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José Rogério Cruz e Tucci Limites Subjetivos da Eficácia da Sentença e da Coisa Julgada Civil Ano 2007

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^ o o s _
JO S É RO G ÉR IO C R U Z E TUCC1
o aulor é proíesior liíulaf d» Faculdade 
de Direflo da Universidade rte 
Sòa Paulo. Cjt pfesidonli! da Comissão 
de mfis^ TíiífiiinAo na Facuidade de 
Direito da Universidade de São Paulo.
É ex-presidcnti1 da Asvíx iaç^o dos 
Advogados de 55o Paulo.
Advogado militante em Sâo Paulo-
editora
nF ESTADOS TRIBUNAIS
' ^ <'TO.'0C0N80MID0R
^ ^3íSv?0P-2433
WWiv.íi ^
L im ites suejm vDS
DA EFICÁCIA DA SENTtMÇÀ 
L 3 )A COISA jOLCADA ( IVIL
DEOALUS - Acervo - FD
20400048966
A cjuwi pcicndi n» w f«'1 - ed- rcv -u(u;,] * amPl* SBt* Raulo RT. 2000. 
^ rwm/ifrtit l c<l„ rcvn atu.iI. u> ompl. São Paulo R I, 2001.
4 <■ o btm dt famttia da fiatb r da focação. SSo Paulo R I . 2<M>2
(OfgiDLrJidor),
Causa & /viitr r ptdido «í> pnfínso civif. São Paulo: Rf. 2fW>2 (coordenador) 
Cimtnlhau mWuvUmaix dtt pructm civil S ic Píiulo: RT. IW (orirarii/ador). 
h{õndf hübiria tltr pns n w . iviimmano. São Paulo: RT. 200! icm cii-mitoriu 
L-rtm Fui/ Cario* Jc Azevedo)
ikpnKi'*s<umlotnôiiu'o. São Paulo: RT. 2U0I (em co-autoria com | uiíü 
Cariou ifc A/c^ cdo).
Lineamentos da nova reformo dn CPC: Lei 10.352. di' 2t>. 12.2001 I ri /() 1 
de 27.12.2tXH, Ut 10.144 & 07.05.2002. 2,t(L São Paulo: R J. >(102. 
Temptt e prtne.istK K;k> Piiulti; RT, 1997
OBRAS DO AUTOR PELA RT
° ÍtU* ^ ( c l è t o Ê dí í^ 1*1^ 0 m. Pübücaçãp (CIP) ------ lO*MW Brralnra da Lí>to, SP, Br^ vílF
Tum. JinV1 Our r
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ru/ c Tucti • S jo liu k í: Editora dcA Tnbm iiv i 00<>
Blfafogrrfu,
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Bríiii riíâk»11 br,rv|!|" flríKe4V1 Clv,! - Biasll i. Sentença* irjirwhrt
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José Rogério Cmz e Tucci
L i m i t e s s u b j e t i v o s
D A EFIC Á C IA DA SEN TEN ÇA 
E DA C O IS A JU L G A D A CIVIL
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S iS U O T Í C A
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EDITORA_____
REVISTA D O S TRIBUNAIS
Limiif^ suftjnivos 
(M rílCAC JA OA SFMTEN(,4 
I [ML COISA JULGADA CIVIL
Jptf fliltgírip C ru ze Tucá
00072
Cdesia edição 
[20071
Ejiitcjha R fvsw dos T r ibu n a is Lt ü Ai
Üirrtof fesponsâvd 
CaMLÍÍí I it WHlQUi' Df CÁRVÀL HO Fll MO
Vishc nuíso site 
www.rt.com.br
ÜJ H-VK'0 l-H AliMIHMtNTO AO CONjUMIÜQll 
(ligaçju fluiluiU de wgunda a süxIa-ítHra, das fl às 17 horas)
rd. 0000-702-2433
o-fTtaSl íte atendimento ao consumidor 
SàcCíLcOmbr
Rua chi Híiçgue, 820 - Barra Funda
M M 361^400 - Fax 1 I 3613-8450 
c EP 01136-000 - São Paulo, SP, Brasil
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«'-HOdlUiftMa* 1 í.ü lim jiTf.L Aulwan),
Ifnprttw no Rr3^
í n ■ 2006]
Profissional 
AMízadg até 
IÍ0-2ÕD61 
^203^979-9
A Rouritiu Làiikw T rca. 
em homenagem tu ^sctu 
-fO íitm d? m agistério.
Qual bi&ogno sarebbe staio delta m u rima tcs intcr alins, 
jc nau per aw ertire che non si avente a d a l urre. a 
prvgiudizlodei non dúamati, ia conseguenza tagica del 
yitu licatv itiíenenuro rra a ltn * fMutien Pescaiore* 
Sposizíotie compenâiosa delia p roce dura civ ile e 
írirriiru ile, I.TorinO, 1S64, p. 26Ü1
NOTA INTRODUTÓRIA
Apresente monografia constitui versfto revisada da tese com 
a qual conquistei, no dia 29 de agosto de 2006, a cadeira de Pro- 
lessor Titular de Direito Processual Civil da minha querida Fa­
culdade de Direito do Largo de São Francisco* na vaga decor­
rente da aposentadoria compulsória do prezado e ilustie Profes­
sor Jose [gnacio Botelho de Mesquita.
Aproveito a oportunidade para expressar o meu agradeci­
mento à respectiva banca examinadora, composta pelos carís­
simos Professores Cândido Rangel Dinamarco, José Roberto 
dos Santos Bedaque. Carlos Alberto Al varo de Oliveira. 
Humberto Theodoro Júnior e Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, 
pelos preciosos subsídios Fornecidos por ocasião da argüição 
do trabalho.
Este também tío momento para consignara minha estima a 
todos os Amigos que acompanharam, de perto, a árdua trajetó­
ria para atingir o honroso lítulo acadêmico, cujo êxito passa as­
sim a ter maior significado.
Registro, ainda, especial gratidão aos Colegas José Ròbeno 
dos Santos Bedaque, pelo constante estimulo e pela identidade 
de propósitos que nos une, e Erasmo Vali adão Azevedo e Novaes 
França, pelo estreito convívio acadêmico e profissional; aos meus 
orientandos mais próximos, pelo continuo e piolicuo diálogo 
cientifico, José Rubens de Moraes. Ricardo de Barros Leonel, 
Fábio Peixinho Gomes Corrêa e I leitor Vitor Mendonça Fralino 
Sica: e â minha mulher. Cibele, pela inabalável paciência...
SUMARIO
NOTA INTKOUUTÓRIA ......... ! I - I ■“ • iB iip p iirs ii bna ■ a u i n i _ ...
Gipliulo I 
INTRODUÇÃO
I. Consideraçõespreàmbulart^......................... „........................... ^
2- ObjciLi c Emtfroiites da monogmíh...... ..T.r-—:,-f■■,>..____ ;____________ 24
3. Concdío pFtictvsuüt dc p:iric .......... ........ ......... ........... ............. 30
4. Partes e icrcciros anlc a eftc&itf i Ij scnlerrçac a CMrmão da coisa julga­
da riuícm l *„t ...................... ........... ...................... 36
Cjpriiulo II
CONSTRUÇÃO DOGMÃT1CA DOS LIM ITES 
SU B JE IIV O S DA COISA JULGADA
5. AiuliI iíl:i£k* tüi ftX Sue/ir sob a perspec [ tvu hIsidricü........................♦. 43
6. Perni cvoluivo du doutrina nuHjcnju • ie i m i o ■ a ■ i i i n í I I * l-l1 * * * 11 1 ■>■'> ! < i ' 'T r i 54
_
fj. t„ Vtslof tíb\ttluio du co ixtí tfín .. ........ ...... ,, 54
(í 2, Tt-orhi ita ttípmMnttí\'ff» íSuvignyi....................................
0,3. Efudcui rcflcxn dos a m ju r fd iw x * Ilrçrmg)...... -.....~..... -.... 5S
M . EflçUciu u flvxu cfo to i\ü julftm tti a terceiros AVach,
ML>ndclssn!m HnnlioUly c CTiiovtnduj ■ ■iri.Rü-i p.J + ««ín i i m fesi fc-JJ-t.aJ-K■ a l 1111 3^
6.5 trn cim.y juriitiranwmr irulifemites a /env/ms jíirítiküinenit
Jtt/frm.Wf/íU <I1l-1IIí: Cumeluiti) ..................... .......-........... ÔS
ft.fi. Tforíu da t flu k iii n flr.ui (AllorinL...... ..............,.............. 76
6.7, it'0ri(l tfü rfictu ia niiitmtl 11 tebmíiiii ............. ........ ..... S5
6.8, \ vimas rrlt;tu o\ (Pup 1 i«C c C :irpi > ....... ...... ............<..... lJ-
6-1?, htsn ian(imenms n'xtritiw \ i Momcltomr e V lvííio }.......... u*
7. S in iix u h I t t víi d:i evolução ilnuirináril ..................... ..... ..........
CapitaJo ill 
(1AKAN 11 AS CUNSTI I rcK JN A is
E PGSJÇÂO nos TERCEIROS 
K. Noçâo <Il' devida pcuccwtft i^yj ieni sentidoptocc&Mial i —
9. Princípio l)o coniradntino.....i u in h— b » aj. t ■ Ji ■ li1» ■ fi-r P®
103
1(16
T 2 L l M l t t S ............... .. I A DA S F n T E m . A I B A C O l i A ILil t ,AE >A « 1VIL
in. PusiduflíifflflilOílJi LÍuLLinjc Jajunapntderi:iJ sob «enfoque timMiiu-
L|Vll j[ .... ....... ............... ......... .......................
11 InvnnslLiULUnuluhJe ik aluai i>níníavio jun*plu»ÍÉlKÍal t ptanriidhcfc 
Jc legitimado* demandar indenização poí tiino moral |..............
12- Pnntipio da L^ Tnúnup proceisml,,................................ ....... —....
13, PüMCionínncíiio J j dmitrirut in1» iabilidaife dn coim juigiida in umltim
t-wnium tilis LU - i ■ ■ ailtMf ■ ■.!■■■■■■ ■ í ! <4'! ...... «MiJiHMrmrriTfi r-s-i - ri ri-p i “ ríTB-íHPf"»-" ■- ■■ ■*■»■■ ■■“*!■ + B
14. Gti&MiO» conMÍtiicionjiS(bpnx*sso.ceric&ria dn scniirriçit arbitrai ,
Í5. GarantJüs ciinüinunonii*.dn procedo e eotlaterat estoppcl..............
16. Terceiros rtífí [içfrcs colirlivjd e u coisa julgada vectwdUfn eventtim
p m h a fic m h iiji L4i>. ■ . lij ■ ■^ .1 ■■ i . ■ B ■ a ■ i b■ r ■» r ^ r ■■ rb ti*^ pi*-#-» í fc ■! §■■-*•■■■■■ P■*' »a (■ i 'i1 m ■■ i ■
17. Rijfhi to tifft flui tomo expressão dm garfiniiA& contitilticionuLu do pro
CC\fM ....... ................. -I-I-1IB1-I-P-PP-S---P--- ...«HlllíJHIlIUHtBlMil .......
17.1. N o t o p w i a pi rti ri s -i t r---■■■■■■ ■ ■■■■■■> ............................... ......... .. ■■■■«■ ■■ b« Bh
17.2. £ iiiitl/tx Untdits .............. ................ — .......... .............. .....
| 7 r3i í íl f Íà iiÍiS _ . , _ , __ -<r 4 - J- - f h - __i iifMiuui.j .A..f^ iiriiifii.ihrri.T.imi.nH..i..èi nti in i . i
Capitulo tV 
EFICÁCIA ULTRA PARTES DA SENTENÇA
I ,S. iiliL .Li.'! j da 'icnlcn^j c corsa julgada...................................... .
19 Í:fitic t j d j h.L’rt tf a an tc s du irãmiíü e m } u f gado
F9.1. Qmsúltniçõrs prévias ,... ............. .................... ......
] E>, 2. tfu iit ia i ri I cr finUiL! v e ejicàcia e tn ja c c r te tear in* v .. .
19.3. Tenvinu títmxidoxpela antgapuçüfí da tateia...........
I9A Pwjufc.fi jurídico: legitimidade e itttwvsse du tarrim ..
I l).5 Hf'nu-Jar, ptitet■ í-.tuais pata afastar o prejui-t*
19-5.1. Embargos dc terceiro ..
19 í .2. Rccun» du tc ftiiro prejudjchdt>.
19.5,3. Mandado dc segurança ..............
2Ü Eficácia li j M.-nlL’n^ dcpoil Jlh irjnhitu^cii ju]gudt> -.
ÍO. í . Qmtidéfaçõtí previas ■.. — „
-tl - HtmMios pnK cssuuii paru afastar o prejuízo___
-U .3 . rtíciíi J f p r e ju i i ic iü i i t ia d e -d ç p e f td ê fK ii i ............. ....................................
2Ü.4. f-.ftcúí ta dfi irn/tf/ifí] pmftridu nu at^ ân enirt i ndpr e dexrdnr 
em relaçSc ttojiadnr......................................... ................. .
2Ü.5 Eftcth ia dts kvj/r-fi^ íi pmferida na üçüv irivittdiratririii rm n - 
taçüt/üo Hifttiu- itr r/f"ri.'j Jr-f real sobre o bem reiviiiílicütidtt
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2H h Efu th I(i dn ítitiençítproferida »aty&tuj#r^ufo rmfat t th rpm
mfltnl? 1íiripnorifi r cm rtt&çâó tia lottiutriaftítiniMÍuiAria l1#^
20,7, Efu in ut dn trntcnça ptufcrida na a\âo étütr ÜKtHfar, r locatá­
rio ('jn ru/jjdff (jü j ubitxatârio ____i-h i i _ ^
20 X I: fií ui iü da wtirrnçn pn fonda fia pauluimt cm trttj( i3« ú
pniiçãfl àoi dcmaii crrdí/res quifugru/úriai ........... rri........
20í>
102
Capftnk] V
R XTF.N SÂ0 D A C O ISA JU L G A D A A TERCEÍHOS
I . finn>ilLi<íüo: leiceím prejudicado c teicetro beneficiada........................ 208
22 UgitimkhidL: l* iMctvük prtKx&uai do lerceim prcjudkDda ptln eficá­
cia dn Sdmcnça........................................................................................... 209
21. Falia lJo interesse prüc&suaj do terce éííi henElieúáo pela cMcrr^ü *la
luíkojutyula ............................................................... 210
24 Denionsilr^iLtjpídiicatljitcKjtraiKJsia:atmçÔc-contTCla^ Mj^c.tnoj]-
matte h e tcn $ fticti........ .................- ................................... ...........-____ 2 J1
24 J . Sucess&r do parfc .... .................................... .................. 212
24. I 1, Genírjütfcidtrí. — „..................................................... 212
24.1.2. IJmiLM juèjc&vüs da coisa ju lp Ja ..... ...... 213
2*1.1 .1, ConseqQèocia da Eilti dc dicflCiJ 4* pruw^sj-1 221
24 L.4. Sutc^âo poíí rrrnâiitficitfLim........ ........................ ....... 225
24 2. Stíbttíluiçüíf pm ccssual.........,**-*■........... - ............ ..................... -26
24 2.1. (.Linceito.......... ■........... .................... ..............■— ......l---1 - -6
2-1.2.1. r A rni i t i subjetivos da coisa, j n \^ ± i ■ ■.■■ ■iraii rni I fcP-i ■ ■ 22Ê
24 2Ji. A ia l^ c crítica do problema i s«" ! • ■ »*■*■■• 1-J I tilJ !•■■■■ ■■■"
24 ,1, JJtíjfcomons necessário unihirw ,,.... ........... - ........................... 23-^
24 ,;V t General idades ■ j na ri-*- *.- — !>-■« i.fciiTiiTri4 trii HI44la !.■■■ i »■■ li ■■ i i*"4 + “wí ,B ^
24.3.2, Undlessubjetivos dacoisa julgada....................... 239
24. :v 3, C.tpil u los da itfíKCnça e li l i wtwnriotin uml iiriu ......... 2J4
24 4. VhinsJidutir d? Ic í^IuiuhIlís à W\pu%nü\ii<j th- um lini&f oíík -45 
2-1.4 I Generalidade*
■i u ui iirriii— ■H—- P ■ 245
24 4.2. Lim itei subjetivada ooisajuípadj ............ ...... ..........
\| j ; íJfp^ iíiijtiamenttí da doüirisa hra i^lcirj . . ......... 253
24 í F lu r a h t ü d v d r legitwtatfas <■ m u la j u risdit um a t da p c ™ t u i U
dadv posi iiiunctn -*..■——-- — -.... ... .... ........
24 y I Tfntscendíiicia do* diw Lios da ptw mal i(Iwk n □ jCua-
lnULjt' ...... ... ..................... ................."""
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Capítulo í
INTRODUÇÃO
S u m á r io I . C ü r t s id c ra ç õ e s p i t a m h j l a i c * . 2 D b j í t o c h o r ^ o n t e s 
d a t i lo m ig n ir ia . 3 . C o n c e i to p ro cessa ju i d e p a n e 4 . f t u t t s c u rrtc ir íK 
u n lc a c íic á c iii d a s e n te n ç a e a ex tcnsíiQ d a c o is a ju lg a d a iira ieriid .
L ( 'unsiderações preambulares
O tema acerca dos limites subjetivos da coisa julgada, so- 
hretudona primeira metade do século passado. foi objeto dc viva 
e duradoura polêmica doutrinária entrç processual istas da Ale­
manha e. em particularda Itália, Desde a original abordagem 
de Savigny* passando pelas obras e ensaias que Fi/.cmm cscokt 
dentre o u t r o s , de Wach, Mendelssohn Barthokly. Hetlwig. 
Hofmanti, ChÍovendat UgoRocco, Gameluilie Bciti. aiè as clãs* 
sicas monografias de Allorio e Liebman. o profícuo debute dei­
xou inestimável legado, consubstanciado em premissas meto­
dológicas betn del!ilidas, que. até o.s nusscK lIkis. constituem* 
por certo, ponto dc partida para o exame do palpitante assunto.
Mereicem aimlu <ilusaot nessecontexto introdutória ns tra­
balhos de síntese, escritos, em época posterior, por Ciiovanni 
Pu^liese. lederico Carpi e Gírolamn Monteleone, mas que. em 
linhas gerais, se reportam à precedente doturma.
Transcorrido esse período, dois importantes fatores coniri* 
bmram para uma determinada renovação dos estudos sobre o 
objeto desta lese Em primeiro lugar, per força du incremento 
do tráfico negociai gerado pela sociedudc moderna, verificou^ 
se uma progressivadilâiaçao dos nexos dc prejudicialidade-de-
nemJcncia exisiemcs entre fc|açc*S jurídicas envolvendo uma 
phiiaJ idade de sujei.os, resulaiKlüdaí inexorável am p lia ., (b. 
possibilidade de extensão da eficácia da sentença c d.itoisajul-
Éüda a tercei ros^ Adenuús* em decorrência do enfoque constitu­
cional que os especialistas passaram a imprimir ao esludo do 
p r o c e s s o , a dogmática européia foi igualmente instada a rever a 
problemática dos limites subjetivos da coisa julgada, já agora 
sob o angulo da lutela do direito de defesa do terceiro, que não 
participou do contraditório, mas que sofreu a eficácia da sen­
tença ou loi atingido pela i muiabiIidade do conicudo da dicisuo 
proferida rui rcspectivo processo,
É verdade que Emilio Betti. na obra que veio a lume em 
1922 c que mareou época - intitulada D. 42J.63 - Ttutitita th i 
lim itisoggettivi delia casa giudkata in diriito ronutno já de 
monstrava acentuada preocupação com aquele que permaneceu 
estranho ao processo wfer tf/<7;.s e que, embora prejudicado, nfu1 
teve a possibilidade de defender-se apresentando as suas pró 
prias ra/ões e. conseqüentemente, de influir nos fundamentos 
dasentença No entanto, a despeito dessa significativa ressalva, 
a doutrina eocva. sob o aspecto científico, em regra, examinava 
as instituições processuais pelo prisma precipuamente kvmeu, 
sobaóiica da legisbição mfnieonstiuicional.
A tônica do princípio da bilateral idade da audiência, mol 
dado no precioso brocárdo cuidUitur et ultera paiM, que depois 
de inserido cm vários lextos constitucionais passou a ser inves­
tigado, em sucessivas pesquisas, como um importante corolário 
da garantia do devido processo leoaL recaía na necessidade de 
efetivo contraditório entre os sujeitos destinatários diretos do 
pro\. imento judicial, ou seja. enire as partes.
trigiu-se. portanto, o dogma de que o processo devia de­
senrolar-se. com esli iia observância dos regrarnemos ínsitos ao 
denominado due pmeess a fh u \ visando á lutela dodireiio sub-
iNrRüuurrÀo
jetivo ci utle n; 11 ubjc u > de rcconhec i mc n tuT sati s fação o ll assec t ira - 
çao em juízo. Assim também, sob a perspectiva da posição do 
rcu. o mesmo ocorria com a tutelajurisdicional dc seu respecti­
vo direito* caso tivesse ele razào. Em síntese, a garantia consii- 
t uc i orca) d i j dc v i do pit jcc sso legal d e ve ri a - como d cie - se r uniu 
realidade durante as múltiplas etapas do processo judicia]»de 
surte que nenhuma das punes seja privada de seusdireitos1 a nâo 
ser que o procedimento no qual este se materializa observe io­
das as! ormal idades c exigências cm lei previstas,
Poi s be mf a pa rt i r d u d£c ada dos unos 70. di ii n te desse riovo 
viés metodológico, centrado na regrado art. 24 da Constituição 
italiana, inúmeros escritos Foram dedicados ao exame mais 
percuciente sobre o relacionamento entre o pnncípio do contra­
ditório e a eficácia ultra panes da sentença.
O pioneiro a suscitar a questão foi Comoglio. cujo comen­
tário, sobre o ma importante decisão da Corte Constitucional ita­
liana. despertou a atcnçào. em particular de Proto Pisani, Luiso 
e Trocker. o> quais se debruçaram na análise djs jü tradicionais 
formulações atinentesaos limites subjetivos da coisa julgada paru 
submetê-las à prova em simetria com a garantia constitucional 
do direito de defesa*
Não e preciso ressaltar que, diante das reflexões e subst-
dios lançados iwssas expressivas contribuas doutrinárias, du-
minados pelos sólidos alicerces assentados na dogmática clãs- 
sica, torna-se um grande desafio enfrentar as questões tetfricase 
práticas que irrompem dos limites subjetivos dae li các ia da sem 
tença e d*i autoridade da coisa julgada, um dos lemas “piü 
complessi delia seienza del processo .
11' Federico Cnrpi. ' u h m p a n v d t íía setuerM c h ite .n l
n S Advinu-st-. dií I ogo. qut? :> nçao scmàni IO* en uc os vocábulos 
cficàda (qualidade daquilo que ê eficaz)e 4*™ (conseqüência du de-
iiStíTfS SUWCtftOS O* rFH.‘A< lA D* FFMTEtt^ A f. DA. COISA KJLGAOA cjy^
Sim, porque, como seobseivaráem capítulo específico, não 
Slí delineia verdadeiro o postulado do direito romano clássico 
no sentido de que: " S a e p e c o n s t i t u t u m e s i , r e s i n t e r a l f o s iu d \- 
c a i a s a l i i s n t m p r a e i ü d i c a r e ' \ ou, em acepção mais completa, 
"nt c in te r a l i o s r e s i u d i c a t a a l i i p r o d e s s e > a u r n o c e r e s o le r TV 
Tuntoem Roma quanto em nosso direito positivo (art. 472 CPC) 
e falsaa idéia de que um lerceiro (portanto, sem ter lido a chance 
üe participar do processo), cm situação alizuma, possa ser desti­
natário da eficácia da sentença ou suportar o v ínculo da coisa 
jurada,
Sobre1e\a também notar que, em epoca mai s recente, o tema 
ganhou ainda um colorido especial determinado pela notória 
evolução referente ao escopo da efetividade du processo, que 
e\i du a criação ou a adaptação de instrumentos jurídicos apios 
jundaros denominados direitos difusos e coletivos. A moder* 
na teoria dos limites subjetivos da coisa julgada incluí na expo­
sição da matéria a sua dinâmica nos quadramos da tutela coleti­
va. Trata-se aqui de imestigar se o tradicional redime dos limi­
tes subjetivos também se coaduna com o processo de espectro
clsüoj. não é, em principio, relevante para o desem olvimcnto do pre­
sente irabiJhi). Cumpre esehrecer apenas que a inniuihiljdadc í](h-di- 
leiidodascnicnça recai sobre a eficácia ou eficácia p ró p rias (declara- 
tória, constitutiva e condenaiória) desta e nao sobre os efeitos que >e 
projetam eternamente ao uio ctecisòrio. V.. para um exame parmeniv 
nzado, Carlos Albeno Al varo Je Oliveira* Direito mttwiial, prtfcv&sft 
f tuicfa jurtedicionnty Processo e Constituição - Estudo ^em homena­
gem to Professor José Carlos Barbosa Moreira* p. 758 ss. (— 1
Masiítcr de direito civil e processual civil. 10, 2oHv p. St ss-^ 4ut 
assevera: „.c na eficácia da sentença que sc c o n c e n t r a r á a estabi 3 idfl 
 ^ <le da lutela jürisdicional dispensada../*.
Macro, D. 42.1.63 (i 2 de cippdlationibux): "Muita_s vc/.es se deiemu- 
qüe a coisa julgada cm relação a uns não prejudica a outros *
■ D, 20.4.16 (í. 3 quQCStionum): "A coisa julgada entre un* rúo 
los uma aproveitar nem prcjudkar a oulrenf*.
kWTUOOUÇto
coletivo* OU, SC, pelo contrário, novas regras govemam a exten­
são subjetiva da eficácia da sentença e da coisa julgada.
A bem da verdade, na literaturapãtna.é exatamente í^besia 
perspectiva da imdacoletívaque nas úl limas duas décadas o tema 
ic m sido examinadq com maior disposição. E isso se explica pelo 
interesse despenado. no Brasií. em decorrência da notável am­
pliação du proteção legislativa dos dtretfòsdifososecoletivose 
do rcsp^ L tivo desenvolvimenlo cientiiico, É amp!a edc invejá­
vel qualidade, como e sabido, a liieraiara dedicadaa essa com­
plexa temática,
O mesmonàoocorrccomotratí*da matéria naesFeradopro- 
ces so de con e i nd j v id u a I, Tal con sia tação enseja ate ce rta perp! e- 
\ idade, visto que, hoje, múltiplos problemas irrompem da deli- 
mi tação subjetiva da coisa julgada. Com efeito, abstração feila 
da linha tCLirica (restritnu ou extensiva} que se adote quanto a 
í ibrangènc i a s ubjeti va da e fieád a da se mença e da coisa julgada, 
o tema imbrica-se, i 1. l.j, , com a sucessão nos planos do direito 
material e do processo* com o instituto du substituição proces­
sual. especialmente com as variantes do litiscon>orciü. com a 
interv ençãode terceiros, comas rel ações jurídicas conexas epu- 
ntJclasTctJEiias obrigações solidárias e indivisíveis, com o estado 
da pessoa, com a tutelada personalidade postnwtiem: e relacio- 
na-se aind,i com a sentença penal de natureza condcnatória,
Mas nãoe só! Em nossa atual experiência processual, dian­
te do insolúvel e angustiante problema da ímempestividade da 
prestação jurisdicional. ganhou corpo a técnica da antecipação 
da eficácia da tutela postulada, cuja d ec isão faz-se exeqüível antes 
mesmo do transito em julgado da sentença. Tertlna-se presenie 
inclusive a v iabil idade de antecipação no tocante a pane incom 
troversa do pedido (art, 273, § 6l\ ( PC )- É correto dizer que o* 
efeitos dai decorrentes ínão importando a natureta destes) po­
dem repercutir na esFera de direito^ , dc alguém que não n^urj
22 LÍMlTF5SL'BjriIVOS l)N UH I >A SINTÍ^ ÇA ll>\ i OINA jUICAtlA CIVIl
como parte no processo itiu i alios, no qual o ato deeisório Foi 
proferido. É perfeitamente possível que essa indesejável circuns­
tância acarrete prejuízo jurídico (em sensoehtovendiano) a esse 
terceiro,
É ate desnecessário aduzir que a legislação processual civil 
brasileira, codificada e extravagante, em abono da efetividade 
do processo, especialmente nas hipóteses de obrigação de fa~ 
zer não fazer e de entrega de coisa móvel, fomenta a satisfação 
provisória do direito, por meio de tutela específica, pela parte 
que demonstrar, prima fad e , a verossimilhança dos Fatos que 
alegou: tomando-se curial que a execução dessa decisão possa 
e xce pcionaJmente atingira es fera de d i rc i lo de a I gum suje i to q ue 
não seja parte no respectivo processo.
Investigar, pois, os denominados lim ites subjetivos da 
coisa julgada nas duas dimensões aqui propostas é tarefa in­
gente. que demanda prudência e reflexão, mormente pelas d ifi­
culdades queemergem da pesquisa na doutriria estrangeira, visto 
que. para fenômenos d iscrepani cs. 11 mi los estudiosos enipregam 
idêntica denominação, ou, quando nào, para designar situações 
análogas, utilizam diferentes conceitos. Acrescente-se a esse 
aspecto dc índole precipuamente lormal, a profunda assimetria
modelo e fonte de inspiração para uma pesquisa de comparação 
jurídica.
O diálogo hermenêutico, se bem que não programa veL é 
sempre possível, apesar das di í iculdadcs metodológicas que se 
põem em investigações de "direito comparado" acerca de um 
mesmo instituto, muitas vezes recepcionado em “ mundos cultu­
rais de tradiçào jurídica diversificada* A guisa de exemplo, tenha- 
se presente a concepção que„ a propósito dos ÜmitessubjeLivosda 
coisa julgada, foi construída no ambiente do c o t n n w n l a w \ em 
panieular. pelas cortes norte-americanas, as quais não hesitaram
Itfnuxsjuç&q 22
cm ah un doiuir, d i ante de alguns c asos concret os. o critério da iden- 
tidade dc panes para a deli m ilação da eficácia do julgado. Vale 
também invocar a nova U y dc Enjuivianwnto C ivil espanhola, 
quo, dc modo explícito, determina que a coisa julgada afeta os 
s uje i tos, nõu l infante s ,tiiul ares do dirsri to material discutido t art. 
222.3); enquanto, por outro lado. prevé que não faz co isa ju Iru - 
díi a sentença que decide, no bojo de processo oral. a pretensão
l un dada nu m direito real em face de que m a ele se oponha ou per­
turbe o seu exercício, sem dispor de titulo registrado i an. 447.3).
Todavia, toma-sc menos árduo o trabalho quando o ubjeto 
do estudo, guardadas as opções peculiares de técnicae de polí­
tica legislativa, tem uma finalidade comurn. como sucede como 
instituto da coisa Julgada, fiste, como averbou Habscheid.éum 
instituto jurídico universal -adespeitodas possíveis diferenças 
de dtílalhes, caractcri/adorasde um ou outro ordenamento-que 
tem dois escopos essenciais: o de proteger ns direitos subjetivos 
c. simultaneamente, o direito objetivo; e. ainda. ode restabele­
cer e manter a certeza e a paz jurídica.4
Ao cabo dessas considerações preumhulares, é alé intuiti­
vo concluir, na esteira de enlalica doutrina, que as vicisskudes 
da eficácia ultra panes da coisa julgada não encerram, portan­
to, "wuipróhicm atha oítocentcsca \ mas suscitam indagações 
de extrema atualidade, destinadas a muiliplicarem-se em futuro 
não muito disiantc/
J IfUmiuziotw ul diritfv pwcfsstwk* < ivite comparüto, p. 161. Cf- em 
senso idêntico. Casad c CJermoni, Res Jiirticata-Theory, Docmneand 
Prticticc. cjip. J, p. \ t]uc, rcpOítandi>‘ííc j A. Fieeniíin* A
doutrinu da n s judicaiü coitôlitui um princípio unívcrsaJ dc direko pre­
sente em todos os sisiemus juridkoh d;is naçòre civilizadas'
Proio Pisani, A ppu ntisu i ra p p o m ira i Sm iii w ç g e ttiv i d i efftcxma delfo 
jcu/fflrü c iv iíf í hi jçww/isiíi cos fituzioftüic de l d iritto di difestz* Rj^ í sta 
irim esiraJe di d iriiio e proccdura ctvilc. J9 7 L p. 1.239.
2. Objeto c horizontes «Ia monografia
proiwnho-nie. assim. a examinar o referido tema, procura» 
doconsm^ o seu perfil dogmático, ajustado à nossa realidade 
jurídica, ao alviirc das atuais tendências do direito processual 
civil Considero mais do que oportuno, até necessário, deixar 
desde logo bem claro que o lítulo desta monografia - Limites 
s-iifrjvtml-1l/i >:/í< <« wrfo sentença e da coisa julgada c iv il - co- 
loca-sc em sintonia com a concepção que será desenvolvida ao 
Jongodotrahalho. ( J lítulo ruimta as coordenadas cienliTicasquc 
embasam o meu entendimento sobre aeíicácia chi sentença e a 
imutabilidade de seu cnniciído decisório diante da esfera de di­
reito subjetivo de terceiros. Aquelas se inspiram, em princípio, 
no pensamento de Liebman, que dedicou amplo espaço cm sua 
fecunda produção acadêmica aos limites subjetivos da coisa ju l­
gada, não apenas cm sua obra de referência obrigatória, como, 
ainda, cm outros posteriores estudos.
Procede, sob todos os aspectos. □ demonstração de que a 
autoridade da coisa julgada se distingue da eficácia du decisão. 
Os eleitos da sentença constituem atributo autônomo cm rela­
ção à coisa julgada, ate porque há situações nus quais, mesmo 
ames do transito cm julgado, a sentença produz eficácia no pia- 
no do direilo material.
Assevera I jcbman. no que ora interessa, que, um aspeclo é 
disLmguir os efeitos da sentença segundo sua naiure/a declara- 
lória nu constitutiva; outro e verificar se eles se manifestam de 
modu mais ou menus perene e imutável: "de falo, todos oselei- 
inspt >ssivcisdaseniençaldeclaratório% constitutivo, cxccutórío) 
podem.de igual modo. imaginar-se, pelo menos em sentido pu­
ramente hipoiético, produzidos independentemente da autori­
dade da coisa julgada, sem que isso se lhe dcsnaluie a essén- 
L‘ia . A coisa julgada, segundo ainda a conhecida lição de
, .HCtaA » StWINÇA E BAIOISA JUM^ ÜM. « U
INTPCfJDL/ÇÂO 25
Liebman* descortina-se como um plus, que se agrega aos efei­
tos da sentença para tomá-los estáveis.6
A distinção acima traçada é Fundamental para firmar o en­
tendimento de que. em regra.a autoridade dacoisa julgada (imu­
tabilidade que recai sobre os efeitos da sentença, na construção 
de Liebman) fornia-se apenas entre as panes. Ja os efeitos da 
semença não se restringem àqueles que tiveram a opon un idade 
de participar doprocesso, e podem atingir terceiros.
Eduardo Kicci* em recente estudo crítico sobre a original 
contribuição de I iebman acerca da coisa julgada, reitera a posi­
ção do renomado processual ista quanto à Força executiva provi­
sória da sentença* antes mesmo de os eleitos adquirirem o selo 
da imutabilidade. Nesse panicular, o pensamento liebmaniano 
serviu de bússola para a evolução da legislação processual ita­
liana. que introdu/iu, em 1990, a regra geral da executív idade 
da sentença de primeiro grau. Ademais, por esse mesmo aspec­
to, as noções expostas por Liebman sugerem que, a ri^ or cienti­
fico, se comece a introduzir na terminologia técnica as expres­
sões “exceção de sentença já proleridj \ limites objetivos da 
eficácia da senlença" et ainda - permito-tue acrescentar - limi­
tes subjetivos da eficácia da sentença '.7
f £ p ada tdautoríiã delia seu ien tü . risU n. 3, p, 14 (= FJicâda e auto­
ridade tln w n ten ça t outros ritos sobre u itííatí jttl.ituda, Ir. port. 
Alfredo Hu/.iitl e Benvindo Aires. 21 ed., n 3. r IV-20} Kegistre-sc 
tiue Ugo EUieco. duasdéuadas antes, intuíra csau distinçfci* ao escrever 
ao lado dos efeitos produzido ^no terreno processual, o trânsito 
em julgado também produzia tumeficácw no campo do difeito subs­
tancial- li. mdugundo qual >eriy esta;itspondL j aurorua deita cosa 
giaüican i” (U tu tto rilàdclla cosü g u d ic u la a suo\ Iwun n
138* p. 437),
,T| Htttti rJ Isittid Uebtnan <■ ladottrimdeglieffetti delia anten a. f rn r ic o 
T ulliuI icb n ia iio g g i r if lc s s io n is u lp e n s ic r o d iu n tn a L \s im n .p 103. 
P r o lu PisiU ll (Opirnsiiiom di teno ordinatia, p . 3 0 ) r c t e r e - s c a c I i l í í
É * icr-se urubém . que a questão dos tím ttes Sub-
« h o s á i íw ^ ju le a d *. coroo bem pondera.A aaíd i. é um pro-
i i ié jf t r f - ~ ...... * • t m m V S Ê :v
1 M |, ___tr f . ™ quaiquei Orientação doutrinária que se pre-
b «m t p r .■ legtdacfcí --1p ó t f ã I * I - - ^ ( í t s - q u í . 
«■■■ iíi iin im rf* situação. re .|w staá i a g M O t» d l»< £náo de 
ifcfesxotfaM W H pM cyta n a e sfa a de d ifd to de aJguns sujei- 
i: k f ato iVi dc ottiroi 1
ttíIc l í da ^ ^ y 11 T t =-■■ posterior» tfrrüs j I i í í z í
ii i i nl— rim- â o p i « * ã o ^ tffiiacu2drlía umien*
,y_ £i_ jiV - du j . ,-ino /inx-íflj34i^tf r h i i í . r, 2 L p.
• ÍJtra » cn iii*. v. I. ÍL 29. p, 493, W jJJii Santi^gQ G uena
FJ>* fy fje i& n .- r tsp fip i natureza ^ í"wsajüwffUíla r f/me> proble* 
v:'*;- ■ f-r -. ' :: ' -fJ : _:"F“ .-‘. J-- ■ _ -r
2 ooÊu jrfrr '* " uí& aoú o sccaL c um am fício que v a * a infundir 
ie í bciíí> d: MigeaBÇiisw junidioGitaíjC’. " r fi&eati o n ck O ' 
já^zmta -'jí ■ - ■ ;■- í.-ii - :._ -r:iü--= r- ''^ á ÍB d k fM D H
ú b e fn U c B L " ^ k txn le * i t f i i u i t J 9 v io p o ru is fpném rnfto 
c o K ia a , m t a ta in a » caüfc nâo b f,« B £ v e z qee o íçfe*raci« l te- 
r e J M u ia t à u j d p i i é n a a r n a p o hsgüísücti. t j m a p j . E* w 
à i é de ura rfícrríiCLhl sue 6 o mo do â fg io ju á tc id
A* p w M f tU t U tito a d b O JOüdí3SH> *p*rxtn n w H ttml íam ecidü 
icitoüttau p r t - « dtoer qec ao itia t ^ ilg a ía í « n ti$po core 6 » - 
ç íd dc a p e ia r o íio m tirô a iw Dü d iitiio p toccsttiiL o que
a a à o a e ® í* a difleaitão puram eaiciitíiaãcÈ. unde o í t^ gDOS *e fé- 
ía c ie o e i « a r t si. C o m a pmprio pfootüi*p k wf ua h o k p iin o for­
mai, tes-*e qut o BBtimvci em id z c úpK^tm tiiic p te n v u d . p r r ^ ■ 
do-ic f m a in rtff faaç&> dc tx^ssrijHT lir in M á c w e w lc * n u titiia 
p b É x t s a lo m 1w s t sus ^ icâ çã D . taie aTmal 1 0 pupeiso .,. A 
^ õ w jc ip iá i^ n c e iD G a hrüficioou £eí±cíi&iuzd p tt3 é o ^ ile n c ttv 
-L S F V f >nTTwn«j\ #■ 1 jTFJU rrj SCÓT i ÍU £ÍT3 Cia. TO ±130 Ò t Uttt dsfCÍSO OO
z z r _ r - , i . ^ ■■: r Í l - n 7 -
de l^fltBQçío dtiSc||ipiM>fi ííT'jí^ ür7i^ Efj t ⣠âa ***■
c o Q Ín A o jiK iiii^ ü u y fc gnfra s c coln o prtiçex? 
f * ^ a r n i ft,» V t t ir ÍK jC M o tn ilA s t< « n p râ e q w , o rcw h iào t ji 
« ^ 5 o ti^gaorta do procdíio, íc t^ à atoação óa d c ã io etn itm o íío
caticrdü . r ij .i-ití, > r^ '.' _m cncisn^r mdltVOCii^ C
-í J js l -j-- i rr>.ríi ir
2 o
27
M » p a i a a k ^ n ç ^ a ^ i w i d a d e (fc « » s a ju lg a d a , i i e o t o j ,
Çabá d c tc rp le ia e ficá c ia quantoaoque fo i d e c k B * . É p o re *a 
ra z M q u c a q u cs tâ o d a e fic^ d a ic tó tiiç a e .co re e q ú e M flw ii.
te. da delimitação de *e«s rcspectrvoscíausanteccfc adoib-
m íies > üh jem o i da co isa _
D esse modo* í ra ia frisa r que, cm rena* Íií jrâe se i p revisi^ 
era w s w d ire ito p o sitiva , ^ão os efeáos da senienca que t™ 
atin g ir tercetros, Tom e-se o exem plo clássico da resdsãojüdi- 
c ifll do co n tra io dc k>cação. O sublocaiárm v jfr ê r i de modo 
ín con iom ável. a e ficác ia daquela decisão. O promiürnte com­
prador de ttm determ inado bem insóvd também sed atingido 
por Laís e fe íu » se o p ran h eate vendedor for vencido cm açã© 
re h in d ica ió ria , A hipoteca ju d ic iá ria coasBUri d c íto secüod^ 
rio da s e t ia ^ CTJfldeiM ófÍ2,c íi^ especialização, em ffffacqao
im erpartei. também pode pm ocardetido prejuízo jaraüco a
um estranho.
É n outras ú t& ç té C pek> co a s rz rio - é z j t t z t jp lg iá à qpc 
se projeta sobre a posição jnrídiesde um icrceutí. Eo tp to ccf' 
re. e, g „ na hipótese prevista na 2* parte do art. 2 4 doCotiUo 
C ivil ero vigor que «acode a cunonin i rei iudicasatacn ardo-
ffr n p»tenopn)C6g O Issoypnfitiljiieeslesftãti
mal s podefão discutir o <ibjcio lilígips0 do |*eoedottc procctio.
Ficam eScs aliugjdos p eb rnm afaüiii^ c do conteúdo deCTWno
ia ^ 'e r^ a d t : píitííSèriciiiraiijíiadaefrijiiiSado,
O s * e ^ d a | ^ e © t i t i d a r * > d i n d J c « i ^ ^
òopíxqueni efleve fin juízo para a defesa dc íca tokí
*ero cxeiuido. no '| r tC c i» » ^ “ P « ^ fc B I,d ,to “ ^ 
deveres e >Qjeiçao p ró p n ^ t e pane^
a M » ^ “ ^ ,tKA f " Jl’Lr' Am aW
Adofenderacoerência da estrutura lógica de sua teoria, 
Allorio a u t o r de clássica monografia sobre o tema, procura de- 
monstmrqw. enqumtoaprafoçàoda eficácia da sentença a ter­
ceiros. por força de um nexo de prejudieialidade-dependência 
e n t r e K-lações jurídicas, éocorrência que nada tem de inusitado; 
o alarjjamenioda ..uioridade da coisa julgada á posição jurídica 
de Ügu&n estranho ao processo inter alios corresponde a situa­
ção de todo anormal. que é devida à existência de “relações si­
milares", concorrentes nu paralelas.
Seja como for. esses dois fenômenos de extensão ultra 
panes, verificados cada qual num determinada momento dopro- 
ccsívQ, siígponiidi *n.'sde inegáveis incertezas que reclamam equa- 
cionamenro e solução em harmonia com os cânones do contra- 
dltórro, do traiamento parfltário das partes e da máxima eficiên­
cia processual [proccsso de resultados).
Deixandí> de aderir integralmente à conhecida tese pro­
pinada por Liebman. por motivos que serão oportunamenie 
?xplící lados. emendo que a extensão ultra parles dos efeitos da
RA Lü t um liludicatü rispetíoaiterzi. n. 30. p. {,7 ss.. e 117 ss. V.. cm sen­
so anitoj!oh Hurbtwíi Moreira, Lirüconx/Srrio unitário, n. £4, p, 144: 
M, a í.vlc n silo il(.i v ínc u to da cois u j l i I j lÍ:j ;t lírrce i ru\ é medi da d^ a )n ■ 
scqufctcjus L’ujy gravidade sen* inútil querer disimular. Aposenta 
íocurncnirmcs dLr tal morna. cjue sú u- podem razoavelmente admitir 
cm íOo havendo possibilidade de outnt idüçio". A cx^pdonalidadc 
úaaknuit da coisa julgada material a terceiros t. lambém, enfaii^da
por Demarca iiutítm ^fes de di^ nopmcessuíU civil, 3,2"*!* n. 965,
? 1-3: htncontánrto, T ed,+ n. 64 3, p.27\ 
opíiruiiio lembrar que a coisajiHüadj matcfkJ nüu confunde cora 
tuT ^ lonnil.q^e detone do uÚnHio em julgado d» sentença 
uunevb" " " “ ."""vaodo piuc*«o sem julgamento de minto ou 
iu l-S í,™ 'V ' POn‘),>OU nn° fim “Õ PW^so. Enquanto acotia
Jt r;r,f" a}K tas™ Im itiiu q n processo no qua| a dec-5,,
p j^ela-se « lemamefilc dada a 
injíjiílhíhdadc dn cootóWu do prçjvirrcflui judiciai
l*JTWonurÀo 24
sentença ocorre toda vez que houver* entre a causa decidida e 
j relação jurídica que envolve o terceiro, um nexo de prejudt 
rialidade*depcndência. Em tais hipóteses, o terceiro prejudica­
do. para afastar a conseqüência jurídica du sentença, mesmo 
antes dn respectivo trânsito em julgado, poderá valer-se dos 
meios processuais colocados ú sua disposição pela legislação 
em vigor,
Jií em nutras situações, tendo-se em \ ista aposição jurídica 
do terceiro ou a natureza do direito material em jogo, é a própria 
imutabilidade do comando da sentença que acaba atingindo 
aquele que ficou ausente do processo. Nesses casos, havendo 
prejuízo jurídico ao terceiro, o julgado, conquanto lhe interes- 
se, não lhe será oponível. Trazendo-lhe benefício, ainda que não 
lenha participado do contraditório, seja como autor seja como 
reuf poderá até deixar dc valer-se da posição de vantagem que 
lhe Foi propiciada pela sentença; contudo, o que não será possí­
vel fazer é opof-se ao julgado, porque, a toda evidência, â ele 
carecedorde interesse processual para insurgir-se contra a coísj 
julgada.
Assinale-se que a estrutura da monografia ora apresentada 
compreende a sistematização de oilo capítulos: no primeiro, de­
dicado ãs considerações preambu lares, depois dl? delimitação 
do ob jeto do estudo* reputei oportuno relembrar o conceito pro­
cessual de parte e posicionar as partes e os terceiros ante a eficá­
cia da sentença e a extensão da coisa julgada material: no se­
gundo, é feita uma análise, tanto quanto possível mintK iosa, da 
construção dogmática dos limiies subjetivos da coisa julgada, 
com destaque para n atualidade da famosa íex Saepe- de epoca 
romano-clássica, c com exame das sucessivas teorias soba o 
lema; no terceiro, o fenômeno da eficácia da sentença e da ex 
lensão da coisa luJtiuda ultrü partas é en Focado pel° prisma das 
saramias constitucionais do processo, merecendo ainda aien-
,â, , eficácia dn .sentwiça arbitrai c alguns institutos da expe- 
rièncí aiundita do Aro-, no quano e tio quinta que são
oícapímk^CtfiitraisdoirjbaJhn, firme na disunção entrv os cfei-
ÍÜS produzidos pela sentença e a autoridade da coisa julgada* 
Cio examinadas, respectivamente, as hipóteses concretas de etl - 
^antítaipants da sentença e aquelas* substancial meme heie- 
rügíne.is. de extensão da coisa julgada a terceiros; no sexto, a 
problemática dos limites subjetivos passa a ser investigada pela 
pcrtpcciita d;i luiela coletiva, à luz da legislação específica e 
tnduvivè duqueh projetada; no sétimo, é destacado o controle 
de cotlstílueionalidade das leis, em especial, pelo Poder Judi­
ciário. com ;i análise da eficácia vinculame e da extensão vr^a 
£mmes da coisajulgada, que decorrem dus respectivas pflo vime n- 
tos judiei jís nessa maléria; e. Finalmente. o derradeiro capítulo* 
li guisa de encerramento da pesquisa* contém considerações 
conc I u si vns L< 1 1ne ntes .ios ies uí lados q^ ie foram ai ingidos acerca 
da temática desenvolvida.
X Conceito processual de parte
O estudo dos [ i mires subjetivos da coisa julga da no âmbito
do processo lív il assume real importância, tanio mais quanto sc
tenhu na devida conta que uma de suas mais significativas ca-
racterfslicas e a de ser um processo de panes. Sintclkando, a
es\e respeito, o entendimento dominante na moderna doutrina
príjcessual. precisa Ji>sc Frederico Marques11 que. em \ irtude
e o processo consiiiuir; cm seu desenho estrutural, um arfttt
nutnptrsonarum. o juiz, o autor e o réu apresentam-se como
p nup.iis protagonistas da relação processual, por encarna-
k -pe t anj,ulosubjeti\o, individualizando-as de Forma devi- 
ua. a jurisdição. a açáo c a defesa.
...... * m WfAT« t» «Nia»Ç» £ I» CCJÍ5A IWt.M»fclWl
Manuti <u direijoprvcessuaí rtvit, v. t , n. 152, p, 172,
Daí. a necessidade de. num primeiro momento, estabelecer
o conceito de pane. para, em seguida, determinar o de terceiro e 
a miü respectiva sujeição àcíicácia da sentença e. excepcional­
mente. ã coisa julgada.
Como bem ressalta Chiovenda. a Formulação do conceito 
de pane não se restringe a simples questão de ordem teórica, 
mas se presta, fundamentalmente, à solução de sérios proble­
mas de natureza prática.l: De Fato. para o Ftm de dirimir ques­
tões atinenl.es ao impedimentoeãsuspeiçãodojuiz, ao [itiscon- 
sórcio e a intervenção dc terceiros, à litispendènda eaos limites 
subjetivos da coisa julgada, delineia-se necessária a elaboração 
iie um conceito de parte abstraído de qualquer liame ci «m a si­
tuação de direito material.
Tomou * se Fa mosa a definição de Chio venda* q ue e ce mrida 
no aspecto Formal: parte é aquele que demanda* aquele em cujo 
nome se demanda e aquele em face de quem se demanda a atua­
ção da vontade concreta da lei. Ressalte-se, porém, que lal pro­
posição encontra-se imbricada. de forma aié excessit a, ã deman­
da pendente e ao objeto do processo» *’peeando ainda pela falta 
dc associação ao princípio do contraditório".1'
A noção dc "parte'1 admite variantes de conformidade com 
a perspectiva adotada, apresentando-se, pois, como um concei­
to polisse mi ed.
(iarbugnali propõe um desdobramento dn conceito dc par­
te em três categorias. Partes são: a) os sujeitos dos atos proces-
IJl1 instituidor* de direito pnh cssuul chiL v. 2. 2* ed. ir. port J, Guima­
rães Mcnçgafc. p. 233,
Prm ctpii th dm iiv pnteessvale çivile, $ _í4. j>. 579 A cólica é dc 
Dinaraareo* /lum rttiw de reneims. 2* ed., n. 3, p. 17 C t , também, 
cm senso ^scrimlhiido. Aliios Cameirc, ifíter\'i'nçáo dn terevints. I - 
ed., n. I . p. 4.
>NTROPL'ÇÀO
32 UMI^ M.HflT.tttt IA ^StNTFNÇA EDA COISA .ULGAL^rm
suais£)os sujeitos destinatários dos efeitos jurfdíc os puramen- 
le processuais; e t)os tilülaies da relação jurídica litigíosa* su* 
jeitos, portanto, dos efeitos da sentença.
Mais rcccnlcmciHe, Proto Pisam, baseando-sc nas acepções 
utilizadas pelo legislador, aceita essa uiparliçãoe preleciona que 
partes são: u) os sujeitos dos atos processuais; b) o* sujeitos dos 
efeitos do processo; e r) os sujeitos dosefeilosda sentença,1- 
Mote-se que o significado desse derradeiro campo scmAnti- 
ce do conceito de parte titulares da relação jurfdit o deduzida 
em juízo, sujeitos tios efcitns da sentença - engloba, tnuicourt. 
sem qualquer distinção, ledas aquelas pessoas quo, embora au­
sentes do processo, sofrem a eficácia da sentença* I íá. nesse 
enftiquc, unia visível aproximação entre a concepção dc panes, 
em sentidoprocessuuL com a dos denominados tegitimi contra- 
dictarrs* vale dizer, das partes legítimas. Propicia ele, ainda, des­
necessária contusão entre os conceitos de pane e de terceiro,., 
Ao destacar a lide como pólo metodológico central dc sua 
exposição. Camelulti assevera: “ exatamente porque o conflito 
de interesses relevante para o direito tem dois sujeitos, cada um 
destes recebe o nome de parto,.. A noção de parte, quo c própria 
dn conflito juridicamente relevante, é comum tanto ao direito 
processual quanto ;io direito material o assim ingressa na teor ia 
geral do direito: certamente fala-se de parte também em rclaçao 
ao contrato” .1*
GarbugnulL Avj xostituzione pmcts.huale nel nut/vo CoJut' th Pioct'- 
dura Civilt, p 245-247
fWft fdir pmc. í fvj*Fnciclopcdiade] diritto. 31J9H\. p. 923: Uzioai 
di dtrilio pmctwuüic civilt'. n. 3.1. p. 33 L
Sutcmndsliliritt,,/inKc^utiU’tivile. t.n. 119, p 342-343, Cf. t ainda, 
íiinclutli. íitrtittt t'prttcexiío, n. 53. p. 92: con ü ide rand o que a p*>-
passi^ t d.is partesrcheiona-sc com a lide. enquanto ;t posiçáo 
anva di/ aim o processo, vem formulada a disiúrçiiu entre partes m 
i! fi 1 , 0 <JJI •''uiuitdticitíi ç píines em svttso formal<ut w<n v.í.vmíW".
ik
iNTkorüJíÀo
Mas é importante advertir, sobretudo parti o contexto do 
presente estudo, que o conceito de pane não pode ser alerido 
nos domínios da relação jurídica dc direito material
De modo claro e preciso, Liebman escreve que "as partes 
são os su jeitos contrapostos na dialética do processo instaurado 
perante o juiz". K pot lógica exclusão. antmam: volom
ciu mm sono parti xnnn, rispeiio a que!processo, terzi". A pró 
pría essencia do contraditório ^ explica FazzaJari -exige que do 
processo participem ao menos dois sujeitos, um interessado e 
uiiicontra-inieresMido: em reUrçãouumdeles, o provimentoli 
nal e destinado a produ/ir eleitos favoráveis. e. no tocante ao 
ou l ro. o 1 e i t os prej tu l i c i ai s,17
Éclc Liebman a afirmação no sentido de que a imuiabílfcta- 
de dos efeilos da sentença vale ^apenas emre as partes’ .1 ( )b- 
serui que já na vigência do atual Código Civil italiano e, por 
tanto, do respectivo art. 1909, que alude a/wirrrjr como destina­
tárias da coisa julgada \‘*L acceriamenio contenuto tiefía 
senicn:a pasm a in tfiudicafo fa stato a agtii efetto tra le par­
ti..;’), Liebman reitera o mesmo ponto dc vista, ao destacarque 
os sujeitos que iicam adstritos à coisa julgada, são tis' 'parti del 
processo", noqual a sentença foi proferida, e não du relação ju­
rídica substancial.1'*
Além do auior e do reU também adquirem a “qualidade" 
de parte (radern fotuiiviopersonarufrt - D. 44,112) todos aque­
les que Forem citados, substituindo a parte originária i sucessor),
Liebin.ui. Munualc di dirittopnxxsmakcivitc. L6red. n 41. p. 85; 
PazzaJtm, hlilU. uw ídi diritto pm ctsswlc. 4J ed ^Jr 6. p SI 
liflicad tí a t autarità drtln wiwtiza. riste n. Z5. p ?6 (= í-p'm ,|J au 
(ondiulc dn setitfííçu, -l fd- n, 25. p. Sí)j-
Giutíiaitia - diritiv proccssuufc civilc, Eocrduprtim giuridiea ircccam. 
 ^ |\ 1'UK'J, ii. 7.1. p. 14 V,, n a versão inglesa, Liebman. íftc SíHian rj 
R e s J u d i i Lini. I ia l ia n W u rb o o V o f C iv i l P t o c íd u r e , n. 2 p 2 tò
M?i
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1 d^lj
...... _______ I» twMCIA IW SÉNItNCA t DA COISA IULGUM OTil
t r . M I l t " > ' r l-' 1
nu üue intervenham. defendendo Jireno próprio (opoente), <>„ 
1 'aiwOioda parte, figurando como titular das diversas posl- 
cões ulivas ou passivas inseridas na dinâmica da relação jurídi­
ca processual (inierveniente litisconsorcial), ou ainda por pro­
vocação dc unia d.is panes originárias i denunciado, chamado 
ou nomeado). Também passa a ser pane aquele que sofiv os etei- 
losda desconsideração incidental da personalidade jurídica. '" 
Como enfatiza Dinamurco, o conceito estritamente proces^ 
suai de parle desponta como o único apto a explicar, nos qua- 
dranies do sistema, "a contraposição parte-lerceim, se in as 
distorções próprias das inconvenientes ligações com lenômc 
nos Je direito substancial ou eom o objeto do processo"-1
Ressalte-se que tal conceituação* a toda evidência, não me­
reci qualquer reparo na órbita das ações de espectro coleli vo,“
13 Cf. STJ. y Turma. RMS n. Í6J74-SP, rel. Nirncy Andríghí: h,0 sócio 
alcançado pelo desconsideração da personalidade jurídica da socie­
dade empresária torna-se parte no processo c assim está legitimado a 
ÍTikrpíir, per.ml', o Juí/u de origem. Os recursos tidos por cabíveis, vi­
sando a defesa de seus d irei (os” Na verdade, na maioria íLhs ve/es, o 
sócio nestas condições, v litisconsorie passivo. V., a pmjwsiui. o do- 
cumentòdourtigode Sidnei Agostinho Bcneú, Descmiúd^ru^âo du Mt- 
ck'iiíi(itr t' k^ititunícidr ad causam: esboço cit' sisictMifiT.iníio, Aspee- 
ms polêmicos u Lituuis sohrt; os terceiros no processo civil c assuntos 
ali ns lobra coletiva), p. J ,005 ss.
hvenenção de terceirrm, n. p. 17 V., em sentido análogo, l .opes da 
Cosia, ao esclarecer que a reluto erigida no processo tem um conteú­
do puramente processual e, assim* soh ta] aspecto, “ indiferente ii que 
Lidi e^ lorme emre os verdadeiros ou os pretensos titulares dn direita 
trazido à lide. Autor e réu podem pão ser os 'sujeitos do direito , mas 
se apresentam conu» os da ação: surgem, pois. como os senhores do 
processo t t)u utírmetiçãtt de terceiras no processo, n. I, p. 11J; Amuía 
Alvim. Mamtui de direito pmcessual civil v. 2, 6' ed., u 4, p. 23 O 
conceito de pane é eminentemente processual..".
- ao ohstanie, registro que segmento considerável da doutrina estrun- 
nacmnal. em hase.i de um conceito dc parle na esfera do pro-
IKTflQOUÇAQ Í5
Km suma: ;i identificação de parte em senso substancial, 
como sujeito da lide, é dc lodo espúria ao sistema de direito pro­
cessual civil. A denominada parte em sentido substancial, quando 
não guarda coincidência com a pane que atua no processo» é
apenas um uneim/
cesso coletivo, acaha so norteando pelü pnsiçãn dos. interessados nu 
pl-inti dodiíciUi inalcfiai V.. i . -ç., Montcleone, a» izs.a.niinai1 lv rc^ titi'.- 
da1- l Uiss ttrritítt* do sistema norte-americano. afirma que a dceisái» 
proferida n,is demandas coletivas não e emitida iipcn-iN perante duas 
portes, e que vai in Ruir nu porção jun dica de oyuos sujeitos, timbres 
da relaç3o de direito material, ausentes do processo, iiuls. ílo contra­
rio, c proferida em reta^ão â categoria de pessoas. todas represcnbidjs 
perante o juiz por aqueles legitimados, que tomaram a iniciativa da 
ação, No processo, ademais, \eni rigorosamente asseguradu <• direito 
do defesa dc todos, impondo-se. num juízo essencial e preliminar de 
admissibilidade da açã-o, o controle da adequada representação 11 li/mu 
soggcsti n del yí udicato ci vilt*rn. t6,p. 178). Na doutrina pátria, Nilton 
Luiz dc Freitas Ba/iloni (A coisa julgada nas ações coletivas, n. 2 17, 
p. 83f escreve: “tecnicamente não existem terceiros nas açoes coleti­
vas. poslo que toda-. as pessoas estarão adequadamente representadas 
nos respectivos processos. Se terceiro ê aquele que não participou da 
relação processual ou nflo fez parte da relação de direito material, sc^ 
gue-se que nus açfles coletivas* de uma forma ou de oulra, todos os 
interessados esturão 'participando"1. Ao ver dc Mancuso (Jurisdição 
coletiva c rui Mt julgada. tese, n. V III. p. 35^ >; "A jjrópnanomcndam- 
ra u nxiro c questionável no plano coletivo, porque, se c ins iável upre 
sençy eletiva dos sujeitos concernentes ao interesse judieiali? adi t c se 
esses sujeitos estão tiâequaãtitiicMü representadas no processo por li in 
autor credenciado i^ pe Ic^in, entao an^ornão se pode tè-los como tf > 
ceiws, porque, de duas uiriu: ou bem os sujeitos concernem ao conflito 
judicializado. e nesse caso cies tecnicamente participam do processo 
coletivo através do autor ideológico; ou bem eles são esttanhos ao thrna 
decidemluin. e então, enquanto terceiros indiferentes, não se lhe% toca
o trâmite da ação coletiva* inclusive a coisa julgada que aí >c venha 
formar".
,r" CF Liebman, Manuatc dt diritja processual* civiit , 1. 6* ed., n 41. 
p. S(>. que adu/: "A determinação do conceito de parte nao tem qual­
quer imbricaçuo o jní o problema da legitimação para agir. esse pro-
4 partes e terceiros a nte a eficácia da sentença e a extensão 
da coisa julgada material
A ordem descortina-se essencial tanto □ vida individual 
como ao convívio no seio da coletividade. Toda sociedade, in- 
dependentemente de seu grau de evolução, pressupõe mínima 
ütganizaçao.' sem a qual dc modo algum poderia subsistir Co­
nhecida e. a propósiio, a exortação de Goethe, no senlidode quo 
é preferível alguma injustiça à desordem, numa significativa 
demonstração dc que au seu sagaz espirito não passou desper­
cebido que a existência normal do ser humano impõe uma esta­
bilidade que só a ordem permite proporcionar.Essa exigência 
de ordem, que traz implícita a noção de segurança, indispensá­
vel a qualquer modalidade de convivência, é de tal sorte profun­
da. que, ao longo dn tempo, irrompe espontânea e natural 1
Com o desenvolv imento da sociedade, uma das principais 
funções da* instituições públicas ú a de consLruir estruturas de 
ordem e estabilidade para regrar as relações entre os membros 
da comunidade Cabe. assim, às normas jurídicas acrescentar a 
essa estabilidade ordenadora das instituições sociais uma segu­
rança específica e própria, a qual se costuma denominar de se 
gurança jurídica.
Como bem destaca Anhur Kaufmann, na esteira, aliás, de 
secu lar co nee pç íumi m e le me n to ind i spe ns ave I d a seg u ra 11 ç a j u- 
ríd ica é a fo rç a d a c oisa juIgada das sentenças j udic i a i s, s ign i íV
btcma comisic nu identificação das partes justas, ou iegítimos i 
iiarti. cm relação a um d i^emiinadú objeto: süt». pelo conlrârio. par­
tes no pfwcwj íiquclei que de falo são os sujei Los* coin Unlas us con* 
c^qucncjas ijíjc Uai resultam, e independe memento dy circunsttaiu
le g ^ im ^ ÜU ” 10 Cl<1 U>Ciinle ^ a<*ão P ^ P 051*1- Uim bém as p ;ir to 
p -j^ 1^ Filho, O problema du xegurrm^n mt direito.
36 umjtis suBíftiws [» h kàua m sinten(;a e da coisa julcada uvil
in rnnnuçAti 17
candoquc um prov imcnlojudicia] que adquire taJjtom.srnâomaíü 
pode ser impugnado pelos instrumentos jurídicos ordinário*. mO 
processo se encontra terminado: Roma Incuta, causa finita".-'
Com efeito, há certos institutos jurídicos que são predomi- 
nantemente informados pela exigência de segurança e dc certe­
za do direito, í: o que se verifica, e. no atinente à norma que 
fixa a maioridade (e a capacidade para o exercício de direitos); 
àquelas regras que estabelecem prazos de prescrição e de de­
cadência; que exigem determinadas formalidades para a valida­
de ou para a prova de certos atos jurídicos: que pnicuram prole 
gera confiança ou a lé pública. Igualmente, um instituto comon 
da coisa julgada (insusceptibilidade de recurso con ira as deci­
sões judiciais transitadas em julgado) visa essencialmente pôr 
um ponto (mal nos litígios. É famoso, a propósito, o brocardn 
inierest ret puhticae ut sil litium fim s~
A imutabilidade que passa a exomaro conteúdo decisório 
da sentença de inérílo transitada em julgado, como exprcssiv o e 
peculiar fenômeno do processo de conhecimento, tem por es­
copo, como é curial, de um lado. oh^ar à etemização dos lití­
gios c. de outro, garantira paz social, prestigiando a segurança 
jurídica, ainda que cm detrimento da própria justiça,7'
Filosofia del tfcrfrhti, tr.cast. Lu isV llIar Borda eAna Maria Montuyu.
da 2* ed. alemã dc- 1997. p. 349.
:í i. Baptista Machado. fntn>duÇao ao direito r ao discurso legitimador, 
p, 57, No iinal dos anos 90. contudo. o dogma da coisa julgada pasvou 
a ser reapreciadop* ir alguns juristas brdsilíiros. a luz dc um % .itor ífisiti > 
á tutela juri&dicionuh qual seja. o tia justiça das decisões. A doutrina e 
d jurisprudência começaram enião - como destac a Dirumarco a 
drtpcrtar para o necessidade de repisar a garantia constitucional e o 
instituto teenu" processual da coisa julgada, naciençade que "náu c 
legítimo eternizar injustiças a pretexto de evitar a etemuaçâo dc m 
certezas*" Otelativizar a coisa julgada material, Reviíla da hscota 
PauliMa da Magistratura, 1 2t>01T p. J 3 ss.;Revista dc Ptt*cs.<». n.! 119.
Por essa ittfe é q«* no âmbito do processo de conheci-
memo para a tonmção da coisa julgada material - na pontual
observo de Donaldo Armei in impõe-se cogmção plena c 
exauriente, nâo exigida em outras espécies de processo. possi­
bilitando aoórgao junsdicional a oportunidade de aprufuiuiar- 
senDíxamcdos iatosedodireito.de modo que a imutabilidade 
mtoreada pelo sistema juridíco ã sentença possa prõdiiar uma 
decisão que também presene a justiça, evitando, tanto quanto 
pos$fvet. as conseqüências deletérias pata as partes e para as pró­
prias instituições, da deplorável situação na qual ocorra a disso 
ciaçãodesses valores Fundamentais para a sociedade como são 
a justiça e a segurança jurídica.
É certo que a corsa julgada não c vetor essencial ao provi­
mento judicial, mas possui indiscutível caráter preventivo, ao 
impedir que se rrti >me a discutir determinada matéria já subme 
tida ã apreciação do Judiciário.
Procurando destacar que o instituto da coisa julgada imbn- 
ca-se eomae\igència de certeza nas relações jun dicas, asseve­
ra Chiovenda que: “são razões de oportunidade, concernentes ã
2003, p 22 w. Nova er;i do processo civil* n ! 13, p. 227). K s j posi- 
çüo fião poderia dcuur dc suvcilar .impla polemica na noss;i literatura
1 efpor último, Tahrniui, CoisajufgaJa e suu revisão, cspceialmcnic, 
n 6Ap y tl ^ i Imponarrtc orientação jiúisprudencíaJ tem rthttivf- 
%idn a coi\a julgadU cm súuaçõc* cxtivm.íd.is. envolvendo direitos da 
ptrvonjlid.sde ou tu nulamente is <invesug3çâü dc paternidade) ou a 
mnraliilaik pública tcf., fiessü mentido, l. STJ. 4J Turma. Hlisp. n 
3M172 R J. 1* Turma. REsp. il 240J12SP).
Qbservfc\i jáj a \ oisa jutj$aàa t tnnquecimenio i licito —postura ética 
t jurídica íirm F7V3itistrtuiot t1 a(ho$iidos+ Cadernos do Cenin> de h^ tu- 
Aí'* Judtctartin. p 2^ 7, pjra a co ííj julgada na õrtnia Jü processo dc 
cAtxuçào. \ BcJaquc C ognição e decisões do juiz no pnw \ *o etrturính- 
Ptaoe&Hi c t cinstiuiiçan - Eiiudos em hoitvena^em au Professor Jo>c 
Carlos Barbosa Morcira*jp. 358ss.; enaúo processo eau te Lar r Yarshelli 
Ação rescisória; ju tio i n icindtntc c rescisório, p, 23S-23lJ
Nneoouçto 30
utilidade social, que determinam colocar um fimàcügniçao ju­
diciária e considerar a sentença eomo lei timogávd purj o c .aso
co n c iíiD ".s
Quanto aos denominados limues objetivos ü.i coisajutav 
d^ o nosso Código de Processo Civil, rompendo com a sisicmã- 
li ca anterior, praticamente colocou fim aos problemas decorren­
tes da exege se do par único do an, IS " Ja revos:.. j %1 1 
Estabelecendo que o pronunciamento judiciai nâo extravasa o- 
limite>, da lide < art. 4(iS ), cuja configuração vai se encontrar na 
resposta ao pedido lomiulado pelo autor (regrada congruência 
art. 12$ l,o estatuto pn jcessual civil acolheu aduuErina restrin- 
va,pelaqual a autoridade da coisa julgada restringe-se aodispo- 
siiivo da sentença, nio abrangendo as questões prejudiciais e 
tampM >uco 1 js 1 1 1 0 1 i vos qu e serviram de aliceree à dec i ...... . 4iW 1
Ademais, por torça de imperativos de natureza técnica e 
política, no que toca aos limites subjetivos, a sentença e a coisa 
juiiiada de\em projetar eficácia apenas enire a> parte>
Todo aquele que não atua no processo na condição de su- 
jeiio parcial {parte) ê considerado terceirv. Não integrando o 
contraditório, não e titular dos poderes, faculdades, imus, deve­
res e sujeição próprios das panes. Ora. por não terem participa­
do dos atos que precedem e preparam o julgamento Iinal, os ter 
ceiros não podem ^ trer os efeitos da sentença de mCiitu c mui 
to menos se \ inculurom :t coisa julgada material.
A tradicional reera da limitação subjetiva da coisa julgada 
vem consagrada, na legislação brasileira, na f paite do an. 47
do Código de Processo Civil: “A semença te
parte, entre « qua.s e dada. não benetleianUo. nem preJud,tan-
d o terceiros".
tiuditam. Saigidí dirino proeesaiiíe djáfe v> — P *> 'Ssittü watt
n,™rr ouí a imcrd^ndênd^dis relações negociais c a 
___£ - j J & t^ném ojnriBk» acabam nompemk. as frwnej.
^ ^ n rtn jn a ifc pnnapto da n la ih v to ie da ço isa ju lw d à * e.
« a ^uil ífcnflró- !**®1**1** (rtflces*. inspirando-^ Ttt principio da
* « w . .. .T ittfflu u ^ p ri^ to ^ te n iu m ^ ia ra
Asrtarírcgr.de.p* J coLhjüIí,*! nuunü n k apenas mrrrpar. 
« : 4 ororisirn. p.»úJtiow. Cftrirfnphe Lefan. P/o rr-W rw fr . n 
S I “ J l T c f . Spfa.l*ajtioüénaL Dm tíjuàicm rt pmé. n. 292.
D ■'fí R fiíf Pcrrrt. U r ft J jfiinítocr-- nftrn/í nituppi fict dinito
irLu-ait, Rm.ua di d iritw p «»ss in J^ I9 8 2 .il 5, p. 5:**-< A rchtivi- 
J i ie d l cctm ju l^ d i. inunda no art. 1J 5 1 do Código C iv il francês, 
crtumui utn prrvKÍni-- dtm io unurA Sa lva ca*«s ettepeioim *, 
TOl ry ,'^ n LEni tesceiioejur . ít^ ljÍjJ- ±unu s e n ^ a de tu jada- 
ta c ^ j^ p a m c ip o ^ P o re v * pmtode v íse l a r tb íiv id jik ila coíw 
p ^ p é ií oúealirio nece**in» do jjrád p io do ccmtraditiúrio - 
rà*M C q ic R ttW f ib a w f r ™ «ttsíuo « twntju famoso e 
xhaiur « t j üfejdú de anilise e;i <íf h
k x itim t MB p U m r k t t í m p a r t e J a ils ja n A t^ u a . Eftides cofnple- 
m ciüiKjJf ['opintduÉnrtMBaiii, 5-9,p- 239 ss-KílctnnlHfOuquc.
^ rnatmal. muitas flaa e ncftútnc* jurídico» acabam
p te jc ta s ^ c fâ ti ícílcm esfera de d ire to de icrLtiTu^ Brrt épo­
ca EQtKkrru, prmífr dj eípcrienáaáü cearonon feri* o- mÉhídjaS iiue 
evidenciam i intsdependeoda da\ nclações jurídica* e s u » (cspecti- 
■ ímp|iviy-*-;> O f>nrsctd-(■ prtcokíoie úi jurtspfmltncij mure* 
OTrcnouj^ Mac Phcry>n v B ifá t W ü ^ rC a |íW l6| é cofl^iduado 0 
.VtíJi/tf nr? cm n ij:cru dc responsabilidade ãqcitia^ .. no qual wr 
ameviu j filic ia d j rtiairvidvfc do% eíeilos contraiu^ iprfviry of 
cr/niTtia falbKy í. t qiie ifcpoK ío i aí* poucos ^ndo nplicadc a um 
■cíti-niimírN. de \iU!-b,ões in jlo e is . em que a vigida erpcnincns^u 
djitoí nuEenai) l coau itte^ . sobre cu e insti^ante oíIüjt^q. P jiíic k S. 
Auyafe. Vr Imtnüatríúm u> thr Law (ífÇnntrihA. 5* ed., p 37407ftl- 
V,. m qKMkrru d&tilrâa ítlmcca, R. Winlgen, ÉfHífr crhiqttt de 
I tjppijiiJ-iíiur. téii-ftfit du rttffftut t: l ^arddf i tier~. m dmiifríW\ 
etallrmmd* p -1 ■ ■ Hiílippc Efcjmj.' Sü"[-RitiureT /x‘ tir/t ü t Jt-f 
, p. ? v*. Eumttundo a (emíitca á luz do aluai Câdtgo ^ 
bfa‘ikrícF Tcrc^i Vegrnn;rt <7^/?^ Juj - Bmvu parodif -
™ í ."' -1-■ p ■■ -ip^UiJL.^ordcfiiidepTO bkm ^ cu jj ^ctliiçSo 
^ reporta a J, ■ prinemio da idxõvid^de do oift[fat«> J'' ' * 3
* * <« W i C W
i I
cem i s^ íl torna-se inexorável a projeção, ainda um? p<jf viamdi- 
rcta ou reflexa. dos cfcilos da deciião e. is ve/cs, em c^ák-r 
excepcional* d» própria expansão da autoridade da coisa julga-
da a terceiros.
Apesar de ran?. nada há de musiiado nesse fenômeno. a\ú
porque o nossoCôdiíiode Processo Civil fomçee reiterados in­
dícios dc sua ocorrência no plano da dinâmica processuais 0 
Código traz um capítulo sobre a intervenção de icrcctros \ tuis 
56 a Kíjj: atribui legitimidade ao /enre^juridit^aneíiie interes­
sado p^ ira ajuizar ação rescisória i \m. 487, JT>: reconhece aoter­
reiro prejudicado interesse puni recorrer (art. 4Wj: iniuiiui o* 
embargos Jl- lencirtt para aquele qi±e< "não sendo parte no pro­
cesso, sofrer turbarão ou esbulhu na posse de seus bens" <an 
1.046)♦ A kgisJação extravagante* no mesma sentida oferece 
outras tantas hipíHesos de ouensão ulira puntj. tkv> eíeiio- da 
sentença e da coisa julgada.
So diurno esUido que escreveu sobre esse temi. pondera
Liebman que a limitação da coisa julgada às panes foi «mode­
rada. ao longo dos tempos, ora más. ora menos rigorosa, se- 
oimdoaconccpçâo «1»* prevalecia, num deiermi nado momento 
histórico. sobre os direitos individuais ou sobre a eugenciade 
coerência lógica das dccisões judiciais. Nos dias de hoje, contu­
do è possível acreditar, por inúmeros motivos, que a» nonn s 
jurídicas cMejam «müs sensíveis á solidariedade «ooa. 
na cada um de nós responsável
çãp outros membros da sociedade, ressalvando *m Pre que
axuão do terceiro vfcnn <* >™
E X obries*
este lerceiru nâ» pamt*Pa ’■í - r n n i o TO*ta»í*»K',,£' *** dora cm <el*?w «rceu» que conm&u™ pano
obrigação muniulo pelo deve**
todos p>>dcm defender os seus próprios direitos, somo garann- 
expressamente pelo* texius constitucionais modemov
Realmente. nos quadrantes de uma ciência processual div 
minada por r es ranrcntm éticos e políticos, de Tendência marea- 
dameme democrática* repugna a idéia de que um sujeito de di­
reitos wm que se lhe - j^a assegurado *o contradiz >rio c antpla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” , para que pos­
sa. na condição dc parte, apresentar as suas próprias razões, ve­
nha a ser pri\ ado de seus be n s por ti>rça de dec i sã n j u d ia ;d I ran - 
sitada em julgado. Quando nada, haveria inarredávcl afronta a 
letrados incisos 1.1 V o t V do art. 5oda Constituição Federal
No efetive equilíbrio dos pressupostos e exigências que 
regram u delimitação subjetiva da eficácia da sentença e da ev 
tensão da coisa julgada, parece-me que se encontra a chave para 
a voluçâodj pjobJemãticaquedela decorre, em perfeita sintonia 
com o ideário dos tempos atuai».
n ,mífk i":iTM »1IV if* « «a IW s i C O S A mcaoa ovu
v M U ^ iV t i l p i IVÍte Ejlc1cl° í)otlia ÊiundiiM ueccani,
Capítulo II 
C O N ST K l ÇÃO DOGM ÁTICA DOS LIM1TKS 
SU B JET IV O S DA CO ISA JULG AD A
SwvuhtK 5. Aiualcdmte da lex Sazpe sob a pcrjprtiiva hi.u^ nca f» 
Perfil cvt jIuüs u du douirina moderna. 6. t. Valor ab.witt%tda cflíw 
julgado, 6 2. Teoria da rrprtsentação (Sayignyj. 6.3 Ef\róriu u 
flvxtí tlo\ tiuts jurídicos llhering). 6.4. Eftcériü reflexa tia t ona 
julgada a lencims fWjch. Mcndelssohn Bonhdíty c Chimcnda) 
6,5 Trad ru\ juridiaimenfc indifcrcnict f ífn n n u juridi i iimcn 
rr ffiit/rtsMidm (tícili e Carneluffli i.fvà. Teyriada ?fn at ia rt?flrm
■ Allonu) 0.7 Ttorin da eficácia nantmi (Uebtnajil. 6,8 Teorias 
iulftiati. íPuglicsc c Carpi), ó.9. Poiiàammentoi rrUnrhni 
t Monte lemie c \'üt)no). 7, Süqdese mnchisfva datvuluçàodoutn- 
njría.
5. Atualidade <i;i Urx Saepe sob a perspectiva histórica
A pesquisa pelo prisma histórico acerca dos limites subje­
tivos da coisa ]uluada, como demonstrado no minucioso levan­
tamento feito por BettiV delineia-se extremamente atual. uma
ve / que .i maioria das questões enfrentadas pelos juristas roma­
nos e, de um modo geral, praticamente a mesma que desalia ds 
estudiosos de épi>ea contemporânea-
Importa rcssalltirque a h a r m o n i a das decisões judiei ai se a 
posição dos terceiros em relação a uma sentença, pruícnda inu r
Refilmenatuntraenttràobnijidtada.tf 42.1M-'
sogfrltivi delia com giudicalit in dirino wmano. Em
p.ij j o c«udo h M r ic ^ I f f t ó n im porta** é ■ ■
RcdcnÜ, Pfurtditàdi parta ndpWtX&O ,mkidmm> n tf/wrtft).
"iuridtco rilippt.» Scrafm i, v 19 0 7 .p. 3 is.
Ett*rr.* o* bw^oa, ga 3NTt*<> i m ctR^ mgae* qvh
4í/í'fp.í. constituem problemas que sempre i jnsm òbjeio de gran­
de preocupa-jão na história du coisa julgada cíviL
Com tffeilo. rtü e\periéncia jurídica mmana. as fontes reve- 
íamquea jürtspnídêfKiacíássícaL visando a inibir o ajuízamen- 
to de rKHa ação com idêntico objeto, passou a elaborar uma sé- 
ne de criitírio ^pelos quaK se aferiy a reprodução de uma de­
manda j£ finda ieadem resu Tais critérios são conhecidas por 
melo de inúmeros preciosos fragmento* que foram conserva­
dos especialmente, ao livro 44 do Diucsto.
Como esclorece Gioianni Fugüese. a noção de eadem r?\ 
"já havia vel mente sido esboçada no pnxetso per Itgn 
m tianes, em relação ã proibição de rem acíam agere\ toda-.1 j. 
ganhando expressão o processopçrformtdas, vem eía delimitar 
da e aprofundada com específica referenda à litis contestaria e 
ao seu pn mordi aJ efeito” -
O j uri sconsuho J uli ano pn <uni % a ac en luar na n [ i dade d a ■■ 
pc^-oai - tfadem persona? - e da rtJaçao jurídica - eadem 
quaestia - a possibilidade de o réu opor. numa subsequente ação, 
a exeeptio rei iudicame (D, 44,2.3, L! piano, 1. 15 ad edictum: 
“Responde Juliano.„ que a eaceçâo de coisa julgada sempre obsta 
aque enire as mesmas pessoas a mesma questão seja renovada** )*
F i. nü verdade, Neracio quem tmçou com rigorosa pa"ci- 
sãoa Éndiuaçãi i dos írès elementos componentes da demanda, e 
que deviam ser considerados para a identificação da res in 
iudicitun dedueta: D. 44.2.27. L 7 memhramimm: "quando se 
investiga se há nadem res. deve ser considerado o seguinte: 
persotu.íe, iâ ipsum de quo agirur [a respeito do qual se age j* 
cama prajima actianis..*.
Pufjkscr. Giuditaiücivile ístorm). Enrâdopctfia del dirímx I& I96&.
n,6. p. 73&.
Examinando essa opinião, Paulo aduzia qur. para se saber
^ *- pQfrMV^ cl opor a flftyiM n?i iiutimin* %rgi ífj fodiciutrj daducto 
fazia-se necessário verificara CAistónàade idem cnrpus, eodem 
causa pftendi c (W m cfl/jt/itiVí pentmarumJ
A*isirn, como e^ ípõá Pugliesç. piua Paulo, drfeija^awBte d<> 
pomo de \ isia manifestado por Neracirj. não se impunha a iden­
tidade de pessoas, mas, apenas, a~mt^ :fitó condição^ : ^ realnkmic. 
p njiíria haver t^ aíem ^ mesmo scos sujeites frisem fiskamcn- 
te diversos, embora em idênuca pú&içãt> jurídicíL como, por 
c v emp 11 j . o i nteres>ado direi* > e aque !c que era legilifiui .■ a rt' m 
in ititiu iism deducere por conta pmpria UogrülOK defensor, acu/r 
ntufiti ipum eíc. I, \ ãrioscredores ou váriíw de\ cdore^ in zohJum, 
condôminos de um imóvel, néus em uma demanda na quaf de­
duzido o direilo de servidão, enquanto pretensão jndivisívd obje­
to de LLçãf>wt v i 'lidam: ainda, o al ie nantt: e o adquirente’'.
Poderia, pe lo comrário - continua Pugiiese- exibir a eüdcm 
rt ■. ainda quelu je iios fos^m tisicomemet>>mesiiKis ^uari- 
do+ no segundo processo* uma das pane* participasse em situa­
ção jurídica di veisa. como, e. £+. tta qualidade de representante 
ini »rdeoutm ajeito.’1
Sc ponenluia fosse ajuizada a mesma ação entre a* me- 
mas panes, o téu poderia valer-se da exceção de coisa julgada, 
hra essa a doutrina de juliano. invocada por Llpiano: acep
tionrm rei itiàicataê ohsiare, quoüem eadctn qaaestio tttítr 
easdcm peruanas revocam r''
D J4 2 12 e t4. t. yQad*hciitm .
G t f «Ufc tstoríaf.n. 6. p 7 » C f. « * . Q » « ^ 
prtm di ao p m a sso chtL 2* ed., o. 2Á p. 3ÍMÍh -j n i(í5-itfe
c^<to L if õ*j de hil&rvi xk> ptorcuo cni! m » " " '6-7' P; .
Ulpiui». D. 4*23(1. 15 « * » -
pre 4hh-.Ld aqiw cutrí as m c . i t i ^ 77 nwr^i^ 
5?. V . a o^pó«u> « S.v.*ny. tsn *»™ *
rjfff/jj/f ir. il- VinorioSciaioja- v # 301.
ui
1 |1 1 [ |(S w l, | r „ V r .S I M 1 » “ ' ' * S O Í T I N Ç A t W V É W S A I U I C . « M . IVII
,\s faitcscMssicasninda comprovam quo os juristas unham 
consciência dc i|uc :i SènOaíp» que colocava termo ao processo, 
oemndoimtdiaia m iudicaia. somente deveria produzir efei^
interporia.
Realmente. num famosíssimo fragmenio dn Di gesto. Macro 
inicia o texto com um princípio de direito que já era conhecido: 
"Saepecomritutum r\t. m interalios ittdicatasaliis nonpraeiu- 
jiV-í/ft"íD.42,l,63í.ri Coni formulação idêntica ou assemelha 
da, o niL-smi i postuhujo cuconira ■ se cm muitos outrt>s passos da 
mesma óptica: "Quam ns inter afios iudicatae nuiinm nliis 
praciuiidunijtu iunt" (I). 4 4 . 2 . 1 nec interulios res indicara 
alii prtjdesst', aut n ocer? s< tf el" (D. 20,4 J 6 )h; “Modestinus 
respi)ndli res interaltosittdit <Ua alii*nott ohesf' (D 44 LIO}'; 
"... potut^ v mentiios indicando alteríus ias m utare' ( IX 
33.231 j*10
E. ainda, íi demonstrar que tal regra, com o passar do tem 
po. tomara-se sedimentada, uma constituição dos imperadores 
Diocleciano e Maximiniano, do ano 289, determinou: "turis 
rttanifexíissinii est...r his, i fui cont>ressi in in d ic io nott surti, 
qffjcere nrm p t f \ \e . .“ V
Macro </ 2 /it tifífnrUationihu,\yr “'Muiias vezes. w delermiruiu que .i 
jul^aiJj cm relu^üo :i uns não prejudica u oulrns"
UlpíanoU 2títtnJtf ttm): ' t mo as coííâs julgadas cnKtsutis n;Uicau
smn prquí/n y uutrus ,r.
Pjuln ií. cfwir\(i(mum)1. " .. a cut>a julgadn entre uns n.ui enstumu
aproveitar nem prcjudí?ar a outrem",
MixliMiimif, 12 resjHHfíifritrn): ' Modc^ iinotcspondcu(fut:;il'Oímjul" 
jiadj ctiire uns nàu prejudica a nutros*’.
Labc<tt> 1 \ 2 pmtrru/rum u tavoleno epiiomarum): nãoé possível.
julgjiulucnirL outm .. nuidar o direito de tercem>\
C. 7.^.1 p. iic evidentísMino direii».„t que nâo se |mnJc prejudicar 
aqueles que não estiveram reunidos no processo".
mi.
El 11
Paru Ucni. a conccpçflo rotwamisobre a delimitação subje­
tiva da coisa julgada é liem danu a sentença piafcridu 
tes ú juridicamente irrelevante em relação aos terceiros estra- 
nhos ao processo. A sentença gera, assim, entre as panes aquela 
eficácia própria c vmcidante que e denominada n\ iníítçúia: cfj - 
cáciaque, segundo ns fontes romanas; tomava ccrtoe nuhvcuti- 
\cl cm qualquer proccsso lutum conira o mesmo advcirsâriu a 
relação jurídica que íoi objeto dç contestação e dedecisãu
Todavia, esclarece FJetti. ao escrever "nhis mm prtivmtí 
carú" ' C que pode ser Lradu/Jdo por' irrelevãnciu jurídica aos 
terceiros" , o jurista Macro. na verdade, procurou destacar que 
os terceiros não st sujeitam à coisa julgada, Mas, nada leva ,i 
concluir que a sentença preferida tintera/ím nâo possa, de qual­
quer modo, projetar alguma especie dc eficácia ou mcMim in­
terferir nu direito alheio.1:
É evidente que na sociedade romana do alm imperio* mais 
desenvolvida sob inúmeros aspectos, era sem duvida plausível 
que. diante da realidade da \ ida, as relações jurídicas não se ipre- 
sentassem isoladas, mas. Mm cone.vase interdependentes. Por 
exemplo: seTícto, depois de havercedido a Caio um credito que 
tinha contra Scmprônio. transige com este sobre o crêdun cedi­
do, ú claro que li transação eietivada entre íício c Sempromn
■1 TnHtdHuírt litniii deite cosagiudicata mdintto nmuinv. í 2 ,
p. lj; s V. p 11-21 EJdli bem apontou que. apesar di- a itiflioritt dus 
icxins riunsiiuis alinenics Et coisa julgada inwr partes ttfetlf <io prejuí 
/Aittuiei (tfli n>vfíK[UC nãtí poderh ser causado ao ttrçeiro. .i nrçru pm- 
suía o mesmo vnkn p,iu a hípóieAC inversa, vale te r. quam »■' '*■' 
iadiuiU beneficiara terceira E ií«>. porque, iLiii.i j inntHiihl iJ 
dosrfeiK* jurídic»deum meai»f«o,ncor.cnrçtaçtoi>«nu J ■
tcxniinada p L - » .« efcho. pnfjudu*»* dç - *«■ « ■ • * * * • * ;
afirmar a toml .relevância jurídica dsse S & X Í S
mm «wsidenul». Umu coi«ajulgaia elaBdirai*. «cuodim ,
Uns, c tini couCcilo nhMlrtlo 1$ 2°. p- 11t-
não poderia produzir, entre Caio e Scmprônio, aquele vínculo 
jüiidicoquec efeitncaracterísi 1 coda transação. IguaJmente, nao 
veria exato dizer que. paraoctòsionáriodo crédito, a transação 
entre ocedcaie c o devedor seja um faLo juridicamente indife­
rente, uma vez que. se o devedor ao ensejo da iransaçSo ignora­
va a cessão, poderá, em tace do cessionário que procurasse re- 
ceber íi dívida, excepcionar como fato liberatório em relação a 
ele a transação feita dc boa-lé com o cedente.
Di\ í po r q u c H e t L i o h serva q ue. na seara do proe es so, i dê r 11 i- 
un renômenotíimbtíme passível de ocorrer, oti seja, a seniença 
proferida cm demanda pendente i mera lios podem iei\ para (> 
terceiro estranho ao processo, uma relevância de natureza pre­
judicial pertinente à relação jurídica da qual seja ele titular.'
Realmente, a continuação do citado passo de Macro (IX 
42 J .631 mo stra, c om cíare /a. a ciência q ue a j un sp rudó nc i a d ás - 
siea tinha dessa efetiva possibilidade. Consiata-sc, coin efeito, 
que Macro* partindo do princípio res imeralios iudk atns alús 
non praeimiicare. ressalvava que este nem sempre [lodia ser 
observado, havendo necessidade de distinguir emre os terceiros 
que. mesmo conhecendo o processo pendente entre outros su­
jeitos, nàn sofriam qualquer prejuízo, e aqueles que, pelo con­
trário, a despeito dc tomarem conhecimento do processo, eram 
prejudicados,
NaprimeirasiiuaçfioenconLravam-se: c/} o herdeiro ilo de­
vedor, o qual. apesar dc saber que o credor havia agido contra 
um outro

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