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ADMINISTRATIVO AULA 08

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DIREITO ADMINISTRATIVO - AULA 08 (03/07/12)
Continuação de Serviços Públicos – Concessão Especial
b) Concessão Especial
- Trata-se de Parceria Público-Privada.
- Prevista na L. 11.079/04.
- Há um contrato administrativo com interesses divergentes.
- Ocorre que este contrato de concessão possui algumas regras próprias e específicas.
Características:
I) Financiamento privado: O parceiro privado irá financiar o negócio e o Estado paga em suaves prestações.
II) Compartilhamento dos Riscos: o Estado divide os prejuízos com o particular.
III) Pluralidade Compensatória: o valor será pago de diversas maneiras. Ex: ordem bancária, transferência de créditos não tributários, utilização especial de bens públicos, outorga de direitos e outros meios previstos em lei. Esta pluralidade é compensatória ao Estado, pois ele não necessita dispor de grande quantia em dinheiro. Contudo, a fiscalização é mais difícil, por haver meios diferentes.
Vedações:
I) Quanto ao valor: A PPP não pode ter valor inferior a 20 milhões de reais.
II) Quanto ao prazo: A PPP não pode ser inferior a 05 anos, nem superior a 35 anos.
III) Quanto ao objeto: A PPP não pode ter objeto simples/único. É necessário reunir pelo menos 02 destes elementos: obra, serviço ou fornecimento.
- Quando se formaliza o contrato de concessão da PPP, as pessoas envolvidas irão formar uma nova Pessoa Jurídica, que irá controlar e fiscalizar esta parceria. Esta nova PJ é chamada de Sociedade de Propósitos Específicos.
PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
- Está prevista na L. 8.987/95, nos arts. 2º e 40.
- É a delegação de serviço público, em que a Administração transfere somente a execução.
- A transferência será feita pelo poder concedente, que transfere à PF ou PJ.
- Formalização: A permissão se formaliza através de um contrato administrativo (art. 40, L 8.987/95).
- Modalidades: Permissão de uso de bem público e Permissão de serviço público.
- Originariamente a Permissão nasceu como ato unilateral.
- A natureza jurídica de permissão de uso de bem é ato unilateral. Isso porque o art. 40 da L 8.987/95 regulamentou apenas a permissão de serviço público. Esta tem natureza jurídica contratual.
OBS: A natureza jurídica da Concessão e Permissão de serviço público são idênticas, qual seja, contratual.
- Se falamos de contrato administrativo, existem duas conseqüências: I) Necessidade de licitação, em qualquer modalidade. O que estipula a modalidade é o valor do contrato; II) Prazo determinado.
- A permissão não depende de autorização legislativa específica.
- A permissão de serviço público é um instituto precário. Precário significa que pode ser desfeito a qualquer tempo, sem ser obrigado a indenizar.
- A doutrina afirma que no caso de permissão terá que ser contrato administrativo (prazo determinado – que em tese ensejaria indenização), mas será um instituto precário, em que o Estado poderá retomar a qualquer tempo, mas haverá indenização. Então a precariedade será mitigada.
AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO
- A doutrina afirma que a autorização de serviço só poderá ser utilizada excepcionalmente.
- É possível quando se trata de pequenos serviços ou situações urgentes.
- Ex: taxi, despachante.
- É um ato administrativo unilateral, discricionário e precário.
AGENTES PÚBLICOS
- Conceito: é todo aquele que exerce função pública, seja de forma temporária ou permanente, com ou sem remuneração.
- Ex: mesário das eleições.
Classificação:
a) Agentes Políticos:
- São aqueles que representam a vontade do Estado.
- São os agentes que estão nos comando/direção de cada um dos Poderes.
- Quem são eles: Chefe do Poder Executivo e vice; auxiliares imediatos do Executivo (ministros de estado, secretários estaduais e municipais); membros do poder legislativo (senadores, deputados federais, estaduais e vereadores); magistrados e membros do MP (o STF reconhece desde 2002 como agentes políticos); ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas.
- Pergunta: Agente político é Celetista ou Estatutário? R: Se o trabalhador tem os direitos previstos em uma lei, ele se submete ao regime legal, o que alguns autores chamam de regime jurídico administrativo (estatutário). Este sujeito será titular de cargo público, que está presente em PJ de direito público; Se os direitos do trabalhador estão previstos em um contrato de trabalho, ele se submete ao regime contratual/trabalhista/celetista. Este sujeito será titular de emprego público, que está presente em PJ de direito público e privado. O agente político é ocupante de cargo público, e, portanto, está sujeito ao regime estatutário.
b) Servidores Estatais:
- Podem atuar tanto na administração direta como na indireta.
- Os servidores estatais se subdividem em duas categorias:
Servidor Público: Se atua na PJ de Direito Público.
Servidor de Ente Governamental de Direito Privado: Se atua na PJ de Direito Privado.
b.1) Servidor Público
- É aquele que atua na administração direta ou em autarquias e fundações públicas de direito público.
- A CF/88, em seu texto original dizia que o servidor público estava sujeito a regime jurídico único. Isso significa que só será possível um único regime em cada ordem política.
- Através deste texto, predominou o regime estatutário, que não era obrigatória.
- Ocorre que com a EC 19/98, o constituinte aboliu o regime único, admitindo o regime múltiplo. Este regime significava a mistura dos regimes estatutários e celetistas. Esta mistura dependia da lei de criação. Se criasse cargo, o regime era o estatutário. Se criasse emprego, o regime era o celetista.
- O art. 39 da CF, foi levado ao STF, através da ADI 2.135. O STF reconheceu que este dispositivo era inconstitucional formalmente, ou seja, entendeu por um defeito no procedimento. Esta decisão foi em sede de cautelar. Por ser cautelar, produz efeitos ex nunc. Sendo assim, a partir da decisão voltou ao regime jurídico único.
- Então hoje no Brasil o que vale é o Regime Jurídico Único. No âmbito Federal e nos Estados, o regime escolhido foi o estatuto. No âmbito municipal, a maioria optou pelo regime celetista.
- O servidor público que tem regime estatutário será o titular de cargo, que antes era chamado de funcionário público.
- Se o servidor seguir o regime celetista, sendo titular de emprego, ele será chamado de Servidor Público titular de Emprego, ou Empregado Público.
b.2) Servidores de Entes Governamentais de Direito Privado
- Trata-se de PJ de Direito Privado (Empresa Pública, SEM e Fundações Públicas de Direito Privado).
- O regime é celetista, e o servidor será chamado somente de Empregado.
- Então, no caso de regime celetista, se for PJ de direito público será chamado de Empregado Público. Se for PJ de direito privado será chamado somente de Empregado.
- Estes agentes não são servidores públicos, mas se equiparam a estes em algumas situações. São as equiparações: prestar concurso público; não acumulação; em regra, estão sujeitos ao teto remuneratório (mas se PJ não receber repasse para custeio, não é necessário respeitar o teto); para a lei penal (art. 327, CP); respondem por improbidade administrativa (L. 8.429/92); sujeitos aos remédios constitucionais.
- No caso de dispensa, os empregados se diferem dos servidores públicos. A dispensa desses empregados não tem o mesmo formalismo/exigência dos servidores públicos. De acordo com a súmula 390, TST, estes empregados não gozam da estabilidade do art. 41, CF. O TST complementa afirmando que, por não haver estabilidade, a dispensa será imotivada (não necessita de justificativa), de acordo com a OJ 247.
- A OJ 247 traz uma exceção, que é a empresa de Correios e Telégrafos. Esta matéria foi levada ao STF e foi declarada de repercussão geral.
c) Particulares em Colaboração
- É o particular que não perde a qualidade de particular, mas em determinado momento ajudará o estado.
- São divididos em:
c.1) Requisitados:
- São aqueles convocados para participar.
- Ex: mesário, jurado e serviço militar obrigatório.
c.2) Voluntários (ou sponte própria):- Participam pela própria vontade.
- Hely Lopes Meirelles chamava de agentes honoríficos.
- Ex: amigos da escola, dirigente de ordem de classe.
c.3) Particulares em Colaboração:
- Trabalha nas Concessionárias e Permissionárias.
c.4) Delegação de Função:
- São os serviços notariais, que estão previstos no art. 236, CF.
- O titular da serventia é um particular que tem que prestar concurso público.
c.5) Particular que pratica ato oficial:
- É o caso de serviços públicos que tanto o Estado quanto o particular são titulares.
- Ex: ensino e saúde.
Acessibilidade no Regime brasileiro
- A acessibilidade (possibilidade de ser servidor) é para os brasileiros e estrangeiros na forma da lei.
- A EC 19/98 trouxe esta possibilidade ao estrangeiro.
- A condição de acessibilidade é o concurso público. Excepcionalmente o concurso não acontecerá. Mas a regra é o concurso.
- O concurso é chamado de escolha meritória.
- As exceções ao concurso: mandato eletivo, cargo em comissão, contratados temporariamente e hipóteses expressas na CF.
- O cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração. Era anteriormente chamado de cargo de confiança. Serve para direção, chefia e assessoramento. Pode ser exercido por qualquer pessoa.
- O contrato temporário está descrito no art. 37, IX, CF. é uma situação de anormalidade, em caso de excepcional de interesse público.
- Quanto às hipóteses expressas na CF, temos o “Ministro do STF”. A escolha é feita pelo chefe do Executivo. Também temos como exemplo algumas vagas dos Tribunais Superiores. Temos também a regra do quinto constitucional, em que membros da OAB e do MP passam a ser magistrados. Temos também os Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas. Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias também são um exemplo, pois eles serão submetidos a um processo seletivo (art. 198, CF e L. 11.350/06).
- O prazo de validade do Concurso Público é de até 02 anos, sendo possível prorrogar por uma única vez, e por igual período.
- A prorrogação tem que estar prevista no Edital. Por isso é uma decisão discricionária do administrador. É possível haver prorrogação, só que enquanto o concurso for válido. O ato de prorrogação pode ser revogado, desde que a prorrogação não tenha começado a fluir.

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