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A modernidade republicana MELLO, Maria Tereza Chaves de

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Texto 14: MELLO, Maria Tereza Chaves de. “A modernidade republicana”
A difusão de uma cultura democrática e científica no final do Império criou uma disponibilidade mental e afetiva à ideia de república no Brasil. Este termo, por sua vez, permitiu aos contemporâneos experimentar o processo histórico, já que nele se congregava uma oposição ao passado e a expectativa social de futuro.
Proclamação da República (termo) 
Expansão do campo semântico > propaganda.
Dicotomia entre república (futuro) e monarquia (passado).
privilégio = atraso X talento = progresso
Foi generalizando a impressão de que as reformas eram impossíveis com a monarquia. A sensação era a de que o regime só se mantinha pela força porque se tornou um sistema sem projetos, um sistema que não se via no futuro.
Operabilidade do conceito de república > penetração social > difusão de uma nova cultura
Desejo de futuro
Novas ideias penetraram intensamente a sociedade brasileira a partir da década de 1870
Deu um conteúdo histórico à já difundida e assimilada noção de progresso (embarque rumo à estação “civilização”) > positivismo: renovação de mentalidade
Chegou a um público mais amplo através da imprensa, das conferências públicas e da literatura; foi visualizada nas imagens das revistas ilustradas e nos préstitos carnavalescos; ganhou o auditório das ruas e dos cafés > desmonte da cultura imperial
Poesia social “cívica, revolucionária, ou combatente”
Poesia científica
Teatro: peças anticlericais 
Prosa naturalista
Estamos diante de uma geração profundamente engajada na vida do país e interessada em decifrá-lo com vista ao seu encaminhamento na senda do progresso e da civilização, no caminho do futuro. Nessa cultura científica e democrática o regime republicano era uma necessária culminância política.
Aderiram tantos republicanos como monarquistas, tanto liberais como conservadores.
O solo monárquico foi sendo esterilizado pela ação daquele arado que se esforçou em arrancar dele as sementes que o fecundavam: a religião e o romantismo
Difusão da nova cultural
A difusão da nova cultura ficou por conta da centralidade da Corte na vida do país > Rua do Ouvidor > dava visibilidade às modas e aos que buscavam notoriedade > uma passarela democrática
A rua é agora ressignificada como o locus da valorizada opinião pública, o espaço da verdadeira representação popular.
Proclamação da modernidade
Futuro que impunha desmanchar o passado e tudo o que ele implicava: monarquia, sociedade do privilégio, escravidão, romantismo, clericalismo etc.
A maior conquista da propaganda republicana foi a de estabelecer uma sinonímia fechada entre os termos república e democracia.
Na década de 1880, reavivou-se a forma de intervenção política direta; intervenção que culminou na Proclamação da República. O que se seguiu foi um “tumulto (...) virtualmente avesso à narração sistemática”
Indiferença e conformidade são reações que falam da penetração da nova cultura, na qual inscrito estava o regime republicano como uma necessidade histórica. Por isso, a população da Corte não reage à Proclamação. Ela consente.

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