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Jazida de Urânio de Figueira, Paraná

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Universidade Federal Fluminense 
Departamento de Geologia 
Graduação em Geofísica 
 
 
 
 
 
Caracterização da Jazida de Urânio de Figueira, 
Paraná. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Sistema Terra II 
Professor: Cléverson Guizan 
Aluno: Juan Henrique Palma Dias 
Matrícula: 107.50.009-5 
 
Introdução: 
 
 Localizado na parte centro-norte do estado do Paraná, o depósito de urânio de 
Figueira foi descoberto em 1969, como resultado de um levantamento sistemático de 
bacias de carvão do sul e sudeste do Brasil. 
 Ele está localizado em sedimentos do Permiano Médio da Formação Rio Bonito, 
que é composta de arenitos e sedimentos carbonosos. 
 O corpo de minério principal é de forma lenticular e segue um paleocanal de 
direção norte-sul. O corpo tem cerca de 2.000m de comprimento e largura média de 600m. 
O urânio ocorre como uraninita em arenitos ou associado com matéria orgânica em argilas 
carbonosas e carvões. As reservas são de 8.000 t de U3O8, das quais 7.000 t são 
razoavelmente asseguradas. 
 
 
 
Geologia: 
 
 A bacia do Paraná é uma extensa depressão deposicional situada na parte centro-
leste do continente sul-americano e cobre uma área de 1.600.000 Km². Destes, 1.000.000 
Km² estão localizados em território brasileiro. 
 A faixa em estudo constitui um complexo litológico abrangendo rochas que vão 
desde o embasamento pré-cambriano até o Mesozóico. 
 Das diversas unidades litoestratigráficas que compõem a bacia do Paraná, o Grupo 
Guatá, de idade permiana, apresenta interesse específico por conter as mineralizações de 
urânio em discussão. 
 O Grupo Guatá – Permiano Médio a Superior, é constituído pelas formações Rio 
Bonito (de origem fluvio-deltaica) e pela formação Palermo, constituída de siltitos e 
folhelhos marinhos, frequentemente bioturbados. 
 A formação Rio Bonito, de espessura entre 120 a 140m, foi dividida em três 
intervalos, nomeados informalmente de inferior, médio e superior. Tais denominações 
foram formalizadas mais tarde por Schneider et al (1974) como Triunfo, Paraguaçu e 
Siderópolis, respectivamente. 
 O Membro triunfo, basal, possui espessura de 15 a 30m, com predomínio de 
arenitos, folhelhos e carvão apresenta um ambiente deltaico com suas várias faciologias, 
predominando em Figueira canais e mangues costeiros. O Membro Paraguaçu, com 
espessura média de 85m, marinho transgressivo, assenta-se sobre o Membro triunfo, 
constituindo-se de siltitos finos e leitos de rochas carbonáticas. No topo da Formação Rio 
Bonito, encontra-se o Membro Siderópolis, com espessura média de 20m, representado por 
arenitos muito finos e laminações com intercalações sílticas. Esta última unidade é pouco 
desenvolvida nas proximidades de Figueira e no nordeste do Paraná, em geral. É no 
Membro Triunfo que se situa a jazida de urânio de Figueira. 
 A formação Palermo alcança 80m de espessura, apresentando sucessão monótona 
de siltitos laminados, por vezes bioturbados, e com níveis de sílex, depositados em 
ambientes franerítico. 
 
 
 
 
 Fig. 1 – Coluna estratigráfica da bacia do Paraná. 
 
 
 
Fig.2 – Cobertura sedimentar paleozóica do estado do Paraná, 
com destaque para a formação Rio Bonito, em azul. 
 
 
A região enfocada é cortada por um sistema conspícuo de falhas do Mesozóico 
com direção NW, preenchidas por diques de diabásio. 
Secundariamente, aparece uma única grande falha com direção NE. 
O sistema de falhas descrito condiciona a jazida a um graben bem definido. 
 
 
 
Histórico: 
 
 Em 1956, durante estudos de amostras de carvão da coleção do DNPM, foi 
detectada radioatividade anômala numa amostra proveniente do Campo de Carvão Rio do 
Peixe, nordeste do Paraná. A análise da amostra revelou um teor de 300ppm de U3O8. 
 No período de 1961 a 1966, levantamentos de prospecção foram realizados em toda 
borda leste da bacia do Paraná, sem sucesso na descoberta de alvos de interesse para a 
localização de concentração de urânio. 
 Em 1969 os trabalhos de prospecção foram retomados em toda a Bacia Sedimentar 
do Paraná, focalizados sob um novo ângulo, visando definir os ambientes geológicos mais 
propícios para a deposição de urânio. 
 Em função desses trabalhos, foram selecionados vários sítios para a implantação de 
campanhas de sondagem exploratória, definindo assim uma área de 1.000 Km², 
abrangendo as regiões de Ibaiti, Figueira, Curiúva e Sapopema. 
 No período de 1971 a 1972, com a execução de 50.000m de sondagem, ficou 
evidenciada a morfologia do depósito de Figueira. 
 Em 1977 foi realizado um estudo de pré-viabilidade, objetivando a análise técnico-
econômica para a implantação de um complexo minero industrial. 
 No ano de 1978 iniciaram-se os trabalhos subterrâneos de reconhecimento, 
constando da abertura de um poço com a profundidade de 126m e uma galeria exploratória 
de 750m de extensão, tendo por finalidade comprovar a morfologia do depósito. 
 Em 1979 o relatório de pesquisa da Jazida de Figueira foi concluído, revelando 
uma jazida de urânio de médio porte. 
 
 
 
Métodos Geofísicos e Prospecção: 
 
 Visto que a região de Figueira possui uma área de 130 Km², os métodos geofísicos 
mais apropriados à prospecção seriam a aerogamaespectrometria e a sondagem elétrica 
vertical (SEV). 
 Alguns núcleos de elementos químicos apresentam a propriedade de emitir 
espontaneamente parte das partículas que o constituem ou parte de sua energia na forma 
de radiação eletromagnética. Existem vários processos pelos quais um núcleo pode decair. 
Os mais importantes são: o decaimento alfa, decaimento beta, o decaimento gama e a 
captura eletrônica. 
 O processo de captura eletrônica consiste na absorção pelo núcleo de um elétron da 
coroa eletrônica do átomo. Normalmente após o processo da captura eletrônica o núcleo 
formado emite radiação gama. A radiação gama consiste na liberação de uma parte da 
energia interna de um núcleo na forma de radiação eletromagnética sem a alteração do 
número de partículas que o constitui. Usando um gamaespectrômetro aerotransportado, 
poder-se-ia fazer um mapeamento da radiação gama da área em questão e, assim, obter a 
extensão do depósito de uraninita. Para uma maior acurácia no levantamento, o mesmo 
seria feito com um helicóptero a uma altura média de 80m. 
 Mapeada a extensão do depósito, ainda precisaríamos saber a profundidade na qual 
a uraninita ocorre. 
 Para isso usaríamos o método elétrico conhecido como sondagem elétrica vertical 
(SEV). A escolha do método consiste na camada à qual a uraninita está condicionada. A 
formação Rio Bonito é de origem fluvio-deltaica e, portanto, a deposição dos sedimentos 
se dá em fácies bem definidas. 
 Para uma área de 130Km², visto que a extensão do depósito já seria conhecida pelo 
método aerogamaespectrométrico, as SEV’s poderiam ser realizadas com espaçamento de 
50 a 100m, obtendo-se assim medidas muitos boas da profundidade na qual a uraninita se 
encontra. 
 Após a realização das SEV’s na área em questão, teríamos a profundidade e a 
extensão do depósito em mãos e poderíamos dar continuidade ao processo de exploração. 
 
 
 
Bibliografia: 
TOLEDO, M.C.; OLIVEIRA, S.M.B. & MELFI, A., 2003, Decifrando a Terra – Rios e 
Processos Aluviais. Org. Wilson Teixeira, M.Cristina Motta de Toledo, Thomas Rich 
Fairchild e Fábio Taioli, Oficina de Textos, 2ª reimpressão, São Paulo. 
PEREIRA, R.M., 2003, Fundamentos de Prospecção Mineral – Prospecção Geofísica; 
Prospecção de Minerais Pesados, Interciência, Rio de Janeiro. 
 Principais depósitos minerais do Brasil., 1985, Org. Carlos Schobbenhaus, Departamento 
Nacional da Produção Mineral em convênio coma Companhia Vale do Rio Doce, Brasília. 
BRAGA, A.C.O., 2002, Métodos Geoelétricos Aplicados, Universidade Estadual Paulista, 
São Paulo. 
Sites: http://www.iag.usp.br/siae98/geofisica/geofmetodos.htm
 http://www.obt.inpe.br/pgsere/Madrucci-V-1999/dissertacao_Vanessa.PDF
 http://www.mineropar.pr.gov.br/
 http://www.cprm.gov.br/coluna/fmriobonito.html
 http://www.cprm.gov.br/publique/media/capXI_a.pdf
 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-
44672001000300003&lng=en&nrm=iso

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