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AULA 09 - SINDROMES BRONQUICAS ok

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SINDROMES BRÔNQUICAS
Profa. Hedi M. de M. G. de Oliveira
hedi_oliveira@yahoo.com.br
 Maio de 2013
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Compreendem:
Asma bronquica
Bronquiectasias
Bronquite cronica 
Bronquite aguda
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A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento.
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 Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de:
 sibilância, 
 dispnéia, 
 aperto no peito e 
 tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. 
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 Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
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O processo inflamatório tem como resultado as manifestações clínico-funcionais características da doença.
O estreitamento bronquico intermitente e reversível é causado pela contração do músculo liso brônquico, pelo edema da mucosa e pela hipersecreção mucosa.
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A hiperresponsividade brônquica é a resposta broncoconstritora exagerada ao estímulo que seria inócuo em pessoas normais.
A inflamação crônica da Asma é um processo no qual existe um ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais irreversíveis, isto é, o remodelamento das vias aéreas.	
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1- a musculatura em volta dos bronquios se contrai (broncoespasmo)
2 – inflamação da parede bronquica – redução do lumen
3 – hipersecreção bronquica – bloqueia a via aérea
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O diagnóstico da asma deve ser baseado na anamnese, exame clínico e, sempre que possível, nas provas de função pulmonar e avaliação da alergia.
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 Presença de um ou mais dos seguintes sintomas: 	
 dispnéia , 
 tosse crônica,
 sibilância, 
 aperto no peito ou 
 desconforto torácico
 Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma;
 
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 Três ou mais episódios de sibilância no último ano; 
 Variabilidade sazonal dos sintomas;
 História familiar positiva para asma ou atopia; 
Diagnósticos alternativos excluídos.
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INSPEÇÃO: tórax em posição de inspiração profunda e tiragem
PALPAÇÃO: FTV normal ou diminuido
PERCUSSÃO: normal ou hipersonoridade
AUSCULTA: diminuição do MV com expiração prolongada, sibilos predominantemente expiratórios em ambos os campos pulmonares
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Tem ou teve episódios recorrentes de falta de ar (dispnéia)?
Tem ou teve crises ou episódios recorrentes de chiado no peito (sibilância)? 
Tem tosse persistente, particularmente à noite ou ao acordar? 
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Acorda por tosse ou falta de ar? 
Tem tosse, sibilância ou aperto no peito após atividade física?
Apresenta tosse, sibilância ou aperto no peito após exposição a alérgenos como mofo, poeira domiciliar ou animais, irritantes como fumaça de cigarro ou perfumes, ou após resfriados ou alterações emocionais como riso ou choro? 
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Usa alguma medicação quando os sintomas ocorrem, e com que freqüência? 
Há alívio dos sintomas após o uso de medicação?
Tem antecedentes familiares de doenças alérgicas ou asma? 
Tem ou teve sintomas de doenças alérgicas (especialmente rinite ou dermatite atópica)?
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 Obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do VEF1 e da relação VEF1/CVF .
 Diagnóstico de asma é confirmado pela presença de obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou melhora significativamente após broncodilatador
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Teste de broncoprovocação : (para demonstrar a presença de hiperresponsividade brônquica)
Inalação de agentes broncoconstritores (metacolina, carbacol e histamina) ou
Teste de broncoprovocação por exercício
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Medidas seriadas do pico do fluxo expiratório (PFE)
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 A anamnese cuidadosa é importante para a identificação da exposição a alérgenos relacionados com a asma. 
A sensibilização alérgica pode ser confirmada através de:
 provas in vivo (testes cutâneos) ou
 in vitro (determinação de concentração sanguínea de IgE específica)
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1. Apnéia obstrutiva do sono
2. Infecções virais e bacterianas 
3. Bronquiectasias
4. Insuficiência cardíaca 
5. Bronquiolites
6. Carcinoma brônquico
7. Massas mediastinais 
8. Obstrução alta das vias aéreas 
9. Disfunção de cordas vocais
10.Obstrução mecânica das vias aéreas 
11.Refluxo gastresofágico 
12.Doença pulmonar obstrutiva crônica
13.Embolia pulmonar
 
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sintomas ausentes ou mínimos 
atividades normais no trabalho e escola 
possibilidade da pratica de exercícios incluindo atividades de lazer
função pulmonar normal ou próxima do máximo individual 
ausência de crises, idas à emergência e hospitalizações
uso de Bd para alívio desnecessário ou ocasional (≤ 2 vezes/semana)
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É uma doença caracterizada por desenvolvimento
	progressivo de limitação ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. 
A limitação do fluxo aéreo está associada à inalação de gases e partículas nocivas.
Além do tabagismo, deve-se dar importância a inalação de pós, fumos e a fumaça de combustão de lenha.
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É uma condição caracterizada basicamente por excesso de secreção mucosa na árvore brônquica, havendo tosse crônica ou de repetição, junto com expectoração pelo menos em três meses do ano e em dois anos sucessivos.
São aspectos essenciais a hipertrofia e a hiperplasia das glândulas brônquicas produtoras de muco.
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Inflamação persistente das vias aéreas
↓
Edema de mucosas
↓
Hipertrofia de células caliciformes
↓
Aumento do muco
↓
Perda do epitélio ciliar
↓
Metaplasia escamosa das células
↓
Destruição das paredes alveolares
↓
Fibrose peribronquiolar
↓
Diminuição da luz dos brônquios
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Os principais sintomas que os pacientes apresentam são:
 dispnéia geralmente progressiva e relacionada ao esforço, 
 sibilos,
 tosse geralmente produtiva,
 expectoração varia de mucosa a mucopurulenta.
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INSPEÇÃO: expansibilidade normal ou diminuida
PALPAÇÃO: FTV normal ou diminuido
PERCUSSÃO: normal ou diminuída
AUSCULTA: crepitantes grossos disseminados em ambos os hemitórax. Roncos e sibilos são freqüentes.
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Os dados da história e exame físico podem distinguir entre doença compensada (estável) e doença exacerbada (agudizada).
Na forma agudizada, a dispnéia é geralmente acentuada, com início bem definido, associada à tosse produtiva, com aumento do volume da expectoração, mudança recente no seu aspecto passando de mucóide à purulenta; estes dados indicam uma provável infecção brônquica, que é a causa mais freqüente de exacerbação
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Radiografia de tórax
A avaliação funcional: confirma a suspeita clínica da doença, quantifica o grau de comprometimento, avalia o prognóstico e auxilia no acompanhamento evolutivo da mesma. Pode ser dividida em:
 avaliação espirométrica e 
avaliação gasométrica
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Antibioticoterapia
Broncodilatadores
Corticoides
Oxigenio
Fisioterapia respiratoria
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Doença caracterizada por obstrução do fluxo aéreo e hiperresponsividade brônquica,transitorias, com duração inferior a seis semanas, em até 40% dos pacientes.
Geralmente é causada por vírus que compromete as vias respiratórias desde a faringe.
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Sintomas gerais tipo febre e cefaléia
Desconforto retroesternal
Rouquidão
Tosse seca ou produtiva (expectoraçãomucosa ou mucopurulenta)
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Inspeção, palpação e percussão geralmente são normais
Ausculta: estertores grossos em ambos os pulmões, roncos e sibilos esparsos.
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Hemograma – Incaracterístico ou apresentando leucopenia com linfocitose
Rx de tórax
	- Normal 
	 	 ou
	- Aumento discreto da trama vascular
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 Dilatações anormais e distorções irreversíveis dos brônquios
 Sob o ponto de vista anatomopatológico se caracteriza por alterações graves na estrutura anatômica da parede brônquica
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O epitélio brônquico perde suas características com destruição dos cílios que são os principais responsáveis pelo mecanismo de defesa dos brônquios periféricos
Os vasos da parede tornam-se muito superficiais e dilatados , justificando as hemorragias.
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INFECÇÃO 
 	e/ou	DEFICIÊNCIA NA DEPURAÇÃO
			DAS SECREÇÕES BRONQUICAS
	
DESTRUIÇÃO INFLAMATORIA DOS
 COMPONENTES ELÁSTICO E MUSCULAR 
DA PAREDE BRONQUICA
COLONIZAÇÃO BACTERIANA
(processo inflamatorio crônico)
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Uma vez estabelecida as alterações estruturais 
 infecções respiratorias de repetição
 Pseudobronquiectasias = dilatações bronquicas reversiveis (entre 3 meses e 1 ano) que surgem em decorrencia de processos inflamatorios agudos
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Quanto a morfologia:
 cilindricas (tubulares ou fusiformes)
 cisticas (ou saculares)
 varicosas
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Quanto a localização:
 Localizada (20%)
 Difusa (80%)
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Quanto a etiologia:
 Congênitas
 Adquiridas (mais comuns)
 Infecções (virais, bacterianas e por micobacterias)
 Obstrução brônquica (tumores, aspiração de corpo estranho etc)
 Inflamatorias (DRGE)
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 Infecções respiratórias de repetição;
 Sintomas gerais: febre, suores noturnos, emagrecimento, astenia
 Tosse produtiva com expectoração mucopurulenta abundante, principalmente pela manhã
 Hemoptoicos/Hemoptises freqüentes
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Depende da localização e da extensão das áreas comprometidas 
Nas bronquiectasias basais extensas observa-se :
 
Redução da expansibilidade
Submacicez no local acometido
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À ausculta: crepitantes grossos, roncos e sibilos
Hipocratismo digital
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 Diagnostico por imagem
RX de Tórax
Pode ser normal ou
 Nas fases mais avançadas evidenciar imagens características
 Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR)
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Imagem em cacho de uvas
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Sinal do anel de pérola ou anel de sinete
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Sinal do trilho de trem
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Sinal do dedo de luva, característica de impactação mucóide em brônquios dilatados
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1. Broncoscopia: 
Útil no caso de doença localizada para identificar obstrução bronquica (corpo estranho ou tumor)
Útil para identificar origem de sangramento nos casos de hemoptise
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2. Endoscopia Digestiva
Em caso de suspeita de DRGE
3. Espirometria
Associação com DPOC e Asma
4. Cultura de Escarro
 Identificar colonização por P. Aeruginosa
 Identificar infecção por micobacterias não tuberculosas
5. Dosagem de Cloretos no suor 
 Indicada quando há suspeita de Fibrose Cística mesmo em adultos (causa de 3 a 20% das bronquiectasias erroneamente diagnosticadas como idiopaticas)
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Evitar ou limitar dano adicional ao parênquima pulmonar
Prevenir ou reduzir as exacerbações
Manter uma boa qualidade de vida
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Antibioticoterapia
Fisioterapia respiratoria
Broncodilatadores
Tratamento da hemorragia
Tratamento cirúrgico
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“O primeiro degrau para o sucesso de qualquer trabalho é o interesse por ele”
(William Osler)
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Souza, C O; Bellizzi, D M; Bethlem, N. Métodos de Diagnóstico Clinico. In: Pneumologia. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 1984. p.49-69.
Tarantino, A B. Doenças Pulmonares. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1990.
Bates, B L. Propedêutica Médica. 8a. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
Porto, C C. Semiologia Médica. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
Porto, C C. Exame Clínico. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. II Diretrizes Brasileiras no Manejo da Tosse Crônica. J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 6):S-403 -S.
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma. J Bras Pneumol, 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
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