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DIREITO CONSTITUCIONAL
PROFESSOR RUBEM ALOYSIO MONTEIRO MOREIRA NETO
AULA 1 - OUTUBRO DE 2013
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
1. ELEMENTOS GERAIS
Jean Jacques Rousseau (filósofo, autor da famosa obra “O Contrato Social”, jurista do século XVII) dizia que: “Todos os direitos são fixados pela LEI”.
No Brasil, a Lei máxima, a Lei suprema que fixa os direitos e garantias fundamentais é a Constituição Federal.
A norma constitucional é a nossa “capitã”; ela/norma constitucional é a comandante suprema da seleção brasileira normativa; é por tal motivo que podemos conceituar constituição como sendo “lei fundamental de um País, lei estrutural de um Estado Soberano, lei que define os direitos e garantias fundamentais, bem como as competências e os poderes do Estado Federativo, a forma de governo, suas funções e responsabilidades, regulando ainda o sistema e o regime de governo”.
Hans Kelsen (jurista, autor da famosa obra “Teoria Pura do Direito”) define constituição como: “Conjunto de regras concernentes à forma de Estado, à forma de Governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seu órgãos, aos limites de sua ação.”
Observa-se que a Constituição Federal é a norma mais importante de um Estado Soberano, sendo oportuno lembrar que o Estado nada mais é do que o “órgão executor da soberania nacional” (Clóvis Beviláqua).
Em nosso Estado Democrático o “povo” reunido num mesmo território físico e vivendo sob o império/comando da Constituição Federal de 1988, almeja/busca construir: “Uma sociedade livre, justa e solidária; garantindo o desenvolvimento nacional e assim erradicando a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e regionais; promovendo o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
 ****metas do artigo 3º (incisos) da Constituição Federal****
O Estado Democrático de Direito, ciente das metas e dos objetivos que devem ser alcançados pelo povo brasileiro, garantiu na própria Constituição Federal (vide artigos posteriores - artigo 5 e seguintes) direitos e garantias fundamentais ( plenas e absolutas ) para dar condições humanas a fim de que o sonho de um Brasil melhor se transforme numa realidade!
2. DIREITOS HUMANOS # DE DIREITOS FUNDAMENTAIS
O jurista italiano Norbeto Bobbio (autor do livro “A era dos direitos”) afirmava que Direitos Humanos são os “direitos que cabem ao homem enquanto homem”, ou seja, são direitos universais, direitos para todos os povos, direitos supranacionais, direitos naturais, inatos, supraconstitucionais ou de natureza supra-estatal, vigentes para todos os seres humanos que habitam o planeta terra!
Em contrapartida, direitos fundamentais envolvem um conjunto normativo mais restrito, ligado a uma determinada ordem jurídica, direitos positivados num Estado Soberano e de obrigatoriedade para o povo daquele território, não são direitos universais e de aplicabilidade universal, para todos os povos do planeta; no Brasil, por exemplo, a “coluna vertebral” dos direitos fundamentais encontra-se estampada nos artigos 5 e 6 da C.F.
3. DIREITOS FUNDAMENTAIS - CONCEITO
 
São os direitos gerais dos seres humanos estabelecidos num determinado território, independente de condições pessoais específicas, positivados, elencados em uma norma estrutural suprema daquele Estado Soberano.
4. CARACTERISTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
( Historicidade – Direitos que se transformam com a ação do tempo (nascem, modificam-se, desaparecem ou morrem – direito vivo); direito que corresponde aos desejos e anseios de uma sociedade e decorrem da evolução histórica de um Estado.
( Inalienabilidade – direitos que não possuem conteúdo econômico-patrimonial, direito a vida não se vende, igualdade entre homem e mulher não pode ser objeto de troca ou permuta, a nacionalidade não pode ser penhorada ou dada em garantia de dívida. Os direitos fundamentais são intransferíveis e inegociáveis.
( Imprescritibilidade – os direitos fundamentais nunca deixam de ser protegidos mesmo que não ocorra sua utilização por um lapso temporal enorme; os direitos fundamentais não perecem pelo decurso do tempo (pela falta de uso).
( Irrenunciabilidade – nenhuma cláusula contratual poderá retirar do povo a proteção decorrente dos direitos fundamentais, não existe validade para uma disposição convencional que determine a renúncia aos direitos fundamentais consolidados em nosso sistema jurídico.
( Relatividade ou Limitabilidade – não existem direitos fundamentais maiores ou melhores uns dos outros, todos ocupam o “topo” da pirâmide normativa brasileira; não existe direito fundamental de baixa patente, todos são direitos fundamentais de comando, coronéis! Diante deste cenário não se pode admitir uma sobreposição de um direito fundamental sobre o outro, todos devem ser “relativizados” quando existir mais de um direito fundamental em questão.
5. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Para o Professor Manoel G Ferreira Filho, a classificação dos direitos fundamentais guarda identidade com o lema da Revolução Francesa de 1789 – “liberdade, igualdade e fraternidade” desta forma os direitos fundamentais seriam classificados da seguinte forma:
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE PRIMEIRA GERAÇÃO (liberdade)
Abrangem os liberdades individuais, os direitos civis e políticos dos seres humanos, ex. livre locomoção – inciso XV do artigo 5 da CF
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO (igualdade)
Abrangem os direitos sociais, culturais e econômicos dos seres humanos, ex. artigo 6 da CF.
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE TERCEIRA GERAÇÃO (fraternidade)
Abrangem os direitos coletivos e difusos, ex. C.D.C., Código Florestal/meio ambiente, paz. 
DIREITOS FUNDAMENTAIS DE QUARTA GERAÇÃO 
Abrangem os direitos decorrentes dos avanços no campo da genética, pesquisas biológicas, DNA, reprodução assistida, código e manipulação genética e demais inovações tecnológicas deste segmento.
DIREITOS FUNDAMENTAIS DA QUINTA GERAÇÃO
Abrangem os direitos decorrentes das relações cibernética, realidade virtual e comunicações globais.
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Direitos e Garantias Fundamentais 2º aula 
Os direitos e garantias fundamentais estão previstos* no título II da Constituição Federal brasileira, capítulos I até V, artigos 5º até 17.
 *obs. Os direitos e garantias fundamentais também estão presentes em outras partes da Constituição Federal, por ex. artigo 196 da CF que afirma ser “a saúde um direito de todos”.
Segundo dispõe o parágrafo primeiro do artigo quinto: “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”
Ou seja, não dependem de outros fatores, valem por força do disposto no próprio parágrafo primeiro do artigo quinto da Constituição Federal.
 
Os direitos e garantias individuais devem ser observados para que se cumpram as suas finalidades.....
CONSTRUIR UMA SOCIEDADE (art.3º) :
 I – LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA;
 II – GARANTIR O DESENVOLVIMENTO NACIONAL;
 III – ERRADICAR A POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO E REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS; 
 IV – PROMOVER O BEM DE TODOS, SEM PRECONCEITO DE ORIGEM, RAÇA, SEXO, COR, IDADE E QUAISQUER OUTRAS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO.
Os direitos e garantias fundamentais encontram-se elencados na Constituição Federal de 1988 da seguinte forma:
os direitos individuais e coletivos (art.5);
os direitos sociais (art.6/11);
a nacionalidade (art.12/13);
os direitos políticos (14/16); 
os partidos políticos (17);
Os direitos e garantias fundamentais nominados pelos artigos 5º até 17 não envolvem um rol taxativos (rol fechado); pelo contrário, há direitos e garantias fundamentais reconhecidos e consagrados em outros artigos da Constituição Federal.
Além disso existe uma “cláusula de abertura” entalhada no parágrafo segundo do artigo 5º - 
“Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outrosdecorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”
ATENÇÃO 1– os tratados e convenções internacionais sobre DIREITOS HUMANOS somente serão considerados “norma constitucional” (via emenda constitucional) se forem aprovados no Congresso Nacional com o mesmo quórum das emendas constitucionais, ou seja, proposta de 1/3 dos deputados ou senadores + votação de 3/5 dos deputados e senadores em 2 turnos/votações em cada Casa Legislativa – 4 votações ao todo, sendo 2 na Câmara dos Deputados e 2 no Senado Federal. (parágrafo terceiro do artigo 5º da CF)
Atenção 2:
Os direitos e garantias fundamentais consolidados na Constituição Federal tem como destinatários os brasileiros e os estrangeiros residentes no País (neste sentido o disposto no “caput”/cabeça do artigo 5º CF). Os estrangeiros não residentes no Brasil estão amparados pelas normas de direito internacional das quais o Brasil é subscritor e signatário; (Declaração Universal dos Direitos Humanos e Declaração Americana dos Direitos Humanos) – posição de José Afonso da Silva. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL disse que em razão da Dignidade da Pessoa humana (inc. III do art. 1º da CF) todos os seres humanos tem a proteção dos direitos e garantias fundamentais.
Atenção 3:
José Afonso da Silva sustenta que os estrangeiros “não-residentes” não poderiam invocar o art. 5º , ou seja, ele fez uma interpretação litoral do dispositivo constitucional. 
O STF admite que estrangeiros não-residentes possam invocar direitos do artigo 5º. A justificativa é exatamente a Dignidade da Pessoa, os direitos individuais do art. 5º, decorrem da Dignidade da pessoa humana e se a Dignidade é uma qualidade intrínseca do ser humano, ou seja, é um atributo que todos possuem o Ordenamento Jurídico não poderia excluí-los de outras pessoas. Se a Dignidade da Pessoa humana é um atributo que todo o ser humano possui, independentemente, de qualquer condição, não se poderia negar a determinados indivíduos esses direitos fundamentais.
Atenção 4:
Os direitos e garantias fundamentais não podem ser suprimidos/abolidos da Constituição Federal porque são “cláusulas pétreas” (artigo 60, parágrafo quarto). 
Obs. (Sobre indagação em sala de aula) – Em que pese o parágrafo quarto mencionar somente os direitos e garantias individuais a posição doutrinária é no sentido de que TODOS os direitos e garantias fundamentais (sociais e econômicos) estão protegidos!
O professor de direito constitucional da PUC/SP – Uadi Lammêgo Bulos, mestre e doutor em Direito do Estado, em seu livro “Constituição Federal Anotada” , ed. Saraiva, 8ed., 2008, SP, fls. 856, ao tratar do parágrafo quarto do artigo 60, afirma que: “ Aqui há uma imprecisão. Os direitos e garantias não são apenas os individuais, isto é, as liberdades públicas clássicas. Englobam, também, os direitos econômicos e os sociais.”.... Mais adiante, na mesma obra, finaliza dizendo: “...o inciso IV cumpre ser concebido como elemento protetor dos direito e garantias fundamentais...” “Sendo assim, além das liberdades públicas tradicionais, os direitos sociais, econômicos, coletivos, difusos e individuais homogêneos não poderão ser objeto de emendas tendentes a aboli-los...” gn
Direitos Individuais – classificação:
        
1. DIREITO À VIDA
 2. DIREITO À LIBERDADE 
 3.DIREITO À IGUALDADE
4.DIREITO À SEGURANÇA
5. DIREITO À PROPRIEDADE
O DIREITO À VIDA compreende: o direito de nascer, o direito de permanecer vivo (direito à existência), o direito de defender a própria vida !! (legítima defesa) é por isso que em nosso País a PENA DE MORTE somente é admitida em caso de GUERRA (artigo 5º, inciso XLVII)
VIDA 
Do ponto de vista cristão:
Milagre de Deus!
Do ponto de vista biológico:
fecundação do óvulo pelo espermatozóide
( concepção)
Do ponto de vista jurídico: Direito Fundamental
artigo 2º do Código Civil – “A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro” . É o marco inicial das relações jurídicas do ser humano com o mundo do direito
A proteção à VIDA é a justificativa para proibição de EUTANÁSIA (homicídio por piedade/ morte bela/ morte suave) em nosso País; mesmo sendo considerada por alguns como uma morte “piedosa” para nosso sistema normativo é HOMICÍDIO.
A proteção à VIDA também é justificativa para impedir a venda dos órgãos, tecidos e substâncias humanas, bem como a comercialização de sangue (parágrafo quarto do artigo 199 da Constituição Federal combinado com o disposto na Lei 9.434/97 e na Lei do “Sangue” – Lei n. 10.205/2001.
A proteção à VIDA é a justificativa para proibição de tortura e para preservação da integridade física de todos. Machucar o corpo humano é um modo de agredir a vida, justamente porque sem corpo não há vida e vice-versa.
Muitos dispositivos constitucionais protegem a integridade física e rejeitam a tortura (inciso III – proibição de tortura e tratamento degradante; inciso XLVII – proibição de penas cruéis - inciso XLIX –respeito à integridade física e moral) todos do art. 5º.
ABORTO X DIREITO À VIDA – A Constituição não adotou uma posição oficial sobre o assunto ABORTO.
Existem duas correntes: pela Legalização em todos os casos
pela NÃO legalização (exceto) nos casos já previstos em lei
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS À LEGALIZAÇÃO DO ABORTO:
1-o direito à vida começa a partir da concepção;
2-se a vida começa a partir da concepção, qualquer proteção ao direito à vida do feto que não seja a criminalização do Aborto, seria insuficiente para protegê-lo de forma adequada.
3-Aumento do Número de casos. (ou seja, o Aborto seria utilizado como um método anticoncepcional).
Corrente pela legalização - argumentos 
1-Direitos Fundamentais da gestante. Entende-se que, apesar de o feto ter determinados direitos fundamentais, a gestante também tem direitos fundamentais que poderiam justificar a violação do feto:
2 - liberdade de escolha e autonomia reprodutiva (o Estado não poderia interferir na liberdade de escolha da gestante).
3 questão da saúde pública, legalização do aborto seria uma questão de saúde pública a fim de evitar que 1 milhão de abortos clandestinos por ano ocorram (fonte Revista Época).
LIBERDADE
“A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudique a outrem; assim, o exercício dos direitos naturais do homem não tem outro limite senão os que asseguram aos demais membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos”
Declaração dos direitos do Homem – França – 1789
LIBERDADES :
DAS PESSOAS FÍSICAS (locomoção, circulação)
LIBERDADE DE PENSAMENTO (opinião, religião, informação, artística)
LIBERDADE DE EXPRESSÃO COLETIVA (reunião, associação, protesto)
LIBERDADE DE AÇÃO PROFISSIONAL (livre escolha do trabalho e do ofício)
LIBERDADE
ASPECTOS DA QUESTÃO RELACIONADA A LIBERDADE
Disque Denúncia: denúncia anônima, assim com bilhete sem assinatura imputando o crime a alguém, não servirá como prova, mas a Autoridade terá que investigar. 
Segundo o STF, a investigação é autônoma em relação à denúncia. (Teoria dos Frutos da árvore proibida), mas a polícia terá que investigar, apurar os fatos.
Bilhete Apócrifo: sem assinatura ou então uma carta anônima (sem assinatura). Podem ser utilizados como prova em processos? STF: Identificação: vem admitindo nos seguintes casos: o STF tem admitido a sua utilização em duas circunstâncias: 1) quando produzidos pelo próprio acusado; 2) quando constituírem o próprio corpo de delito do crime. Ex: seqüestrador que pede o resgate em um sequestro, mas como foi produzido pelo próprio acusado, então, pode ser utilizado. Através de um exame grafotécnico.
EM TEMPO DE PAZ A LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO É ABSOLUTA – inciso XV
Já o inciso XVI afirma que SEM ARMAS todos podem reunir-se em LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO, independente de autorização, desde que tenha havido um PRÉVIO AVISO à autoridade competente. A liberdade de consciência abrange ter a liberdade a ter umadeterminada religião (Crença) como Não ter Crença (ser ateu, por exemplo).
LIBERDADE DE CULTO: seria uma forma de exteriorização da crença.
Isenção: templos; forma de promover a religião que exerce uma influência positiva na sociedade, por isso que o Estado estimula.
O culto ao ar livre terá que observar o horário para não atrapalhar o sossego das pessoas, não poderá matar pessoas, animais em nome da religião.
ESTADO BRASILEIRO LAICO (neutro) (desde 1989, com o advento da República), o Brasil é um Estado neutro, ou pelo menos deve ser no Estado religioso (art. 19, da Constituição): a Constituição não impede que haja uma colaboração entre estados e entidades religiosas, desempenha um papel importante nasociedade, supre uma lacuna do estado.
LAICIDADE, LAICISMO, ATEÍSMO
Laicidade: neutralidade do ponto de vista religioso do Estado Brasileiro. Se o Estado respeita todas as religiões, permite que as religiões possam conviver pacificamente (objetivo)
Laicismo: é uma anti-religião. O Estado Brasileiro até protege (ex. Isenção/ Templos).
Ateísmo: não aceitar a existência de Deus (ex. Algumas Nações comunistas)
LIBERDADE DE OPINIÃO – exteriorização do pensamento – emissão de juízo de valor sobre acontecimentos.
Direito de informar e de ser informado(incisos XIV e XXXIII do artigo 5º da CF); , 
Em se tratando de opinião publicada em imprensa o autor da opinião ou informação abusiva responderá pelos eventuais abusos. O jornal ou tv também poderá arcar com os prejuízos posto que fez a divulgação da notícia.
     
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Direitos e Garantias Fundamentais 3º aula
IGUALDADE
“Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.” –
Declaração dos direitos do Homem – França -1789
CF - Artigo 5º - Caput – “Todos são iguais perante a lei...”
Afirmação de igualdade entre os seres humanos
“....sem distinção de qualquer natureza....”
 
Ressalta a posição normativa da República Federativa do Brasil no sentido de que a igualdade é plena, irrestrita e alcança todos nós!
O inciso I do artigo 5º da CF expressamente declara igualdade entre homem e mulher 
“ I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos desta Constituição;”
A regra de igualdade se faz presente em outros dispositivos constitucionais como os incisos XXX e XXXI do artigo 7º (Direitos Sociais)
“XXXI – Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;”
Fora do Título II podemos encontrar regras de igualdade, por exemplo, no artigo 205 da CF: “A educação é direito de todos...” e no artigo 196 da CF: “A saúde é direito de todos...”
Como já vimos, dentre os objetivos do Estado brasileiro, elencados nos incisos do artigo 3º da C.F estão as diretrizes para minimizar, diminuir ....“reduzir as desigualdades sociais e regionais”... (art. 3º, inciso III) E “...promover o bem de todos sem preconceito...” (art. 3º, inciso IV).
O STF já reconheceu (STF, MI n. 58, Min. Celso de Mello, DJ 19.4.91) que a igualdade/isonomia se reveste de auto-aplicabilidade; o princípio tem como função obstar discriminação, devendo ser examinado sob 2 aspectos: o da igualdade da lei
o da igualdade perante a lei.
Igualdade da lei - é um mandamento para o legislador que no processo legislativo não poderá incluir fatores de discriminação responsáveis pela ruptura da ordem isonômica.
Igualdade perante a lei – Sua aplicação não terá critérios seletivos ou discriminatórios.
Pode haver tratamento diferenciado (ex. artigo 143, parágrafo segundo da CF - “As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir” – vide Lei 8.239/91)
Como já foi dito as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais possuem “aplicabilidade imediata”, através de eficácia direta. Os professores Paulo G. Branco e Dirley da Cunha Jr. em seus livros de direito Constitucional reconhecem que tanto o Poder Público é obrigado a cumprir os ditames dos direitos fundamentais como também os particulares em suas relações com outros particulares; os direitos e garantias fundamentais tem eficácia vertical (entre Estado e Particular) e horizontal (entre particular com particular) – e ação imediata e direta!
exemplo do que foi dito:
O Supremo Tribunal Federal – STF impôs a Air France igualdade de tratamento entre trabalhadores franceses e brasileiros (STF, RE n. 161.243, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 19.12.97)
Critério de Justiça proposto por Aristóteles: “justiça é tratar os iguais de forma igual e os desiguais de
forma desigual na proporção (na medida) de sua desigualdade”
Duas igualdades surgem no sistema jurídico: 
IGUALDADE FORMAL – Todos são iguais perante a lei – a lei trata a todos da mesma forma, sem levar em conta distinções ou particularidades dos seres humanos.
 A igualdade formal está presente em quase todos os diplomas constitucionais modernos e no Brasil desde a Constituição de 1891 quando refere-se a expressão de que
todos serão iguais “perante a lei”. 
IGUALDADE MATERIAL – Encontra-se atrelada as exigências da justiça social – “A igualdade material é um princípio programático, uma meta ou um objetivo a ser alcançado pelo Estado em atuação conjunta com a sociedade. Necessita da edição de leis
para minimizar as diferenças que não sejam naturais entre os indivíduos, mas também de atos concretos por parte do Poder Público e da mudança de posicionamento de toda a sociedade para que possamos chegar a plenitude do princípio.” (Prof. Maria Barreiros)
STF - Súmula nº 683 - Limite de Idade - Inscrição em Concurso Público - Natureza das Atribuições do Cargo a Ser Preenchido
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, CF quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
natureza das atribuições (somente se houver uma justificativa plausível). Ex: exigência de limite de idade e de altura – soldado - policial (existe uma justificativa plausível).
Magistratura - Juiz de direito em SP – teto limite - 40 anos - 
NOTA - O STF entende que a justificativa do critério de diferenciação em concurso público será necessária desde que: 1- razoabilidade das exigências decorrente da natureza das atribuições a serem exercidas (o critério de exigência tem que ser razoável: razoabilidade da exigência); 2- previsão legal: a limitação não pode está contida apenas no edital, e sim tem que existir uma previsão legal anterior, se não justifica a diferença de tratamento.
AÇÕES AFIRMATIVAS OU DISCRIMINAÇÕES POSITIVAS: tem como fundamento a igualdade material.
Surgiram em 1947 na Constituição da Índia, foi a índia que a consagrou (não foi nos EUA durante o governo Kennedy).
Sistema de Cotas (é uma das formas, modalidades de Ações
Afirmativas). Exemplos de ações afirmativas: Bolsas de Estudo para alunos carentes, incentivos fiscais para empresas que contratam pessoas com deficiências. (através dessa medida, reduz a desigualdade existente).
Ações Afirmativas: Definição: Consistem em programas públicos ou privados, em geral, de caráter temporário desenvolvidos com a finalidade de reduzir desigualdades decorrentes de discriminações ou
de uma hipossuficiência econômica ou física por meio da concessão de alguma vantagem compensatória de tais condições. Ou seja, justifica-se algum tipo de hipossuficiência ou alguma condição
que coloca a pessoa numa situação de inferioridade e a pessoa deve ter uma vantagem para que compense uma desvantagem. Ex: pessoa com deficiência física, Ex: pessoas de escolas públicas. 
Igualdade de Homens e Mulheres
Art. 226, parágrafo 5, CF : “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercídos igualmente pelo homem e pela mulher.”
Não se trata de mera igualdade formal, a igualdade aqui não é uma mera igualdade perante a lei mas uma igualdade material de direitos e obrigações,tanto é que a aposentadoria para mulher se dá com menor tempo de contribuição e de idade: artigo 40, parágrafo primeiro, inciso III, letra a – “Sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher”
Lei Maria da Penha – LEI 11.340/2006 - A.D.C. n. 19 – O Supremo Tribunal Federal declarou que a Lei Maria da Penha é constitucional, sendo que a proteção a mulher (e não ao homem) decorre da busca pela igualdade material justamente porque a mulher sempre foi vítima (historicamente) de violência, sendo certo que na grande maioria dos casos há fragilidade física.
A igualdade material é uma das metas do direito!
 Ihering (Von Rudolf – Autor da obra “A luta pelo direito”) preceitua que o direito não é uma simples idéia, é uma força viva, onde a igualdade se faz necessária. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio do qual a defende. A espada sem balança é força bruta, a balança sem espada, a impotência do direito. (Deusa da Justiça – Têmis). Uma completa a outra, e o verdadeiro Estado de direito só pode existir quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança, mas sempre de forma igualitária!
“TEMOS O DIREITO DE SER IGUAIS QUANDO A DIFERENÇA NOS INFERIORIZA E TEMOS O DIREITO DE SER DIFERENTES QUANDO A IGUALDADE NOS DESCARACTERIZA” Boaventura de Souza Santos sobre a igualdade material 
A igualdade material ultrapassa a barreira do direito e também se faz presente na Palavra de Deus, ex: 
 No livro de Coríntios I, 12:13 dispõe que: “todos nós fomos batizados em um
espírito formado em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos
temos bebidos de um mesmo espírito”.
Ainda preceitua na Epístola de Paulo aos Romanos 2:11 que “para com Deus, não
há acepções de pessoas”.
IMPOSTOS E A IGUALDADE 
Artigo 150, inciso II, da CF: É vedado... “...instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida...”
 
No Brasil vigora o princípio da capacidade contributiva (artigo 145, parágrafo primeiro da CF) onde a carga tributária deve ser distribuída na medida da capacidade econômica dos contribuintes. A regra do inciso II do artigo 150 deve ser agrupada com a determinação do parágrafo primeiro do artigo 145 da CF porque as duas buscam alcançar a justiça tributária ideal!
IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS – (inciso V do artigo 4º CF) A Carta de Direitos e Deveres Econômicos dos Estados, proclamada em 1972 pela Assembléia Geral da ONU estabelece, no artigo primeiro, que: “Todo Estado tem o direito soberano e inalienável de eleger seu sistema econômico, assim como seus sistemas político, social e cultural, de acordo com a vontade de seu povo, sem ingerência, coação e nem ameaças externas de nenhuma classe”
A igualdade entre os Estados reside justamente no fato de que não pode haver sujeição de um Estado em detrimento de outro – todos são iguais entre si –
SEGURANÇA
direito fundamental do homem – é o direito predominantemente difuso que os seres humanos e a sociedade como um todo possuem de sentirem-se protegidos pela conduta positiva do Estado.
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Direitos e Garantias Fundamentais 4º aula
SEGURANÇA
direito fundamental do homem – é o direito predominantemente difuso que os seres humanos e a sociedade como um todo possuem de sentirem-se protegidos pela conduta positiva do Estado.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos seguintes: [...]
Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
[...]
Artigo 2º da Declaração dos Direitos do Homem “Artigo 2º - A finalidade de toda associação política é a
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.” (França 1789)        
O direito à segurança (pela ação do Estado) é uma conquista da civilização; “durante muitos anos prevaleceu a regra da “autotutela” caracterizada pelo uso da força bruta para satisfação de interesses; traços marcantes da autotutela – ausência de juiz imparcial e a imposição da decisão por uma das partes à outra” (Teoria Geral do Processo – Cintra, Grinover e Dinamarco)
O artigo 144 da CF não deixa dúvidas com relação a quem imputa o dever de efetivar o direito fundamental à segurança pública: ao ESTADO, com a responsabilidade de todos. Assim, tem-se que ao Estado, Ente que detém o monopólio do uso da força, cabe organizar-se em termos de instituições, pessoal, aparelhamento e atribuições – dentre outros aspectos – para garantir que as pessoas sintam-se protegidas.
“A segurança em sentido amplo pode ter dimensão externa e
interna. A dimensão externa da segurança relaciona-se aos mecanismos de defesa da Pátria e Nação contra inimigos externos, por atuação das Forças Armadas (art. 142, CF). No
aspecto interno, pode ser vista em duas vertentes: estado de defesa ou estado de sítio, e segurança pública. O estado de defesa ou estado de sítio são regimes temporários de exceção, para atender a situação de instabilidade institucional ou
calamidades de grande proporção na natureza (art. 136, caput, CF, estado de defesa) ou comoção grave de repercussão nacional ou declaração de estado de guerra ou resposta à
agressão armada estrangeira (art. 137, CF, estado de sítio). A segurança pública é um regime permanente de proteção do cidadão em situação de estabilidade institucional, para a
manutenção da ordem interna e a proteção do cidadão no interior do País, com intuito de uma convivência normal em sociedade e busca da harmonia social”. (SANTIN, Valter Foleto. Controle Judicial da Segurança Pública. P. 90)
CONCEITO de Segurança Pública: “é o conjunto de
atividades desempenhadas exclusivamente pelas várias instituições de Estado, com a colaboração e responsabilidade de todos nos termos do artigo 144 da Constituição Federal, que, através do exercício efetivo ou potencial da coerção (poder de império), tem a finalidade de efetivar o direito fundamental à segurança pública, prevenindo e reprimindo delitos, investigando-os e praticando todos os demais atos necessários e plena realização do aludido direito.” (Álvaro Lazzarini, “Segurança Nacional e Segurança Pública na Constituição de 1988”. In Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, Vol. 213, julho/setembro - 1998.
P.11 a 21. P. 14 e 15)
A Segurança em sentido amplo engloba vários aspectos, inclusive a questão relativa a SEGURANÇA JURÍDICA
SEGURANÇA JURÍDICA – “consiste na garantia de estabilidade e de certeza dos negócios jurídicos, de sorte que as pessoas saibam de antemão que, uma vez envolvidas em determinada relação jurídica, esta mantém-se estável, mesmo se modificar a base legal sob a
qual se estabeleceu” (José Afonso da Silva – Curso de Direito Constitucional Positivo)
É por isso que a CF dispõe no inciso XXXVI que: “a lei NÃO prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”
O ato jurídico perfeito constitui o ato “já consumado segundo a lei vigente ao tempo em se efetuou” (artigo 6, parágrafo primeiro da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – Decreto -lei n. 4.657/42)
Pontes de Miranda afirma que: A pretensão do legislador constituinte foi imunizar o titulardo ato jurídico perfeito contra as oscilações da própria lei, resultando disso que aquele que desfruta de um direito, por força de um ato que cumpriu todas as etapas da sua formação sob os ditames da lei velha, não poderá ter esse direito negado só porque a lei nova exige outra exteriorização do ato.” (Comentários à Constituição de 1967, com a Emenda n. 1 de 1969, volume 5, p. 102, ed. Forense, 1987)
DIREITO ADQUIRIDO – parágrafo segundo do artigo 6 do Decreto-Lei n. 4.657/42 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) – “Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição preestabelecida”
Direito Adquirido é o direito que pode ser acionado a qualquer momento justamente porque já foi incorporado ao patrimônio de seu titular.
COISA JULGADA – – parágrafo terceiro do artigo 6 do Decreto-Lei n. 4.657/42 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) – “é a decisão judicial de que já não caiba recurso.”
A lei não poderá rediscutir o que já tenha sido definitivamente decidido pelo Poder Judiciário.
COISA JULGADA, segundo o artigo 467 do Código de Processo Civil, é: “A eficácia que torna imutável e indiscutível a sentença não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.”
SEGURANÇA DO DOMICÍLIO
Art. 5, inciso XI “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.”
José Afonso da Silva afirma que tal proteção é direcionada para a pessoa humana que reside no imóvel, não é uma proteção destinada a propriedade.
A jurisprudência tem considerado a expressão “casa” de forma ampla, ou seja não só o domicílio da pessoa mas também seu escritório, oficina, garagem, e até mesmo o quarto de hotel habitado por hóspede.
(STF – RHC 90.376/RJ, Min. Celso de Mello, 3.4.2007 – Informativo 462 do STF)
“O conceito de CASA para fins da proteção constitucional a qual se refere o art.5, XI, da CF reveste-se de caráter amplo e, por estender-se a qualquer aposento ocupado... compreende o quarto de hotel ocupado por hóspede.”
Conceito de DIA – para efeito legal “dia” compreende o período entre 6 às 18 horas (José Afonso da Silva) O Ministro Celso de Mello (Constituição Federal Anotada) afirma que é o intervalo de tempo entre a aurora e o crepúsculo.
SEGURANÇA DAS COMUNICAÇÕES PESSOAIS 
artigo 5º, inciso XII, da CF - “É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.”
JOSÉ AFONSO DA SILVA afirma que: “Ao declarar que é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e telefônicas, a Constituição está proibindo que se abram cartas e outras formas de correspondência escrita, se interrompa o seu curso e se escutem e interceptem telefonemas.”
Excepcionalmente, as comunicações telefônicas podem ser interceptadas, segundo o disposto na Lei 9.296/96; é proibida a interceptação das comunicações telefônicas quando a prova puder ser reunida por outro meio.
A Lei 9.296/96 veda a realização de interceptação de comunicações telefônicas quando não houver indícios da autoria ou participação em infração penal.
Somente em casos punidos com reclusão é que a interceptação poderá ser autorizada judicialmente.
Excepcionalmente, as comunicações telefônicas podem ser interceptadas, segundo o disposto na Lei 9.296/96; é proibida a interceptação das comunicações telefônicas quando a prova puder ser reunida por outro meio.
A Lei 9.296/96 veda a realização de interceptação de comunicações telefônicas quando não houver indícios da autoria ou participação em infração penal.
Somente em casos punidos com reclusão é que a interceptação poderá ser autorizada judicialmente.
Quando um dos interlocutores grava a conversa não há interceptação ilícita, sendo que a referida gravação será considerada válida como prova.
A interceptação ilícita é aquela onde nenhum dos interlocutores tem conhecimento do grampo!
PROPRIEDADE
direito fundamental do homem – O artigo 1.228 do CC afirma que é faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la.
“CF. Artigo 5º inciso XXII – É garantido o direito de propriedade”
DIREITO CONSTITUCIONAL I
Direitos e Garantias Fundamentais 5º aula
PROPRIEDADE
A ordem constitucional brasileira estabelece que: “É garantido o direito de propriedade” 
(artigo 5º inciso XXII da CF) O direito de propriedade, dentro da visão do Estado Democratico de Direito brasileiro, deve cumprir sua função social – “A propriedade atenderá a sua função social” (artigo 5º inciso XXIII da CF)
PROPRIEDADE (artigo 1228 do C.Civil)
“Propriedade é o direito, é a prerrogativa, de usar, gozar, dispor da coisa, bem como reivindicá-la de quem injustamente a detenha” (Caio Mário da Silva Pereira, Instituições de Direito Civil – vol. IV)
IUS UTENDI = direito de usar – faculdade de colocar a coisa a serviço do títular
IUS FRUENDI = direito de gozar – percepção dos frutos
IUS ABUTENDI = direito de dispor – é o poder de transmitir o bem 
REI VINDICATIO = reaver a coisa – retomar daquele que a injustamente a detivesse
A função social da propriedade indica que o legislador constituinte procurou ampliar o conceito de propriedade a fim de que ela (propriedade) tivesse como missão assegurar a todos existência digna, conforme os mandamentos da Justiça Social.
O conceito de Justiça para os romanos era exatemente “viver honestamente” (honeste vivere) “não ofender ninguém” (neminem laedere) “dar a cada um o que é seu” /o que lhe pertence (suum cuique tribuere) (Ulpiano) – 
A Justiça Social (opinião do professor) é a soma de todos estes fatores + dignidade da pessoa humana (inciso III do artigo 1º da CF) + Título II da CF + o artigo 170 e seus incisos + o artigo 193 da CF
Gilberto Bercovici – no seu artigo “A Constituição de 1988 e a função social da propriedade” (in RDPriv 7/83) afirma que: “A CF de 1988, nos objetivos e princípios fundamentais da República (1º e 3º) determina que a função social seja um conceito vinculado à igualdade material e à proteção da dignidade da pessoa humana.”
A regra constitucional no sentido de que a “propriedade atenderá a sua função social” (art. 5º, inciso XXIII da CF) vem consignada também nos princípios gerais da atividade econômica (artigo 170, inciso III da CF) reafirmando a necessidade de que a propriedade tenha sintonia fina com as necessidade da população.
Ex. Construção de prédios altos na orla marítima
“O uso da propriedade há de ser compatível com o bem-estar social; se é contra o bem-estar social, tem de ser desaprovado.” (Pontes de Miranda, comentários a CF de 1967)
***FUNÇÃO SOCIAL DO IMÓVEL URBANO***
*RESPEITAR AS DIRETRIZES DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL*
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECEU NO PARÁGRAFO SEGUNDO DO ARTIGO 182 que: 
“ A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”
***FUNÇÃO SOCIAL DO IMÓVEL RURAL***
ARTIGO 186 DA CF
1. APROVEITAMENTO RACIONAL E ADEQUADO.
2. UTILIZAÇÃO ADEQUADA DOS RECURSOS NATURAIS DISPONÍVEIS E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
3.OBSERVÂNCIA DAS DISPOSIÇÕES QUE REGULAM AS RELAÇÕES DE TRABALHO.
4.EXPLORAÇÃO QUE FAVOREÇA O BEM-ESTAR DOS PROPRIETÁRIOS E DOS TRABALHADORES.
A União poderá desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária – TODA cetipada, resgatáveis no prazo de até 20 anos.
“Desapropriação é o meio pelo qual o Poder Público determina a transferência compulsória da propriedade particular para o seu patrimônio ou de seus delegados......verifica-se por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta CF” (José Afonso da Silva)
DECRETO LEI 3365/1941 – DESAPROPRIAÇÃO
Justa indenização ocorrerá quando o expropriado for indenizado na quantia representativa do valor real do bem desapropriado.
Prévia indenização significa o pagamento do valor real do bem antes de o expropriante exercer qualquer dos poderes derivados do domínio, principalmente a imissão na posse.
NORMALMENTE a desapropriação é de bens particulares; entretanto é possível, mediante autorização legislativa, a União desapropriar bens dos Estados e dos Municípios, da mesma forma o Estado também poderá desapropriar bens do Município.
DESAPROPRIAÇÃO COMUM 
 Segundo o Art. 5, inciso XXIV a desapropriação poderá ser:
A) por necessidade pública – questões urgentes e relevantes – sendo indispensável a desapropriação.
B) utilidade pública – conveniente para a realização de uma determinada atividade estatal.
C) interesse social – desapropriação conveniente para o progresso social.
Na desapropriação COMUM a indenização será em DINHEIRO – 	art. 5º , inciso XXIV, CF
DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL 
MUNICÍPIO 
Artigo 182, parágrafo 4, inciso III da CF
Imóvel urbano (não edificado, subutilizado ou não utilizado)
Indenização em títulos da dívida pública.
Liquidados em até 10 anos
DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL
UNIÃO
Artigo 184, “caput” da CF
REFORMA AGRÁRIA
Títulos da dívida agrária – TDA – liquidados em até 20 anos
DESAPROPRIAÇÃO CONFISCO – Artigo 243 da CF – desapropriação sem nenhum tipo de indenização de glebas em qualquer região do Brasil destinadas (no todo ou em parte) a plantação de “culturas ilegais” de plantas psicotrópicas.
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA - “Apossamento ilegal do Poder Público.
Indenização determinada pelo Poder Judiciário.
Aqui NÃO É FEITO um prévio processo administrativo para desapropriar a gleba!
DESAPROPRIAÇÃO # REQUISIÇÃO
Desapropriação: ocorre com bens aquisição originária de propriedade processo judicial sempre indenizável (prévia, justa, em geral paga em dinheiro).
Requisição: ocorre com bens e serviços somente o uso da propriedade não demanda autorização judicial.

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