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Correcao_do_ED_de_Bioeletrogenese_Modo_de_Compatibilidade_

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Estudo dirigido
Bioeletrogênese
1) A esclorese múltipla é descrita como uma doença auto-imune 
caracterizada pela destruição da bainha de mielina dos axônios do 
sistema nervos central, cujo tratamento pode ser sintomático, do 
surto e preventivo. Entre os sintomas podemos citar a espasticidade 
(distúrbio motor causado por aumento do tônus muscular, 
provocando limitação da amplitude do movimento articular, dor, 
aumento do gasto energético metabólico e prejuízo das tarefas 
diárias) que pode ser tratada com Baclofeno que aumenta a 
condutância ao potássio através de uma ação sobre o receptor 
GABAB ou, também, pode ser tratada pelo Benzodiazepínico que GABAB ou, também, pode ser tratada pelo Benzodiazepínico que 
aumenta a condutância ao cloreto através de uma ação sobre o 
receptor GABAA. Outro sintoma que é a parestesia (distúrbio da 
sensibilidade, no qual se observa uma sensação cutânea de 
queimação, dormência, formigamento ou coceira) pode ser tratada 
com Carbamazepina que atua sobre o canal de Na+ voltagem-
dependente no estado inativado, aumentando a duração da 
inativação e afetando o período refratário. Explique com base 
biofísica o mecanismo de ação destes fármacos.
Propagação do potencial de ação
Quilfeldt, 2005
Os PAs se propagam ou são conduzidos ao longo dos
axônios. Os PAs não são transmitidos.
Os neurotransmissores fazem transmissão na fenda
sináptica.
Alta resistência = isolantes
Bainha de mielina é um 
bom isolante elétrico
Baixa resistência = condutores
Água bom condutor de corrente
Sais
(íons carregados dissolvidos)
Propagação do potencial de ação
Condução saltatória
Quilfeldt, 2005
Células gliais do sistema nervoso 
central
Células gliais no SNC – células ependimárias; oligodendrócitos e astrócitos
Origem epitelial
Revestimento dos ventrículos
e cavidades do SNC
Epitélio secretor ► LCR
John Nolte. Neurociências.2008
Segmentos em múltiplos neurônios.
Bainha de mielina
Células gliais do sistema nervoso 
central
Células estreladas 
inúmeros processos
Espaço entre os neurônios e 
os processos neuronais
Astrócitos
Contato 
Capilares
Sustentação
metabólica
Corpos celulares
Sinapses 
Nódulo de Ranvier
Regulação de pH
Regulação de [K+]
Eliminação de NTs
Micróglia
Distribuição difusa pelo SNC
Resposta imune
Células gliais do sistema nervoso 
central
Lesão
Proliferação
&
Diferenciação
Macrófagos-símile
Fagocitose
Doenças desmielinizantes
• Axônios da bainha de mielina.
• Preservação concomitante de outros elementos do
sistema nervoso – axônios e tecidos de sustentaçãosistema nervoso – axônios e tecidos de sustentação
– pelo menos na fase aguda da doença.
• Infiltrado inflamatório perivascular.
• Lesões focais em uma área primariamente na
substância branca que podem se disseminar com a
evolução da doença.
Desmielinização
Doenças desmielinizantes
Doenças autoimunes
Resposta imune humoral
Esclerose múltipla – SNC 
Células de Schwann - mielina
Ataxia;Ataxia;
Movimentos irregulares dos olhos, tais como nistagmo
Defeitos na pronunciação das palavras (disfasia)
Neurite retrobulbar;
Disfunção sexual e urinária;
Depressão e dificuldades de memória
Esclerose múltipla
• Doença desmielinizante inflamatória do SNC
• Taxa de incidência anual * : 1,5 a 11 / ano
• 30 – 40 anos ♀ (MOREIRA et al, 2000;TILBERY et al, 1995)
• 1 milhão de pessoas no mundo.• 1 milhão de pessoas no mundo.
• Etiologia: fatores genéticos, fatores ambientais,
anomalias imunológicas, infecção produzida por um
vírus latente e mielinólise por enzimas.
• Evolução recidivante-remitente
• Sintomas intermitentes e progressivos
• Doença auto-imune
• Alvo imunológico – mielina, oligodendrócitos,
glicoproteína associada à mielina ou proteína
Esclerose múltipla
glicoproteína associada à mielina ou proteína
mielínica proteolipídica.
• Interrupção da condução nervosa - dificuldades
motoras e sensitivas.
Esclerose múltipla
Processo inflamatório exacerbado.
Resposta imune mediada por linfócitos
T CD4+, CD8+ e plasmócitos.
Citocinas: células neurais e gliais
Citocinas: leucócitos e linfócitos
circulantes
IL-6; Il-1; TGF-β; TNF-α; INF-ϒ
Expressão de moléculas de adesão
celular e produção de quimiocinas.
Migração transendotelial de leucócitos
e células mononucleares ativas.
Quadro clínico – sintomas mais comuns
Esclerose múltipla
Sintoma Paciente (%)
Paresia 50Paresia 50
Parestesia 45
Neurite óptica 20
Marcha atáxica 15
Espaticidade – pacientes com esclerose múltipla de longa evolução
• Tratamento:
– sintomático
Esclerose múltipla
– sintomático
– do surto
– preventivo
• Tratamento sintomático
Esclerose múltipla
Sintomas Fármaco mecanismo
Espasticidade Baclofeno
Dantroleno sódico
Gabamimética - GabaB
↑gK
Ligação ao canal de receptor
de rianodina do retículo
sarcoplasmático
↓Liberação de Ca+2
Benzodiazepínico 
↓Liberação de Ca+2
↑transmissão gabaérgica
GabaA
↑gCl
Parestesias/clones Carbamazepina
Gabapentina
↑ estado inaSvado –canal de 
Na+
↑transmissão gabaérgica
GabaA
↑gCl
Tremores Clonazepan ↑transmissão gabaérgica
GabaA
↑gCl
Canal de cloreto ativado por ligante
Glutamato 
descarboxilase
Receptor GABAA - ↑gCl
Receptor GABAB - ↑gk, via 2º mensageiro
Receptores ionotrópicos inibitórios
• Os receptores GABAB podem estimular a abertura dos canais de K+, o que faz com que o
neurônio ao equilíbrio do potencial de K+, hiperpolarizando o neurônio. Isto evita a abertura
dos canais de sódio, evita que o potencial de ação dispare, impede a abertura dos canais de
Ca2+ dependente de voltagem, e por isso impede a liberação de neurotransmissores. Assim
os receptores GABAB são considerados receptores inibidores.
• Eles também podem reduzir a atividade da adenilato ciclase e diminuir a condutância de
Ca2+ na célula.
Fármacos
Ação sobre os canais de Na+voltagem-dependentes.
Estado inativado Estado fechado
↓frequência
↑∆t dos períodos refratários absoluto e relativo
↓Frequência máxima de disparos dos neurônios
A duração e a freqüência do PA são limitadas por propriedades intrínsecas ao canal de Na+.
Fenitoína - Dilantin
Carbamazepina – Tegretol, Carbatrol
Lamotrigina – Lamictal
Ácido Valpróico – Depakene 
Fármacos
Ação sobre os canais de Na+voltagem-dependentes.
Período refratário
Fenitoína – crises parciais e crises tônico-clônicas generalizadas , exceto crise de
ausência.
Carbamazepina – diversos tipos de crise epiléptica, exceto crise de ausência.
Neuralgia do trigêmeo
Lamotrigna - perfil terapêutico amplo.
Costanzo L, Fisiologia, 2011 Katsung BG, Farmacologia, 2003
• Tratamento do surto
• Objetivo: reduzir o tempo e a gravidade do 
episódio.
• Atuação: inflamação e edema da bainha de mielina.
Esclerose múltipla
• Atuação: inflamação e edema da bainha de mielina.
• Alvo: axônio – prevenção da lesão.
• Fármaco: corticosteróide
– ACTH: hormônio adrenocorticotrófico
– Prednisona 
–Metilprednisolona
• Efeitos: anti-inflamatório e imunossupressor
2) Qual a justificativa eletrofisiológica para o uso 
de 3,4 Diaminopiridina no tratamento da 
síndrome de Eaton Lambert que é 
caracterizada pelo comprometimento dos caracterizada pelo comprometimento dos 
canais de Ca+2?
3,4 Diaminopiridina
• Melhora a liberação de acetilcolina na fenda,
através da inibição dos canais de potássio pré-
sinápticos.sinápticos.
• Tratamento da síndrome miastênica de Eaton
Lambert – comprometimento dos canais de Ca+2.
• A dose varia entre 5 e 25mg, 3 a 4 vezes por dia.
3) Por que a Succinilcolina (Suxametônio) pode
ser considerada um bloqueador
despolarizante da junção neuromuscularquedespolarizante da junção neuromuscular que
inicialmente produz contrações musculares
transitórias?
Suxametônio
• Succinilcolina
• Agonista do receptor de acetilcolina na placa
motora.
• Inicialmente produz contrações musculares
transitórias, seguidas pela inibição da transmissãotransitórias, seguidas pela inibição da transmissão
neuromuscular.
• Perda da excitabilidade.
• Rápida hidrólise: acetilcolinesterase pancreática.
• Paralisia do músculo esquelético por bloqueio da
transmissão nervosa na junção neuromuscular.
• Intubação traqueal
Suxametônio
4) No que se refere à bioeletrogênese, como 
você diferencia as células excitáveis das não-
excitáveis? excitáveis? 
A bioeletrogênese é a capacidade de gerar e 
alterar a diferença de potencial elétrico (DDP) 
através da membrana.
Todas as células possuem DDP elétrico em sua 
membrana plasmática, porém só os neurônios, membrana plasmática, porém só os neurônios, 
as células musculares e as células glandulares 
conseguem alterar essa DDP elétrico 
significativamente. 
Células excitáveis
Músculo liso
• Vaso - 10 µm de diâmetro X 100 µm de comprimento
• TGI – 5-20 µm de diâmetro X 500 µm de comprimento
• Corpúsculos densos
• Conexões mecânicas e elétricas• Conexões mecânicas e elétricas
• Cavéolas
• Não possui troponina
• Regulação do filamento espesso
• Acoplamento fármaco-mecânico:
– Vasopressina, Angiotensina, Acetilcolina, Noradrenalina
& Adrenalina
Prof. Edson Lopes da Ponte - Centro Universitário Christus
Berne & Levy – Fundamentos de Fisiologia – 4ª edição
• Na+K+ATPase ► Potencial de repouso
• PR variável ao longo do tempo: -40 a -80 mV
Eletrofisiologia do músculo liso
Ondas lentasOscilações Ritmo elétrico básico
f=3/minuto – estômago
f=12/minuto – duodeno
Células 
de Cajal
Prof. Edson Lopes da Ponte - Centro Universitário Christus
Berne & Levy – Fundamentos de Fisiologia – 4ª edição
Contração do músculo liso
• Acoplamento excitação-contração
• Canais voltagem dependentes
• Canais ativados por ligantes
• Via do inositol 1,4,5 trifosfato• Via do inositol 1,4,5 trifosfato
↑GMPc→ a6vação Fosfatasemiosínica → relaxamento
Mecanismo intracelular da 
contração do músculo liso
Berne & Levy – Fundamentos de Fisiologia – 4ª edição
5) Cite algumas funções biológicas que são 
dependentes do fluxo de correntes iônicas.dependentes do fluxo de correntes iônicas.
• Comunicação entre as células do organismo.
• Transmissão nervosa
• Atividade cardíaca• Atividade cardíaca
• Contração muscular
• Secreção das glândulas
6)Baseado no mecanismo de ação dos
digitálicos, porque uma intoxicação por este
fármaco traz graves conseqüências?
digitálicos, porque uma intoxicação por este
fármaco traz graves conseqüências?
Digitálico
Indicações
• Insuficiência cardíaca congestiva
Bloqueio da bomba Na+K+ATPase
Origem: Digitalis purpurea e Digitalis lanata
Cardioglicosídeo
• Fibrilação atrial
• Flutter atrial
• Taquicardia paroxística supraventricular
• Efeitos:
• Inibidor da bomba de Na+/K+ ATPase
• Alteração do platô.
• Ativação do sistema nervoso parassimpático - Redução do ritmo cardíaco. 
• Inotropismo + →↑Força de contração ventricular
Digoxina
Digitoxina
Ouabaína
Digitálico
Regulagem hidroeletrolítica da célula
Bomba Na+K+ ATPase→ Eletrogênica
Velocidade de transporte do Na+
é maior que a do K+ .
7)Recorde-se da aula prática de NMJ e responda
quais os mecanismos pelos quais pode se dar
o bloqueio da junção neuromuscular.
Fármacos bloqueadores da junção neuromuscular
Bloqueio da JMN em 2 níveis
Pré-sinápticoPós-sináptico
Síntese ou 
liberação de
ACh
Bloqueio da
ação da ACh
Local de ação dos fármacos 
clinicamente importantes
Ponto de vista clínico: 
Bloqueio da JNM somente como adjuvante da anestesia com ventilação artificial.
Não é intervenção terapêutica.
Bloqueadores não-despolarizantes
Bloqueadores despolarizantes
Fármacos bloqueadores da junção neuromuscular
ACh
Tubocurarina Succinilcolina
Dessensibilização por 
despolarização persistente
8) Porque o uso de TTX pode levar a paralisia e 
morte?morte?
Período refratário
Tetrodotoxina
• Bactéria marinha do peixe baiacu
• Molécula hidrofílica – aloja-se no canal
• Bloqueador de canal de Na+ voltagem dependente 
de neurônios – Bloqueia a condução do potencial de neurônios – Bloqueia a condução do potencial 
de ação – [nM]
• Sensibilidade: Nervo
• Insensibilidade: Músculo cardíaco e neurônios 
sensoriais periféricos.
• Fraqueza – Paralisia - Morte
Tetrodotoxina

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