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Agricultura de Precisão SENAR - Semeadura Modulo 1

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1 Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Programa Agricultura de Precisão 
Agricultura de Precisão 
na Semeadura 
Este curso tem 
17 horas
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-G O
INFORMAÇÕES E CON TATO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-G O
Rua 87, nº 662, Ed. F aeg,1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 
(62) 3412-2700 / 3412-8701
E-mail: senar@senargo.org.br 
http://ww w.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/
PROGRAMA AGRICUL TURA DE PRECISÃ O
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRA TIVO
TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRA TIVO
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas 
de Mendonça.
SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRA TIVO
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser 
Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria.
SUPERINTENDENTE
Eurípedes Bassamur fo da Costa
GESTORA
Rosilene Jaber Alves 
COORDENAÇÃO
IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/ S
Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães
TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃ O
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/ S
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S 
José Mário Schreiner
Fernando Couto de Araújo
Sumário
Módulo 1 » Semeadura a Taxa Variável ...........................................................................................................................................12
Aula 1 » A importância da semeadura a taxa variável .......................................................................................... 13
Tópico 1 » Conceito de Semeadura a Taxa Variável .........................................................................................14
Recapitulando ..........................................................................................................................................................15
Aula 2 » Equipamentos utilizados nas semeaduras a taxa variável ..................................................................16
Tópico 1 » Equipamentos da semeadura à taxa variável ............................................................................... 17
Tópico 2 » Demais equipamentos importantes para a semeadora à taxa variável.................................19
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 23
Aula 3 » Mapas de variabilidade na semeadura à taxa variável .......................................................................24
Tópico 1 » Variabilidade e agricultura de precisão .......................................................................................... 25
Tópico 2 » Mapeamento da variabilidade ........................................................................................................ 26
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 29
Atividade de aprendizagem ......................................................................................................................................30
Módulo 2 » Barra de luzes......................................................................................................................................................................33
Aula 1 » A importância da barra de luzes ...............................................................................................................34
Tópico 1 » Semeadura e Barra de Luzes ............................................................................................................. 35
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 37
Aula 2 » Tipos de barras de luzes ............................................................................................................................ 38
Tópico 1 » Barras de luzes com monitor integrado .........................................................................................39
Tópico 2 » Barras de luzes com autodirecionamento .....................................................................................41
Recapitulando .........................................................................................................................................................42
Aula 3 » Configuração dos componentes das barras de luzes..........................................................................43
Tópico 1 » Componentes da barra de luzes ..................................................................................................... 44
Tópico 2 » Instalação da barra de luzes ........................................................................................................... 44
Tópico 3 » Configuração da barra de luzes ......................................................................................................46
Recapitulando .........................................................................................................................................................50
Atividade de aprendizagem .......................................................................................................................................51
Módulo 3 » Mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes .............................................................................. 54
Aula 1 » Tipos de mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes .................................................... 55
Tópico 1 » Distribuidores de sementes em linha .............................................................................................56
Tópico 2 » Distribuidores de sementes a lanço .............................................................................................. 60
Tópico 3 » Distribuidores de fertilizantes ..........................................................................................................61
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 62
Aula 2 » Regulagem dos mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes ......................................63
Tópico1 » Regulagem quantidade de semente ................................................................................................64
Tópico 2 » Regulagem da quantidade de adubo............................................................................................. 67
Recapitulando .........................................................................................................................................................70
Atividade de aprendizagem ....................................................................................................................................... 71
Módulo 4 » Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras ........................................................................73
 Aula 1 » A importância dos sensores para o estabelecimento das lavouras ................................................74
Tópico 1 » Desafios da semeadura ...................................................................................................................... 77
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 79
Aula 2 » Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras ..............................................................80
Tópico 1 » Tipos de sensores .................................................................................................................................81Tópico 2 » Operação dos sensores ....................................................................................................................86
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 87
Aula 3 » Principais regulagens dos sensores utilizados nas 
semeadoras-adubadoras ........................................................................................................................................... 88
Tópico 1 » Checagem do Equipamento ..............................................................................................................89
Tópico 2 » Instalação dos Sensores .................................................................................................................. 90
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 92
Atividade de aprendizagem ......................................................................................................................................93
Módulo 5 » Monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes ........................................................................96
Aula 1 » Fatores que interferem na eficiência da deposição de sementes e fertilizantes ........................... 97
Tópico 1 » Características de uma correta semeadura ...................................................................................98
Tópico 2 » Velocidade de deslocamento da semeadora .............................................................................100
Tópico 3 » Características do solo e qualidade da semente ........................................................................ 101
Tópico 4 » Fatores relacionados à máquina e ao operador ........................................................................ 102
Recapitulando ....................................................................................................................................................... 103
Aula 2 » Principais formas de monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes ....................... 104
Tópico 1 » Dois tipos de monitoramento ......................................................................................................... 105
Recapitulando ....................................................................................................................................................... 109
Aula 3 » Configurações do monitor de plantio .................................................................................................... 110
Tópico 1 » Variáveis da Operação de Semeadura ........................................................................................... 111
Tópico 2 » Configurações dos controladores ...................................................................................................112
Recapitulando ........................................................................................................................................................ 115
Atividade de aprendizagem ..................................................................................................................................... 116
Síntese do curso ........................................................................................................................................................................................118
Gabarito ........................................................................................................................................................................................................120
Referências ................................................................................................................................................................................................... 121
7
Olá! Seja bem-vindo ao Curso Agricultura de Precisão na Semeadura! 
Você sabia que a semeadura é uma das operações mecanizadas mais complexas dentro do 
processo agrícola? É a etapa que precisa de monitoramento mais constante e, na maioria das 
vezes, é realizada junto com a adubação, sendo de fundamental importância para o sucesso 
da lavoura. 
Mas antes de entrar no tema da semeadura em si, vale explorar um pouco a correta formação 
dos estandes e sua relação com a produtividade. 
estandes
Cada cultura tem um número certo de plantas por metro de linha ou por hectare, ou seja, um 
estande apropriado que varia para cada tipo de cultivo.
Por um lado, você pode afirmar que uma maior produtividade se dá quando se coloca o maior 
número de plantas no mesmo terreno de cultivo. Por outro, sabe-se que a realidade não é bem 
assim: o exagero na densidade de plantas gera competição por luz, água e nutrientes, o que 
prejudica o desenvolvimento do plantio, e consequentemente a produção.
Portanto, a formação apropriada para um estande prevê calcular o correto 
custo-benefício de cada planta no plantio. Nesse sentido, as ferramentas 
da Agricultura de Precisão são as melhores alternativas disponíveis atual-
mente para melhorar a densidade e a organização de plantas por hectare, 
de acordo com cada espécie cultivada.
Introdução ao curso
7 Agricultura de Precisão na Semeadura » 
8
Com estes conceitos bem internalizados, podemos abordar semeadura em si. Esta etapa é nor-
malmente realizada juntamente com a adubação, consistindo, assim, em uma operação conjuga-
da. Espera-se que a máquina semeadora desempenhe as funções descritas a seguir.
Abrir o sulco Dosar a quantidade de
semente previamente
determinada
Depositar a semente 
na profundidade
adequada
Cobrir o sulco e
exercer uma leve
compactação sobre ele
Com o surgimento de novos dispositivos para Agricultura de Precisão, as semeadoras têm se 
modernizado muito. Uma inovação que merece destaque é semeadura a taxa variável. Mas o 
que é isso? Significa que, a partir de um mapa de variabilidade presente no monitor de plantio, 
pode-se comandar e alterar a densidade de sementes a serem depositadas de acordo com o 
potencial produtivo de cada parte da lavoura.
mapa de variabilidade
Mapas que orientam a semeadura conforme análise do solo e de suas características. Veja 
conceito completo no próximo módulo. 
Outro dispositivo muito utilizado nas semeadoras-adubadoras modernas é a barra de luzes. Elas 
proporcionam diversas vantagens à distribuição de sementes e adubos, orientando o operador 
do trator a definir melhor a distância entre passadas e o alinhamento de plantio. 
8 Agricultura de Precisão na Semeadura » 
9 Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Mas tanta tecnologia sem capacitação profissional não teria o mesmo efeito, concorda? Por isso, 
é muito importante que os operadores das máquinas estejam familiarizados com os diversos 
mecanismos das semeadoras-adubadoras. Técnicos e operadores precisam, portanto, conhecer 
os procedimentos para realizar a regulagem dos dosadores a fim de que possam configurar ade-
quadamente o monitor de plantio e acompanhar o desempenho da operação.
Pois bem, uma vez que as sementes são depositadas dentro do solo, é um grande risco aguardar 
até o fim da colheita para verificar se a operação foi bem-sucedida ou não. Para auxiliar neste 
gerenciamento e evitar perdas, pode-se utilizar diversos tipos de sensores, estrategicamente 
dispostos na máquina, que permitem a coleta de dados para avaliar, em tempo real, o funciona-
mento dos dosadores e de outros mecanismos.
Fonte: John Deere
Neste curso, portanto, você vai conhecer as ferramentas da agricultura de precisão disponíveis 
para uso em semeadoras e, dessa forma, aprimorar ainda mais o seu conhecimento das técnicas 
de plantio, estudando os seguintes assuntos:• semeadura à taxa variável e seus equipamentos;
10 Agricultura de Precisão na Semeadura » 
• mapas de variabilidade;
• importância e uso da barra de luzes;
• mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes;
• tipos de sensores e principais regulagens; e
• monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes.
Preparado? Avance para o Módulo 1 e bom estudo!
11Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Programa Agricultura de Precisão
Agricultura de Precisão 
na Semeadura
» Módulo 1: Semeadura a Taxa Variável
12Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Módulo 1
» Semeadura a Taxa Variável
Fonte: Agrointel <http://www.agrointel.com.br/exemplos>
Ao longo deste módulo, você vai perceber que a semeadura a taxa variável depende de uma 
série de dispositivos e equipamentos que equipam as semeadoras-adubadoras. Para tanto, a 
máquina deve ser equipada com um GPS, que vai cruzar informações com os mapas de recomen-
dação e de variabilidade e, assim, reconhecer a localização e a recomendação da densidade de 
semeadura em cada área.
Você vai compreender que, por via de regra, nos locais com maior potencial de produtividade 
deve-se recomendar uma maior densidade de semeadura, enquanto que nas áreas com baixo 
potencial produtivo, deve-se aceitar esta menor produtividade e recomendar uma pequena taxa 
de semeadura e de aplicação de fertilizante, de forma a reduzir os gastos com estes insumos.
Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você 
deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar a atividade de apren-
dizagem.
13Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Fonte: Shutterstock.
Aula 1
A importância da semeadura a taxa variável
Os solos brasileiros, em especial os solos do bioma do cerrado, apresentam grandes variabili-
dades em seus atributos, mesmo em pequenas distâncias horizontais. Isso faz com que o cultivo 
responda de formas diferentes ao plantio de sementes, ocasionando muitas vezes pouca produ-
tividade. Dessa forma, realizar a semeadura levando-se em consideração a diversidade do solo 
é fundamental para aumentar a eficiência produtiva.
Ao fim desta aula, você deve ser capaz de: 
• compreender o conceito de semeadura à taxa variável; e
• reconhecer a importância da semeadura a taxa variável para os processos agrícolas.
14Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Tópico 1
Conceito de Semeadura a Taxa Variável
Você já estudou que a Agricultura de Precisão é um dos melhores benefícios que a tecnologia 
vem trazendo ao campo. A título de comparação, vemos muitas vezes na agricultura convencio-
nal erros de semeadura que poderiam ser evitados, como você verá a seguir. 
Erro 1 
Estande de plantas diferen-
te do recomendado, devido 
à semeadura em densidade 
maior ou menor do que o 
planejado. 
Fonte: ESALQ USP
Erro 2
Plantas duplas ou com es-
paçamento muito reduzido 
entre elas.
Fonte: Embrapa
Erro 3 Falha de plantas na linha de semeadura.
Erro 4 Semeadura com densidade uniforme em toda a área, sem levar em consideração as variações e potencialidades do solo.
Estes fatores, sejam de forma isolada ou em conjunto, limitam o potencial de produtividade da 
cultura. É nesse contexto que a semeadura à taxa variável se apresenta como uma importante 
tecnologia que contribui para aumentar a produtividade e reduzir custos. 
Com a utilização de máquinas equipadas com sensores e equipamentos adequados, a semeadu-
ra à taxa variada proporciona dois importantes avanços. 
15Agricultura de Precisão na Semeadura » 
 Precisão na 
Deposição das 
Sementes
Deposição das sementes em uma maior densidade nas áreas que 
apresentam maior potencial de produção, ou seja, que possuem os 
melhores recursos e condições para o desenvolvimento e produ-
ção das plantas. 
Economia na 
Utilização de 
Sementes
Semeadura em uma menor densidade nas áreas com baixo po-
tencial produtivo, tais como, solo de menor fertilidade ou com 
limitação na parte física, proporcionando economia na utilização 
de sementes e de fertilizante, que são insumos de alto custo ao 
produtor.
Além disso, estas semeadoras apresentam recursos que permitem acompanhar e garantir a qua-
lidade da semeadura.
Já as semeadoras-adubadoras de precisão possuem sensores que detectam se a máquina está 
ativa, desligando ou ligando automaticamente o sistema de semeadura. 
Através das válvulas proporcionais e dos motores hidráulicos, é possível rea-
lizar a alteração na taxa de aplicação dos insumos, possibilitando também o 
desligamento automático de seções, reduzindo o consumo de sementes e fer-
tilizantes e de sobreposições de áreas nas cabeceiras dos talhões, por exemplo.
É importante frisar que a relação entre a densidade de semeadura e a produtividade varia con-
forme a cultura, ou seja, os estandes são o resultado da semeadura mais densa ou menos densa, 
de acordo com a espécie plantada.
Por exemplo, em culturas de baixo poder compensatório, 
ou baixo poder de perfilhamento (como é o caso do milho), 
a produtividade se torna altamente dependente da densi-
dade de semeadura. 
Perfilhamento
Capacidade das plantas de 
emitir brotação lateral.
16Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Estas culturas dão respostas mais positivas na operação de semeadura a 
taxa variável, especialmente em áreas que apresentam grandes variabili-
dades espaciais nos atributos do solo, e portanto proporcionam maior va-
riação na taxa de semeadura, de acordo com estas características.
Recapitulando
Nesta primeira aula, você estudou que a semeadura a taxa variável é uma ferramenta de grande 
importância ao produtor rural, pois visa à otimização do uso dos insumos e ao aumento da pro-
dutividade das lavouras. A distribuição de fertilizantes e sementes de acordo com a variabilida-
de dos atributos tem como objetivo aumentar a densidade de plantio nas áreas que têm maior 
potencial produtivo, e reduzir a densidade naquelas com menor potencial, fazendo também o 
ajuste na dose do fertilizante de acordo com esta variabilidade. 
Desta forma, é possível reduzir a quantidade total de insumos utilizados, além de aumentar a 
produtividade devido à utilização de critérios técnicos para determinação da taxa de semeadura 
e do estande ideal de plantas na área. 
17Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Fonte: John Deere <http://blog.machinefinder.com>.
Aula 2 
Equipamentos utilizados nas semeaduras a taxa variável
Na aula anterior, você pôde conferir como é importante a semeadura ser feita sob a forma de 
taxa variada. Para viabilizar esta operação, as semeadoras-adubadoras apresentam uma série de 
equipamentos que permitem a inserção de informações, o acompanhamento da semeadura e a 
automação da operação de forma variável e com grande precisão. 
Ao fim desta aula, você deverá ser capaz de identificar os principais equipamentos utilizados nas 
semeadoras para distribuição variável de sementes, e reconhecer o papel de cada um deles.
18Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Tópico 1 
Equipamentos da semeadura à taxa variável
O sucesso do estabelecimento e produção de uma lavoura começa com uma boa semeadura e 
um bom estande de plantas na área. Para tanto, alguns critérios técnicos devem ser cuidadosa-
mente determinados e acompanhados durante a semeadura, como os seguintes:
• densidade de semeadura e espaçamento entre linhas;
• profundidade de deposição das sementes;
• velocidade de deslocamento da máquina;
• quantidade e localização de deposição dos insumos, entre outros.
Assim, o conhecimento dos dispositivos responsáveis pelo funcionamento de uma semeadora 
torna-se de grande importância para garantir o sucesso da semeadura.
Dentre estes dispositivos, dois deles se destacam. 
19Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Semeadoras-
adubadoras 
A semeadora-adubadoraé uma máquina agrícola dotada de 
diversos mecanismos responsáveis por proporcionar as con-
dições ideais para a deposição da semente em local, distância 
e quantidade corretos. Possui dispositivos responsáveis pela 
abertura de sulcos, dosagem e distribuição de sementes e fer-
tilizantes, e mecanismos responsáveis pelo fechamento deste 
sulco e leve compactação do solo. As sementes e os fertilizan-
tes são colocados no solo em linhas cujo espaçamento varia 
de acordo com as características de cada cultura. 
 
 
Fonte: John Deere
Semeadora 
Máquinas que executam apenas a semeadura durante a ope-
ração. Foram desenvolvidas para proporcionar maior capaci-
dade operacional durante a semeadura, sendo máquinas com 
maior número de linhas, e que necessitam apenas do reabas-
tecimento de sementes, assim, seu tempo ocioso é menor.
Fonte: Massey Ferguson
20Agricultura de Precisão na Semeadura » 
 Saiba Mais
Que tal visualizar como as máquinas de agricultura de precisão controlam a deposição de 
sementes? É por meio desses equipamentos precisos que se consegue estandes de forma-
ção ideal, com a densidade apropriada para cada tipo de cultivo. 
Acompanhe um vídeo da empresa Massey Ferguson <www.massey.com.br> que apresenta 
alguns detalhes dos equipamentos utilizados pelas plantadoras na automação da semeadu-
ra. <www.youtube.com/watch?v=7EoGhBsVfPs> ou <goo.gl/6u1OzJ>.
Para garantir a deposição da quantidade correta de sementes, as semeadoras são equipadas 
com dosadores de sementes. Os mais utilizados na agricultura de precisão podem ser de disco 
perfurado ou distribuidor pneumático. 
Disco Perfurado Distribuidor Pneumático
Os dosadores de discos são equipados com 
discos com perfurações no formato que mais 
se adequa às características das sementes, e 
são dispostos na parte inferior do reservató-
rio, de forma horizontal, vertical ou inclinado. 
As sementes se encaixam individualmente 
nos furos do disco e, através de um movi-
mento giratório, são transportadas até a 
abertura de saída, onde são liberadas e, por 
gravidade, direcionadas até o solo. 
Já os dosadores de precisão pneumáticos 
são constituídos de discos perfurados, 
nos quais atuam os efeitos de pressuriza-
ção ou sucção de ar. Desta forma, através 
de um diferencial de pressão, as semen-
tes são captadas e transportadas até a 
abertura de saída, em que o diferencial 
de pressão é eliminado e as sementes 
são liberadas até o solo. 
 Saiba Mais
Que tal assistir a um “raio X” de um sistema dosador de disco em funcionamento? A em-
presa sueca Väderstad <www.vaderstad.com/> tem um vídeo esclarecedor desse sistema. 
Acompanhe! <www.youtube.com/watch?v=gSIcX3kILic> ou <https://goo.gl/mJ1y39>.
21Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Atenção: os dosadores de discos devem ser cuidadosamente escolhidos em 
relação ao tipo e à dimensão da semente porque, no caso de incompatibili-
dade de tamanhos, pode ocorrer passagem de duas sementes no mesmo furo 
do disco. Nesse caso, além da imprecisão na deposição das sementes, podem 
ocorrer problemas mecânicos e travamento do sistema. 
Além disso, é sempre bom ter em mente que o sistema dosador de sementes nas máquinas deve 
ser escolhido de acordo com a realidade e disponibilidade de cada propriedade.
Tópico 2 
Demais equipamentos importantes para a semeadora à taxa variável
As semeadoras possuem equipamentos específicos para realizar as demais funções da operação 
de semeadura a taxa variável. Estes equipamentos podem sofrer alguma variação de acordo 
com as máquinas utilizadas e com os seus fabricantes, mas, de forma geral, as máquinas apre-
sentam os seguintes componentes básicos.
Antena Receptora de 
Sinal DGPS
Fonte: <http://www.tecnoparts.
agr.br/novidades/71-sistema-au-
to-pilot-conheca-as-vantagens>.
É responsável por reconhecer a localização exata 
da máquina durante o deslocamento na área, 
possibilitando o reconhecimento da densidade de 
semeadura recomendada naquele local.
22Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Piloto Automático
Fonte: Arvus <http://arvus.com.
br/pages/arvus/files/piloto_auto-
matico.pdf>.
Realiza o deslocamento da máquina através do siste-
ma de orientação por satélites, garantindo a precisão 
da distância entre as passadas. Este sistema oferece 
a opção de configuração de diferentes níveis de preci-
são nas passadas, de acordo com a recomendação e 
com o erro tolerável.
Monitor 
Monitor do controlador Topper 
4500 da Stara.
Fonte: <http://www.plantiagro.
com.br/?menu=produtos&sub=-
novos&id=70>.
Centraliza os dados dos sensores e apresenta as infor-
mações sobre a semeadura, tais como: espaçamento 
de plantio, área plantada, velocidade de deslocamen-
to, falha na deposição de semente ou adubo em deter-
minada linha, entre várias outras informações sobre o 
plantio apresentadas em tempo real.
Controlador
Utiliza a localização recebida da antena receptora 
e, com base no mapa de aplicação que contém as 
recomendações de densidade de semeadura em cada 
localização georreferenciada, envia os comandos 
para os atuadores realizarem a aplicação.
23Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Manômetro e Filtro
Detalhe do manômetro e filtro de 
uma semeadora.
Fonte: Senar, 2013.
Responsáveis pelo acompanhamento da pressão e 
pela limpeza dos fluidos utilizados no sistema, respec-
tivamente.
Válvula Eletro-Hidráulica
Sistema que recebe os comandos do controlador e 
atua no controle da rotação dos motores hidráulicos 
ou elétricos e/ou na abertura dos componentes res-
ponsáveis pela aplicação dos insumos.
Motores Hidráulicos ou 
Elétricos
Motor hidráulico responsável pelo 
acionamento dos eixos da semen-
te e do adubo.
Fonte: Senar, 2013.
Responsáveis pelo acionamento dos eixos da semen-
te e do adubo, permitem que o equipamento mude 
a taxa de aplicação instantaneamente ao entrar nas 
diferentes faixas de aplicação a taxa variável. De-
pendendo do modelo da semeadora, estes motores 
podem ser individuais para cada linha de plantio, 
proporcionando uma variação na taxa de semeadura 
no nível de cada linha. Por exemplo, é possível evitar 
eventuais erros proporcionados pelo plantio em uma 
curva, em que as linhas mais externas em relação à 
curva percorrem uma distância maior, necessitando 
de um maior número de sementes. Além disso, permi-
tem o fechamento de determinadas linhas para evitar 
sobressemeadura, sobretudo nas bordas da lavoura.
24Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Sensor de Velocidade
Radar sensor de velocidade.
Fonte: Garcia et. al, 2003.
Através de um radar ou sensor de roda, determina a 
velocidade de deslocamento da máquina. O sensor de 
roda pode apresentar um erro proporcionado pela pa-
tinagem, devendo, portanto, ser regulado de acordo 
com as características do solo no momento de cada 
operação.
Cabos e conectores
Cabos e conectores.
Fonte: Senar, 2013.
Necessários na conexão de aparelhos e implementos.
Para dar início à operação de semeadura, tão importantes quanto os equipa-
mentos que proporcionam esta tecnologia para as semeadoras são os mapas, 
dados e informações corretas para que as operações sejam executadas de for-
ma precisa.
As configurações dos controladores de semeadura variam de acordo com cada marca ou mode-
lo. Portanto, para maior segurança e precisão na semeadura, o operador deve ler e reconhecer 
a configuração do controlador utilizado, bem como dos demais equipamentos necessários na 
operação. Algumas configurações específicas serão abordadas detalhadamente em uma aula 
mais adiante. 
25Agricultura de Precisão na Semeadura » 
 Saiba Mais
Confira o site da fabricante de tratores Valtra (muito conhecida pelo setor sucroalcooleiro) 
para conhecer alguns modelos de plantadoras e adubadoras: <www.valtra.com.br/produ-
tos/implementos/plantadeiras>.Cheque também o Material Complementar I deste curso, no fim deste módulo. Trata-se de 
um material de divulgação com especificações técnicas da plantadora adubadora Valtra 
modelo HiTech BP905M. 
Não esqueça que os materiais complementares deste curso também estão disponíveis para 
download no Ambiente de Estudos!
Recapitulando
As semeadoras-adubadoras para agricultura de precisão são equipadas com uma série de dispo-
sitivos e equipamentos que permitem a semeadura a taxa variável. A máquina deve ser equipada 
com um GPS para que, em conjunto com o controlador, reconheça a localização e a recomenda-
ção da densidade de semeadura em cada área. Através de comandos hidráulicos ou elétricos, 
sempre que necessário, ocorre uma variação na rotação dos motores que determinam a distri-
buição de sementes nas linhas de semeadura. Por meio de um monitor, é possível acompanhar 
todas as informações sobre a operação, por exemplo, a falta de sementes em determinada linha, 
e a velocidade de deslocamento da máquina, determinada por um sensor ou radar.
26Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Fonte: Farm Works Mapping Software (www.ascommunications.co.uk) 
Aula 3
Mapas de variabilidade na semeadura à taxa variável
A operação de semeadura a taxa variável em áreas com grande variabilidade pode reduzir gas-
tos com insumos e aumentar a produtividade da lavoura. Desta forma, os critérios utilizados para 
análise e elaboração do mapa de semeadura são de grande importância. 
Ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de:
• reconhecer a importância dos mapas de variabilidade para realização da semeadura a taxa 
variável; e
• enumerar formas de interpretação de mapas de variabilidade com vistas à tomada de deci-
são sobre a semeadura a taxa variável.
27Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Tópico 1
Variabilidade e agricultura de precisão
Como você estudou no começo do curso, os solos brasileiros apresentam grande variabilidade 
espacial em seus atributos, por isso, deve-se conhecer e considerar estas variações para tomar 
as decisões mais acertadas de manejo.
A esta altura, você sabe dizer prontamente qual é a diferença entre a agricultura tradicional e a 
de precisão? 
Agricultura Convencional
Fonte: Shutterstock
Na agricultura convencional, a área do talhão é cultiva-
da como se fosse uma área homogênea, realizando-se 
apenas uma análise de solo em todo o talhão, e fazen-
do todo o trato cultural com base nos valores médios 
expressos pela análise. Isto leva ao desperdício, ou seja, 
à aplicação de doses maiores ou menores de insumos 
em determinadas subáreas dentro do talhão, quando 
aplicadas em locais de baixa e alta exigência, respec-
tivamente. Este procedimento é totalmente oposto ao 
utilizado na agricultura de precisão.
Agricultura de Precisão
Fonte: Shutterstock
A agricultura tornou-se uma prática cada vez mais de-
licada e competitiva, o que exige grande eficiência téc-
nica, e práticas de gestão de dados por parte do pro-
dutor, para que ele possa se manter em atividade de 
forma viável. Portanto, no sistema de agricultura de 
precisão, as variações apresentadas na área devem ser 
reconhecidas e tratadas de acordo com suas potenciali-
dades. Desta forma, as áreas com maior potencial pro-
dutivo devem receber maior investimento em insumos, 
inclusive sementes e fertilizantes. Já naquelas áreas 
com menor potencial produtivo, deve-se realizar uma 
semeadura de menor densidade, pois sua produção é 
limitada, e o retorno econômico não acompanha os al-
tos investimentos.
28Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Tópico 2
Mapeamento da variabilidade
Em áreas onde há grande variabilidade nos atributos do solo, o acréscimo no retorno econômico 
proporcionado pela prática da semeadura a taxa variável é muito maior do que o valor propor-
cionado pelo cultivo mais homogêneo. 
Por isso, é extremamente importante analisar os mapas de variabilidade espacial e temporal da 
área cultivada, para que se tenha o mapa de recomendação de semeadura ideal de acordo com 
as características da área. 
Fonte: Farm Works Mapping Software (www.ascommunications.co.uk)
No entanto, a análise de um mapa de variabilidade de forma isolada não passa a segurança e 
não providencia as informações necessárias para garantir a melhor taxa de semeadura. Por esse 
motivo, existem vários outros mapas de variabilidade espacial e temporal da área cultivada, que 
influenciam diretamente no potencial produtivo da cultura, e devem ser considerados na tomada 
de decisão sobre a semeadura. 
A seguir, você pode conhecer alguns dos mapas de variabilidade gerados na propriedade e suas 
interpretações para elaboração do mapa de recomendação da semeadura.
29Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Variabilidade 
Temporal
Inicialmente, o produtor ou o técnico deve considerar o mapa de va-
riabilidade temporal da colheita na área cultivada. Este mapa (ou 
conjunto de mapas) vai mostrar as subáreas que vieram aumentando 
gradativamente a produtividade safra a safra, como resposta ao ma-
nejo realizado, sendo, portanto, áreas de interesse para se investir em 
incrementos de produtividade.
Apresenta também subáreas problemáticas, com baixa produtivi-
dade nas últimas safras, e que não responderam positivamente ao 
manejo realizado. Na localização destas subáreas, pode ser realizado 
um estudo da química e da física do solo, bem como de qualquer ou-
tro atributo que possa ser o limitador da produtividade, devendo ser 
analisada a possibilidade de se corrigir o problema ou não.
Desta forma, quando se identifica que a subárea possui um limitante 
de produtividade, tal como mancha de cascalho, por exemplo, de-
vem-se aceitar as baixas produções futuras e realizar um baixo in-
vestimento nesta área. Assim, a semeadura deve ser realizada com 
menor densidade de sementes e com menor dose de fertilizante, fa-
zendo com que os custos com insumos sejam reduzidos, e a produção 
compense os gastos.
Variabilidade 
Espacial da 
Fertilidade
De forma similar, os mapas de variabilidade espacial da fertilida-
de do solo devem ser analisados para cada atributo químico rele-
vante, fazendo também uma análise de todos em conjunto para que 
se tenha uma interpretação da fertilidade geral do solo. As subáreas 
com maior fertilidade química do solo possuem maior potencial de 
produtividade e, desta forma, o mapa pode recomendar uma maior 
densidade de semeadura. Por outro lado, as subáreas com limitações 
de fertilidade devem receber uma menor densidade de semeadura, 
para evitar gastos desnecessários com insumos.
Variabilidade 
Espacial da 
Textura do Solo
Os mapas de variabilidade espacial da textura do solo também 
devem ser interpretados. De forma geral, os solos de textura mais 
argilosa e granulometria mais fina possuem maior capacidade de ar-
mazenamento de água e maior potencial produtivo. Neste caso, as 
subáreas com estas características devem receber maior densidade 
de semeadura do que aquelas que apresentam baixa capacidade de 
retenção de água. Subáreas com problemas de física de solo, com-
pactação, cascalho etc., também devem receber menor densidade 
de semeadura ou, em casos em que apresentam limitação extrema 
quanto à produtividade, podem até deixar de ser cultivadas.
30Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Variabilidade 
Espacial 
de Matéria 
Orgânica 
Dentro do mapa de variabilidade espacial de matéria orgânica, as 
subáreas mais ricas deste componente também apresentam maior 
potencial produtivo, devendo receber maior densidade de semeadu-
ra do que aquelas com baixo teor de matéria orgânica. A dose de 
distribuição do fertilizante de plantio também é variável de acordo 
com as características do solo, e aumenta nas áreas em que há maior 
potencial produtivo e maior densidade de semeadura.
Vale lembrar que existem softwaresque auxiliam na interpretação em conjunto destes mapas 
de variabilidade, ajudam o profissional a tomar a melhor decisão e a realizar o mapa de reco-
mendação de semeadura de acordo com a influência de cada característica analisada sobre a 
produtividade.
Para fechar esta aula, reflita um pouco sobre a seguinte questão antes de seguir para o final do 
módulo: se a semeadura deve ser aplicada apropriadamente apenas nas subáreas de carac-
terísticas adequadas para a lavoura, onde serão aplicados os procedimentos de agricultura de 
precisão para a correção do solo?
A taxa de semeadura e adubação é recomendada de acordo com a variabili-
dade e o potencial produtivo de cada área dentro do talhão. As variabilidades 
existem, mas devem ser conhecidas e respeitadas, ou seja, trabalhadas da me-
lhor maneira possível para garantir a viabilidade do cultivo.
Inclusive, a semeadura à taxa variável só é possível e viável em áreas que 
apresentam variabilidade, caso contrário, a semeadura será feita em taxa 
uniforme, não justificando o investimento em tecnologia nas máquinas para 
tal variação.
Assim, na operação de semeadura, trabalha-se apenas ajustando as taxas (se-
meadura, adubação) de acordo com as características da área. O tratamento 
ou correção de subáreas de menor potencial produtivo por baixa fertilidade, 
por exemplo, é feito em outras operações, como na distribuição de corretivos 
e fertilizantes, que é o tema de outro curso dentro deste mesmo programa.
Agora, siga para o final da aula e faça as atividades de aprendizagem relacionadas ao módulo!
31Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Recapitulando
Os mapas de recomendação da semeadura revestem-se de grande importância para o sucesso 
da atividade agrícola, pois determinam as subáreas que devem receber maior ou menor densida-
de de semeadura. Para sua elaboração, todos os mapas de variabilidade espacial da área devem 
ser analisados em conjunto, de forma a estabelecer as subáreas com maior ou menor potencial 
produtivo. Nos locais com maior potencial de produtividade, deve-se recomendar uma maior 
densidade de semeadura, visto a possibilidade de resposta e incremento de produtividade. Já 
nas áreas com baixo potencial produtivo, deve-se aceitar esta menor produtividade e recomen-
dar uma pequena taxa de semeadura e de aplicação de fertilizante, de forma a reduzir os gastos 
com estes insumos.
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente 
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de 
conteúdo!
Siga em frente e aproveite bem a atividade!
32Agricultura de Precisão na Semeadura » 
Atividade de aprendizagem
Você chegou ao final do Módulo 1 do Curso Agricultura de Precisão na Semeadura. A seguir, 
você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo. Lembre-se 
que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você também terá um 
feedback, ou seja, uma explicação para cada questão.
1. Analise as seguintes afirmativas e assinale a correta.
a) A semeadura à taxa variável deve ser feita indiscriminadamente para qualquer tipo de 
solo e cultura semeada.
b) A produtividade das lavouras pode ser aumentada por meio da semeadura a taxa variável.
c) A variação na taxa de semeadura é importante mesmo nas situações em que não se co-
nhece a variabilidade da área.
d) Para maior eficiência técnica e econômica, é importante realizar a semeadura a taxa variá-
vel, e manter a taxa de aplicação de fertilizante constante.
2. De acordo com o que você estudou nesta aula, analise as afirmativas seguintes e marque a 
alternativa correta.
a) As semeadoras tradicionais possuem as mesmas características das semeadoras utiliza-
das para distribuição de sementes a taxa variável.
b) O piloto automático é dispensável, pois o operador pode garantir o mesmo espaçamento 
entre as passadas da semeadora.
c) O controlador reconhece a recomendação de semeadura para cada área durante o deslo-
camento da máquina, e envia o comando para os motores ajustarem a aplicação.
d) O acionamento dos eixos de distribuição de sementes e adubo é realizado pelo sensor de 
velocidade.
33Agricultura de Precisão na Semeadura » 
3. Analise as seguintes afirmativas e marque a opção correta.
a) s subáreas com menor potencial produtivo devem receber maior densidade de semeadura 
e maior dose de fertilizante para compensar sua produtividade.
b) Os mapas de variabilidade da produtividade da área podem ser desprezados, uma vez que 
se referem a safras passadas.
c) Todos os mapas de variabilidade da área devem ser analisados em conjunto, de forma a 
identificar os pontos com maior ou menor potencial produtivo.
d) Subáreas com alto teor de matéria orgânica devem, obrigatoriamente, receber maior den-
sidade de semeadura.
	Módulo 1
	» Semeadura a Taxa Variável
	Aula 1
	A importância da semeadura a taxa variável
	Tópico 1
	Conceito de Semeadura a Taxa Variável
	Recapitulando
	Aula 2 
	Equipamentos utilizados nas semeaduras a taxa variável
	Tópico 1 
	Equipamentos da semeadura à taxa variável
	Tópico 2 
	Demais equipamentos importantes para a semeadora à taxa variável
	Recapitulando
	Aula 3
	Mapas de variabilidade na semeadura à taxa variável
	Tópico 1
	Variabilidade e agricultura de precisão
	Tópico 2
	Mapeamento da variabilidade
	Recapitulando
	Atividade de aprendizagem
	Módulo 2
	» Barra de luzes
	Aula 1
	A importância da barra de luzes
	Tópico 1
	Semeadura e Barra de Luzes
	Recapitulando
	Aula 2
	Tipos de barras de luzes
	Tópico 1
	Barras de luzes com monitor integrado
	Tópico 2
	Barras de luzes com autodirecionamento
	Recapitulando
	Aula 3
	Configuração dos componentes das barras de luzes
	Tópico 1
	Componentes da barra de luzes
	Tópico 2
	Instalação da barra de luzes
	Tópico 3 
	Configuração da barra de luzes
	Recapitulando
	Atividade de aprendizagem
	Módulo 3
	» Mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes
	Aula 1
	Tipos de mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes
	Tópico 1
	Distribuidores de sementes em linha
	Tópico 2
	Distribuidores de sementes a lanço
	Tópico 3
	Distribuidores de fertilizantes
	Recapitulando
	Aula 2 
	Regulagem dos mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes
	Tópico 1
	Regulagem quantidade de semente
	Tópico 2 
	Regulagem da quantidade de adubo
	Recapitulando
	Atividade de aprendizagem
	Módulo 4
	» Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras
	 Aula 1
	A importância dos sensores para o estabelecimento das lavouras
	Tópico 1
	Desafios da semeadura
	Recapitulando
	Aula 2
	Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras
	Tópico 1
	Tipos de sensores
	Tópico 2 
	Operação dos sensores
	Recapitulando
	Aula 3 
	Principais regulagens dos sensores utilizados nas 
semeadoras-adubadoras
	Tópico 1
	Checagem do Equipamento
	Tópico 2
	Instalação dos Sensores
	Recapitulando
	Atividade de aprendizagem
	Módulo 5
	» Monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes
	Aula 1
	Fatores que interferem na eficiência da deposição de sementes e fertilizantes
	Tópico 1
	Características de uma correta semeadura
	Tópico 2 
	Velocidade de deslocamento da semeadora
	Tópico 3 
	Características do solo e qualidade da semente
	Tópico 4
	Fatores relacionados à máquina e ao operador
	Recapitulando
	Aula 2 
	Principais formas de monitoramento da deposição de sementes e fertilizantes
	Tópico 1
	Dois tipos de monitoramento
	Recapitulando
	Aula 3 
	Configurações do monitor de plantio
	Tópico 1
	Variáveis da Operação de Semeadura 
	Tópico 2 
	Configurações dos controladores
	Recapitulando
	Atividade de aprendizagem
	Síntese do curso
	Gabarito
	Referências
	AP4_M1.pdf_GoBack

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