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Universidade Estácio de Sá - Campus Sulacap Engenharia Civil - Mecânica de Solos Prof. Marcelo Wermelinger Aguiar Lemes Rio de Janeiro 2016.1 Fluxo de água através do solo e as tensões atuantes 1 – Água no Solo 1 – Água no Solo - Permeabilidade Propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele. Todos os solos são mais ou menos permeáveis 1 – Água no Solo – Importância O conhecimento do valor da permeabilidade é muito importante em algumas obras de engenharia, principalmente, na estimativa da vazão que percolará através do maciço e da fundação de barragens de terra, em obras de drenagem, rebaixamento do nível d’água, adensamento, etc. • Estimativa da vazão de água através da zona de fluxo; • Instalação de poços de bombeamento e rebaixamento do lençol; • Problemas de colapso e expansão em solos não saturados; • Dimensionamento de sistemas de drenagem; • Dimensionamento de “liners” em sistemas de contenção de rejeitos; • Previsão de recalques diferidos no tempo (adensamento de solos moles – baixa permeabilidade); • Análise da influência do fluxo de água sobre a estabilidade geral da massa de solo (estabilidade de taludes); • Análise da possibilidade da água de infiltração produzir erosão, arraste de material sólido no interior do maciço, “piping”, etc. 1 – Água no Solo – Aplicabilidade 2 – Potencial da Água no solo O potencial da água do solo é composto por diversos campos de força atuando de forma conjunta, observa-se abaixo. Componente de pressão (ψp) O potencial de pressão é medido em relação à condição padrão sendo a da água submetida à pressão atmosférica local e nestas condições admite-se que o potencial de pressão seja igual a zero. O potencial de pressão considera somente pressões manométricas positivas (acima da pressão atmosférica). 2 – Potencial da Água no solo 2 – Potencial da Água no solo Componente gravitacional(ψg) A água tem uma energia potencial gravitacional que depende da posição na qual ela se encontra em relação a um dado plano referencial. Este potencial tem valor zero no plano de referência, é positivo acima dele e negativo abaixo. O plano de referência é o estado padrão para a gravidade, o plano mais comumente escolhido é a superfície do solo. Potencial Osmótico (ψo) Este surge em função da diferença de composição entre a água do solo (presença de sais minerais e substâncias orgânicas) e a água pura. Esta diferença causará movimento de água pura quando o sistema estiver “separado” por uma membrana semipermeável. De uma maneira geral, qualquer diferença de potencial osmótico e um movimento desprezível de água. 2 – Potencial da Água no solo 2 – Potencial da Água no solo Potencial Matricial (m) O potencial mátrico é resultante tanto do efeito da capilaridade, quanto do efeito de adsorção que surgem da interação entre as partículas sólidas e a água do solo. Quando o solo se encontra na condição saturada, a componente matricial é nula. À medida que o solo vai se tornando não saturado, o efeito da capilaridade começa a atuar e o m torna-se negativo. 2 – Potencial da Água no solo ψT = Potencial Total ψT = ψp + ψg + ψo + ψm Todas as forças atuando simultaneamente 2 – Potencial da Água no solo - GMS LEITURA (kPa) INTERPRETAÇÃO 0 a – 10 Solo próximo da saturação (capacidade de campo). Mais saturado que este valor (valores menores) o solo passa a perder água por drenagem, percolando para camadas mais profundas pela ação da gravidade. – 11 a – 30 Solo adequadamente úmido, exceto solos muito arenosos em que acima de 15-20 cb/kPa já indica solo perdendo umidade tornando- se seco. – 31 a – 60 Faixa normalmente encontrada no campo em solos irrigados de textura média a argilosa. Menor que – 60 Solo tornando-se muito seco comprometendo desenvolvimento das plantas. 2 – Potencial da Água no solo - Leitura 2 – Potencial da Água no solo - Resultados 2 – Potencial da Água no solo - Instrumentos 3 – Condutividade Hidráulica Meio Saturado A condutividade hidráulica saturada é a velocidade com que a água passa por um solo saturado, sendo uma das propriedades de maior relevância para estudos de movimento de água e solutos no solo. Meio Saturado Depende diretamente da permeabilidade dos solos, da viscosidade e densidade da água, da aceleração da gravidade e de propriedades do solo, tais como a textura, estrutura, porosidade, da densidade do solo e do teor de umidade. 3 – Condutividade Hidráulica Meio não saturado A água no solo no meio saturado é controlada por potenciais sempre positivos. Já, num meio não saturado, o potencial é negativo. Neste caso, a água tende a se deslocar dos poros onde a película tem maior espessura em direção aos poros cuja película é mais fina. 3 – Condutividade Hidráulica 3 – Condutividade Hidráulica Meio não saturado 3 – Condutividade Hidráulica A umidade varia com a profundidade a medida que a água vai preenchendo os espaços porosos do solo. A medida que o tempo passa, aumenta-se a zona de transmissão e portanto a profundidade da área de umedecimento. 3 – Condutividade Hidráulica Meio não saturado Frente de umedecimento 3 – Condutividade Hidráulica 3 – Condutividade Hidráulica Frente de uniforme Frente de heterogênea 3 – Condutividade Hidráulica Frente Lateral Poros Pequenos Poros Grandes 3 – Condutividade Hidráulica • Considerando um solo cuja superfície está seca (condição inicial – t0) e uma chuva cuja intensidade é constante i: • O potencial matricial (sucção) é muito negativo na superfície gerando gradientes de potencial total muito baixos • A capacidade de infiltração é alta • Toda a precipitação transforma-se em infiltração • A medida que a água se distribui ao longo do perfil: 1 - O potencial matricial torna-se menos negativo e a taxa de infiltração diminui 2 - Há saturação da camada superficial 3 - A precipitação em excesso origina escoamento superficial Infiltração x Escoamento Superficial 3 – Condutividade Hidráulica Infiltração x Escoamento Superficial Infiltração x Escoamento Superficial 3 – Condutividade Hidráulica Métodos de Investigação Infiltrômetro Simples Infiltrômetro Duplo Anel 3 – Condutividade Hidráulica Permeâmetro de GuelphMétodos de Investigação: 3 – Condutividade Hidráulica Permeâmetro de GuelphMétodos de Investigação: 3 – Condutividade Hidráulica
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