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Como surgiu gênero a discussão sobre a luta (1)

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Relações de gênero e políticas sociais
Cândida Maria
Edsandra de Paiva
Maria Márcia de Jesus
Tarcila de Oliveira
Como surgiu gênero a discussão sobre a luta de gênero
Movimento feminista (segunda onda do movimento), no final da década de 1960 na qual surge a partir dos debates sobre paradigmas históricos- críticos e culturais do feminismo e parte de uma concepção critica em relação a uma visão androcêntrica(quem manda é o homem) da humanidade, a qual terminou por excluir metade do gênero humano dos espaços sócio econômicos e políticos. Essa perspectiva tem como proposta dar uma nova mirada para a realidade a partir das mulheres e com as mulheres para revolucionar a ordem dos poderes, centralizando-se no reconhecimento da diversidade de gênero que implica a construção de uma humanidade diversa e democrática, construídas de diferenças culturas e identidades.
Noção de gênero
Antes o conceito estava ligado a uma dimensão orgânica, biológica, atualmente a noção de gênero tem outra forma na qual é construída a partir de valores, praticas e significados culturais e históricos, quem podem ser reinterpretados e resinificados.
Portanto a noção de gênero não abarca somente a dimensão MACHO x FEMEA, mas outras dimensões, tidos como identidade de gênero, tais como:
Gays,
 Bissexuais, 
Travestis, 
Transexuais 
Transgêneros
Preconceito
(Bento, 2006) revela que existe na sociedade a coisificação do gênero, a sexualidade é visto apenas a partir do modelo hegemônico- heterossexual.
O gênero é domesticado pelas instituições medicas, linguísticas, domesticas e escolares, distinguindo o que é certo e errado, criando assim uma sociedade de relações desiguais entre os sujeitos.
Heteronormatividade
A heterossexualidade se apresenta como norma, demarcando dentro dos seus parâmetros, o campo da normalidade: a capacidade da heterossexualidade apresentar-se como norma, a lei que regula e determina a impossibilidade de vidas fora de seus marcos. É um lugar que designa a base de inteligibilidade cultural através da qual se neutralizam corpos/gênero/desejos e definirá o modelo hegemônico de inteligibilidade de gênero, no qual supõe que para o corpo ter coerência e sentido deve haver um sexo estável expresso mediante o gênero estável ( masculino expressa homem, feminino expressa mulher)
Homofobia:
Essa sociedade que disciplina corpos desenvolve seres intolerantes a diferença, a pessoas que julgam os que escolhem a não se adequar ao padrão estipulado. Constroem assim pessoas cheias preconceito, produzindo a homofobia e o sexismo. 
Homofobia: Preconceito contra os homossexuais 
Sexismo: hierarquização entre homens e mulheres
Diversidade sexual e politicas publicas: 
Constituição de 1988: marco fundamental, na qual a sexualidade e a reprodução institui-se como campo legitima de exercício de direitos no Brasil.
No ano de 2004 o governo federal através da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), no âmbito do Programa Direitos Humanos, Direitos de todos, propõe o Programa Brasil Sem Homofobia (BSH). Com o objetivo de “promover a cidadania GLBT, a partir da equiparação de direitos e do combate à violência e à discriminação homofóbicas, respeitando a especificidade de cada um desses grupos populacionais”
Essas foram algumas medidas previstas pelo programa BSH:
Apoio a projetos de ONGs; 
Capacitação de militantes e ativistas; 
Criação de núcleos de pesquisa em universidades públicas; projetos de capacitação de professores da rede pública; 
Programas na área de saúde e prevenção de DST/AIDS; e a criação de centros de referência em direitos humanos e combate a crimes de homofobia
Questões previdenciárias:
Adoção
Declaração de afeto em espaços públicos 
Mudança de nome e de sexo no certidão de nascimento 
Reconhecimento legal de relações entre pessoas do mesmo sexo 
acesso a politicas de saúde especificas
O Plano LGBT foi lançado recentemente, em 14 de maio de 2009, e compilou as proposições da conferência nacional em 2 eixos estratégicos: 
I - Promoção e defesa da dignidade e cidadania LGBT ;
 II – Implantação sistêmica das ações de promoção e defesa da dignidade e cidadania LGBT, com ações a serem desenvolvidas em curto prazo (ainda em 2009) e em médio prazo (até 2011) distribuídas entre os ministérios: da Saúde; Desenvolvimento Social e 
e combate a fome; trabalho e emprego; previdência social; relações exteriores; turismo; justiça; segurança pública; educação; cultura; defesa; cidades; meio ambiente; planejamento, orçamento e gestão; e a SEDH. 
segundo relatos de indivíduos que participam do movimento LGBATTS as ONGS de ativismo conseguem fazer um trabalho mais próximo das necessidades do movimento do que o próprio estado, , o que parece mais uma forma de desresponsabilização do estado do que uma proposta de autonomia à sociedade civil a desenvolver serviços sociais. 
Legislação:
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.
Art. 2o  Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3o  Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
§ 1o  O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Direitos Humanos:
Artigo 1.º
todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2.º
todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto.
além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
reflexão
Não se é tão livre quanto se deseja, quanto se quer, quanto se julga, talvez quanto se vive.
 Marguerite Yourcenar
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