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3. ESTADO

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 			CURSO DE DIREITO
Semestre I - Disciplina: Ciência Política - Prof. César Luís Pinheiro
O ESTADO
DEFINIÇÃO DE ESTADO: Pode-se definir o Estado como sendo um agrupamento humano, estabelecido permanentemente num território determinado e sob um governo independente.
Da análise desta definição, contata-se que, teoricamente, são três os elementos constitutivos do Estado:
População
Território
Governo
Por população entendemos a massa de indivíduos, nacionais e estrangeiros, que habitam o território em determinado momento histórico. 
A existência de um território não deve ser entendida em sentido absoluto, ou seja, o adjetivo determinado não significa que o território deve estar perfeitamente delimitado. Conforme alguns poucos internacionalistas sustentam. No caso da América Latina, por exemplo, os países foram devidamente reconhecidos internacionalmente, muito embora as suas fronteiras ainda fossem indefinidas. 
A existência de um governo soberano, isto é, de um governo não subordinado a qualquer autoridade exterior.
Teoricamente, a existência de um Estado está ligada à existência dos elementos constitutivos, na prática a atribuição da qualidade de Estado, em Direito Internacional, é mais flexível. Atualmente, o status de Estado tem sido atribuído sem maiores exigências. 
ORIGEM DO ESTADO
Existem três teorias relacionadas com a origem do Estado:
Primeira teoria: 
Para muitos autores, o Estado, assim como a própria sociedade, existiu sempre, pois desde que o homem vive sobre a terra acha-se integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. Estes autores afirmam que o Estado é um elemento universal na organização social humana. O Estado como o princípio organizador e unificador em toda organização social da Humanidade, é considerando, por isso, onipresente na sociedade humana.
Segunda teoria:
Uma segunda ordem de autores admite que a sociedade humana existiu sem o Estado durante um certo período. Depois, por diversos motivos, que serão estudados quando tratarmos das causas que levaram à formação do Estado, esse foi constituído para atender as necessidades ou as conveniências dos grupos sociais. Segundo esses autores, que no seu conjunto, representam ampla maioria, não houve concomitância na formação do Estado em diferentes lugares, uma vez que esse foi aparecendo de acordo com as condições concretas de cada lugar.
Terceira teoria:
A terceira posição é a dos autores que só admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características muito bem definidas. Justificando seu ponto de vista, um dos adeptos dessa tese, Karl Schmidt, diz que o conceito de Estado não é um conceito geral válido para todos os tempos, mas é um conceito histórico concreto, que surge quando nasce a idéia e a prática da soberania, o que ocorreu no século XVII.
Levando em conta a segunda teoria, detentora do maior número de adeptos, podemos dizer que os primeiros Estados, ao que se tem apurado por indução dos sábios, teriam surgido, originalmente, como decorrência natural da evolução das sociedades humanas. Emergiram do seio das primitivas comunidades e caminharam, paulatinamente, para a instauração de forma política específica. 
E, se aprofundarmos o estudo do Estado, chegaremos a conclusão de que antes do aparecimento do fenômeno que hoje chamamos Estado, já existiam regras de comportamento social ditadas pelo Direito natural.
Feitos esses esclarecimentos preliminares, vamos analisar aqui os fatos que assinalam o nascimento, o crescimento ou o declínio e o desaparecimento dos Estados.
NASCIMENTO DOS ESTADOS
Três são os modos de nascimento dos Estados – ORIGINÁRIO, SECUNDÁRIO e DERIVADO – desdobrando-se, cada um deles, em vários casos específicos. 
MODO ORIGINÁRIO
Pode surgir o Estado, originalmente, do próprio meio nacional, sem dependência de qualquer fator externo. Um agrupamento humano mais ou menos homogêneo, estabelecendo-se num determinado território, organiza o seu governo e passa a apresentar as condições universais da ordem política e jurídica. Roma e Atenas são exemplos típicos da formação originária.
	Esse núcleo inicial, via de regra, é homogêneo, isto é, uma comunidade identificada por vínculos de raça, língua, religião, usos, costumes, sentimentos e aspirações comuns, e que atingindo lentamente certas e determinadas condições, adota um sistema de organização social e administrativa tendente a facilitar a concretização dos anseios comuns.
MODO SECUNDÁRIO
Uma nova unidade política pode nascer da união ou da divisão de Estados. Sãos os casos de união: 
Confederação
É uma união convencional de países independentes, objetivando a realização de grandes empreendimentos de interesse comum ou o fortalecimento da defesa de todos contra a eventualidade de uma agressão externa.
A atual Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é um exemplo da união sob a forma confederativa. A partir de um manifesto lançado pela Rússia, Ucrânia e Bielorússia, outras nove repúblicas, também ex-integrantes da extinta URSS formalizaram sua adesão, dando início a um processo de unificação política e econômica cujas bases definitivas ainda hoje estão sendo processadas.
Federação
É a união nacional mais íntima, perpétua e indissolúvel, de províncias que passam a constituir uma só pessoa de direito público internacional. Exemplo clássico de união federal é os Estados Unidos. Temos, ainda, no continente americano, México, Brasil, Argentina e Venezuela.
União Pessoal
É o governo de dois ou mais países por um só monarca. É uma união de natureza precária, transitória, porque decorre exclusivamente de eventuais direitos sucessórios ou convencionais de um determinado príncipe. Registra a história, entre outros, os seguintes exemplos de união pessoal: a) Alemanha e Espanha sob o poder de Calos V; b) Inglaterra e Hanover sob o governo de George IV; c) Polônia e Sarre, sob o reinado de Augusto, etc...Não existe exemplo de União Pessoal atualmente.
União Real
É a união efetiva, com caráter permanente, de dois ou mais países formando uma só pessoa de direito público internacional. Exemplos: Suécia e Noruega; b) Áustria e Hungria; c) Inglaterra, Escócia e Irlanda, que se juntaram para a formação da Grã-Bretanha.
SÃO OS CASOS DE DIVISÃO: 
Divisão nacional (Fracionamento)
É a que se dá quando uma determinada região ou província integrante de um Estado obtém a sua independência e forma uma nova unidade política. Na reorganização da Europa, depois da primeira guerra mundial, vários casos de divisão nacional se verificam por conveniência e imposição dos vencedores. Um exemplo recente de divisão nacional é o que ocorreu com a URSS.
Divisão Sucessoral
É uma forma típica das monarquias medievais: o Estado, considerado como propriedade do monarca, era dividido entre os seus parentes e sucessores, desdobrando-se, assim, em reinos menores autônomos. O direito público moderno não agasalho a essa antiquada forma de criação de Estado
MODOS DERIVADOS
Segundo essas hipóteses, o Estado surge em conseqüência de movimentos exteriores, quais sejam: 
Colonização
Foi a modo primeiramente utilizado pelos gregos que povoaram as terras e criaram Estados ao longo do mediterrâneo. Modernamente, temos os exemplos do Brasil e das demais antigas colônias americanas povoadas pelos ingleses, espanhóis e portugueses, as quais se transformaram, posteriormente em Estados livres.
Concessão de Direito de Soberania
Ocorria freqüentemente na Idade Média, quando os monarcas, por sua livre vontade pessoal, outorgavam os direitos de autodeterminação aos principados, ducados, condados, etc. Nos tempos atuais, a Irlanda, o Canadá e outras “colônias autônomas”. Caminham progressivamente para a completa independência, através de concessões feitas pelo governo Inglês.
Ato de Governo
Éa forma pela qual o nascimento de um novo Estado decorre da simples vontade de um eventual conquistador ou de um governante absoluto. Napoleão I criou assim diversos Estados, tão-somente pela manifestação da sua vontade incontrastável.
DESENVOLVIMENTO E DECLÍNIO DO ESTADO
O Estado se desenvolve, em sentido progressivo, quando fortalece e sublima a sua ordem social, jurídica e econômica, em consonância com a civilização nacional.
O seu eventual declínio, ao revés, provém da:
- corrupção dos costumes;
- do amortecimento da consciência cívica;
- do relaxamento do sistema educacional;
- da perversão da justiça, etc.
tornando-se presa fácil aos conquistadores estrangeiros.
Quando não consegue o Estado reagir no sentido de restabelecer em bases seguras a normalidade da sua vida, poderá sofrer o colapso geral e a decorrência disso seria a extinção
EXTINÇÃO DOS ESTADOS 
Causas Gerais
Em geral, o corre o desaparecimento do Estado como unidade de direito público sempre que, por qualquer motivo, faltar um dos seus elementos: população, território e governo.
	As uniões e divisões de Estados, que ensejam a formação de novas entidades, determinam o desaparecimento dos Estados que se uniram ou daquele que se dividiu.
Causas Específicas
Conquista
Quando o Estado, desorganizado, enfraquecido, sem amparo de um órgão internacional de justiça e segurança, é invadido por forças estrangeiras, ou dividido violentamente por um movimento separatista insuflado por interesses externos.
Emigração
Quando, sob a pressão de qualquer acontecimento imprevisto, toda a população nacional abandona o país.
Expulsão
Quando as forças conquistadoras, ocupando plenamente o território do Estado invadido, obrigam a população vencida a se deslocar para outra região. Foi o que ocorreu em diversos países da Europa por ocasião das invasões bárbaras.
Renúncia dos direitos de soberania
É forma de desaparecimento espontâneo. Uma comunidade nacional pode renunciar aos seus direitos de autodeterminação, em benefício de outro Estado mais próspero, ao qual se incorpora, formando um novo e maior Estado. Recentemente tivemos o exemplo do Estado mexicano do Texas, o qual, tendo proclamado a sua independência em 1837, deliberou, posteriormente, em 1845, abrir mão da sua soberania para ingressar na federação norte-americana.

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