Buscar

ATPS TRAT. DA INFORMAÇÃO E IND. SOCIAL (2)

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – POLO PIRITUBA/SP.
CURSO - SERVIÇO SOCIAL – 6º SEMESTRE.
ATPS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADOR SOCIAL
ANDRÉIA MARIANA DE SOUZA SILVA – RA 6942010820
DANIELA BARBOZA MALDONADO – RA 6788401105
ELAINE CRISTINA SANTOS BOENO DE OLIVEIRA – RA 0155549871
JULIANA NASCIMENTO DE LANO– RA6377230992
LAUDICEIA PINTO CARVALHO – RA 7172531531
VILMA DE SOUZA LIMA SILVA – RA 7365508437
PROF.ª  
MARISA CRISTINA DOMINGUES
SÃO PAULO-2015.
POLITICAS PÚBLICAS
“Política Pública” é a soma de atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam na vida dos cidadãos de uma forma ainda mais abrangente, pode-se considerar como "o que o governo escolhe fazer ou não fazer" é concebida como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado. Numa definição atribuída a Vargas Velásquez, a enciclopédia virtual acrescenta ainda: "conjunto de sucessivas iniciativas, decisões e ações do regime político frente a situações socialmente problemáticas e que buscam a resolução das mesmas, ou pelo menos trazê-las a níveis manejáveis".
Observamos que política publica é composta por etapas, obedecendo aos rigores dessa palavrinha também conhecida e chamada como “processo” que dependem do envolvimento do governo, da percepção de um problema, da definição de um objetivo e da configuração de um processo de ação. O papel da sociedade civil nesse processo é imperativo é ela que, sofrendo na pele ou detectando problemas, tem a missão de encaminhar as demandas, propor soluções e cobrar.
Não compreendê-la sob esse prisma é tirar da política pública da condição de instrumentação da convivência democrática e da construção de um país. Estaremos por fim pisando, perigosamente, no território do engodo e da inércia.
A política pública - no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil podem ser desenvolvidas em parcerias com  (ONG) organizações não governamentais / participação de entes públicos ou como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada, de forma difusa ou para determinado seguimento social, étnico ou econômico correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades ou outros bens materiais e ou imateriais.
A educação e a saúde no Brasil são direitos universais de todos assim, as políticas públicas de educação e saúde são instituídas pela própria Constituição Federal. O meio ambiente, corresponde a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal nº. 6.938. A água é concebida na Carta da República como bem de uso comum – Política Nacional de Recursos Hídrico mediante a Lei Federal nº. 9.433.
Em analise de grupo chegamos a um consenso de que a política pública como o campo do conhecimento busca ao mesmo tempo, “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação (variável independente), quando necessário propõem mudanças no rumo ou curso dessas ações (variável dependente).
É com base nos estudos que acreditamos que as principais políticas públicas são seguintes áreas “Saúde, Educação, Habitação e Meio ambiente”, mesmo sendo muitas as definições de políticas públicas conforme divulgadas pelo campo de análise de políticas no século XX.
Os direitos sociais possuem caráter redistributivo, eles buscam promover a igualdade de acesso aos bens socialmente produzidos. Nesta perspectiva segundo Couto (2006, p. 48) ressalta que a concretização dos direitos sociais depende da intervenção do Estado, estando esta atrelada às condições econômicas e à base fiscal estatal para ser garantida.
É importante se ter claro que a enunciação desses direitos é feita por meio de pactos na sociedade, que podem ser traduzidos em cartas de intenção, acordos políticos ou leis, e a sua forma efetiva de resultados de embates, onde a pressão dos grupos na sociedade e o ideário prevalecem nessa sociedade que possui papel preponderante. Nesse sentido, a luta pela universalização dos direitos civis e políticos busca a igualdade como meta dos direitos sociais são características de vários movimentos e declarações constituídas pelos homens, principalmente a partir dos séculos XVIII, XIX e XX.
Exemplo disso é a nossa constituição, baseada nos princípios do welfare state e de recorte social-democrata do ponto de vista conceitual, apresenta dois grandes problemas de fundo: 1) um atraso de 40 anos em relação aos países de economia avançada; e 2) sua inscrição num contexto onde há outra configuração do capitalismo internacional, regido pelas ideias teóricas neoliberais, que teve como primazia a destruição dos projetos do welfare state (PEREIRA, 2006).
Diante dessa afirmação dos direitos, os traços constitutivos da herança social brasileira, demarcam limites como vêm apontando alguns analistas, dos sistemas de proteção social. No Brasil a distância é considerável grande entre o “ótimo abstrato” e o “péssimo concreto”, como alude Vianna, conforme citado por Oliveira (2003, p. 106), ao afirmar que “muitos fatores concorrem para que no Brasil, bem-estar, seguridade sociais e análogos não passem de palavras”.
Sua definição é de um produto social histórico e, portanto, inacabado, trazendo na sua configuração matizes das possibilidades postas na luta cotidiana das populações no enfrentamento das mazelas geradas pelo capitalismo. Embora não se tenhamos receitas prontas como afirma Rodrigues (2010, p. 10), “ao encarar os problemas dos outros como de todos nós, visto que são problemas públicos, abrimos uma janela de oportunidade para que as políticas públicas que produzimos façam, de fato, diferença para a sociedade em que todos vivem”.
ESTUDO DE CASO
Citamos a “SAÚDE” como uma das principais necessidades que compõem as políticas publica exemplo: o campo da indústria farmacêutica ao qual está relacionado à regulamentação do medicamento genérico, iniciadas pela Lei nº 9.787/99 e normatizadas pela Resolução - RDC nº 10/2001, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Trata-se de um projeto de incentivo bem sucedido, que tem por mérito o de reduzir os preços dos medicamentos, tornando possível / acessível aos cidadãos (inclusive os de referência) e estimular a concorrência no setor farmacêutico, ocasionando grandes benefícios para a coletividade.
A confiabilidade e a segurança, bem como o atendimento aos parâmetros farmacológicos e técnicos dos medicamentos genéricos (Exemplo bioequivalência e a biodisponibilidade) que hora são exigidas pela ANVISA, quando a realização dos testes para fins de registro. Ademais, tais parâmetros são passíveis de verificação periódica por meio da fiscalização sanitária da agência, a fim de se garantir a continuidade dos padrões de qualidade esperados.
O exemplo relatado, apesar de se resumir a uma pequena parcela de atuação, já é o suficiente para ilustrar como estes órgãos reguladores participam do processo de implementação de políticas públicas nos mais variados setores da economia inclusive, é bem variada podendo se expressar em atos normativos, executivos (licitações, outorgas, contratos), fiscalizatórios, etc, sendo certo que todos estão inseridos no contexto da função regulatória exercida, sejam elas para efetivar direitos sociais, programar/implementar para que seja direcionadas para o desenvolvimento.
No Brasil sempre tivemos (e ainda temos) políticas voltadas para o crescimento econômico, sem a preocupação com a redistribuição dos recursos, ou a procura de fornecer à sociedade a possibilidade de escolher os valores que devem nortear o desenvolvimento.
Isso mostra que o papel de fomentar o desenvolvimento não pode ser relegado ao mercado somente, esperando que a geração de riqueza seja aplicada de forma mais benéfica, por que o exemplo histórico ressalta oserros desta visão. O mercado não é capaz de perceber a necessidade de certas políticas, em especial aquelas que tratam de direitos fundamentais, contudo, estas políticas são preciosas para atingir o desenvolvimento por possibilitar que um maior número de indivíduos da sociedade possa participar do processo econômico e social, estabelecendo valores importantes ao desenvolvimento, de uma determinada nação. Fica evidenciado como políticas públicas de largo alcance social, podem ser engenhosamente implantadas mediante a participação de setores regulados da economia a depender da política, pode haver a possibilidade do Poder Público atribuir os encargos e até mesmo os próprios custos da meta planejada aos delegatórios de serviços públicos.
Censo Demográfico a Importância do IBGE como Instituição Pública e Indicadores Sociais.
O Censo 2010 compreendeu um levantamento minucioso de todos os domicílios do país. Nos meses de coleta de dados e supervisão, 191 mil recenseadores visitaram 67,6 milhões de domicílios nos 5.565 municípios brasileiros para colher informações sobre quem somos, quanto somos, onde estamos e como vivemos. Os primeiros resultados definitivos, divulgados em novembro de 2010, apontaram uma população formada por 190.732.694 pessoas.
Em abril de 2011, foi divulgada a Sinopse do Censo Demográfico, com informações sobre domicílios recenseados, segundo a espécie, e população residente, segundo as Unidades da Federação e municípios. “Indicadores Sociais são estatísticos sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto, retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social”.
A escolha dos aspectos que retratam o estado social de uma nação é uma tarefa difícil, porque depende de acordo entre o governo, políticos em geral e a sociedade organizada (sindicatos, associações de moradores, associações de classe, grupos religiosos, dentre outros) sobre os critérios mais importantes para se fazer esta escolha. Hoje em dia, já se pode falar de um conjunto mínimo de Indicadores Sociais. Tal conjunto é composto por informações sobre as características da população, sobre a dinâmica demográfica, sobre trabalho e rendimento; saúde, justiça/segurança pública, educação e condições de vida das famílias.
Um indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de significado social substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas).
É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa aspectos da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma em uma perspectiva programática, o indicador social é um instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de políticas públicas. Essa assertiva (Indicador social apenas indica.) parece tão óbvia que alguém poderia argumentar sua pertinência ainda que haja indicadores cuja identificação com o conceito é quase tautológica, como no caso dos indicadores de mortalidade (mortalidade infantil, materna etc) e outros indicadores demográficos.
1. Crianças e Adolescentes
Reúne informações sobre as condições socioeconômicas das crianças, adolescentes e jovens no Brasil, a partir dos resultados obtidos, principalmente, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1997, e de dados oriundos do Ministério da Saúde, abrange temas como a saúde, educação e trabalho, enfatizando as principais causas de mortalidade, comportamento reprodutivo das mulheres na adolescência, características da escolarização e condição de atividade desse grupo populacional, entre outros aspectos.
Relata ainda experiências alternativas desenvolvidas no norte do país, ilustrando a importância da criação de oportunidades para que os jovens encontrem suas próprias formas de expressão e comunicação em seu local de origem. A publicação trata, em especial, de estatísticas referentes ao grupo 15 a 19 anos de idade, em razão de sua importância social e cultural no conjunto da sociedade.
Na faixa de 10 a 15 anos, as crianças ocupadas somavam 1,6 milhão
Em 2010, havia 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade, o que representava 3,9% das 86,4 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade. A população de 10 a 15 anos equivalia a 1,9% dos trabalhadores, 1,6 milhão de pessoas. Já na faixa de 16 ou 17 anos era 1,8 milhão (2,1% do total), caso em que o trabalho é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, à segurança e à moralidade. Os adolescentes de 14 ou 15 anos só poderiam trabalhar como aprendizes. Em 2000, as crianças e adolescentes de 10 a 17 anos representavam 6,0% das 65,6 milhões de pessoas de 10 ou mais anos de idade, 61% das crianças e adolescentes ocupados eram do sexo masculino.
De 2000 para 2010, o número de pessoas ocupadas de 10 a 15 anos de idade passou de 1,791 milhão, em 2000, para 1,599 milhão, em 2010, uma redução de 198 mil pessoas (10,8%). Entre os adolescentes de 16 ou 17 anos de idade, a redução foi de 336 mil, passando de 2,144 milhões para 1,807 milhão no mesmo período (15,7%). A redução no número de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade, de 2000 para 2010, em área rural foi maior que em área urbana. Enquanto na área rural houve uma queda de 339 mil pessoas, passando de 1,395 milhão em 2000 para 1,056 milhão em 2010, na área urbana a redução foi de 190 mil, caindo de 2,541 milhões para 2,351 milhões no mesmo período.
A parcela de crianças e adolescentes ocupados do sexo masculino (2,065 milhões) manteve-se superior à feminina (1,342 milhão) em 2010. No grupo etário de 10 a 15 anos, os meninos representaram 60,3% (964 mil), ao passo que na faixa de 16 ou 17 anos, 60,9% (1,101 milhão). Em 2000, o diferencial era maior, alcançando 66,9%, na faixa de 10 a 15 anos de idade (1,199 milhão homens para 593 mil mulheres), e 64,0%, na de 16 ou 17 anos de idade (1,371 milhão de homens para 773 mulheres).
2. Educação e Trabalho
Esta publicação divulga informações que permitem a compreensão das atuais tendências do mercado de trabalho, a partir de questões como a formação técnico-profissional do morador e o nível de escolaridade de seus pais. Contém tabelas com dados sobre as pessoas de 20 anos ou mais de idade, segundo sua posição na ocupação, setor de atividade, grau de satisfação no exercício de sua atividade, incorporação de novas máquinas e equipamentos ao processo produtivo e expectativas de trabalho das pessoas inativas, entre outros aspectos.
Inclui comentários sobre os resultados apresentados, bem como a conceituação das características investigadas e o plano de amostragem da pesquisa. Os dados são obtidos do questionário suplementar da Pesquisa Mensal de Emprego de abril de 1996, aplicado nas seis maiores regiões metropolitana, e revelam mudanças significativas nas relações de trabalho nos últimos anos.
3. Mortalidade infantil.
Apresenta estudo sobre a dinâmica da mortalidade infantil no Brasil, a partir da análise das desigualdades sociais e regionais. A concentração dos meios de produção e o progresso técnico em espaços restritos do território explicam as diferentes trajetórias da mortalidade infantil no País.
Contrapondo as Regiões Nordeste e Sudeste, o estudo ressalta as relações existentes entre os distintos processos de desenvolvimento econômico e social e os diferentes níveis e tendências da mortalidade infantil. Destaca, ainda, como elemento importante para redução futura dos níveis desse indicador no País, a melhoria das condições sociais das populações nordestinas.
4. Indicadores sociais mínimos
A Comissão de Estatística das Nações Unidas, na sessão de 29 de fevereiro de 1997, aprovou a adoção de um conjunto de indicadores sociais para compor uma base de dados nacionais mínimas (MNSDS). O MNSDS tem como um de seus objetivos permitirem o acompanhamento estatístico dos programas nacionais de cunho social, recomendados pelas diversasconferências internacionais promovidas pelas Nações Unidas nos últimos quatro anos, a saber: conferências sobre população e desenvolvimento (Cairo, 1994), sobre desenvolvimento social (Copenhagen, 1995), sobre a mulher (Beijing, 1995) e sobre assentamentos humanos (Cairo, 1996).
O conjunto de indicadores sociais compreende dados gerais sobre distribuição da população por sexo, idade, cor ou raça, sobre população e desenvolvimento, pobreza, emprego e desemprego, educação e condições de vida, temas identificados pelo Expert Group on Statistical Implications of Recent Major United Nations Conference como prioritários na agenda das conferências internacionais. O MNSDS resultou de uma ampla consulta técnica a inúmeros países e organismos internacionais.
Tem como algumas de suas principais recomendação a de se utilizar tão-somente dados provenientes de fontes estatísticas regulares e confiáveis e a de desagregar os dados por gênero e outros grupos específicos observando sempre, entretanto, as peculiaridades e prioridades nacionais. Seguindo as recomendações da Comissão de Estatística das Nações Unidas, o IBGE apresenta nesta página um sistema mínimo de indicadores sociais (ISM) com informações atualizadas sobre os aspectos demográficos, anticoncepção, distribuição da população por cor ou raça; informações atualizadas sobre trabalho e rendimento, educação e condições de vida. Na elaboração do sistema foram consideradas as peculiaridades nacionais e a disponibilidade de dados.
Estes estão desagregados por região geográfica, visto que o tamanho e a heterogeneidade do país reduzem a representatividade das médias nacionais e desagregados, também em alguns casos por sexo e cor. Os dados são provenientes de pesquisas do IBGE, censitárias (Censo Demográfico e Contagem da População) e por amostra (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD) e complementados por outras fontes nacionais.
5. Mercado de trabalho
Mapa do Mercado de Trabalho no Brasil 1992-1997 esta publicação apresenta alguns aspectos da inserção da mão-de-obra na década de 1990, em continuidade à divulgação de indicadores selecionados sobre o tema, iniciada em 1994.
As informações são oriundas da Pesquisa Nacional por amostra de domicílios e referem-se ao período de 1992 a 1997. Os resultados de 1992 a 1996 sofreram nova ponderação em relação aos já divulgados no início da década, em função das novas estimativas obtidas a partir dos resultados da Contagem da População 1996. Os resultados são divulgados para Brasil e grandes regiões
6. Mobilidade social.
Esta publicação divulga informações que permitem o estudo da mobilidade social sob as perspectivas da Educação e Ocupação. Contém tabelas com dados sobre pessoas de referência e cônjuges na unidade domiciliar, confrontados com informações dos pais e, também, do primeiro trabalho regular.
Inclui comentários sobre os estudos apresentados, além da conceituação das características investigadas e plano de amostra da pesquisa. Os dados são obtidos do questionário suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada em 1996, com resultados divulgados em dois volumes.
7. População jovem.
Apresenta dois estudos sobre a evolução sócio-demográfica da população de 15 a 24 anos de idade no Brasil, tendo em vista a importância social, política e cultural desse segmento no conjunto da sociedade. O primeiro, baseado na análise dos resultados dos Censos Demográficos a partir de 1940 e da Contagem da População 1996, trata da evolução da população jovem e suas características diferenciais, como composição urbana e rural, sexo e cor.
O segundo discute a questão da mulher, nessa mesma faixa etária, com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1992 a 1995. Aborda questões relativas à situação educacional, trabalho, fecundidade e nupcialidade, alertando para a necessidade de implementação de políticas governamentais, comunitárias ou empresariais que contribuam para sua inserção no mercado de trabalho, em condições mais adequadas.
QUADRO SÍNTESE INDICADORES SOCIAIS.
	Tipo de indicador
	O que indica?
	Principais características
	Definição
	IDH
	É uma medida importante concebida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população.
	Base em três pilares (Saúde, Educação e Renda) medidos da seguinte forma:
Saúde: expectativa de vida ao nascer, Educação: O acesso ao conhecimento, média de anos de estudo e escolaridade (adultos) / (crianças) Renda : Um padrão de vida decente, medido pela Renda Nacional Bruta por habitante
	Índice de Desenvolvimento Humano
	Índice de Gini
	O Índice de Gini,é uma medida de concentração ou desigualdade.
	Usado para medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países.
O Gini não mede riqueza ou pobreza de um país, mas a homogeneidade econômica e social de seu povo.
	Desenvolvido pelo matemático italiano Corrado Gini, o Coeficiente de Gini é um parâmetro internacional.
	Indicadores Ethos de Responsabilidade Social.
	Tem como foco avaliar o quanto a sustentabilidade e a responsabilidade social têm sido incorporadas nos negócios, auxiliando a definição de estratégias, políticas e processos.
	Esta ferramenta não se propõe a medir o desempenho das empresas nem reconhecer empresas como sustentáveis ou responsáveis.
	Os Indicadores de Ethos de Responsabilidade Social são ferramentas que tem auxiliado fortemente as empresas no sentido de permitir que incorporem em sua gestão os conceitos e compromissos que assumem em favor do desenvolvimento sustentável.
	Indicadores básicos para a saúde no Brasil.
	Facilitar a quantificação e a avaliação das informações produzidas com tal finalidade.
	Além de prover matéria prima essencial para a análise de saúde, a disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes de saúde e promover o desenvolvimento de sistemas de informação de saúde intercomunicados.
	Medidas-síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
	Indicadores de Educação no Brasil.
	Indicadores mais relevantes utilizados no Brasil para avaliação de escolas e redes de ensino básico
	A taxa de atendimento, de rendimento (aprovação, reprovação e abandono) e o IDEB. Suas fontes (Censo Demográfico, PNAD, Censo Escolar e sistemas de gestão educacional)
	Define os indicadores utilizados em escolas e redes de ensino básico.
Tipo de indicador = IDH / O que indica? = é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para separar os países desenvolvidos (muito alto desenvolvimento humano), em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita (como um indicador do padrão de vida) recolhidos a nível nacional. Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.
Principais Características = Uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento, anos Médios de Estudo e Anos Esperados de Escolaridade, um padrão de vida decente, Índice de Eeducação, Longevidade e Renda.
Definição = É um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU.
Tipo de indicador = Índice de Gini / O que indica? = Mede o grau de desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita entre os indivíduos, o valor podevariar de zero, quando não há desigualdade (as rendas de todos os indivíduos têm o mesmo valor), até 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).
A divulgação é feita a partir do momento em que o IBGE publica os microdados de uma nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Principais Características = medir a desigualdade entre a população
Definição = Enquanto o coeficiente de Gini é majoritariamente usado para medir a desigualdade de rendimento, pode ser também usado para medir a desigualdade de riqueza
Tipo de indicador = Indicadores Ethos de Responsabilidade Social / O que indica? = Trata-se de uma ferramenta de uso essencialmente interno, que permite a autoavaliação da gestão no que diz respeito à incorporação de práticas de responsabilidade social, além do planejamento de estratégias e do monitoramento do desempenho geral da empresa.
Principais Características = Os dados fornecidos pelas empresas, assim como as informações do relatório de diagnóstico, são tratados com máxima confidencialidade e não são divulgados sem o consentimento prévio formalizado.
Definição = Com o propósito de oferecer relatórios de autodiagnóstico precisos e aprofundados, os Indicadores Ethos Setoriais de Responsabilidade Social Empresarial foram desenvolvidos desde 1999 para diversos setores.
Tipo de indicador = Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil / O que indica? = A busca de medidas do estado de saúde da população é uma atividade central em saúde pública, iniciada com o registro sistemático de dados de mortalidade e sobrevivência, com o avanço no controle das doenças, passou-se a analisar outras dimensões do estado de saúde, morbidade, incapacidade, acesso a serviços, qualidade da atenção, condições de vida, fatores ambientais, organização do sistema.
Principais Características = Para utilizar indicadores de saúde deve-se considerar que a atenção, no Brasil, é realizada através da combinação de dois sistemas: Público – SUS, que envolve prestadores públicos e privados. Privado – assistência suplementar a saúde em que predomina a modalidade de pré- pagamento.
Definição = Indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo.
Tipo de indicador = Indicadores de Educação no Brasil / O que indica? = Indica dados e informações que contribuam com o planejamento e o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão para realizar coletas de dados que auxiliem na elaboração de políticas públicas e no programa de expansão da rede de ensino.
Principais Características = O Ministério da Educação tem sido hoje o maior e melhor ministério na transmissão de dados nos termos de especificidades e medidas. Tais dados são recolhidos através dos censos, como por exemplo, Censo Educacional, Censo do Professor, Censo da Educação Especial e Profissional, SAEB, IDEB, Prova Brasil, SARESP e ENEM.
Definição = é uma medida, geralmente estatística, usada para traduzir quantitativamente um conceito social escolar abstrato e informar algo sobre determinado aspecto da realidade social, para fins de pesquisa ou visando à formulação, monitoramento e avaliação de programas e políticas públicas.
Município de São Paulo / EDUCAÇÃO
	Nível
	Matrículas
	Estudantes da rede pública (%)
	Docentes
	Escolas (total)
	Unidades de ensino da rede pública (%)
	Ano de referência
	Ensino pré escolar
	371 838
	72,75
	17 878
	2 998
	24,25
	2010
	Ensino fundamental
	1 591 536
	82,11
	71 569
	2 725
	55,27
	2010
	Ensino médio
	457 680
	84,15
	28 009
	1 199
	51,96
	2010
	Ensino superior
	429 079
	11,22
	35 828
	146
	4,11
	2010
EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
A educação na cidade de São Paulo tem um sistema bem desenvolvido de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. Mais de nove décimos da população é alfabetizada, e aproximadamente a mesma proporção dos 7 anos aos 14 anos de idade estão matriculadas na escola. Entre as muitas instituições de ensino superior, podem-se destacar a Universidade Federal de São Paulo, a Universidade Estadual Paulista e a Universidade de São Paulo (USP), criada em 1934, quando incorporou a histórica Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo de São Francisco. Entre as universidades públicas, a USP é aquela com o maior número de vagas de graduação e de pós-graduação no Brasil, sendo responsável também pela formação do maior número de mestres e doutores do mundo, bem como responsável por metade de toda a produção científica do estado de São Paulo e mais de 25% da brasileira.
Como o Brasil é responsável por cerca de 2% da produção mundial, pode-se dizer que a USP é responsável por 0,5% das pesquisas do mundo. Instituições filiadas à universidade incluem o Butantã, pólo de pesquisa biomédica fundado em 1901, e atualmente vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo, fabrica antígenos e vacinas diversos, e é o maior produtor nacional de soros antiofídicos. Centro de renome internacional em pesquisa científica de animais peçonhentos, conta com 14 laboratórios e um núcleo de biotecnologia.
O município também possui universidades particulares de grande reputação nacional e internacional, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de diversos institutos de ensino superior e pesquisa em áreas específicas, entre os quais podem ser destacados a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (engenharia, artes e ciências humanas), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (administração e direito) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Com 2.725 estabelecimentos de ensino fundamental, 2.998 unidades pré-escolares, 1.199 escolas de nível médio e 146 instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é a mais extensa do país. Ao total, são 2.850.133 matrículas e 153.284 docentes registrados.
O fator educação do IDH no município atingiu em 2010 a marca de 0,919 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,9%, superior apenas à porcentagem verificada nas cidades de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte.
Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve a nona colocação entre as capitais brasileiras. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2010, três escolas da cidade figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.
Contudo – e em consonância aos grandes contrastes verificados na metrópole –, em algumas regiões periféricas e empobrecidas, o aparato educacional público de nível médio e fundamental é ainda deficitário, dada a escassez relativa de escolas ou recursos. Nesses locais, a violência costuma impor certas barreiras ao aproveitamento escolar, constituindo-se em uma das causas preponderantes à evasão ou ao aprendizado carencial.
SEXTO RELATÓRIO PARCIAL
Indicadores são percentuais, índices, informações qualificadas que servem como instrumentos fundamentais para avaliar e analisar determinadas realidades. Com eles é possível monitorar, ano a ano, a qualidade de vida na cidade, as políticas sociais e a gestão pública municipal, visando dotar as sociedades civis e política de importantes recursos para exercer uma real influência nas metasdas políticas públicas, de modo que a prioridade seja a construção de uma cidade justa e sustentável.
Os indicadores de desempenho relativos à qualidade dos serviços públicos no Município de São Paulo foram estabelecidos na Lei nº 14.173, promulgada em 2006. Ela visa proteger e defender os consumidores e usuários de serviços públicos por meio de práticas de ações preventivas de fiscalização dos serviços prestados pela Administração Pública direta e indireta e por prestadores de serviços mediante concessão, permissão, autorização ou qualquer tipo de delegação administrativa.
A qualidade dos serviços públicos será aferida por indicadores de desempenho que referem-se aos serviços considerados essenciais à população, como saúde, educação, segurança no trânsito, proteção do meio ambiente, limpeza e transportes públicos.
Neste sentido, serão avaliados itens como nível de exames preventivos, tempo médio de atendimento, número de crianças vacinadas (saúde), níveis de universalização dos estudos, de alfabetização, evasão escolar, repetência, formação (educação), número de acidentes fatais ou com lesões, média de congestionamentos (segurança no trânsito), índice de áreas verdes e de lazer por habitante, qualidade do ar e da água do sistema fluvial, dos níveis de ruído e poluição visual (proteção do meio ambiente), porcentagem de população atendida por coleta de lixo, e sua destinação, varrição de logradouros públicos (limpeza pública) e tempo de espera em terminais e nas paradas intermediárias, tempo de deslocamento dos usuários, velocidade dos ônibus, nível de pontualidade e de limpeza dos coletivos (transportes).
Reforçando a necessidade de criar indicadores para medir a qualidade dos serviços prestados, em 2009, a Prefeitura apresentou o Programa de Metas, denominada Agenda 2012, prevendo a meta 216, que cria um sistema de indicadores de desempenho e resultado da Gestão.
Os indicadores são recursos que informam algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma. Deve ser usado para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de políticas públicas e sociais.
Quando falamos em desenvolvimento nesse contexto, é comum pensarmos em desenvolvimento econômico, mas nem sempre desenvolvimento econômico significa melhoria da qualidade de vida das pessoas. Pretende-se com o desenvolvimento territorial, sistêmico, econômico, social e humano. Para alcançar esse desenvolvimento, basear-se somente em indicadores econômicos como o PIB (Produto Interno Bruto) e o PNB (Produto Nacional Bruto) não é suficiente. É preciso considerar também, e principalmente, indicadores sociais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida, sendo uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população.
Propostas para melhoria da educação no município de São Paulo
Não é nenhuma novidade que a educação no país está cada vez pior os motivos são múltiplos e os problemas se agravam cada vez mais essa proposta deve interessar à toda população, é necessário que a comunidade entenda que é sua responsabilidade acompanhar e exigir educação de qualidade, uma vez que somos nós que elegemos as pessoas que vão cuidar disso. Além disso, é (ou deveria ser) interesse de todos terem educação de qualidade no país. A capital de São Paulo tem um bom número de escolas e estudantes matriculados, mas esses números citados estão longe de ser o ideal para a cidade, visto que muitas crianças e adolescentes continuam fora das salas de aula. Acreditamos que para a melhoria da educação no município de São Paulo será necessário algumas mudanças, segue abaixo:
– Garantia de que o Plano Municipal de Educação especifique metas, recursos, indicadores de avaliação e instâncias de participação que assegurem a continuidade e o acompanhamento, pela sociedade civil, do desempenho da política municipal de educação.
- Ampliação de recursos para a educação pública, restabelecendo a obrigatoriedade da aplicação de 30% das receitas de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino, e produção de informações atualizadas, acessíveis e transparentes a todos sobre o orçamento e o financiamento da educação na cidade.
- Fortalecimento e ampliação dos espaços de gestão democrática nas escolas e creches do município, especialmente os Conselhos Escolares, garantindo, autonomia nas decisões político-pedagógico, administrativo-financeira e operacionais a serem adotadas, a partir das metas de qualidade para a educação pública na cidade.
– Garantia de cobertura de vagas para creches, ensino médio, educação de jovens e adultos e educação profissionalizante, por subprefeitura, de modo a atender a demanda registrada e as necessidades de formatos, turnos e horários favoráveis ao público alvo.
– Provimento de número suficiente de profissionais qualificados, em todas as escolas e creches, com formação, remuneração e condições de trabalho adequadas para assumirem funções educativas e de cuidado essenciais que permitam ampliar a qualidade dos processos de ensino aprendizagem.
– Ampliação da jornada escolar diária para 5 horas, em todas as escolas, manter número adequado de alunos por sala, de acordo com as diversas modalidades de ensino, como forma de ampliar a qualidade da educação.
– Promoção de melhoria nas condições das redes físicas de ensino provendo espaços, equipamentos e materiais essenciais para o cumprimento das metas de qualidade para a educação pública na cidade.
– Combate às várias formas de exclusão/discriminação presentes nas escolas e creches, valorizando o direito à diversidade, a convivência e a cultura da paz, entre diferentes grupos e movimentos étnico-raciais, incluindo pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação e famílias/grupos em situação de alta vulnerabilidade, bem como promovendo a igualdade de gênero e étnico-racial.
– Proposição de metas de melhoria para os cursos de formação inicial de professores e especialistas em educação, para garantir a formação política, filosófica, científica e pedagógica aos futuros profissionais da educação e estímulo à investigação da realidade das escolas públicas e creches da cidade.
O Serviço Social na Educação
Parte-se da ideia de que a multidisciplina hoje é fato consumado de sucesso e nesta linha de raciocínio toda escola deverá ter seus professores, pedagogos, psicólogos e “ASSISTENTES SOCIAIS”. O diálogo entre os diferentes saberes deve compor uma nova rede de inter-relações não reduzida aos diferentes dispositivos específicos de atendimento ao sujeito, mas integrando ações com o desafio da complexidade que a sociedade nos impõe.
A equipe de profissionais deverá estabelecer com a escola um espaço de escuta e acolhimento dos impasses e dificuldades escolares que podem se apresentar a partir de situações de violência nas adversas expressões, uso abusivo de drogas, gravidez na adolescência, assim como situações de risco e vulnerabilidade social, reflexos da questão social que perpassam o cotidiano escolar. O trabalho do Serviço Social na Educação volta-se para identificar e atender as demandas provenientes da questão social que perpassa o cotidiano do campo educacional, na iniciativa de garantir a concreta realização deste direito, volta-se para a promoção da inclusão social de famílias dos alunos matriculados na rede educacional, focalizando, sobretudo, a problemática da evasão escolar.
Historicamente, o vínculo estabelecido entre o Serviço Social e a Educação remonta a década de 1930, sendo incentivado nos anos de 1990. Prática social que na educação se constitui, sobremaneira, como área de conhecimento voltada para a emancipação política, social e emocional dos indivíduos, uma vez que possibilita a construção e a socialização de conhecimentos que, certamente, contribuirão para transformá-los em cidadãos conscientes de seus direitos.
Assim sendo, a ação profissionaldo assistente social, na operacionalização deste objetivo, terá grande valia, pois poderá colaborar junto aos professores e demais educadores para pensar a escola como espaço privilegiado de acolhimento e incentivo a reflexões e ações sobre a dimensão social.
As atribuições do serviço social na educação diz respeito aos seguintes itens:
Atendimento e acompanhamento sistemático às famílias e alunos, colaborando para a garantia do direito ao acesso e permanência do educando na escola;
Elaboração de Plano de Trabalho da equipe, contemplando ações/projetos para os diferentes segmentos da comunidade escolar, considerando as especificidades do território;
Monitoramento e acompanhamento dos educando em situação de não frequência e evasão escolar;
Elaboração de relatórios de sistematização do trabalho realizado, contendo análises quantitativas e qualitativas;
Levantamento dos recursos da área de abrangência e articulação com a Rede Intersetorial;
Realização de estudos e pesquisas que identifiquem o perfil socioeconômico-cultural da população atendida, suas demandas, características do território, dentre outras temáticas;
Realização de reuniões de estudos temáticos, oficinas, estudo de casos, envolvendo a equipe da RPE, professores e equipe diretora/pedagógica da unidade escolar;
Participação nos espaços dos conselhos de políticas e direitos, fóruns, em especial das áreas da educação, assistência, criança e adolescente e saúde;
Fortalecimento da parceria com as equipes dos Conselhos Tutelares, CRAS, CREAS e unidades de saúde para viabilizar o atendimento e acompanhamento integrado da população atendida;
Participação semanal em reunião de supervisão, estudo de casos e planejamento.
Relatório Final
Como demonstrado e analisado em todo este trabalho acadêmico notamos que o Brasil está em constante mudança social, acrescentando cada vez mais para a evolução de sua população, isso porque a questão de como, em nossa sociedade, as temáticas da precariedade, vulnerabilidade, pobreza e exclusão passaram para o primeiro plano do debate político e tornaram-se objeto de políticas públicas.
Entende-se por Sistema Brasileiro de Proteção Social o conjunto de políticas e programas governamentais destinados à prestação de bens e serviços e à transferência de renda, com o objetivo de cobertura e garantia de riscos sociais, e equalização de oportunidades. Incluem-se aqui ações no sentido da proteção contra riscos sociais (doença, velhice, morte, desemprego), contra a pobreza (programas de mínimos sociais).
Em resumo, citamos aqui os principais programas de proteção social:
política previdenciária contributiva (assalariados do setor privado, funcionários públicos estatutários e militares), política previdenciária parcial e indiretamente contributiva (segurados especiais em regime de economia familiar rural), trabalhador assalariado formal (abono salarial e seguro-desemprego), políticas de proteção ao trabalhador em geral (intermediação de mão-de-obra, qualificação profissional e concessão de microcrédito produtivo popular), e políticas agrária e fundiária.
política nacional de assistência social (BPC para idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais, abaixo de certa linha monetária de pobreza, programas e ações especiais para crianças e jovens em situação de risco social), ações de segurança alimentar (merenda escolar, ações emergenciais como a distribuição de cestas básicas), e ações de combate direto à pobreza (Programa Fome Zero, cujo carro-chefe é o Programa Bolsa Família, de transferência direta de renda sujeita a condicionalidades)
política nacional de saúde pública, que se organiza a partir do SUS e o conjunto de programas.
política nacional para o ensino.
políticas nacionais de habitação, ações de urbanismo e saneamento básico, inclusive ações de meio ambiente.
Ao evidenciar as tensões e contradições fundamentais em torno de cada eixo de políticas, tem-se facilitada a compreensão acerca das dinâmicas que regem as políticas sociais, assim como dos diversos discursos e projetos em disputa. Existe por trás da seleção dos indicadores e estatísticas uma construção política; a partir da análise desses dados, precisamos saber quais recomendações o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) pode fazer para a Presidência da República. A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) traz uma série de indicadores para podermos verificar se houve ou não avanços nos aspectos que constituem a dimensão da política social do Brasil.
Existem alguns indicadores que mostram que, na verdade, é possível diminuir a desigualdade, pobreza, mortalidade infantil. É um ganho muito grande quando você tem um conjunto de pessoas trabalhando com base nessa ideia, de que há disparidade e é possível diminuí-la agindo.
A utilização dos indicadores sociais é de suma importância para a leitura e monitoramento da realidade. Neste sentido, o assistente social deve estar apto para a utilização dos indicadores sociais, o que contribui para a sua ação profissional e, consequentemente, para a sociedade civil. O estudo revela, ainda, que a capacitação é imprescindível para a atuação profissional e deve estar articulada com o compromisso ético-político da profissão, pautada no desafio de superar as dificuldades apresentadas pela própria realidade social.
A utilização de indicadores sociais apresenta-se imprescindível, uma vez que se trata de “um instrumento operacional para monitoramento da realidade social para fins de formulação e reformulação de políticas públicas” (Jannuzzi, 2004, p. 15), que auxilia no trabalho de planejamento, implementação, execução, avaliação dos programas, projetos, serviços sociais.
Referências Bibliográficas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Política_pública / Acesso em 02/06/2015.
http://www.ims.uerj.br/pesquisa/ccaps/?page_id=654 / Acesso em 02/06/2015.
http://jus.com.br/artigos/18259/casos-de-politicas-publicas-implantadas-por-intermedio-da-regulacao-economica / Acesso em 06/06/2015.
http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/134-politicas-publicas/1156-tipos-de-politicas-publicas#.Vd2z5yVVhHw / Acesso em 06/06/2015.
RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: conceitos básicos. 2012.
Disponível em: https://docs.google.com/open?id=0B615vhmWOCFRlcwLUU0eU5icmM / Acesso em 08/06/2015.
BACELAR, Tânia. As políticas públicas no Brasil: heranças, tendências e desafios.
2012. Disponível em: https://docs.google.com/open?id=0B615vhmWOCFb2FEdVZ5LW5RdFk / Acesso em 08/06/2015.
JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores Sociais na Formulação e Avaliação de
Políticas Públicas. 2012. Disponível em: https://docs.google.com/open?id=0B615vhmWOCF-bmlvZHJON2pmMFE / Acesso em 08/06/2015.
JANUZZI, Paulo de Martino. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e
aplicações. 4. ed. Campinas: Alínea, 2012. / Acesso em 08/06/2015.
SANTAGADA, Salvatore. Indicadores Sociais: contexto social e breve histórico. 2012.
Disponível em: https://docs.google.com/open?id=0B615vhmWOCFMG5VY3o3TXVrYU0 / Acesso em 03/07/2015. 
URL:<www.ibge.com.br> / Acesso em 03 jul. 2015.
URL:<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> / Acesso em: 04/08/2015.
URL:<http://www.censo2010.ibge.gov.br/resultados_do_censo2010.php> / Acesso em 11/08/2015.
URL:<www.brasilhoje.org.br> / Acesso em 11/08/2015.
VIANA, ALd´A. Enfoques metodológicos em políticas públicas: novos referenciais para estudos sobre políticas. In: Canesqui, A. M. Ciências Sociais e Saúde. São Paulo: Hucitec, 1997.
BARCELLOS, T. M. M. A Política Social Brasileira 1930-64: evolução institucional no Brasil e no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística, 1983.
COUTO, B. R. O Direito Social e a Assistência Social na Sociedade Brasileira: uma equação possível? 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MEDEIROS, M. A trajetória do Welfare State no Brasil: Papel Redistributivo das Políticas Sociais dos anos 1930 aos Anos1990. Brasília, IPEA, 2001. (Texto para discussão nº 852)
OLIVEIRA, H. M. J. de. Cultura política e assistência social: uma análise das orientações de gestores estaduais. São Paulo: Cortez, 2003.
RODRIGUES, M. M. A. Políticas públicas. São Paulo: Publifolha, 2010. SECCHI, L. Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

Continue navegando