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Histologia Sistema Nervoso

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1- O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. O cérebro e o cerebelo mostram regiões brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). 
No córtex cerebral a substância cinzenta está organizada em seis camadas diferenciadas pela forma e tamanho dos neurônios. Os neurônios de certas regiões do córtex cerebral recebem e processam impulsos aferentes (sensoriais), e em outras regiões neurônios eferentes(motores) geram impulsos que vão controlar os movimentos voluntários. Assim, as células do córtex cerebral integram informações sensoriais e iniciam as respostas voluntárias. 
Os componentes do sistema nervoso periférico são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos estabelecem comunicação entre os centros nervosos e os órgãos da sensibilidade e os efetores (músculos, glândulas). Possuem fibras aferentes e eferentes. As aferentes levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente. As fibras eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros.
Os acúmulos de neurônios localizados fora do sistema nervoso central recebem o nome de gânglios nervosos. Em sua maior parte, os gânglios sã órgãos esféricos, protegidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Alguns gânglios reduzem-se a pequenos grupos de células nervosas situadas no interior de certos órgãos, principalmente na parede do tubo digestivo, constituindo os gânglios intramurais. Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser: sensoriais(aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo(eferentes). 
2- Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que se ligam, respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo.
3- Podem ser causados tanto pela obstrução de uma artéria, que leva à isquemia de uma área do cérebro, como por uma ruptura arterial seguida de derrame. O AVC pode ser de dois tipos,isquêmico e hemorrágico.
A) Acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
B) Acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
- Causas principais AVE hemorrágico: - Hipertensão arterial, - Aneurismas: o que importa é o tamanho e velocidade de crescimento, - MAV’s, - Angiopatia amiloide, - Tumores: crescem ao redor dos vasos, lacerando-os, - Diástase hemorrágica, - Medicamentos: anticoagulantes, trombolíticos, - Drogas: cocaína, - Trauma
AVE isquêmico: - Vasculite: vasculite temporal, artrites takayasu, - Doenças hematológicas: favorecem a formação de trombos, como anemia falciforme, trombofilias., - Dissecção: o sangue se acumula entre a camada média muscular e a camada íntima, gerando obstrução do lúmen arterial e também podendo se romper - hemorrágico., - Displasia fibromuscular, - Embolia arterioarterial, - Cardioembolismo: trombo mural, - Embolia gasosa por corpo estranho
4- Por definição, denomina-se sistema nervoso autônomo apenas o componente eferente do sistema nervoso visceral. Esta divisão, que adotamos por razões didáticos, baseia-se no conceito inicial de Langley, segundo o qual o sistema nervoso autônomo é um sistema exclusivamente eferente ou motor. Os impulsos que seguem pelo sistema nervoso autônomo terminam em músculo estriado cardíaco, músculo liso ou glândula. Assim, o sistema nervoso eferente somático é voluntário, enquanto o sistema nervoso autônomo é involuntário. O sistema nervoso autônomo está mais relacionado ao controle e comunicação interna do organismo. O sistema nervoso autônomo atua baseado no controle de vasos sanguíneos, vísceras e glândulas.
5- Embora possua um influxo sensitivo, o cerebelo é essencialmente motor e atua na manutenção do equilíbrio, tônus muscular e na coordenação das contrações voluntárias. Proporciona a sinergia das contrações e relaxamentos sincronizados de diferentes músculos que compõem um movimento útil; regula indiretamente a postura e assegura que haja contração dos músculos adequados no momento apropriado e com a força exata. Também participa da aprendizagem de padrões de atividade neural. O cerebelo compõe-se de uma cobertura externa de substância cinzenta, chamada córtex cerebelar, traçada por sulcos transversais e fissuras que delimitam o córtex em folhas e lóbulos cerebelares respectivamente. A citoarquitetura desse córtex é basicamente a mesma em todas as folhas e lóbulos, sendo composto de sua superfície para o seu interior pelas camadas celulares: molecular, purkinje e granular. A região central cerebelar é formada por substância branca, chamada de centro medular, onde se encontram fibras intrínsecas, aferentes, eferentes e os núcleos centrais cinzentos: denteado, emboliforme, globoso e fastigial (fastígio).
Baseado em sua história evolutiva o cerebelo é dividido em arquicerebelo ou cerebelo vestibular, que corresponde ao lobo floculonodular tendo a função de equilíbrio; paleocerebelo ou cerebelo espinhal, corresponde ao lobo anterior e as porções ântero-inferiores da porção inferior do verme. Recebe informações proprioceptivas e relacionadas com o tônus, marcha e postura e em neocerebelo ou cerebelo cortical, que corresponde ao restante do vermís e hemisférios, menos as porções ântero-inferiores da porção inferior do verme. Possui relação com o controle dos movimentos finos.
O cortéx cerebral envia informações ao cerebelo pelas vias: corticoespinhal, corticopontocerebelar, cortico-olivocerebelar e corticoreticulocerebelar. A medula espinhal envia informações para o cerebelo a partir das vias: trato espinocerebelar anterior e posterior e trato cuneocerebelar. O nervo vestibular envia estímulos através da via vestíbulocerebelar. As fibras que penetram no cerebelo terminam em seu interior como fibras musgosas ou fibras trepadeiras. Todo o output do córtex cerebelar se dá através dos axônios das células de purkinje.
6- Na medula espinhal; a substância branca está situada na periferia da medula espinhal, enquanto a substância cinzenta está situada mais profundamente, onde aparece sob a forma de um H, em secção transversal. Um pequeno canal central, revestido por células do epêndima e representando a luz do tubo neural original, fica no centro da barra transversal do H. As barras verticais superiores do H representam os cornos dorsais da medula espinhal, que recebem os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos cujos corpos celulares estão situados no gânglio da raiz dorsal. Os corpos celulares de interneurônios também estão localizados nos cornos laterais. Os corpos celulares de interneurônios (neurônios internunciais ou neurônios intercalares) originam-se no SNC e estão totalmente confinados nele, onde formam redes de comunicação para a integração entre neurônios sensitivos e motores. Os interneurônios constituem a vasta maioria dos neurônios do corpo. As barras verticais inferiores do H representam os cornos ventrais da medula espinhal, que contêm os corpos de neurônios motores multipolares cujos axônios saem da medula espinhal através das raízes ventrais. A medula espinhal tem a função de conduzir impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsos e coordenar atividades musculares e reflexos.
7- Existem basicamente três regiões que podem abrigar patógenos e desenvolver síndromes infecciosas no sistema nervoso central (SNC) (Fig. 96.1).
Meninges e espaços subaracnoides: meningites
Parênquima encefálico: encefalites
Parênquima medular: mielites
 Além dessas síndromes, há também o acometimento conjunto do espaço subaracnoide como parênquima encefálico, denominado meningoencefalite. As meningites infecciosas agudas são caracterizadas por acometimento inflamatório meníngeo de etiologia infecciosa e que se manifesta inicialmente após horas ou alguns dias. A maioria dessas meningites é causada por vírus ou bactérias. Os quadros de meningites infecciosas que duram quatro semanas ou mais são comumente classificados como meningites crônicas. Os principais agentes etiológicos, nesses casos, são os fungos e o Mycobacterium tuberculosis. A maioria das meningites infecciosas agudas é causada por agentes virais, dos quais o enterovírus corresponde a até 90% dos casos. Outros vírus são herpes vírus simples (principalmente o tipo 2), da caxumba e HIV (em especial, na soroconversão).
Deve-se considerar de forma significativa a ocorrência de meningite bacteriana, apesar de ser mais rara, pois ela apresenta maiores taxas de morbidade e mortalidade. Em adultos, o principal germe responsável é o pneumococo (cerca de 50% dos casos [Fig. 96.2]), seguido de meningococo (15%) e listéria (7%). A incidência de Haemophilus influenza e como causa de meningite apresentou redução drástica após a utilização da vacina conjugada, em 1999. 
As encefalites englobam os quadros de acometimento do parênquima cerebral, focal ou difuso, sem a formação de lesões expansivas. Os agentes mais comuns nessa forma de doença são os vírus (Tab. 96.1). No entanto, praticamente todos os agentes infecciosos podem desenvolver, em algum grau, acometimento focal ou difuso do parênquima, apresentando manifestações clínicas idênticas às de encefalites virais. As mielites são doenças do parênquima medular que apresentam manifestações de um ou mais tratos ascendentes ou descendentes. Essas condições podem ou não ocorrer concomitantemente a quadro de encefalite (encefalomielite). Os quadros de encefalites e mielites podem ser divididos em infecciosos (doença viral ativa) e pós-infecciosos (dias a semanas após a infecção inicial). Nos casos de encefalite, o agente mais observado, incluindo imunocompetentes, é o vírus herpes simples tipo 1. O HIV é outro vírus frequente que pode causar quadro de encefalite por si só. Como a maioria das doenças infecciosas do SNC, também as encefalites são mais comuns em pacientes imunodeprimidos, em especial a encefalite por citome-galovírus e a encefalite toxoplásmica.
A tuberculose do SNC é uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis. No SNC, pode apresentar a forma de meningite ou abscessos tuberculosos (tuberculoma, [Fig. 96.7]). Também o acometimento da coluna vertebral (mal de Pott) pode causar dano neurológico por meio de compressão medular. Tanto a meningite tuberculosa quanto a fúngica (em especial a criptocócica) apresentam maior incidência em pacientes com Aids. No entanto, é importante frisar que pessoas sem defeitos no sistema imune ainda podem ser afetadas por essas doenças. A infecção do SNC ocorre por disseminação hematogênica após infecção primária pulmonar, com comprometimento do parênquima encefálico. Essas lesões podem formar abscessos ou romper para o espaço subaracnoide, causando meningite. 
O abscesso cerebral bacteriano é definido como uma área de exsudato purulento, delimitada por uma cápsula secundária a uma infecção bacteriana do parênquima cerebral. Essa doença é relativamente rara. Os principais germes isolados nos casos de abscessos são os estreptococos, mas diversos outros agentes já foram observados. A etiologia depende, em grande parte, do modo de inoculação do germe, sendo a rota de contiguidade por infecções de ouvido ou seios paranasais, a disseminação hematogênica e a inoculação direta por trauma ou a neurocirurgia as mais comuns.
A sífilis é uma infecção multissistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida por via sexual por meio do contato com lesões primárias, por via transplacentária ou por transfusão sanguínea. A neurossífilis é definida como qualquer evidência direta ou indireta da existência do T. pallidum no líquido cerebrospinal ou no parênquima cerebral.
As infecções fúngicas no SNC apresentam altas taxas de morbimortalidade. O aumento da incidência nas últimas três décadas ocorreu principalmente em função da maior quantidade de pacientes que realizam transplantes de órgãos, quimioterapia potente e de pacientes graves internados em unidades de terapia intensiva. A exposição aos fungos ocorre por inalação, ingestão ou contato com a pele. A infecção começa no tecido subcutâneo ou nos órgãos invadidos, e secundariamente há disseminação hemática até o SNC. 
Malária. A malária é causada pelo protozoário Plasmodium, com quatro espécies patogênicas, sendo o P. falciparum o causador da forma cerebral. A forma cerebral é manifestada por quadro de encefalopatia difusa, havendo comprometimento do nível de consciência, piramidalismo bilateral e crises convulsivas. 
Doença de Chagas. O acometimento do SNC ocorre em pacientes com algum grau de imunossupressão. A forma aguda pode manifestar-se como meningoencefalite.
Amebíase. A amebíase é uma doença desencadeada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Causa um quadro de alterações gastrintestinais que pode ser leve ou apresentar disenteria fulminante. O acometimento neurológico é uma das possíveis complicações da doença, havendo formação de abscessos cerebrais (amebomas). 
Neurocisticercose. A neurocisticercose é uma das principais parasitoses. Essa doença é causada pela ingestão dos ovos da Taenia solium, que tem o porco como participante do ciclo de vida do parasita. 
8- 
9- Os nervos que possuam apenas fibras de sensibilidade (aferentes) são chamados de sensitivos e os que são formados apenas por fibras que levam a mensagem dos centros para os efetores são os nervos motores. A maioria dos nervos possui fibras dos dois tipos, sendo, portanto, nervos mistos. Esses nervos possuem fibras mielínicas e amielínicas. 
10- O SNP Voluntário ou Somático tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. O sistema nervoso somático leva impulsos motores para os músculos esqueléticos.
11-  Entre os neurônios pré-gânglionares e pós-gânglionares. Nos dois casos, a substância neurotransmissora da sinapse é a acetilcolina. 
12- Existem vários fatores que podem causar morte celular e degeneração. Esses fatores podem ser mutações genéticas, doenças degenerativas do SNC, infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. 
13- As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Alzheimer. CORÉIA DE HUNTINGTON.
Começa a manifestar-se por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde progressivamente a coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade intelectual e a memória. Esta doença é causada pela morte dos neurónios do corpo estriado. Pode ser hereditária, causada por uma mutação genética. Acredita-se que esta condição esteja relacionada à perda de células produtoras de GABA, um neurotransmissor inibitório. Sem o GABA, os movimentos são descontrolados. Acredita-se que a demência associada a esta doença esteja relacionada à perda subseqüente de células secretoras de acetilcolina.
14- A dura-máter é a meninge mais externa, constituída por tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A dura-máter, que envolve a medula espinhal, é separado do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço epidural. Este espaço contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter em contato com a aracnoide constitui um local de fácil clivagem, onde muitas vezes, em situações patológicas, pode acumular-se sangue externamente à aracnoide, no chamado espaço subdural – não existe em condições normais-. A superfície interna da dura-máter e, na dura-máter do canal vertebral, também a superfície externa são revestidas por um epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa. 
A aracnoide apresente duas partes, umaem contato com a dura máter e sob a forma de membrana, e outra constituída por traves que ligam a aracnoide com a pia-máter. As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço subaracnóideo, que contém líquido cefalorraquidiano, comunica-se com os ventrículos cerebrais mas não tem comunicação com o espaço subdural. A aracnoide é formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos e suas superfícies são todas revestidas pelo mesmo tipo de epitélio simples pavimentoso, que reveste a dura-máter. 
A pía-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmemente à face interna da pia-máter. A superfícia externa da pia-máter é revestida por células achatadas, originadas do mesênquima embrionários. Os vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso por meio de túneis revestidos por pia-máter, os espaços perivasculares. A pia-máter desaparece antes que os vasos se transformem em capilares. 
15- Funções na questão 1. Os gânglios são agregações de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC. Há dois tipos de gânglios, sensitivos e autônomos. Os gânglios sensitivos abrigam os corpos celulares de neurônios sensitivos. Os gânglios autônomos alojam corpos celulares de nervos autônomos pós-ganglionares. 
Os gânglios sensitivos abrigam corpos celulares unipolares (pseudounipolares) dos nervos sensitivos envoltos por células capsulares cubóides. Essas células capsulares são, então, circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo composto por células satélites e colágeno. O endoneuro de cada axônio é contínuo com o tecido conjuntivo que envolve o gânglio. Em suas terminações, os prolongamentos periféricos dos neurônios possuem receptores especializados que lhes permitem transduzir vários tipos de estímulos vindos dos ambientes interno e externo.
Por definição, os corpos das células nervosas dos gânglios autônomos têm função motora, pois eles causam a contração do músculo liso ou cardíaco, ou secreção glandular.
Os nervos periféricos são feixes de fibras nervosas (axônios) envolvidos por várias bainhas de tecido conjuntivo. Estes feixes (fascículos) podem ser observados a olho nu. 
O epineuro é a camada mais externa dos três envoltórios de tecido conjuntivo cobrindo os nervos (ver Fig. 9.22). O epineuro é composto por tecido conjuntivo colagenoso denso não modelado contendo algumas fibras elásticas grossas que embainham totalmente o nervo. As fibras de colágeno desta bainha estão alinhadas e orientadas de modo a impedir danos por distensão excessiva do feixe nervoso. O epineuro é mais espesso no local em que é contínuo com a dura-máter, que recobre o SNC, tanto na medula espinhal como no encéfalo, onde se originam os nervos espinhais e cranianos, respectivamente. O epineuro torna-se progressivamente mais delgado, à medida que os nervos se ramificam em componentes nervosos mais delgados, e acaba por desaparecer. 
O perineuro, a camada média das bainhas de tecido conjuntivo, cobre individualmente cada feixe de fibras nervosas (fascículo) dentro do nervo. O perineuro é composto por tecido conjuntivo denso, mas é mais delgado que o epineuro. Sua superfície interna é revestida por várias camadas de células epitehóides unidas por zonulas de oclusão e envolvidas por uma lâmina basal, que isola o meio ambiente neural. Entre as camadas de células epitehóides, há fibras de colágeno esparsas orientadas longitudinalmente e entrelaçadas com algumas fibras elásticas. A espessura do perineuro se reduz progressivamente até ficar reduzido a uma lâmina de células achatadas.
O endoneuro, a camada mais interna dos três envoltórios de tecido conjuntivo de um nervo, envolve fibras nervosas individuais (axônios). O endoneuro, um tecido conjuntivo frouxo composto por uma delgada camada de fibras reticulares (produzidas pelas células de Schwann subjacentes), fibroblastos dispersos, macrófagos fixos, capilares e mastócitos perivasculares na matriz extracelular, está em contato com a lâmina basal das células de Schwann. Portanto, o endoneuro está contido dentro de um compartimento totalmente isolado do perineuro e das células de Schwann, um fator importante na regulação do microambiente da fibra nervosa. Perto da terminação distai do axônio, o endoneuro fica reduzido a algumas fibras reticulares envolvidas pela lâmina basal das células de Schwann do axônio.
16- Atravessando o plano mediano para fazer a união entre áreas simétricas dos dois hemisférios estão os feixes de fibras inter-hemisféricas conhecidos também como feixeis comissurais. Os principais fascículos inter-hemisférico são: corpo caloso, comissura do fórnix, comissura anterior e comissura posterior. O corpo caloso é uma estrutura localizagada no interior da fissura longitudinal do cérebro que conecta os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. É a maior estrutura de substância branca no cérebro. O tronco ou corpo do corpo caloso flete anteriormente para formar o joelho do corpo caloso e ditalta-se posteriormente formando o esplênio do corpo caloso.

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