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Medida Cautelar, Tutela de Evidência e Urgência (fazer capa, contra capa, folha de rosto)

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR 
PEDRO HENRIQUE ALMEIDA GUERREIRO
ARTIGO CIENTIFÍCO – MEDIDA CAUTELAR, TUTELAS DE URGÊNCIA E EVIDÊNCIA
Salvador
2016.1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
PEDRO HENRIQUE ALMEIDA GUERREIRO
Artigo científico sobre Medida Tutelar, Tutelas de Urgência e Evidência, como forma de avaliação parcial da disciplina Direito Processual Civil, sob a orientação do docente Fagner Vasconcelos Fraha, do curso de Direito da Universidade Católica do Salvador.
Salvador
2016.1
INTRODUÇÃO
O novo Código de Processo Civil, que começou a vigorar em março de 2016, promoveu a extinção do processo cautelar e, a ausência de cautelares nominadas, assim como a previsão das tutelas de urgência e de evidência, o que observaremos no decorrer deste presente artigo.
A reforma do Código Processual Civil (CPC) ainda figura-se como um dos temas mais discutidos no direito processual brasileiro. Nos últimos anos inúmeras reformas foram realizadas no CPC, e uma dessas mudanças está no artigo 800, parágrafo único, do Código de Processo Civil atual, que teve sua redação modificada pela Lei 8952/1994.
“Art. 800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal”. “Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida diretamente ao tribunal. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)”. (CPC, 1973)
O novo Código Civil traz algumas modificações, com o intuito de gerar celeridade processual e a desburocratização e efetividade do processo, o novo Código trará inúmeras modificações, entre estas, a extinção do Processo Cautelar. Com a mudança vem à prestação da tutela antecipada, de urgência ou de evidência, sejam estas de caráter satisfativo ou cautelar.
Para José Herval Sampaio Júnior: 
“Não teremos mais o processo cautelar como relação processual autônoma o livro será extinto, todavia isso não significa que as medidas cautelares deixarão de existir primeiro porque o projeto traz expressamente essa previsão como espécie da tutela de urgência e segundo porque essa medida é ínsita a própria garantia de acesso à justiça numa ótica material consoante explicita o nosso artigo 5º inciso XXXV da CF/88”. (2012)
A partir da extinção da medida cautelar a legislação passa a não ter mais as medidas cautelares específicas como processos próprios e nem mais a parte precisará entrar com uma ação cautelar. Assim, o advogado terá mudanças no processo de atuação profissional, uma vez que ele terá mais flexibilidade. 
TUTELA DE URGÊNCIA 
A tutela de urgência tem como fundamento a própria Constituição Federal, que, no art. 5º, inc XXXV, estabeleceu que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça direito". Desta forma, entende-se que as tutelas de urgência são todas e quaisquer medidas que buscam antes da sentença, providências práticas que conservem a situação fática com o intuito de assegurar a tutela dos direitos. E até mesmo se antecipe efeitos práticos com o mesmo alvo, quando a questão do tempo colocar em risco a prestação jurisdicional.
A tutela de urgência é gênero da qual são espécies as tutelas cautelar e antecipatória (satisfativa). Elas estão imersas no que tange as medidas empregadas pelo judiciário, embasado no juízo de cognição sumária.
A gênese das tutelas de urgência remonta a Roma Antiga (753 a.C – 565 d.C), considerada a gênese do Direito atual. Nesta época supracitada, o emprego de instrumentos executórios tinha como finalidade conferir um comportamento pré-estabelecido a uma pessoa em cumprimento de determinação de outra, tal atitude era considerada de caráter mandamental.
No Brasil, foi através do Livro III, que as tutelas de urgência foram inseridas no ordenamento jurídico. Com a reforma processual, em 1994, o artigo 273 do Código de Processo Civil foi alterado, inserindo no sistema processual brasileiro o instituto da antecipação da tutela, vindo a ser consolidada, em 13 de dezembro de 1994, com a chegada da Lei Nº 8.952. E, este marco deu início a duas modalidades de tutelas de urgência: as cautelares e as antecipatórias.
Com o novo Código de Processo Civil as medidas de urgência recebem um tratamento unitário, a partir das tutelas provisórias no Livro V, que engloba os artigos 294 à 311. O artigo 294 do novo Código estabelece a Tutela Provisória como gênero, subdividindo-se em duas espécies: a tutela de urgência, que pode ser cautelar ou satisfativa; e a tutela da evidência. 
A tutela de urgência pode ser concedida tanto em caráter antecedente quanto incidental. No entanto, esta presciência não se aplica com a tutela da evidência, pois ela não está ligada a urgência no alcance do direito, mas na sua expansiva probabilidade. De acordo com Segundo Wambier,
“A tutela de urgência está precipuamente voltada a afastar o periculum in mora, serve, portanto para evitar um prejuízo grave ou irreparável enquanto dura o processo (agravamento do dano ou a frustração integral da provável decisão favorável), ao passo que a tutela de evidência baseia-se exclusivamente no alto grau de probabilidade do direito invocado, concedendo, desde já, aquilo que muito provável virá ao final”. (2015, p. 487).
Uma das mudanças mais interessantes do novo CPC esta à junção tutela cautelar e tutela antecipada. O combate aos resultados da lentidão processual tornou-se o principal motivo para o desenvolvimento de instrumento que possibilitem sua diminuição apontando como um dos grandes focos de estudo da processualística contemporânea, que prioriza resultados justos e efetivos. 
A tutela de evidência justifica-se pelo abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu, ou pela existência de parte incontroversa da demanda.
Além dos requisitos necessários e de um dos requisitos alternativos, existe um requisito negativo, não podendo, em regra, haver antecipação de tutela quando os efeitos práticos antecipados forem irreversíveis. A urgência pode decorrer tanto do perigo de dano (arts. 273, inciso I, e 461, § 3º, do CPC), quando do perigo de ilícito (art. 461, § 3º, do CPC). Já a tutela de evidência pode decorrer do abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 273, inciso II, do CPC), bem como da existência da parte incontroversa da demanda (art. 273, § 6º, do CPC).
“A tutela antecipada dos efeitos da sentença de mérito não é tutela cautelar, porque não se limita a assegurar o resultado prático do processo, nem a assegurar a viabilidade da realização do direito afirmado pelo autor, mas tem por objeto conceder, de forma antecipada, o próprio provimento jurisdicional pleiteado ou seus efeitos. Ainda que fundada na urgência (CPC 273 I), não tem natureza cautelar, pois sua finalidade precípua é adiantar os efeitos da tutela de mérito, de sorte a propiciar sua imediata execução, objetivo que não se confunde com o da medida cautelar (assegurar o resultado útil do processo de conhecimento ou de execução ou, ainda, a viabilidade do direito afirmado pelo autor)”. (NERY, 2002)
A tutela de urgência exige demonstração de probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (artigo 300). A tutela da evidência independe de tais requisitos, porque ela é uma tutela “não urgente” (artigo 311). Portanto, uma primeira forma de distingui-las é pensar sempre que uma delas, a de urgência, depende da premência do tempo; já a outra, a da evidência, não.
Destarte uma técnica processual de distribuição do ônus do tempo no processo, pois de nada adiantaria a decisão a um litigio que determina a entrega da coisa devida, se esta, já não existir mais ao tempo da sentença, ou mesmo a garantia de se obter um testemunho importante para o processo  se a testemunha já houver morrido quando da oitiva no rito que segue o processo, de modo que esta técnica processual ao mesmo passo viabiliza ao réu maior oportunidade de defesa no decorrer do processode conhecimento e assegura ao autor a capacidade de requerer a satisfação da tutela pretendida de forma antecipada. Marioni afirma que “(...) essa técnica, elimina, ou no mínimo reduz o prejuízo sofrido pelo requerente em decorrência do ônus do tempo do processo”.
Por isso que consideramos essencial o estudo detalhado de cada tipo de tutela de urgência a fim de que empreendamos ações que visem à agilidade do processo, entre tais ações podemos citar a fungibilidade das tutelas, ou seja, desde que atendidos os pressupostos pode ser concretizado a mudança de uma tutela para outra.
Por fim, quanto ao momento em que são requeridas, vale dizer que a tutela de urgência pode ser pleiteada em caráter antecedente ou incidente; e a da evidência, apenas incidentalmente. Ou seja, é possível pleitear a tutela de urgência em caráter preparatório ou no curso de um processo que já esteja em andamento.
TUTELA DE EVIDÊNCIA
A referência à tutela de evidência aparece no projeto do novo CPC, com mais nítido do que na legislação, pois a doutrina percebeu a distinção entre uma tutela de aparência e uma de evidência. Há uma grande discussão sobre a morosidade da justiça e a sua implicação na atuação do Estado, no momento de resolver os conflitos. O Estado proibiu a autotutela, mas ainda não está sendo capaz de dar uma prestação jurisdicional tempestiva, efetiva. 
Essa demora vem a se minimizada com as tutelas de urgência. Juntamente com as cautelares, surgem situações em que o Direito se mostra com um grau de probabilidade tão elevado, que se torna evidente. Há, por vezes, como demonstrá-lo de pronto, e o juiz, ao acolher o pedido de uma liminar, em algumas hipóteses, até decide de forma que os efeitos se tornam irreversíveis. Existe consenso, na doutrina, no sentido de que, seria injusto que houvesse o mesmo tratamento de uma tutela apenas aparente. À luz do código atual, essa percepção já existe, sendo que ela ficou expressa com a proposta do novo CPC. A doutrina entende como denegação de justiça não dar um tratamento diferenciado à tutela evidente, pois, certamente, haveria o sacrifício do autor, com o tempo do processo. 
O procedimento das tutelas de urgência está previsto nos arts. 279 a 286 da redação final do novo CPC determina que a petição inicial da medida de urgência indicará a lide, seu fundamento e a exposição sumária do direito ameaçado e do receio de lesão.
A tutela de evidência justifica-se pelo excesso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu, ou pela existência de parte incontroversa da demanda. Não pode, em regra, haver antecipação de tutela quando os efeitos práticos antecipados forem irreversíveis. No caso da urgência pode decorrer tanto do perigo de dano (arts. 273, inciso I, e 461, § 3º, do CPC), quando do perigo de ilícito (art. 461, § 3º, do CPC). 
E a tutela de evidência, por sua vez, pode emanar do abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 273, inciso II, do CPC), bem como da existência da parte incontroversa da demanda (art. 273, § 6º, do CPC).
O réu será citado para que, no prazo de cinco dias, possa contestar a rogativa e indicar as provas que deseja. Se este não contestar o pedido, ficará pressuposto que o requerido aceitou os fatos do requerente como verdadeiros, caso em que o juiz decidirá dentro de cinco dias. Contestada a medida no prazo legal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, caso haja prova a ser nela produzida.
Dessa forma, concedida à medida em caráter liminar e não havendo impugnação, após sua efetivação integral, o juiz extinguirá o processo, conservando a sua eficácia. Impugnada a medida liminar, o pedido principal deverá ser apresentado pelo requerente no prazo de trinta dias ou em outro prazo que o juiz fixar.
É válido lembrar, que as medidas mantêm a sua eficácia na pendência do processo em que esteja veiculado o pedido principal, no entanto, podem ser revogadas ou modificadas a qualquer momento, em decisão fundamentada, exceto quando um ou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, caso em que a solução será definitiva. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da medida, é vedado à parte repetir o pedido, salvo sob novo fundamento.
Enfim, a definição objetiva da tutela da evidência, extrai-se  da seguinte premissa,   se o direito subjetivo pleiteado pela parte se revela evidente, em dado momento do processo, por razões diversas, não faz sentido protelar a entrega da prestação da tutela jurisdicional postulada, ainda que restem questões não evidentes a serem desvendadas em juízo.
Desse modo, conforme prevê o art. 269 do novo CPC, a tutela de urgência e a tutela da evidência podem ser requeridas antes ou no curso do processo, sejam essas medidas de natureza satisfativa ou cautelar. Ainda como previsto no artigo referido acima, são medidas satisfativas as que visam a antecipar ao autor, no todo ou em parte, os efeitos da tutela pretendida, e medidas cautelares as que visam a afastar riscos e assegurar o resultado útil do processo.
REFERÊNCIA
MARINONI, Luiz Guilherme. O projeto da CPC: críticas e propostas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
SAMPAIO JÚNIOR, José Herval. Tutelas de Urgência sistematização das liminares de acordo com o novo CPC. São Paulo: Editora Atlas, 2011.
Site Gazeta do Povo. Justiça e Direito, Novo CPCP é menos burocrático, mas não promete celeridade. Disponível em < http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/justica-direito/conteudo.phtml?id=1462531> Acessado em 29 de maior de 2016.
NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do Processo Civil na Constituição Federal. 2 ed, São Paulo : Revista dos Tribunais, 1995.
Site Planalto – Código de Processo Civil - Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 28 de maio de 2016.

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