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APOSTILA D. ADMINISTRATIVO INSS

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http://www.
previdencia.gov.
br/a-previdencia/
http://www.previdencia.
Advogado, especialista em Direito Público, professor de Direito Administrativo dos 
principais cursos preparatórios para o ingresso na área pública e exame de ordem dos 
Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. 
Apresentação
concursos
Sumário
Contents
Apresentação................................................................................................................................3
ESTADO E GOVERNO.................................................................................................................11
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...............................................................................................................11
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO.....................................................................................11
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO.........................................................................................12
As Leis....................................................................................................................................................12
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL...............................................................................................................12
AS OUTRAS LEIS...................................................................................................................................12
A doutrina.............................................................................................................................................12
Jurisprudência......................................................................................................................................12
Os costumes........................................................................................................................................13
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.................................................................................13
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..........................................................................14
DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZACÃO ADMINISTRATIVA............................................15
Administração Direta........................................................................................................................16
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS.....................................................................................16
Administração Indireta.....................................................................................................................18
AUTARQUIAS........................................................................................................................................18
FUNDAÇÕES PÚBLICAS......................................................................................................................19
EMPRESAS PÚBLICAS.........................................................................................................................19
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA...............................................................................................20
CONSÓRCIOS PÚBLICOS.....................................................................................................................20
ENTIDADES PARAESTATAIS...............................................................................................................20
COMPOSIÇÃO........................................................................................................................................21
ATOS ADMINISTRATIVOS...................................................................................................................21
Classificação dos atos administrativos........................................................................................23
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS..........................................................................................25
FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS............................................................25
Sumário
LICITAÇÕES (LEI 8.666/93)...........................................................................................28
LITICITAÇÃO........................................................................................................................................28
MODALIDADES DE LICITAÇÃO......................................................................................................30
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO.............................................................................................................31
DO PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO.............................33
Contratos da administração pública (lei 8666/93)............................................................33
PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS...........................34
TEORIA DA IMPREVISÃO.................................................................................................................34
FATO DO PRÍNCIPE E FATO DA ADMINISTRAÇÃO...................................................................35
LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA - LEI 8666/93.....................................................................................................36
Capítulo I.............................................................................................................................................36
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS..............................................................................................................36
Seção I.................................................................................................................................................36
Dos Princípios....................................................................................................................................36
Seção II................................................................................................................................................39
Das Definições..................................................................................................................................39
Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se:.......................................................................39
Seção III..............................................................................................................................................41
Das Obras e Serviços......................................................................................................................41
VII - impacto 
ambiental...........................................................................................................................................43
Seção IV..............................................................................................................................................43
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados............................................................43
Seção V...............................................................................................................................................43
Das Compras.....................................................................................................................................43
Seção VI..............................................................................................................................................44
Das Alienações.................................................................................................................................44
Capítulo II............................................................................................................................................47Sumário
Da Licitação.......................................................................................................................................47
Seção I................................................................................................................................................47
Das Modalidades, Limites e Dispensa....................................................................................47
Seção II...............................................................................................................................................54
Da Habilitação..................................................................................................................................54
Seção III..............................................................................................................................................58
Dos Registros Cadastrais..............................................................................................................58
Seção IV.............................................................................................................................................58
Do Procedimento e Julgamento...............................................................................................58
Capítulo III.........................................................................................................................................65
DOS CONTRATOS.............................................................................................................................65
Seção I................................................................................................................................................65
Disposições Preliminares.............................................................................................................65
Seção II...............................................................................................................................................67
Da Formalização dos Contratos.................................................................................................67
Seção III..............................................................................................................................................68
Da Alteração dos Contratos........................................................................................................68
Seção IV.............................................................................................................................................69
Da Execução dos Contratos.........................................................................................................69
Capítulo IV..........................................................................................................................................72
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA JUDICIAL..................................................72
Seção I................................................................................................................................................72
Disposições Gerais.........................................................................................................................72
Seção II...............................................................................................................................................73
Das Sanções Administrativas.....................................................................................................73
Seção III..............................................................................................................................................73
Dos Crimes e das Penas..............................................................................................................73
Seção IV.............................................................................................................................................74
Do Processo e do Procedimento Judicial...............................................................................74
Sumário
Capítulo V ..........................................................................................................................................75
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS............................................................................................75
Capítulo VI..........................................................................................................................................76
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS......................................................................................76
LEI No 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002 
(PREGÃO PRESENCIAL). ....................................................................................................78
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................81
CLASSIFICAÇÃO.................................................................................................................................81
CONCEITO............................................................................................................................................81
CONTROLE ADMINSTRATIVO.........................................................................................................81
CONTROLE LEGISLATIVO.................................................................................................................82
Remédios Constitucionais...........................................................................................83
Conceito...........................................................................................................................................83
Considerações...........................................................................................................................83
HABEAS CORPUS............................................................................................................................83
Art. 5, LXVIII DA CF/88. ................................................................................................................83
HABEAS DATA.................................................................................................................................83
Art. 5, LXXII DA CF/88...................................................................................................................83
MANDADO DE SEGURANÇA........................................................................................................83
Art. 5, LXIX DA CF/88....................................................................................................................83
MANDADO DE SEGURANÇA........................................................................................................83
COLETIVO. ..........................................................................................................................................83
Art. 5, LXX DA CF/88.....................................................................................................................83
MANDADO DE INJUNÇÃO.............................................................................................................83
Art. 5, LXXI DA CF/88....................................................................................................................83
AÇÃO POPULAR................................................................................................................................83
Art. 5, LXXIII DA CF/88....................................................................................................... .........83
DIREITO DE PETIÇÃO........................................................................................................................83
Art. 5, XXXIV,“a” DA CF/88........................................................................................................83
Sumário
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO...................................................................................84
ASPECTOS GERAIS.............................................................................................................................84
PODER DE POLÍCIA............................................................................................................................84
USO E ABUSO DE PODER...............................................................................................................85
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO...............................................................85
CONCEITO............................................................................................................................................85
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE.....................................................................................85
Agentes Públicos.............................................................................................................................86
PROCESSO ADMINISTRATIVO........................................................................................................87
SERVIÇOS PÚBLICOS..............................................................................................................88
Definição.............................................................................................................................................88
Classificação.......................................................................................................................................88
Formas de Prestação.....................................................................................................................89
PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS........................................................................................90
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.............................................................91
CAPÍTULO I..........................................................................................................................................91
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.............................................................................................................91
CAPÍTULO II.........................................................................................................................................92
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.....................................................................92
SEÇÃO I................................................................................................................................................92
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.............................................................................92
SEÇÃO II...............................................................................................................................................92
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO...........................................................................................92
SEÇÃO III..............................................................................................................................................93
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................93
CAPÍTULO III.......................................................................................................................................93
DAS PENAS.........................................................................................................................................93
Sumário
CAPÍTULO IV........................................................................................................................................94
DA DECLARAÇÃO DE BENS............................................................................................................94
CAPÍTULO V.........................................................................................................................................94
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL....................................94
CAPÍTULO VI.......................................................................................................................................96
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS.............................................................................................................96
CAPÍTULO VII......................................................................................................................................96
DA PRESCRIÇÃO................................................................................................................................96
CAPÍTULO VIII.....................................................................................................................................96
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS...............................................................................................................97
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. ................................................97
CAPÍTULO I..........................................................................................................................................97
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.............................................................................................................97
CAPÍTULO II........................................................................................................................................98
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS........................................................................................98
CAPÍTULO III.......................................................................................................................................98
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO.............................................................................................98
CAPÍTULO IV.......................................................................................................................................99
DO INÍCIO DO PROCESSO...............................................................................................................99
CAPÍTULO V........................................................................................................................................99
DOS INTERESSADOS........................................................................................................................99
CAPÍTULO VI.......................................................................................................................................99
DA COMPETÊNCIA............................................................................................................................99
CAPÍTULO VII......................................................................................................................................100
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO......................................................................................100
CAPÍTULO VIII.....................................................................................................................................101
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO......................................................101
CAPÍTULO IX.......................................................................................................................................101
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS.....................................................................................................101
CAPÍTULO X.........................................................................................................................................102DA INSTRUÇÃO..................................................................................................................................102
CAPÍTULO XI.......................................................................................................................................104
DO DEVER DE DECIDIR....................................................................................................................104
CAPÍTULO XII......................................................................................................................................104
DA MOTIVAÇÃO................................................................................................................................104
CAPÍTULO XIII.....................................................................................................................................105
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO.....................................105
CAPÍTULO XIV.....................................................................................................................................105
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO...................................................................105
CAPÍTULO XV......................................................................................................................................105
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO......................................................................105
CAPÍTULO XVI.....................................................................................................................................107
DOS PRAZOS......................................................................................................................................107
CAPÍTULO XVII...................................................................................................................................107
DAS SANÇÕES...................................................................................................................................107
CAPÍTULO XVIII..................................................................................................................................107
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS..............................................................................................................107
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES.................................................................................109
Sumário
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Noções de Direito Administrativo 
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ESTADO E GOVERNO 
O conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é considerado. Do ponto de vista sociológico, é 
corporação territorial dotada de um poder de mando originário; sob o aspecto político, é comunidade de homens, 
fixada sobre um território, com potestade superior de ação, de mando e de coerção; sob o prisma constitucional, 
é pessoa jurídica territorial soberana; na conceituação do nosso Código Civil, é pessoa jurídica de Direito Público 
Interno (art. 41 do Código Civil). 
O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis: Povo, Território e Governo soberano. 
Povo é o componente humano do Estado; Território, a sua base física; Governo soberano, o elemento condutor do 
Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo. 
Não há nem pode haver Estado independente sem Soberania, isto é, sem esse poder absoluto, indivisível e 
incontrastável de organizar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de fazer cumprir as suas 
decisões inclusive pela força, se necessário.
A vontade estatal apresenta-se e se manifesta através dos denominados Poderes de Estado. Os Poderes de 
Estado, na clássica tripartição de Montesquieu, até hoje adotada nos Estados de Direito, são o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário, independentes e harmônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis 
(CF, art. 2º).
A organização do Estado é matéria constitucional no que concerne à divisão política do território nacional, a 
-estruturação dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de investidura dos governantes, aos direitos e garantias 
dos governados. 
No Estado Federal, que é o que nos interessa, a organização política era dual, abrangendo unicamente a União 
(detentora da Soberania) e os Estados-membros ou Províncias (com autonomia política, além da administrativa e 
financeira). 
Agora, a nossa Federação compreende a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, que 
também são entidades estatais, com autonomia política reconhecida pela Constituição da República (art. 18), 
embora em menor grau que a dos Estados-membros (art. 25). 
Na nossa Federação, portanto, as entidades estatais, ou seja, entidades com autonomia política (além da 
administrativa e financeira) são unicamente a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.
Governo é a condução política dos negócios públicos. Na verdade, o Governo ora se identifica com os Poderes e 
órgãos supremos do Estado, ora se apresenta nas funções originárias desses Poderes e órgãos como manifestação 
da Soberania. A constante, porém, do Governo é a sua expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de 
objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente. O Governo atua mediante atos de Soberania ou, 
pelos menos, de autonomia política na condução dos negócios públicos.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo. Numa 
visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, 
visando à satisfação das necessidades coletivas. A Administração pratica, atos de execução, com maior ou menor 
autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes. São os chamados atos administrativos. 
O Governo e a Administração, como criações abstratas da Constituição e das leis, atuam por intermédio de suas 
entidades (pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas 
em cargos e funções). 
 
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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Noções de Direito Administrativo 
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É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas 
tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado, ou ainda, é o conjunto de 
normas que regem a Administração Pública.
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Considerações iniciais
As fontes do Direito Administrativo são as responsáveis diretas pela criação, elaboração e aperfeiçoamento de 
toda ciência administrativista, produzindo, aprimorando e até justificando, suas Leis, normas internas e decisões 
judiciais.
Em se tratando do Direto Administrativo propriamente dito, é importante ressaltar, dentre outras, quatro 
principais espécies de fontes jurídicas: a Lei, a doutrina, a jurisprudência e os costumes.
As Leis
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 A lei, considerada em seu sentido amplo, representa importante fonte do Direito e, em se tratando do Direito 
Administrativo especificamente, representa a sua principal fonte jurídica. Tal como ocorre aos demais ramos do 
Direito, a Constituição Federal é a principal fonte do Direito Administrativo. 
É na Constituição Federal que se encontram todos os fundamentos e princípios jurídicos que irão servir 
de base para a criação das outras normas jurídicas. Por exemplo, os artigos 37 e 38, ambos da Constituição 
Federal, trazem as disposições gerais concernentes aos princípios e normas que devem ser seguidos por toda a 
Administração Pública.A Constituição Federal também dispõe acerca de outras questões relacionadas aoDireito 
Administrativo, como por exemplo, os Servidores Públicos que é tratado em seus artigos 39 até 41.
AS OUTRAS LEIS
Todavia não somente a Constituição Federal constitui uma fonte jurídica para o Direito Administrativo.
As Leis, os regulamentos, as instruções normativas, as resoluções e até mesmos as portarias expedidas pela 
Administração Pública, também, figuram como fontes jurídicas para o Direito Administrativo.Em se tratando 
de Leis, especificamente, deve-se citar como exemplo, a Lei 8112/90 que dispõe acerca do regime jurídico dos 
servidores civis da União ou a Lei 8666/93, que dispõe acerca do processo licitatório. Na realidade, para facilitar 
a compreensão, deve-se entender que constitui fonte do direito, todas as normas expedidas pela ou para a 
Administração Pública, desde a Constituição Federal até os regulamentos.
A doutrina
Quando estudiosos do Direito publicam seus estudos, pesquisas ou suas interpretações jurídicas acerca de 
determinada ponto da Lei, isso quer dizer, que foi publicada uma doutrina acerca daquele tema.Doutrina é 
a interpretação dada pelos operadores do Direito acerca de determinada questão jurídica.Desta forma, não 
se engane, a doutrina, não se presta somente a interpretar a Lei, mas também a todas as outras questões 
relacionadas ao Direito, tais como sua origem, seus princípios, objetivos e sua evolução. 
Existe certa divergência jurídica, quanto ao fato da doutrina representar uma fonte do Direito.Para estes 
autores, entender que doutrina representa uma fonte do Direito significa em afronta direta ao princípio da 
Legalidade. Todavia, para a maior parte dos autores, a doutrina constitui uma fonte do Direito, não havendo 
qualquer empecilho neste sentido.Inclusive, não se pode olvidar que a doutrina é constantemente utilizada 
quando da realização dos julgamentos pelos Tribunais.
Jurisprudência
Quando uma decisão judicial é proferida de forma reiterada, pode-se considerar que foi formada uma 
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Noções de Direito Administrativo 
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jurisprudência naquele sentido, ou seja, jurisprudência, nada mais é que uma reunião de várias decisões 
judiciais, acerca determinada matéria. Uma jurisprudência se cristaliza, ou seja, se pacifica, quando determinada 
matéria é julgada sempre no mesmo sentido. 
A jurisprudência é uma importante fonte do Direito, em se tratando de Direito Administrativo.As decisões 
proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça em questões relacionadas ao Direito Administrativo é um bom 
exemplo de jurisprudência do Direito Administrativo.
Os costumes
Os costumes, também, representam importante fonte do direito. Surgem através de comportamentos, 
atos ou condutas praticados reiteradamente que com o passar do tempo começam a integrar o cotidiano das 
pessoas. Em se tratando do direito Administrativo especificamente, é importante ressaltar a questão da “prática 
administrativa” como importante fonte do Direito Administrativo. É que ante a ausência de norma legal específica 
para a solução de determinado “caso”, o administrador público decide por sempre solucionar esta questão, 
desempenhando determinado procedimento. 
Desta forma, como o passar do tempo, a “solução” dada pelo administrador público e sua aplicação reiterada, 
poderá se tornar “praxe” em toda Administração Pública, sendo assim, aplicada na resolução de todas as 
questões semelhantes.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em face da organização do Estado, e pelo fato deste assumir funções primordiais à coletividade, no interesse 
desta, fez-se necessário criar e aperfeiçoar um sistema jurídico que fosse capaz de regrar e viabilizar a execução 
de tais funções, buscando atingir da melhor maneira possível o interesse público visado. Devido à natureza 
desses interesses, são conferidos à Administração direitos e obrigações que não se estendem aos particulares. 
Logo, a Administração encontra-se numa posição de superioridade em relação a estes. A Administração Pública, 
na maioria de suas relações, possui um regime jurídico diferenciado. Para que possa exercer, de forma eficaz, 
as funções a ela determinadas, o interesse público está sobreposto a interesses particulares. Tal regime 
denomina-se Regime Jurídico Administrativo. Os princípios da Administração Pública são regras que surgem 
como parâmetros para a interpretação das demais normas jurídicas. Têm a função de oferecer coerência e 
harmonia para o ordenamento jurídico. Quando houver mais de uma norma, deve-se seguir aquela que mais se 
compatibiliza com os princípios elencados na Constituição Federal, ou seja, interpreta-se, sempre, consoante os 
ditames da Constituição.
Os princípios que a Administração deverá seguir estão dispostos no art. 37, caput, da CF/88. O disposto no 
referido artigo constitucional é rol meramente exemplificativo; logo, existem outros princípios que poderão ser 
invocados pela Administração, como o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, o princípio 
da isonomia, entre outros. 
Com relação à sua abrangência, os princípios básicos da Administração alcançam a Administração Pública 
direta e indireta de quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (art. 37 da 
CF/88), possuindo, portanto, amplo alcance. 
São cinco os princípios da Administração Pública previstos no Artigo 37, caput, da Constituição Federal. Além 
destes princípios, há os previstos em legislações esparsas e os definidos pelos doutrinadores.
Dispõe o Artigo 37, caput, da Constituição Federal:
Artigo 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e também ao seguinte:(…)
a) Legalidade: a Administração pública só pode fazer o que a lei permite (poder-dever).
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b) Moralidade: a atuação do administrador deve obedecer a padrões éticos e justos de probidade e decoro. 
c) Impessoalidade: o mérito dos atos pertence à Administração e não às autoridades que as executam. Pode 
aparecer associado (ou utilizado como sinônimo) ao termo finalidade.
d) Publicidade: divulgação dos atos praticados pela Administração, para conhecimento do público e início dos 
efeitos.
e) Eficiência: introduzido na CF pela EC 19/98 – Reforma Administrativa – não basta a instalação de um serviço 
público, o mesmo deve atender as necessidades para as quais foi criado.
Como já dito, além dos princípios da Administração Pública, trazidos por nossa Carta Magna em seu art. 37, 
temos outros princípios previstos em legislações esparsas e os definidos pelos doutrinadores, sendo eles:
 
 a) Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: em razão de ter o Estado assumido a prestação de 
determinados serviços, por considerar que estes são fundamentais à coletividade, mesmo os prestando de forma 
descentralizada ou ainda delegada, deve a Administração, até por uma questão de coerência, oferecê-los de 
forma contínua, ininterrupta. Pelo princípio da continuidade dos serviços públicos, o Estado é obrigado a não 
interromper a prestação dos serviços que disponibiliza. 
 
 b) Princípio da Motivação: é a obrigação conferida ao administrador de motivar todos os atos que edita, 
sejam gerais, sejam de efeitos concretos. 
 
 É considerado, entre os demais princípios, um dos mais importantes, uma vez que sem a motivação não 
há o devido processo legal, pois a fundamentação surge como meio interpretativo da decisão que levou à prática 
do ato impugnado, sendo verdadeiro meio de viabilização do controle da legalidade dos atos da Administração.
 
c) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particulare Princípio da Indisponibilidade: por força 
dos interesses representados pela Administração, é certo que todos os princípios básicos previstos no art. 37 da 
Constituição Federal se aplicam na atuação desta; todavia, na maioria das vezes, a Administração, para buscar 
de maneira eficaz tais interesses, necessita ainda de se colocar em um patamar de superioridade em relação 
aos particulares, numa relação de verticalidade, e para isto se utiliza do princípio da supremacia, conjugado ao 
princípio da indisponibilidade, pois, tecnicamente, tal prerrogativa é irrenunciável, por não haver faculdade de 
atuação ou não do Poder Público, mas sim “dever” de atuação. Por tal princípio, sempre que houver conflito entre 
um interesse individual e um interesse público coletivo deve prevalecer o interesse público. São as prerrogativas 
conferidas à Administração Pública, porque esta atua por conta de tal interesse. Como exemplos podemos citar a 
existência legal de cláusulas exorbitantes em favor da Administração, nos contratos administrativos; as restrições 
ao direito de greve dos agentes públicos; a encampação de serviços concedidos pela Administração etc.
d) Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade: os princípios acima surgem de idéias como a limitação 
de direitos, isto é, “todo direito pressupõe a noção de limite”, e da proibição do excesso, usada como meio 
de interpretação de tais princípios, pois visam a evitar toda forma de intervenção ou restrição abusiva ou 
desnecessária por parte da Administração Pública. Com efeito, tal análise deve ser realizada utilizando-
se dos critérios e “valores atinentes ao homem médio. Na doutrina, prevalece a noção de que os princípios 
da razoabilidade e da proporcionalidade se entrelaçam e se completam, ou seja, não são considerados 
separadamente. Assumem grande importância quando da atuação administrativa por meio do poder de polícia, e 
em geral na expedição de todos os atos de cunho discricionários.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
a) Estrutura Vertical: Divide-se em Administração Federal, Estadual, Municipal e do Distrito Federal, sendo que, 
não uma há uma gradação de autoridade (hierarquia) entre os níveis.
b) Estrutura Horizontal: Compreende a Administração Direta (órgãos públicos) e Indireta (entidades públicas - 
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Decreto Lei 200/67).
DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZACÃO ADMINISTRATIVA
 A desconcentração é uma técnica administrativa, e é utilizada em toda a Administração Pública. Ocorrerá 
a chamada desconcentração quando as pessoas políticas (União, estados membros, Distrito Federal e municípios) 
ou entidades (Por exemplo: autarquias) da Administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui 
competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. 
Na desconcentração existirá apenas uma pessoa jurídica (entidade ou pessoa política), isto é, a 
desconcentração sempre se opera no âmbito interno de uma mesma pessoa jurídica, constituindo uma simples 
distribuição interna de competências.
Ocorre desconcentração, por exemplo, no âmbito da Administração Direta Federal, quando a União distribui 
as atribuições decorrentes de suas competências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, como os 
ministérios (Ministério da Educação, Ministério dos Transportes etc.); ou quando uma autarquia, por exemplo, 
uma universidade pública, estabelece uma divisão interna de funções, criando, na sua própria estrutura, diversos 
departamentos (Departamento de Graduação, Departamento de Pós-Graduação, Departamento de Direito, 
Departamento de Filosofia, Departamento de Economia etc.).
Como se vê, a desconcentração, mera técnica administrativa de distribuição interna de funções, ocorre tanto 
na prestação de serviços pela Administração Direta, quanto pela Indireta. 
É muito mais comum falar-se em desconcentração na Administração Direta pelo simples fato de as pessoas 
que constituem as Administrações Diretas (União, estados, Distrito Federal e municípios) possuírem um conjunto 
de competências mais amplo e uma estrutura sobremaneira mais complexa do que os de qualquer entidade das 
Administrações Indiretas. 
De qualquer forma, temos desconcentração tanto em um município que se divide internamente em órgãos, 
cada qual com atribuições definidas, como em uma sociedade de economia mista de um estado, um banco 
estadual, por exemplo, que organiza sua estrutura interna em superintendências, departamentos ou seções, com 
atribuições próprias e distintas, a fim de melhor desempenhar suas funções institucionais.
Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado (União, DF, estados ou municípios) 
desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, 
por ter recebido do Estado essa atribuição. 
A descentralização administrativa acarreta a especialização na prestação do serviço descentralizado, o que é 
desejável em termos de técnica administrativa. 
Por esse motivo, já em 1967, ao disciplinar a denominada “Reforma Administrativa Federal”, o Decreto-Lei nº 
200, em seu art. 6º, inciso III, elegeu a “descentralização administrativa” como um dos princípios fundamentais 
da Administração Federal.
A doutrina aponta duas formas mediante as quais o Estado pode efetivar a chamada descentralização 
administrativa: outorga e delegação.
A descentralização será efetivada por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, 
mediante previsão em lei, determinado serviço público. 
A outorga normalmente é conferida por prazo indeterminado. É o que ocorre relativamente às entidades 
da Administração Indireta prestadoras de serviços públicos: o Estado descentraliza a prestação dos serviços, 
outorgando-os a outras entidades (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 
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públicas), que são criadas para o fim de prestá-los.
Administração Direta
De acordo com o artigo 4o, inciso I, Dec. Lei 200/67, é representada pelos órgãos responsáveis pela chefia 
do Executivo e aqueles que lhes auxiliam diretamente. No patamar Federal é composto pela Presidência 
da República e Ministérios; no Estadual e no Distrito Federal, pelo Governador e pelas Secretarias; em nível 
Municipal, pela Prefeitura e pelas Secretarias.
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Quanto à posição Estatal:
a) Órgãos Independentes: se originam da previsão constitucional. São os representativos dos 3 Poderes (Poder 
Executivo, Legislativo e Judiciário).
• Não tem qualquer subordinação hierárquica;
• Suas funções são políticas, judiciais e legislativas;
• Seus agentes são denominados Agentes Políticos;
Exemplos: 
Congresso Nacional, Câmara de Deputados, Senado Federal, etc. 
b) Órgãos Autônomos: são os localizados na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos órgãos 
independentes e diretamente subordinados aos seus chefes;
• Têm ampla autonomia administrativa, financeira e técnica;
• São órgãos diretivos, de planejamento, coordenação e controle;
• Seus agentes são denominados Agentes Políticos nomeados em comissão;
Exemplos: 
Ministérios, Secretaria de Planejamento, etc.
c) Órgãos Superiores: são os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando, subordinando-se a um 
órgão mais elevado.
• Não gozam de autonomia administrativa nem financeira;
• Liberdade restringida ao planejamento e soluções técnicas, dentro de sua esfera de competência;
• Responsabilidade pela execução e não pela decisão política;
Exemplos: 
Gabinetes, Coordenadorias, SecretariasGerais, etc.
d) Órgãos Subalternos: são os órgãos subordinados hierarquicamente a outro órgão superior; realizam tarefas 
de rotina administrativa.
• Reduzido poder de decisão;
• É predominantemente órgão de execução;
Exemplos: 
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Repartições, Seções de Expediente, etc.
Quanto à Estrutura:
a) Órgãos Simples: refere-se a um só centro de competência. 
Exemplos: 
Posto Fiscal, Agência da Secretaria da Receita Federal, etc.
b) Órgãos Compostos: representam vários centros de competência (outros órgãos menores na estrutura). A 
atividade é desconcentrada, do órgão central para os demais órgãos subalternos. 
Exemplos: 
Delegacia da Receita Federal, Inspetoria Fiscal, etc.
Quanto à Atuação Funcional:
a) Singular: são os que decidem através de um único agente. 
Exemplos: 
Os Ministérios, as Coordenadorias, as Seccionais, etc.
b) Colegiado: decidem por manifestação conjunta da maioria de seus membros. 
Exemplos: 
Tribunais, Legislativo, Conselho de Contribuintes, etc.
Quanto à Esfera de atuação:
a) Centrais: abrangem todo o território de atuação. 
Exemplo: 
Os Ministérios.
b) Locais: abrangem certos setores. 
Exemplos: 
As Seccionais, as Delegacias Regionais etc.
Quanto à Função:
a) Ativos: são aqueles que decidem ou executam as atividades administrativas. Podem ser de Direção Superior 
(decisão) ou Executivos (execução).
 
Exemplos: 
Secretarias Estaduais (decisão), Zeladoria (execução) etc.
b) Consultivos: são aqueles que esclarecem, opinam etc.
Exemplos: 
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Conselhos de Impacto Ambiental.
c) De controle: são órgãos de fiscalização.
Exemplo: 
Controladoria Geral da União.
Administração Indireta
Entidades dotadas de personalidade jurídica própria, previstas no artigo 4o, inciso II, do Decreto Lei 200/67. 
São as:
AUTARQUIAS 
A expressão autarquia surgiu do grego autos, que significa “próprio” e arquia, que é sinônimo de “poder, 
comando”. São pessoas jurídicas de direito público criadas por lei para a execução de serviços públicos, contando 
com capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras de direito 
público, podendo, tão-somente, serem prestadoras de serviços públicos.
Exemplos: 
IBAMA, CADE, INSS etc..
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é uma autarquia federal 
vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). 
É uma entidade responsável pela execução da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e desenvolve 
diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização 
sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo, etc). 
Também cabe a ele realizar estudos ambientais e conceder licenças ambientais para empreendimentos de 
impacto nacional.
O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é uma autarquia federal brasileira que tem como 
objetivo orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico. 
Tem o papel de julgar sobre matéria concorrencial os processos encaminhados pela Secretaria de Direito 
Econômico do Ministério da Justiça e a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, 
desempenhando os papéis preventivo, repressivo e educativo, dentro do mercado brasileiro.
O Banco Central é uma autarquia de regime especial. Por força do art. 21 da CF/88, a competência para 
emissão de moedas é da União por meio do Banco Central. 
Também o Banco Central tem por finalidade fiscalizar as atividades desenvolvidas pelas instituições 
financeiras.
OBSERVAÇÕES
• Têm autonomia, não sendo subordinadas àquele que as criou, são apenas vigiadas (supervisão 
ministerial), podendo escolher como administrar seu patrimônio e receitas;
• Criadas e extintas por lei específica (art. 37, XIX da CF/88);
• São dotadas das mesmas prerrogativas da Administração Direta. Na área tributária (art. 150, § 2.º, da 
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CF/88). Na área processual, art. 188 do CPC;
• Seus bens são imprescritíveis (inusucapíveis), impenhoráveis e inalienáveis;
• A prescrição contra elas é de cinco anos;
• O regime de pessoal é o mesmo que se aplica aos servidores da Administração direta (Lei 8.112/90);
• Temos também, as Autarquias sob o regime especial:
As Agências Reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANTT etc.) e as Agências Executivas (INMETRO). 
As primeiras (Agências Reguladoras) são autarquias que foram criadas para regular as atividades 
desempenhadas pelos particulares e certos setores do mercado, fiscalizando e controlando tais atividades. 
Já as Agências Executivas, são “títulos de qualidade conferidos às autarquias ou fundações que celebrem 
contrato de gestão com o Órgão da Administração Pública Direta a que se acham vinculadas, para a melhoria da 
eficiência e redução de custos”. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
São pessoas jurídicas (regidas por regras de Direito Público ou de Direito Privado) sem fins lucrativos, 
criadas ou autorizadas por lei para um fim específico de interesse público, como educação, cultura e pesquisa. 
As fundações públicas possuem autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado. As 
fundações poderão ser tanto de direito público quanto de direito privado.
Essa definição serve para qualquer fundação, inclusive àquelas que não integram a Administração indireta. No 
caso das fundações que integram a Administração indireta, quando forem dotadas de personalidade de direito 
público (criadas por lei), serão regidas integralmente por regras de Direito Público. 
Quando forem dotadas de personalidade de direito privado (autorizadas por lei), serão regidas por regras de 
direito público e direito privado. 
Tanto uma quanto outra são compostas por patrimônio personalizado. No caso da fundação pública, é 
destacado pela Administração direta, que é o instituidor para definir a finalidade pública. 
Como exemplo de fundações, temos: 
FUNASA (Fundação Nacional de Saúde); IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico); Universidade de 
Brasília; FUNAI (Fundação Nacional do Índio);
EMPRESAS PÚBLICAS
Pessoas Jurídicas de direito privado, com capital inteiramente público, sendo a criação autorizada por lei para 
exploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços públicos. 
Como exemplo de empresas públicas, temos: 
CEF (Caixa Econômica Federal); ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) etc.
OBSERVAÇÕES
• Podem adotar qualquer modelo societário admitido em direito;
• São sempre de direito privado;
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• 100% do capital pertencem à Administração Pública;
• Autorizadas por lei;
• Seu pessoal é composto por “empregados públicos” ou “agentes temporários”, sendo regidos pela CLT;
• Estão obrigadas a realizar licitação para suas atividades “meio”, e dispensadas para as atividades “fins”;
• De acordo com o art. 109, I, da CF, as ações nas quais sejam partes, serão processadas e julgadas na 
Justiça Federal, ressalvado, a competência da Justiça do Trabalho.
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 
Pessoas Jurídicas de direito privado, sendo a criação autorizada por lei para exploração de atividades 
econômicas ou para a prestação de serviços públicos, com a maioria do capital votante pertencente à 
Administração Pública, sob a forma de sociedade anônima.
OBSERVAÇÕES
• Seu pessoal é composto por “empregados públicos” ou “agentes temporários”, sendo regidos pela CLT;• Autorizadas por lei;
• São sempre de direito privado;
• Necessariamente constituídas sob a forma de S.A. (incisos I e II do art. 5º do Decreto-Lei 200/67);
• Estão obrigadas a realizar licitação para suas atividades “meio”, e dispensadas para as atividades “fins”;
• As ações nas quais sejam partes, serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, ressalvado, a 
competência da Justiça do Trabalho.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Os consórcios públicos são pessoas jurídicas de direito público ou pessoas jurídicas de direito privado. A Lei 
11107 /05 (lei de normas gerais) inseriu em nosso ordenamento jurídico o consócio público, com base no art. 241 
, CF, in verbis: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios 
públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços 
públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços públicos, bem como a transferência 
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos”.
Os consórcios podem ter a personalidade de direito privado, sem fins econômicos, ou pessoa jurídica de direito 
público, assumindo nesse caso, a forma de associação pública (art. 1º, § 1º, e art. 4º, inciso IV). Por esse motivo, 
vale registrar que a lei 11017 /05 alterou o art. 41 , IV , do Código Civil para incluir expressamente entre pessoas 
jurídicas de direito público interno as associações públicas, acrescentando também, que essas associações 
públicas são autarquias (autarquia interfederativa ou autarquia multifederada). Os consórcios públicos com 
personalidade jurídica de direito público integram a Administração Indireta de todos os Entes da Federação 
consorciados.
ENTIDADES PARAESTATAIS
CONCEITO
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São pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado, desempenhando atividades de interesse 
público e não lucrativas e à qual o Poder Público dispensa especial proteção, cumprindo ser destacado, que não 
integram a estrutura da Administração Pública. 
COMPOSIÇÃO
• Serviços sociais autônomos;
• Organizações sociais;
• Organizações da sociedade civil de interesse público;
• Entidades de apoio (fundações, associações, cooperativas).
ATOS ADMINISTRATIVOS
Definição
Ato jurídico, segundo o art. 185 do CC, “é todo ato lícito que possui por finalidade imediata adquirir, 
resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos”. Ato administrativo é espécie de ato jurídico, é ato 
infralegal.
Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral de vontade da Administração ou de quem lhe faça 
as vezes, que agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir, transferir, modificar ou extinguir direitos e 
obrigações.
 Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em nome dele. Logo, 
pode-se concluir que os atos administrativos não são definidos pela condição da pessoa que os realiza. Tais atos 
são regidos pelo Direito Público.
PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA
ATO ADMINISTRATIVO PERFEITO
 
 É o ato concluído, acabado, que completou o ciclo necessário à sua formação.
 
ATO ADMINISTRATIVO VÁLIDO
 
 É o ato praticado de acordo com as normas superiores que devem regê-lo.
 
ATO ADMINISTRATIVO EFICAZ
 
 É aquele ato que está apto a produzir os seus efeitos. As causas que podem determinar a ineficácia do ato 
administrativo são três: 
 
• A subordinação do ato a uma condição suspensiva, ou seja, o ato estará subordinado a um fato futuro e 
incerto. Enquanto o fato não acontecer, o ato será ineficaz;
• A subordinação do ato a um termo inicial, ou seja, o ato estará subordinado a um fato futuro e certo. 
Enquanto o fato não acontecer, o ato será ineficaz;
• A subordinação dos efeitos do ato à prática de outro ato jurídico.
 
REQUISITOS
 São as condições necessárias para a existência válida do ato. Nem todos os autores usam a denominação 
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“requisitos”; podem ser chamados elementos, pressupostos, etc.
 Do ponto de vista da doutrina tradicional, os requisitos dos atos administrativos são cinco:
 
• Competência: agente capaz; 
• Objeto lícito, certo, possível e mora; 
• Motivo: este requisito integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de 
interesses coletivos;
• Forma: somente a prevista em lei.
• Finalidade: o ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado não 
tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder; 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração representa, são as 
qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos jurídicos.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
 É a presunção de que os atos administrativos devem ser considerados válidos até que se demonstre o 
contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços públicos. Isso não quer dizer que não se possa 
contrariar os atos administrativos, o ônus da prova é que passa a ser de quem alega.
IMPERATIVIDADE
Poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente obrigações aos administrados, 
independente da concordância destes. É a prerrogativa que a Administração possui para impor, exigir 
determinado comportamento de terceiros.
EXIGIBILIDADE OU COERCIBILIDADE
É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos quanto ao seu cumprimento sob ameaça 
de sanção. A imperatividade e a exigibilidade, em regra, nascem no mesmo momento. Excepcionalmente o 
legislador poderá diferenciar o momento temporal do nascimento da imperatividade e o da exigibilidade. No 
entanto, a imperatividade é pressuposto lógico da exigibilidade, ou seja, não se poderá exigir obrigação que não 
tenha sido criada.
AUTO-EXECUTORIEDADE
 
É o poder que possuem os atos administrativos de serem executados materialmente pela própria 
administração independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
A auto-executoriedade é um atributo de alguns atos administrativos, ou seja, não existe em todos os atos 
Poderá ocorrer em dois casos:
• Quando a lei expressamente prever;
• Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos requisitos de situação de 
urgência e inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão).
Exemplo: 
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Procedimento tributário, desapropriação etc. 
TIPICIDADE
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como 
aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar existe um 
ato definido em lei.
Trata-se de decorrência do princípio da legalidade, que afasta a possibilidade de a Administração praticar atos 
inominados; estes são possíveis para os particulares, como decorrência do princípio da autonomia da vontade.
Classificação dos atos administrativos
QUANTO AOS SEUS DESTINATÁRIOS
• Atos gerais ou regulamentadores: São os atos administrativos expedidos sem destinatários determinados, 
com finalidade normativa, alcançando todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato em 
relação aos seus preceitos. 
São os regulamentos, instruções normativas, circulares, ordens de serviços, etc. 
• Atos individuais ou especiais: São, ao contrário, todos aqueles que se dirigem a determinados 
destinatários (um ou mais sujeitos certos), criando-lhes uma situação jurídica particular. 
Exemplo: 
Decretos de desapropriação;atos de nomeação; de exoneração, etc. 
QUANTO AO SEU ALCANCE
• Internos: São atos administrativos destinados a produzir efeitos no âmbito das repartições públicas, 
destinados ao pessoal interno, como portarias, instruções ministeriais, etc., destinados aos seus servidores. 
Podem ser mesmo assim, gerais ou especiais, normativos, ordenatórios, punitivos, etc., conforme exigência do 
serviço. 
• Externos ou de efeitos externos: São todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em 
certos casos, até mesmo os próprios servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta 
perante a Administração. Tais atos só entram em vigor após sua publicação em órgão oficial (diário oficial) 
dado seu interesse público. 
QUANTO AO SEU OBJETO
• De império ou atos de autoridade: São todos aqueles atos que a Administração pratica usando de sua 
supremacia sobre o administrado ou sobre o servidor, impondo-lhes atendimento obrigatório. 
É o que ocorre nas desapropriações, nas interdições de atividade e nas ordens estatutárias. Podem ser gerais 
ou individuais, internos ou externos, mas sempre unilaterais, expressando a vontade onipotente do Estado. 
• Atos de gestão: São os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os destinatários, 
tal como ocorre nos atos puramente de administração dos bens e serviços públicos e nos atos negociais com 
os particulares, como, por exemplo, as alienações, oneração ou aquisição de bens, etc., antecedidos por 
autorizações legislativas, licitações, etc. 
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• Atos de expediente: São os que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas 
repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente. 
São atos de rotina interna, sem caráter vinculante e sem forma especial, praticados geralmente por servidores 
subalternos. 
QUANTO AO SEU REGRAMENTO
• Vinculados ou regrados: São aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua 
realização, limitando a liberdade do administrador que fica adstrita aos pressupostos do ato legal para 
validade da atividade administrativa. Desviando-se dos requisitos das normas legais ou regulamentares, fica 
comprometida a ação administrativa, viciando-se a eficácia do ato praticado que, assim, toma-se passível de 
anulação. 
Exemplo: cobrar impostos, conceder isenção ou anistia, entre outros. 
• Discricionários: São aqueles atos que a Administração pode praticar escolhendo livremente o seu 
conteúdo, o seu destinatário, a sua conveniência, a sua oportunidade e o modo da sua realização. 
A rigor, a discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas no poder que Administração tem de praticá-lo 
quando e nas condições que repute mais convenientes ao interesse público. 
Não se confunde com ato arbitrário. Discrição é liberdade de ação dentro dos limites legais; arbítrio é ação que 
excede à lei e por isto, contrária a ela. O ato discricionário, quando permitido pelo direito, é legal e válido; o ato 
arbitrário, porém, é sempre ilegítimo e inválido. 
Manifesta-se em função do poder da Administração em praticá-lo nas condições que julgar conveniente: abrir 
um concurso público escolhendo o número de vagas, pavimentar uma estrada, etc. 
QUANTO À NATUREZA
• Simples: O que resulta da manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado. 
• Complexos: São os atos que se formam pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. 
Em outras palavras são aqueles que, realizados por um órgão, requerem, para a sua validade - e não para a 
formação da vontade - a aprovação de outro órgão; os que dependem de pareceres de órgãos consultivos, 
preceituados em lei; os que se compõem de atos elementares, como seja uma concorrência pública, cuja 
decisão pelo Ministério ou Secretaria de Estado requer uma série de atos elementares precedentes e 
autônomos, aos quais essa decisão está de certa forma vinculada. 
• Compostos: Que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro, 
para se tornar exeqüível. 
Exemplo: autorização que depende de visto de uma autoridade superior. 
QUANTO AO FIM
• Declaratórios de direito: São os atos que declaram a legalidade de uma situação já existente e de 
conseqüência irremovíveis diante do Direito. 
• Constitutivos de direito: São os atos que dão estabilidade jurídica a um fato até então de resultados 
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• aleatórios.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
• Atos normativos: São aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo visando à correta 
aplicação da lei. São atos infralegais que encontram fundamento no poder normativo (art. 84, IV da CF). 
Exemplo: 
Decretos; Regulamentos; Portarias e etc.
• Atos ordinatórios: São aqueles que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de 
seus agentes no desempenho de suas atribuições. Encontra fundamento no Poder Hierárquico. 
Exemplo: 
Ordens, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de serviço e Ofícios.
• Atos negociais: São aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração visando concretizar 
negócios jurídicos, conferindo certa faculdade ao particular nas condições impostas por ela. É diferente dos 
negócios jurídicos, pois é ato unilateral.
• Atos enunciativos: São aqueles que contêm a certificação de um fato ou emissão de opinião da 
Administração sobre determinado assunto sem se vincular ao seu enunciado. 
Exemplo: 
Certidões, Atestados, Pareceres e o apostilamento de direitos (atos declaratórios de uma situação anterior 
criada por lei).
• Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infringirem 
disposições legais. Encontra fundamento no Poder Disciplinar. 
Exemplo: 
Interdição de estabelecimento comercial em vista de irregularidade; Aplicação de multas e etc.
FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São formas de extinção dos atos administrativos: 
• Anulação, 
• Revogação, 
• Cassação,
• Caducidade
• Contraposição.
ANULAÇÃO
a) Definição:
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Todo ato administrativo para ser válido deve conter os seus cinco elementos ou requisitos de validade 
(competência, finalidade, forma, motivo e objeto) isentos de vícios (defeitos). Caso um desses elementos 
apresente-se em desacordo com a lei, o ato será nulo. 
O pressuposto da anulação é que o ato possua um vício de legalidade em algum de seus requisitos de 
formação. Com isso, podemos defini-la como sendo o desfazimento de um ato por motivo de ilegalidade. A 
anulação decorre do controle de legalidade dos atos administrativos.
b) Quem pode ANULAR ato administrativo?
A anulação de um ato que contenha vício de legalidade pode ocorrer tanto pelo Poder Judiciário (controle 
externo) quanto pela própria Administração Pública (controle interno).
Como exemplo, podemos citar: 
Ato administrativo expedido pelo Poder Legislativo poderá ser anulado tanto pelo próprio Poder Legislativo 
(Administração Pública) quanto pelo Poder Judiciário.
 
A invalidação por via judicial dependerá, sempre, de provocação do interessado. Já a via administrativa poderá 
resultar do Poder de Autotutela do Estado, que deve extingui-lo, muito embora proveniente da manifestação de 
vontade de um de seus agentes, contenha vício de legalidade.
c) Efeitos da Anulação:
Uma vez que o ato administrativo ofende a lei, é lógico afirmarmos que a invalidação opera efeitos ex-tunc, 
retroagindo à origem do ato, ou seja, fulminao que já ocorreu, no sentido de que se negam hoje os efeitos de 
ontem.
REVOGAÇÃO
a) Definição:
Ocorre no momento em que um ato válido, legítimo e perfeito torna-se inconveniente e inoportuno ao 
interesse público. O ato não possuía qualquer vício de formação, porém, não atende mais aos pressupostos de 
conveniência e oportunidade.
É importante ressaltarmos que o conceito de revogação guarda estreita relação com o de ato discricionário, 
visto ser o Poder Discricionário da Administração o fundamento de tal instituto. 
Além disso, os atos vinculados são classificados, pelos grandes autores, como atos irrevogáveis, visto que 
neles a lei não deixou opção ao administrador, no que tange à valoração da conveniência e da oportunidade. 
Sendo assim, concluímos que a revogação decorre do controle de mérito dos atos administrativos. 
b) Quem pode REVOGAR ato administrativo?
Por depender de uma avaliação quanto ao momento em que o ato tornou-se inoportuno e inconveniente, a 
revogação caberá à autoridade administrativa no exercício de suas funções. Seria inadmissível imaginar que o 
Poder Judiciário pudesse revogar ato administrativo, pois tal competência depende da experiência/ vivência do 
administrador público que decidirá quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato. 
Porém, é importante reforçarmos que, atipicamente, o Poder Judiciário também emite atos administrativos 
(quando exerce a função administrativa). 
Nesse caso, caberá ao Poder Judiciário revogar os seus próprios atos administrativos. 
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Como exemplo, podemos citar: 
Ato administrativo expedido pelo Poder Legislativo poderá ser revogado, apenas, pelo próprio Poder 
Legislativo.
c) Efeitos da Revogação:
A revogação opera efeitos ex-nunc (proativos), ou seja, a partir de sua vigência. O ato de revogação não 
retroagirá os seus efeitos, pois o ato revogado era perfeitamente válido, até o momento em que se tornou 
inoportuno e inconveniente à Administração Pública.
d) Atos Irrevogáveis
O Poder Discricionário dado à Administração Pública de revogar seus atos administrativos, por questões lógicas 
não é ilimitado. Alguns atos são insuscetíveis de revogação, ou seja, são atos ditos irrevogáveis.
Assim temos:
• Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos;
• Os atos vinculados, pois nesse o administrador não tem escolha na prática do ato;
• Os atos que geram direitos adquiridos os atos que integram um procedimento administrativo; 
• Os atos administrativos declaratórios ou enunciativos (certidões, pareceres, atestados) 
CASSAÇÃO
Na verdade a cassação e a anulação de um ato administrativo possuem efeitos bem semelhantes. A diferença 
básica é que na anulação o defeito no ato ocorreu em sua formação, ou seja, na origem do ato, em um de seus 
requisitos de validade; já na cassação, o vício ocorre na execução do ato. 
Trata-se da extinção do ato porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas 
a fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica. 
Como exemplo, temos a cassação de uma licença, concedida pelo Poder Público, sob Determinadas condições, 
devido ao descumprimento de tais condições pelo particular beneficiário de tal ato. É importante observarmos 
que a cassação possui caráter punitivo (decorre do descumprimento de um ato).
CADUCIDADE
 
A caducidade origina-se com uma legislação superveniente que acarreta a perda de efeitos jurídicos da antiga 
norma que respaldava a prática daquele ato.
A retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente 
consentida. 
Ocorre, por exemplo, quando há retirada de permissão de uso de um bem público, decorrente de uma nova lei 
editada que proíbe tal uso privativo por particulares. Assim, podemos afirmar que tal permissão caducou.
CONTRAPOSIÇÃO
Também chamada por alguns autores de derrubada. Quando um ato deixa de ser válido em virtude da emissão 
de outro ato que gerou efeitos opostos ao seu, dizemos que ocorreu a contraposição. São atos que possuem 
efeitos contrapostos e por isso não podem existir ao mesmo tempo. 
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Noções de Direito Administrativo 
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CUMPRIMENTO (EXAURIMENTO) DE SEUS EFEITOS
Ocorre quando o ato administrativo alcança os efeitos almejados. 
Como exemplo, podemos citar o ato que libera o servidor para gozar férias, isto é, partir do momento que 
referido servidor goza suas férias, o ato é extinto, visto que cumpriu seus efeitos.
RENÚNCIA
Ocorre quando o beneficiário do ato renuncia os seus efeitos. 
 
CONVALIDAÇÃO doS AtoS AdministrativoS
 
Ocorre a convalidação de um ato administrativo, quando a Administração Pública torna válido um ato 
administrativo que possua um vício sanável e seu efeito é retrospectivo (ex tunc).
LICITAÇÕES (LEI 8.666/93)
LITICITAÇÃO
É o procedimento administrativo, exigido por lei, para que o Poder Público possa comprar, vender ou locar 
bens ou, ainda, realizar obras e adquirir serviços, segundo condições previamente estipuladas, visando selecionar 
a melhor proposta, ou o melhor candidato, conciliando os recursos orçamentários existentes à promoção do 
interesse público. É um ato administrativo Formal (o procedimento administrativo da Licitação)
No âmbito do Direito Privado, se um particular resolve, por exemplo, realizar uma obra, ele poderá escolher 
livremente o construtor e o material a ser aplicado na construção. Ainda que queira optar pela forma mais 
onerosa de construir, trata-se de escolha de particular, que somente a ele diz respeito. Com a Administração 
pública, as coisas são diferentes. Isso porque o agente público não é o proprietário dos recursos sob sua 
responsabilidade, mas mero administrador deles. 
A licitação, portanto, é um procedimento administrativo que se destina a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração.
OBJETIVOS
Os objetivos da licitação são, basicamente, dois:
a) Garantir a observância do Princípio Constitucional da Isonomia (ao permitir que todos os interessados 
tenham a mesma oportunidade de contratar com o Poder Público);
b) Selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública.
c) Promover o desenvolvimento nacional sustentável.
DISCIPLINA LEGAL
Compete exclusivamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios (art. 37, XXI da CF/88) e para as empresas públicas e sociedades de economia mista (art. 
173, § 1º, III, da CF/88).
A lei com as normas gerais já foi elaborada: é a Lei 8.666/93, chama-se “Lei das Licitações e Contratos”.
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OBRIGATORIEDADE
Submetem-se ao dever de licitar todos os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Além dos órgãos da Administração Direta, também se sujeitam à licitação as autarquias, as fundações públicas, 
as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente 
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 1º da Lei 8.666/93).
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO
Como prevê a própria Constituição (art. 37, XXI), nem sempre as contratações se fazem por meio de licitação. 
Às vezes a lei permite que ela não seja realizada, quando então se estará diante da chamada “contratação direta 
sem licitação”.
A contratação direta pode se dar de duas maneiras: por dispensa de licitação (que possui duas espécies, 
licitação dispensada e licitação dispensável) ou por inexigibilidade de licitação.

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