos investimentos em
embalagem.
Hoje já são 14 lojas, e a idéia é terminar
2002 próximo a vinte. Para cumprir essa
meta, além de investir em franquias, os do-
nos da Gordão Lanches passaram a se pre-
ocupar com funcionalidade e padronização
da identidade visual da marca.
Foi contratado um fornecedor exclusivo
para assumir o desenvolvimento das emba-
lagens de todas as lojas da Gordão. É a J
Pack, que, além de serviços gráficos e de
montagem das caixas, também atua com
Para a criançada,
pizza na lancheira
Embalagens 
da Gordão Lanches
recebem acaba-
mento de verniz
antigordura
Brain Design
(11) 3034-4359
contato@braindesign.com.br
Gordão Lanches
(19) 3294-5485
J Pack
(19) 3869-8340
jpack@mpc.com.br
Ripasa
0800 11 32 57
www.ripasa.com
Spice Design
(11) 3673-0121
www.spicedesign.com.br
ST
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ÃO
32fast-food 25/04/02 12:45 Page 29
ão mais encaradas como uma
extravagância trabalhosa e de
retorno duvidoso, as ações
promocionais se tornam pro-
gressivamente necessárias, em decor-
rência basicamente da hipercompetitivi-
dade e da proliferação de marcas que
disputam uma mesma categoria. Em pa-
ralelo ao progressivo reconhecimento do
potencial desse recurso, está ficando
cada vez mais claro que embalagens são
importantes ferramentas na promoção
de uma nova marca ou produto.
Mas projetos que se destaquem ape-
nas no ponto-de-venda graças à decora-
ção e outros recursos promocionais de
suas embalagens não são mais a única
tendência nesse sentido. Cresce a opção
por embalagens que não são destinadas
à exposição no ponto-de-venda, ou
mesmo ao consumidor final dos produ-
tos, mas sim a potenciais parceiros de
negócios.
Lidando com um mailing qualifi-
cado e específico para o merca-
do que quer se atingir, a
idéia é explorar as
embalagens promo-
cionais como verda-
deiras ferramentas
de marketing estraté-
gico. Foi mais ou menos
isso que fez a Nivea para di-
vulgar, já com vistas ao
outono-inverno 2002, as
novidades de duas de suas
principais marcas, a Nivea
Beauté, de produtos de maquia-
gem, e a Q 10 Plus, de hidratantes
para o corpo.
Duas belas embalagens foram desen-
volvidas para presentear estilistas, ma-
quiadores de grandes agências de mode-
los e, principalmente, donos e represen-
32 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
tantes de redes de lojas femininas – gran-
de mercado desses produtos. A distribui-
ção inicial foi feita no evento que se con-
solidou como meca dos profissionais de
moda do país, o São Paulo Fashion
Week, realizado no final de janeiro
Inspiração no brilho da pérola
Feitas de papel cartão, as embalagens
foram desenvolvidas por duas empresas,
a gráfica Congraf, e a agência Pac-
Prommos, sendo que esta última ficou
responsável por captar os desejos do
cliente. “No briefing, a idéia era que as
embalagens transmitissem requinte e
glamour”, diz Yndaiá Pinto, produtora
da Pac-Prommos e responsável pelo
atendimento da Nivea.
Há quatro anos prestando serviços
para a Nivea, a Congraf se preocupou de
maneira mais intensa com o lado estrutu-
making of
N
Como um porta-jóias
Nivea usa embalagem promocional para linha de maquiagem e body care
FO
TO
S:
 S
TU
DI
O
 A
G
Cartucho com
tampa basculante
foi projetado em
um sistema CAD
32nivea 25/04/02 14:38 Page 32
tra, que até poderia ser classificada como
uma tampa flip-top, o que chama a aten-
ção são estruturas internas desenvolvi-
das para encaixar os produtos. O kit
promocional é acompanhado de sa-
les folders, com catálogos e fotos
apresentando as novidades.
O processo de impressão da em-
balagem também envolveu esfor-
ços conjuntos. A faca do cartu-
cho foi projetada pela Congraf
num sistema CAD (Computer
Aided Design). Feito isso, o
passo seguinte foi a compo-
sição das imagens escolhi-
das pela Pac-Prommos. De-
pois de inúmeros layouts, a chapa de
impressão finalmente foi montada, com
os dados obtidos diretamente do compu-
tador, utilizando tecnologia CTP (com-
puter-to-plate), que dispensa o processo
de elaboração de fotolitos.
SegundoPaulo Sérgio, responsável
na Congraf pelo atendimento da Nivea,
a impressão foi feita em cinco cores,
mais um verniz à base de água, que
“também é aplicado on-line”. Só depois
da impressão das imagens o logotipo é
aplicado. “Nesse caso utilizando hot
stamping”, diz Paulo Sérgio, acrescen-
tando que as caixas foram entregues à
Nivea já montadas. 
Segundo o presidente da Congraf,
com o sucesso e a empatia gerados pelas
amostras, a Nivea já fez um novo pedi-
do, desta vez de nada menos do que 800
mil peças. Novas mudanças deverão ser
implantadas na aparência final dos car-
tuchos, para adequar o processo produti-
vo. “Estamos estudando diminuir as pro-
porções das caixas, para facilitar a expo-
sição no ponto-de-venda”, adianta
Sydnei, que além da Nivea, conta com
clientes como Avon e Natura.
É claro que um pedido dessa magni-
tude se explica por se tratar de uma
marca forte como a Nivea. Por outro
lado, ele não deixa de mostrar que a for-
ça das embalagens nas ações promocio-
nais já esta revertendo em novos negó-
cios para muitas empresas, inclusive
convertedoras e agências de desenvolvi-
mento de embalagem.
abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 33
ral da embalagem, além, é claro, de ser o
cérebro do processo de impressão. “Uti-
lizar visores transparentes já era uma
idéia preliminar nossa”, conta Sidney
Anversa Victor, presidente da Congraf.
“Outros detalhes, como o sistema de fe-
chamento, foram definidos depois”.
Como uma das novas linhas de ma-
quiadores da marca Beauté se chamava
Pearl Light (do inglês Luz de Pérola),
surgiu a idéia de criar uma embalagem
que lembrasse as delicadas e clássicas
caixas de jóias. Quatro protótipos foram
criados, mas apenas dois acabaram sen-
do aprovados para produção em série.
Impressão on line
Cada um apresenta um tipo de fecha-
mento diferente. Um dos cartuchos tem
um sistema de gaveta e travas, enquanto
o outro tem uma tampa basculante, pare-
cida com a de um baú. Apesar da dife-
rença, a intenção dos dois sistemas é a
mesma: fazer a embalagem se asseme-
lhar a um porta-jóias.
Há alguns detalhes que dão um toque
de modernidade ao projeto. Na embala-
gem-gaveta, foi utilizada uma janela de
polipropileno (PP) que permite a visuali-
zação do que está acondicionado. Na ou-
Congraf
(11) 5563-3466
www.congraf.com.br
Nivea
www.nivea.com.br
Pac-Prommos
(11) 6672-3740
emdia@uol.com.br
Chapa de
impressão das
imagens foi 
montada 
utilizando 
tecnologia CTP
32nivea 25/04/02 14:38 Page 33
34 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Alta resolução e rapidez
A Microservice acaba de lançar no Brasil a nova versão do scanner Lanovia, fa-
bricado pela Fujifilm Eletronic Imaging (FFEI). Trata-se do Lanovia Quattro, solu-
ção notória pela agilidade em produzir digitalizações de alta qualidade a partir
de negativos e transparências. O novo produto foi projetado para profissionais
de criação, fotógrafos, designers, bureaus e publicações. São empresas que em
geral necessitam de alta qualidade na digitalização de imagens, além de um equi-
pamento que seja habilitado a trabalhar com originais fotográficos.
Como o FineScan,um de seus grandes concorrentes, o Lanovia
Quattro é um scanner plano de alta resolução, que oferece a
possibilidade de capturar imagens com qualidade, de maneira
prática e rápida. Segundo o fabricante, o Lanovia Quattro
possibilita ampliações superiores a 4 000% e pode produzir
até 40 digitalizações por hora. Vem equipado com o novo
software Colourkit, da Fujifilm. 
www.microservicedigital.com.br • (11)-3959-1300
Tecnologia a serviço da arte
Gráfica e convertedora es-
pecializada no mercado
de embalagens artísticas e
metalizadas, a Cromus de-
senvolveu um envelope es-
pecial para a 25ª Bienal
de Arte de São Paulo, rea-
lizada em abril. O envelo-
pe é produzido a partir de
um processo de laminação
em que são unidos dois fil-
mes de BOPP, um metali-
zado e outro transparente.
As imagens, incluindo a
foto interna do pavilhão
do Ibirapuera em que a
Bienal é realizada, de
Juan Carlos Guerra, são
impressas em flexografia.
A definição e o acaba-
mento final são tão bons
quanto os obtidos por um
processo de impressão em
off-set. Além do envelope,
a Cromus desenvolveu
uma embalagem do tipo
bag, que foi usada para
acondicionar produtos
vendidos na loja da pró-
pria Bienal. 
cromus@cromus.com.br
(11) 215-0822
Foco na pré-impressão
Representante exclusiva
da dinamarquesa Purup
Eskofot, a Intergráfica
está trazendo ao Brasil
o mais novo equipamen-
to de pré-impressão au-
tomatizada da empresa,
voltado para gráficas de
médio e grande porte. 
É o Plate Driver, que tra-
balha com formatos de
4 e 8 páginas. 
Seu grande diferencial é
o tambor interno. A ali-
mentação das chapas
de impressão também
foi melhorada. A idéia é
tornar a linha da Purup
Eskofot o carro-chefe
das vendas na área de
pré-impressão da Inter-
gráfica. A empresa está
otimista nesse sentido.
Até novembro, a expec-
tativa da Intergráfica é
que a área de pré-im-
pressão cresça em tor-
no de 45% no Brasil.
Vale lembrar que, recen-
temente, a Purup-
Eskofot adquiriu 51%
dos negócios da Barco
Graphics, uma das mais
importantes fabricantes
do segmento de pré-im-
pressão.
www.intergrafica.com.br
(11) 4076-1155
32painelgrafico 25/04/02 15:15 Page 34
abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 35
Site com plug-ins da Adobe
Desenvolvedora de softwares para de-
sign gráfico, criação e edição, a Adobe
acaba de lançar o Xchange, um site
comunitário que compartilha plug-ins,
arquivos para atualização e incremen-
to de recursos, de programas como o
Photoshop e o Illustrator. Entre o con-
teúdo disponível para otimizar as fer-
ramentas dos softwares da Adobe, os
destaques são os filtros de Photoshop
e os pincéis para Illustrator. Com mais
de 4 mil documentos arquivados e
cerca de 180 mil membros, o Adobe
Xchange é parte do Adobe Studio, ou-
tro recurso Web recém-lançado pela
empresa, que funciona como uma
central de informações para usuários,
com dicas e muita troca de experiên-
cias. A navegação pelo Adobe Xchan-
ge é gratuita. No entanto, é necessário
cadastrar-se por meio da comunidade
Adobe Studio. 
www.adobexchange.com ou
http://studio.adobe.com
Comemoração 
colorida
A gaúcha Embanor Artes Gráficas
acaba de adquirir uma impressora
Lithrone 540, da japonesa Komori.
A compra marca as comemorações
de 25 anos da empresa, que foi fun-
dada em Bento Gonçalves. A Lithro-
ne 540, com velocidade de 15 mil
folhas por hora e saída longa com
verniz, deverá aumentar a capaci-
dade de produção da Embanor em
40%. A negociação de compra do
equipamento foi feita com a Guten-
berg, representante da empresa ja-
ponesa no Brasil.
Embanor (54) 454-9500
Gutenberg (11) 3225-4400
www.gutenberg.com.br
A Gutenberg lançou uma solução com-
pacta para processar chapas de flexo-
grafia. É a Combi F III, da BASF Prin-
ting Plates. A empresa diz que o equi-
pamento garante uma produção eco-
nômica e rápida de clichês. Outra van-
tagem é a possibilidade de lavar
clichês no sentido transversal. Em
comparação com a lavagem longitudi-
nal, a Gutemberg afirma que há um
aumento de capacidade de até 30%. 
A unidade expositora é apoiada em ro-
das dotadas de sistema de segurança,
que tornam o equipamento prático e
compacto. Há ainda um dispositivo
que faz o controle central de todos os
processos, incluindo tempos de pré-ex-
posição, exposição principal, pós-expo-
sição, pós-tratamento e secagem. 
www.gutenberg.com.br
(11) 3225-4400
Agilidade em flexo Nova mídia para rótulos
Conhecida por suas películas
de PVC decorativo, a CMY Inno-
vation está trazendo ao merca-
do de substratos para impres-
são de rótulos novos filmes
auto-adesivos em BOPP, fabri-
cados pela empresa alemã IN-
TERCOAT. A face do material é
extrudada, tratamento que ga-rante boa definição dos regis-
tros por mais tempo. 
Os filmes auto-adesivos em
BOPP importados pela CMY es-
tão disponíveis nas cores bran-
ca e transparente, e nas espes-
suras de 40 e 60 microns. O ma-
terial é entregue em bobinas de
500, 1mil e 2mil metros.
www.cmy.com.br
(11) 3331-0577
Uma chapa 
que não esquenta
A progressiva adoção de processos
gráficos que utilizam a tecnologia CTP
(computer-to-plate) está movimentando
o mercado de chapas para impressão.
Especializada nesse segmento, a IBF
está lançando a chapa Million 2 para
sistemas CTP térmicos. Além de alta
sensibilidade e grande latitude de ex-
posição, o que a torna compatível com
pequenas, médias e grandes tiragens,
a IBF Million 2 dispensa a fase de pré-
forno. De fácil manuseio, ela pode ser
processada na luz do dia, e revelada
em processadoras automáticas con-
vencionais. O baixo consumo de água
e a economia de papel são outras van-
tagens da nova chapa da IBF. 
marketing@ibf.com.br
(21) 2541-1149
32painelgrafico 25/04/02 15:15 Page 35
36 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Parceria aqui...
A cervejaria portuguesa Cintra
inaugurou em 23 de março sua
fábrica em Piraí (RJ), toda equipa-
da com equipamentos da Krones.
A linha de engarrafamento tem
capacidade de 50 000 garrafas
por hora, para envasamento em
vasilhames retornáveis de 600ml.
...e na “Terrinha”
A Krones firmou também acordo
semelhante para a instalação de
uma cervejaria da Cintra em Por-
tugal. “O objetivo é participar no
mundo inteiro através de parce-
rias sólidas”, diz Rogério Baldauf,
diretor comercial da Krones no
Brasil.
Hors-concours
O fechamento Biplus, da Brasilata,
voltado às latas de tintas prepa-
radas em sistemas tintométricos,
acaba de ganhar mais um prêmio.
Desta vez, ele foi conferido du-
rante a 9ª edição do congresso
LatinCan 2002, realizado no fim
de fevereiro no Rio.
A mais antenada
Pesquisa da revista de tecnologia
Info, da Editora Abril, apontou a
Alcoa como a indústria de base
“mais ligada do país”. Ela foi a
sexta colocada no ranking das
100 companhias mais avançadas
em tecnologia no Brasil. Só perdeu
para bancos e empresas de TI.
Copo vazio nunca mais
Uma equipe da Mitsubishi Electric
Research anunciou o desenvolvi-
mento de uma garrafa inteligente
para cerveja, que “avisa” os gar-
çons ao fim do seu conteúdo. Isso
é possível graças a um sistema
chamado iGlassware, que reveste
a garrafa com um material condu-
tor que mede o seu volume. Vazia,
a garrafa envia, através de sinais
de rádio, mensagens para PDA’s
(Palms) dos garçons.
Tampografia de última geração
A TMW-100 é a mais recente impressora tampo-
gráfica lançada pela Wutzl, para gravações em
embalagens e peças diversas. Tem tinteiro mó-
vel, com possibilidade de conversão de tintei-
ro aberto para selado e vice-versa, tem pro-
dução de 3600 ciclos por hora e comando
RISC 16 bits. Sua concepção sem contro-
les de ajustes nas laterais permite a colo-
cação de várias máquinas lado a lado,
formando conjuntos para várias cores ou
montagens compactas. O exclusivo sistema
de controle de posição de tampão em ma-
lha fechada (encoder) e os manômetros digi-
tais (linha e raspagem) tornam o ajuste rápido e
prático. Área útil de impressão: 70mm x 70mm
com tinteiro aberto e 65mm de raio com tinteiro
fechado. (11) 603-4233 • www.wutzl.com.br
ARAPUCA PARA A INEFICIÊNCIA
A Schedule do Brasil desenvolveu um
palete de alumínio do tipo “gaiola”,
voltado ao acondicionamento e
transporte de alimentos congelados.
Os paletes podem ter rodízios, o que
facilita a colocação dos alimentos já
preparados e seu transporte para câ-
maras frias, evitando possíveis conta-
minações ou danos provocados por
novos manuseios, além de contribuir
para a preservação das embala-
gens. De acordo com a Schedule, o
palete de alumínio traz vantagens
claras em relação aos de madeira
ou plástico em termos de higiene, du-
rabilidade e praticidade, e suas ca-
racterísticas atendem aos requisitos
da Portaria 326/97 da Vigilância
Sanitária, que orienta as boas práti-
cas no setor de alimentos. O tama-
nho é o padrão: 1200mm x
1000mm.
(12) 218-3012 • www.schedule.com.br
Nova interface com o mercado
Uma das mais conhecidas fornece-
doras de rótulos e etiquetas auto-
adesivas no país, a Prodesmaq está
apresentando ao mercado um logo-
tipo mais moderno. A principal novi-
dade é que a frase “rótulos auto-
adesivos” está sendo substituída
por “soluções em auto-adesivos”.
De acordo com a empresa, a nova
identidade visual ajudará os clientes
e o mercado a identificar a versatili-
dade da empresa.
(19) 3876-9300
www.prodesmaq.com.br
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38 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002
Se a superfície é lisa...
A principal virtude da
tinta 899 BK, da Domi-
no, é servir para a im-
pressão de dados em
substratos de difícil
aderência nas codifica-
ções por jato de tinta.
Foi desenvolvida para
aplicações em polietile-
no de alta densidade,
mas também tem bom
desempenho em polieti-
leno de baixa densida-
de e em polipropileno.
A tinta é isenta de Mek,
seca em menos de 1
segundo, tem boa tole-
rância à água e elimina
a necessidade de trata-
mentos superficiais,
como flambagem ou
tratamento corona.
(11) 3048-0127
depcod@sunnyvale.com.br
PEQUENAS QUANTIDADES
TAMBÉM TÊM VEZ
A TME Cosmetics, conhecida fabricante de tampas para
o mercado de cosméticos, está inaugurando um novo
sistema de vendas a pronta-entrega para pequenos e
médios clientes. Ele permite adquirir pequenas quantida-
des de tampas, e, a princípio, contemplará os interessa-
dos na compra das tampas Liz, Thenue, Victoria, Conjun-
to Tampa Flint, Tahaa e Tahaanui. Todas essas peças es-
tarão disponíveis em três cores diferentes. A TME avisa
que poderá atender prontamente pedidos de 400 até 2
mil peças de cada tampa. 
0800-192468 • www.tme.com.br
VICTORIA THENUE
TAHAANUI FLINT TAHAA
LIZ
Destinado a estudantes de graduação e pós-gradu-
ação de áreas relacionadas com o desenvolvimento
de embalagens como design, desenho industrial,
artes plásticas, arquitetura, marketing, artes gráficas
e comunicação social de todo o país, o 3º Prêmio
Brasileiro de Embalagem Papelcartão está abrindo
o seu período de inscrições. 
Realizado pela Campanha Papelcartão em parceria
com a Universidade Anhembi-Morumbi, o Prêmio
tem nesta edição como temas para desenvolvimento
embalagens para os seguintes segmentos: gênero
alimentício; cosméticos; higiene e limpeza; ves-
tuário/calçados; utilidades domésticas; e multi-
packs. Os participantes poderão apresentar traba-
lhos com novas propostas de embalagens para pro-
dutos que já utilizam Papelcartão, assim como para
produtos que ainda não utilizam o material.
Este ano os trabalhos dos alunos de graduação
serão julgados separadamente dos alunos de pós-
graduação. Os prêmios: na Categoria Estudante de
Graduação, um computador iMac mais dois soft-
wares gráficos para o primeiro colocado; um iMac
mais um software gráfico para o segundo; e um 
iMac para o terceiro. A Categoria Estudante de 
Pós-graduação premiará o vencedor com um
iMac e mais dois softwares gráficos. 
Os kits, contendo regulamento e materiais 
para inscrição, podem ser solicitados até 17 
de agosto, pelo telefone 0800 102131, ou 
pelo site www.papelcartao.com.br.
Tem início o 
3º Prêmio Brasileiro 
de Embalagem Papelcartão
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Patrocínio:
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Apoio:
PRÊMIO ABRE DE DESIGN DE EMBALAGEM, MAIS QUE UM PRÊMIO, UM RECONHECIMENTO.
O Design de Embalagem é uma ferramenta de competitividade industrial que atua junto ao 
desenvolvimento da embalagem, buscando o melhor aproveitamento da matéria-prima e recursos 
naturais, otimizando o seu transporte, armazenamento, manuseio, comunicação,

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