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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA PRÁTICA 5 EQUILÍBRIO ALUNA: ANA KAROLINE DE SOUSA GALVÃO CURSO: ENGENHARIA CIVIL MATRÍCULA: 384937 TURMA: 2A PROFESSOR: LUAN DATA: 30/05/16 DE 8:00h ÀS 10:00h OUTROS COMPONENTES: ANDRESSA VIEIRA ALAN MOURA FORTALEZA 2016 SUMÁRIO 1 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 2 2 MATERIAL ........................................................................................................................ 2 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 3.1 Equilíbrio de uma partícula ................................................................................................... 3 3.2 Equilíbrio de um corpo rígido ............................................................................................... 4 4 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 5 5 QUESTIONÁRIO ............................................................................................................... 8 6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 11 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 12 2 1 OBJETIVOS - Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças; - Medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre a mesa; - Verificar as condições de equilíbrio. 2 MATERIAL (1ª parte) - Massa aferida 100 g; - Estrutura de madeira; - Massa desconhecida; - Balança digital; - Transferidor montado em suporte; - Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor). (2ª parte) - Massa aferida 50 g; - Dinamômetros de 2 N (dois); - Estrutura de suporte; - Barra de 100 cm de comprimento. 3 3 INTRODUÇÃO Um corpo estará em equilíbrio quando o somatório de todas as forças aplicadas sobre o mesmo for nula e, de acordo com primeira lei de Newton, esse corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio). Esse equilíbrio pode ser classificado como estático – quando o corpo está em repouso – ou dinâmico – quando o corpo se move com velocidade constante. *Figura 3.1. Sistema em equilíbrio. Nós A e B. 3.1 Equilíbrio de uma partícula No nó A o corpo 1 está em equilíbrio e agem sobre ele duas forças, P1 e T1 – Força Peso e Tração, respectivamente – e o módulo de P1 é igual a T1. É possível determinar os módulos de T2 e T3 por meio de um paralelogramo formado por essas duas forças e pela força diretamente oposta a T1, que será a diagonal desse paralelogramo. Estipulando-se uma escala para T1 pode-se determinar os valores das outras forças de tração. 4 *Figura 3.2. Nó A. *Figura 3.3. Nó B. No nó B, que também está em equilíbrio, agem as forças T4, T5 e T6. O módulo de T3 será igual ao de T4, pois a massa do fio é desprezível. Com essa informação poderemos determinar os módulos de T5 e de T6 construindo novamente um paralelogramo. Podemos também determinar o peso desconhecido sabendo que T6 é igual a P2. 3.2 Equilíbrio de um corpo rígido Sabemos que para que uma partícula esteja em equilíbrio é necessário que o somatório das forças sobre ela seja nula, porém mais uma condição é proposta para que um corpo rígido esteja estável: “A soma vetorial de todos os torques externos que atuam sobre ele seja nula”. *Figura 3.4. Forças sobre uma viga bi-apoiada. Para uma barra em equilíbrio de formato uniforme e de peso P2 e comprimento L, posta sobre apoios A e B com uma carga P1 sobre a mesma – que pode mover-se sobre a barra – tomando X como sua posição em relação à extremidade esquerda, pode-se escrever a relação: RA + RB – P1 – P2 = 0 P1 X + P2 L/2 – RAXA – RBXB = 0 5 4 PROCEDIMENTO Primeiramente, como de costume, as equipes foram divididas por bancadas. Em seguida, cada grupo deveria realizar o passo a passo citado abaixo com os objetos disponíveis. 4.1 (1ª parte) 1- Certificar-se de que o peso P1 = 100 gf no nó à esquerda e o peso desconhecido, Pd, no nó B à direita; 2- Medição dos ângulos descritos e reprodução da geometria para cada nó; (usar 5,0 cm para representar 100 gf); *Figura 4.1. Nó A. *Figura 4.2. Nó B. 3- Aplicação do método descrito na (1ª parte) – EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA e determinação do peso desconhecido, Pd; *De acordo com a realização do item 2, a T6 tem comprimento de 3,5 cm, logo: 5 cm – 100 gf 3,5 cm – x x = 70 gf 6 4- Informar ao professor o peso Pd determinado e em seguida verificar, utilizando uma balança digital, se o mesmo foi obtido com uma margem de erro menor do que ± 10%. Repetir o procedimento se o erro for maior do que ± 10%; *Valor de Pd medido na balança digital = 71,76 gf *Valor de Pd obtido experimentalmente = 70 gf *Diferença entre valor teórico e valor obtido experimentalmente = 1,76 gf 71,76 – 100% 1,76 – x% x = 2,45% 4.2 (2ª parte) 1- Fazer a montagem como mostrado na figura. O dinamômetro A deverá estar a 20 cm da extremidade esquerda da barra e o dinamômetro B a 20 cm da extremidade direita; *Figura 4.3. Viga bi-apoiada com um peso sobre a mesma. 2- Determinar o peso da barra a partir das leituras dos dinamômetros. Ra=1,1N Rb=0,94N P2=Ra+Rb P2=1,1 + 0,94 P2 = 2,04 N 3- Fazer a massa de 50 g percorrer a barra (régua) de 10 cm em 10 cm, a partir do zero (extremidade), anotando os valores das reações RA e RB (leitura dos dinamômetros). 7 X (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N) 0 1,82 0,76 2,08 10 1,72 0,84 2,06 20 1,64 0,94 2,08 30 1,54 1,02 2,06 40 1,46 1,10 2,06 50 1,36 1,18 2,04 60 1,28 1,26 2,04 70 1,20 1,34 2,04 80 1,10 1,42 2,02 90 1,00 1,50 2,00 100 0,92 1,60 2,02 4- Traçar, em um mesmo gráfico, as reações RA e RB em função da posição X (cm); 5- No mesmo gráfico, traçar os valores de RA + RB em função de X; 1,82 1,72 1,64 1,54 1,46 1,36 1,28 1,20 1,10 1,00 0,92 0,76 0,84 0,94 1,02 1,10 1,18 1,26 1,34 1,42 1,50 1,60 2,08 2,06 2,08 2,06 2,06 2,04 2,04 2,04 2,02 2,00 2,02 0 1 2 3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Posição X (cm) Reações de apoio em função da posição da massa RA (N) RB (N) RA + RB (N) 8 5 QUESTIONÁRIO 1- Qual o erro percentual obtido na determinação do peso desconhecido pelo método descrito na 1ª parte? Erro percentual de 2,45 assim como calculado anteriormente. 2- Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0 cm para representar 100 gf). *Figura 4.1. Nó A (página 5). 3- Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª parte? Em N e em gf. Peso da régua = 2,04 N Transformando N em gf: 1000 gf = 9,8 N x gf = 2,04 N P2 = 208,16 gf 4- Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 80 cm sobre a régua, se as condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2). Comente os resultados. De acordo com os dados experimentais, em X = 80 cm: RA = 1,10 N RB = 1,42 N P1 = 0,5 N P2 = 2,04 N X = 0,8 m L = 1 m XA = 0,2 m XB = 0,8 mRA + RB – P1 – P2 = 0 1,10 + 1,42 – 0,5 – 2,04 = 0 2,52 – 2,54 = 0 - 0,02 ≠ 0 P1 X + P2 L/2 – RAXA – RBXB = 0 (0,5 x 0,8) + (2,04 x (1/2)) – (1,10 x 0,2) – (1,42 x 0,8) = 0 1,42 – 1,356 = 0 0,064 ≠ 0 9 A condição de equilíbrio ideal não foi satisfeita, pois a soma de todas as forças atuantes do sistema em evidência não foi nula, mas percebe-se que os valores foram bem próximos de zero, o que os torna aceitáveis e torna as equações, utilizadas a pouco, aplicáveis em situações semelhantes. Os erros nos valores obtidos experimentalmente podem ter sido gerados por uma série de fatores como a imprecisão dos instrumentos utilizados, o repasse incorreto de informações, manejo inadequado dos materiais; e todos esses fatores contribuíram para o valor final diferente do ideal, mas próximo do desejado. 5- Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (em gf) medidas nos dinamômetros, para uma régua de 100 cm e 60 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a régua na posição X = 60 cm). Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição 10 cm e o outro na posição 80 cm. RA = ? N RB = ? N P1 = ((40 gf / 1000) * 9,8) = 0,392 N P2 = ((60 gf / 1000) * 9,8) = 0,588 N X = 0,6 m L = 1 m XA = 0,1 m XB = 0,8 m P1 X + P2 L/2 – RAXA – RBXB = 0 (0,392 x 0,6) + (0,588 x (1/2)) – (RA x 0,1) – (RB x 0,8) = 0 0,2352 + 0,294 – 0,1RA – 0,8RB = 0 0,1RA = 0,2352 + 0,294 – 0,8RB 0,1RA = 0,5292 – 0,8RB RA = (0,5292 – 0,8RB) / 0,1 RA = 5,292 – 8RB Aplicando em RA + RB – P1 – P2 = 0 5,292 – 8RB + RB – 0,392 – 0,588 = 0 10 7RB = 4,312 RB = 0,616 N Reaplicando em RA + RB – P1 – P2 = 0 para descobrir o RA: RA + 0,616 – 0,392 – 0,588 = 0 RA = 0,364 N Transformando N em gf: 1000 gf = 9,8 N x gf = 0,364 N RA = 37,14 gf 1000 gf = 9,8 N x gf = 0,616 N RB = 62,86 gf 11 6 CONCLUSÃO Pôde-se aferir dessa prática a relevância do estudo do equilíbrio e de suas aplicações que vão desde problemas cotidianos quanto para situações-problema maiores que envolvem mais atenção. Obteve-se o conhecimento das grandezas envolvidas – força Peso, Tração e de reação; comprimento da barra, massa dos corpos envolvidos – e da relação entre as mesmas, gerando as equações citadas na fundamentação teórica. Além disso, assimilou-se a utilização e realizou-se o uso de um objeto de medição chamado dinamômetro, um equipamento que mensura uma carga colocada nos seus engastes. A leitura do mesmo é dada em Newtons (N) ou em quilograma-força (kgf) – No nosso caso, foi utilizado o dinamômetro com unidade N. Os erros nos dados observados – comparados aos valores ideias – podem ter ocorrido pelo manejo inadequado do material disponível em certo momento pelos membros da equipe, pelo ângulo observado, pelo erro de passagem dos ângulos e demais informações reais para o papel, por conta da imprecisão dos instrumentos ou por cálculos incoerentes. 12 BIBLIOGRAFIA DIAS, N.L Roteiros de aulas práticas de física. Fortaleza, 2016; UFSM Disponível em: < http://coral.ufsm.br/gef/Dinamica/dinami05 > Acesso: 11/06/16 às 14:36 h; Só física Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/estdecorpo2.php> Acesso: 11/06/16 às 15:15h; Física Mariaines Disponível em: < http://www.fisicamariaines.com/index3.html> Acesso: 11/06/16 às 15:32h; Mundo educação Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-forcas.htm> Acesso: 14/06/16 às 20:38 h. Programas auxiliares: Excel, Paint e AutoCad application.