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Sistema Financeiro Nacional

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Faculdade de Ciências Gerenciais – Barão de Jundiaí
	Curso: C. Contábeis
	3ºA
	5º Com A
	Bim: 1º
	Turma: Diversas
	Disciplina: Contabilidade bancária
	Professor: Rosário Gregório
	Texto de apoio 2: SFN – Sistema Financeiro Nacional
	Até 1964, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) carecia de uma estrutura adequada a necessidades e carências da sociedade. A partir de então, foi erditada uma série de leis que possibilitaram esse reordenamento:
	Instrumento
	Problema
	Solução
	Lei da Correção Monetária (4.357/64)
	Historicamente a inflação brasileira superava os 12%a.a. e, com base no Direito Canônico, a lei de usura limitava o juro a 12%a.a. AS empresas e indivíduos preferiam aplicar seus recursos disponíveis em outras alternativas, adiando, inclusive, o pagamento de suas obrigações tributárias.
Essa lei limitava a capacidade do Poder Público de financiar-se mediante a emissão de títulos próprios, impondo a emissão primária de moeda para satisfazer às necessidades financeiras.
Além disso, os valores históricos de demonstrativos financeiros deixavam de espelhar adequadamente a realidade econômica, novamente com consequências para o Tesouro – tendo em vista a redução da carga tributária – e para os potenciais investidores.
	A lei instituiu normas para indexação de débitos fiscais, criou títulos públicos federais com cláusula de correção monetária (ORTN) – destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover investimentos.
	Lei do Plano Nacional da Habitação (4.380/64)
	A recessão econômica dos anos 60 aumentava a massa de trabalhadores com pouca qualificação e o Estado não tinha condições de criar ou fomentar diretamente postos de trabalho para essa mão de obra.
Uma alternativa seria a criação de empregos na construção civil.
	Foi criado o BNH – Banco Nacional da Habitação, órgão gestor do também cirado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), destinado a fomentar a construção de casas populares e obras de saneamento e infraestrutura urbana, com moeda própria (Unidade Padrão de Capítal – UPC) e seus próprios instrumentos de captação de recursos – Cédulas Hipotecárias, Letras Imobiliárias e Cadernetas de Poupança.
Posteriormente, a esses recursos foram adicionados os do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.
	Lei da reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64)
	Os órgãos de aconselhamento e gestão da política monetária, de crédito e finanças públicas concentravam-se no Ministério da Fazenda, na Superintendência da Moeda e do crédito (Sumoc) e no Banco do Brasil, e essa estrutura não correspondia aos crescentes encargos e responsabilidade na condução da política econômica.
	Criado o Conselho Monetário Nacional – CMN e o Banco Central do Brasil – BACEN, bem como estabelecidas as normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação aos quais as entidades do sistema financeiro deveriam subordinar-se.
	Lei do Mercado de Capitais (4.728/65)
	O processo de popularização do investimento estava contido em função da nítida preferência dos investidores por imóveis de renda e de reserva de valor. Ao governo interessava a evolução dos níveis de poupança internos e o seu direcionamento parea investimentos produtivos.
	Estabelecida normas e regulamentos básicos para a estruturação de um sistema de investimento destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda por crédito.
	Lei da CVM (6.385/76)
	Criar uma entidade que absorve-se a regulamentação e a fiscalização do mercado de capitais, especialmente no que se referia às sociedades de capital aberto.
	Criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), transferida do Banco Central a responsabilidade pela regulamentação e fiscalização das atividades relacionadas ao mercado de valores mobiliários (ações, debêntures, etc)
	Lei das S.A. (6.404/76)
	Atualizar a legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras, especialmente quanto aos aspectos relativos à composição acionárias, negociação de valores mobiliários (ações, etc) e modernização do fluxo de informações.
	Estabeleceu regras claras quanto a características, forma de constituição, composição acionária, estrutura de demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais.
	Lei nr. 10.303/01
	Aprimorar a legislação sobre as sociedades anônimas (Lei nº 6.404/76), especialmente quanto aos aspectos relativos ao direito do acionista minoritário, e da Lei nº 6.385/76, relativamente a algumas atribuições da CVM.
	Estabeleceu novos direitos de acionistas minoritários, tais como a tag along mínimo de 80% e a composição de ações (limitando o percentual de ações preferenciais em 50%). Além disso, dentre as alterações na Lei 6.385/76, destaca-se a transferência para a CVM da competência para regular e supervisionar os fundos de investimentos e os derivativos. 
	Lei nº 11.638/07
	A legislação societária brasileira ficou defasada pelo tempo decorrido e pela necessidade de convergência com os padrões internacionais de contabilidade.
	Estabeleceu procedimentos em consonância com os padrões internacionais de contabilidades adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
	Lei nº 11.941/09
	Insegurança institucional quanto a possíveis conflitos nos critérios de reconhecimento e mensuração previstos na lei societária e na lei fiscal.
	Estabeleceu o regime tributário de transição.
	A estrutura do SFN é, pois, decorrente desse conjunto de instrumentos legais, inspirada no modelo de especialização de instituições existente nos Estados Unidos da América (EUA), sendo cada segmento identificado de acordo com o objetivo precípuo das destinações dos recursos captados:
Crédito de curto e curtíssimo prazos: Bancos Comerciais, Caixa Econômica Federal, Cooperativas de crédito e Bancos múltiplos com carteira comercial;
Crédito de médio e longo prazos: Bancos de Investimentos, Bancos de Desenvolvimentos, Caixa Econômica Federal e Bancos Múltiplos com carteira de investimento ou desenvolvimento;
Crédito ao consumidor: Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (“Financeiras”) e Bancos Múltiplos com carteira de crédito, financiamento e investimento.
Crédito habitacional: Caixa Econômica Federal, Associações de Poupança e Empréstimos, Companhias Hipotecárias, Sociedades de Crédito Imobiliároios e Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário;
Intermediação de títulos e valores mobiliários: Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos de Investimentos e Bancos Múltiplos com carteira de investimento;
Arrendamento mercantil: Sociedades de Arrendamento Mercantil e Bancos Múltiplos com carteira de arrendamento mercantil.
Cabe ainda destacar que outras entidades, caracterizadas como detentoras de volume significativo de recursos do público em geral ou especializdas em determinados segmentos, têm tido representatividade crescente no âmbito do SFN, apesar de não participarem diretamente do processo clássico de intermediação financeira ou de distribuição de títulos e valores mobiliários, quais sejam:
Seguradoras;
Companhias de capitalização;
Entidades fechadas e abertas de previdência privada;
Empresas de factoring;
Consórcios;
Agências de fomento e de desenvolvimento;
Sociedades de crédito ao microempreendedor;
Bancos de câmbio.
NIYAMA, Jorge Katsumi e GOMES, Amaro L. Oliveira Contabilidade de Instituições Financeiras 4ª. ed. – Atlas, 2012.
	O conjunto de instituições que serve de ponte entre os tomadores de empréstimos e os poupadores/investidores, possibilitando a transferência de recursos entre eles, forma o Sistema Financeiro Nacional.
Visão sistêmica/funcional do SFN
Conselho Monetário Nacional
- Constituição: 
 . Ministro da Fazenda;
 . Ministro do Planejamento;
 . Presidente do Banco Central.
Subsistema
Normativo
Banco Central do BrasilComissão de Valores Mobiliários
Banco do Brasil S.A.
Agentes
especiais
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
Sistema
Financeiro
Nacional
Bancos múltiplos
Bancos comerciais
Públicos e privados
Bancos de desenvolvimento
Caixas econômicas
Subsistema
de
Intermediação
Sociedades
de crédito
imobiliário
Sistema
Brasileiro
de
Poupança
e
Empréstimo
Demais
instituições
bancárias,
não bancárias
e auxiliares
Associações
de Poupança e
Empréstimos
Sociedade de crédito, financiamento
E investimento
Bancos de investimento
Bolsas de valores e outras instituições auxiliares
 
Outras instituições
	Entre as instituições que participam do SFN estão as Bolsas de Valores, que são associações civis, sem fins lucrativos. As Bolsas têm como principal objetivo aproximar compradores e vendedores que negociarão papéis de renda variável – ações ou outros ativos, como opções, operações no mercado futuro, etc. Dentro desse objetivo maior, devem manter local adequado para realização dos negócios, dar ampla divulgação das operações efetuadas em seu “pregão’ e assegurar aos investidores garantia dos títulos e valores negociados. Exemplo: BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.
	
As Bolsas de Valores são importantes nas economias de mercado por permitirem a canalização rápida das poupanças, para sua transformação em investimentos. Constituem, para os investidores, um meio prático de jogar lucrativamente com compra e venda de títulos e ações, escolhendo o momento adequado de baixa ou alta das cotações. As negociações em Bolsas de Valores são realizadas por intermédio de corretoras, que representam os investidores e executam as ordens de compra e venda dos papéis.
 
Visão orgânica do SFN
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Sistema Financeiro
da Habitação
Instituições
Financeiras
Autoridades
Monetárias
Sistema de Crédito
Subsidiário
Autoridades
Especiais
	
BD’S
Bancos comerciais
Conselho Monetário
Nacional
CVM
Bancos
Regionais
de
Desenvolvto.
Caixas econômicas
Banco do
Brasil S.A. 
Banco
Central
do Brasil
Bancos de desenvolvimento
BNDES
Cooperativas de crédito
Cias. de Participação
Finame
Bancos de investimento
BNDES/PAR
Bancos
Estaduais
Financeiras
Privatizações
Bancos múltiplos
Bolsas de valores
	
Sociedades corretoras
Sociedades de distribuição
CEF
Empr. Leasing
Ass. de Poup. e Emprést.
Soc. de crédito imobil.
Invests. institucionais
Seguradoras
Fundos mútuos de
investimentos
Entidades fechadas
de previdência
privada
NETO, Alexandre Assaf, Mercado Financeiro – 11ª ed. – Atlas, 2012.
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