Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * * * * * * * * * Parasitoses Intestinais Medicina Unaerp PISC Saúde da Criança Luciano L. Mega * Grave problema médico Grave problema de saúde pública Dados epidemiológicos variáveis Até 30% da população de 1 a 5 anos Poliparasitismo Parasitoses Intestinais * Fecal-oral: contato direto ou contaminação de alimentos e água Pele (percutânea) Transmissão * DIAGNÓSTICO Anamnese (na HMA ou no IDA) Exame Físico Exame Parasitológico de Fezes (EPF) simples, específico, menor custo 3 amostras: sensibilidade Outros * Infestação Fatores do Hospedeiro: Imunidade/Nutrição Fatores do parasita: Carga parasitária/ Patogenicidade * * Giardíase Agente etiológico: Giardia lamblia Epidemiologia: Infecção por protozoário mais comum no mundo Pode não ser impedida pelo sistema de captação de águas 50% creches americanas têm casos reportados Trasmissão: Fecal - Oral * * Giardíase * Giardíase Diagnóstico: Encontrar o parasita nas fezes Fezes formadas: formas císticas EPF: 3 amostras: sensibilidade até 90% Fezes líquidas: pesquisa trofozoítos amostra única e fresca: sensibilidade 50 a 70% Imunofluorescência ou ELISA: sensibilidade próxima de 100% Aspirado ou biópsia duodenal: pesquisa dos protozoários (visualização direta) * Giardíase Tratamento: Albendazol: 400 mg/dia (10ml ou 1 cp), VO, 5 dias Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias * Enterobíase Agente etiológico: Enterobuis vermicularis (Oxiúrus) Epidemiologia: Alta incidência faixa etária pediátrica Possibilidade de infecção em massa devido à auto-infecção Transmissão: Ingestão ovos do parasita: água ou alimentos contaminados (hetero-infecção); Mãos contaminadas levadas à boca (auto-infecção). Eclosão ovos próximos ao ânus e migração dos vermes até o ceco (retro-infecção) * Enterobiose Quadro clínico: Prurido anal intenso, principalmente noturno. Prurido vaginal com corrimento (vulvovaginite inespecífica), dor abdominal Diagnóstico: Clínico Método da fita gomada (encontro de ovos do parasita na região perianal) Tratamento: Deve ser feito em td grupo q coabita o mmo domicilio (+ferver) Mebendazol, 100mg (5ml), 12/12h, 3 dias (independe do peso corporal e idade). Repetir após 14 dias Albendazol, dose única, 400mg (10ml) Pamoato de pirvínio, 10mg/kg, dose única. Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias * Ascaridíase Agente etiológico: Ascaris lumbricoides Epidemiologia: Distribuição universal até 30% da população mundial foi parasitada (quase 2 bilhões) Mais prevalente no planeta Altamente patogênico Ovos podem sobreviver meses no solo Transmissão: Ingestão ovos infectantes: alimentos ou água contaminados (moscas?) * Faz CICLO PULMONAR * Ascaridíase Quadro Clínico: Maioria assintomáticos Formas de manifestação: Dor periumbilical, perda de peso, anorexia, diarreia, vômitos Eliminação vermes adultos: fezes e vômitos Complicações: obstrução intestinal (infestações maciças - bolo de Ascaris), apendicite, colecistite, pacreatite (por penetração do verme no local) Migração pulmonar maciça: pneumonia eosinofílica (síndrome de Löeffler) * * * Ascaridíase Diagnóstico: Coproparasitológico: parasita ou ovos Tratamento: Albendazol: 400mg (10ml ou 1 cp), dose única; Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias Mebendazol: 100mg (5 ml), 12/12h, 3 dias independe do peso corporal e idade. Repetir após 14 dias Tratamento da obstrução intestinal: Piperazina, 100mg/kg/dia + óleo mineral * Tricuríase Agente etiológico: Trichuris trichiura: vermes adultos de 3 a 5cm de tamanho localizam-se no intestino grosso. Epidemiologia: Alta prevalência: insuficiência de condições de saneamento básico e práticas higiênicas inadequadas Trasmissão: Ingestão de ovos infectantes (tornam-se infectantes após algumas semanas em ambientes úmidos) * VERMES ADULTOS DE TRICHURIS TRICHIURA porção anterior do corpo é longa, filiforme e afilada * Tricuríase Quadro clínico: Assintomático Na infestação maciça: pode causar dor abdominal periumbilical, diarreia aguda, por vezes com sangue e distensão abdominal Prolapso retal pode ocorrer (permitindo visualização do verme com cabeça enterrada na mucosa intestinal) Anemia pode ocorrer Diagnóstico: Coproparasitológico com identificação dos ovos do parasita (ovos em forma de barril) * Tricuríase Tratamento: Albendazol: 400mg (10ml ou 1 cp), dose única; Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias Mebendazol: 100mg (5 ml), 12/12h, 3 dias independe do peso corporal e idade. Repetir após 14 dias * Ancilostomíase Agentes etiológicos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus Epidemiologia: Países tropicais: até 1 bilhão já infestados Até 60.000 mortes/ano devido Principal causa de anemia ferropriva dentre as verminoses Transmissão: Ingestão de ovos infectantes ou penetração ativa (percutânea) da larva. * Ciclo Pulmonar * * * Ancilostomíase Quadro clínico: Penetração na pele: prurido local, sinais flogísticos. Passagem pelos pulmões: sibilância, tosse, hemoptise (síndrome de Löeffler) Trato gastrintestinal: pode ser assintomático. Infestações maciças: anemia, dor abdominal, diarréia, desnutrição ( aproveitamento dos nutrientes – lesões mucosa intestinal) * Ancilostomíase Diagnóstico: Coproparasitológico: identificação ovos (indistinguíveis entre as duas espécies) Hemograma: anemia microcítica e hipocrômica, eosinofilia Funcional de fezes: sangue oculto positivo e leucócitos Tratamento: Mebendazol 100 mg 12/12h, 3 dias. Repetir após 14 dias Albendazol 400 mg, dose única. Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias * Estrongiloidíase Agente Etiológico: Strongyloides stercoralis Epidemiologia : Óbito em pacientes imunossuprimidos (hiper-infecção) Transmissão: Penetração de larvas infectantes na pele do hospedeiro (hetero-infecção), Penetração da larva no próprio intestino (auto-infecção interna) Penetração da larva na pele da região perianal (auto-infecção) * Estrongiloidíase Quadro clínico: Depende do estágio do ciclo do verme. Penetração na pele (geralmente pés): prurido local com sinais flogísticos. Passagem pelos pulmões: sibilância, tosse e hemoptise(síndrome de Löeffler) Um terço: assintomáticas. Dor, distensão abdominal, diarréia (até a má -absorção) e vômitos. * Estrongiloidíase Pacientes imunossuprimidos síndrome da hiper-infecção com disseminação dos vermes (por passagem direta pela parede intestinal): pulmões, fígado, meninges, facilita infecções por gram negativos: sepse Diagnóstico: Ovos ou larvas nas fezes (EPF) Aspirado doudenal Sorologia (ELISA) * Estrongiloidíase Tratamento: -Tiabendazol: 30 mg/kg/dia, durante 5 dias Repetir após 14 dias -Albendazol: 400mg/dia, 3 dias -Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias -Ivermectina: dose única, VO, 200mcg/Kg * Teníase Agentes Etiológicos: Taenia solium e Taenia saginata Epidemiologia: Até 2,5 milhões de infestados 2% dos animais para abate são desprezados devido a cisticercos de Taenia na musculatura Transmissão: Ingestão de cisticercos em carne crua ou mal cozida. Taenia saginata: carne bovina; Taenia solium: carne suína * * * * Teníase Quadro Clínico Assintomático Dor abdominal, diarreia, anorexia Eliminação de proglotes ou pedaços móveis do verme nas fezes (único sinal) Diagnóstico: Encontro de proglotes ou ovos nas fezes Exame sorológico (ELISA) * Teníase Tratamento: Mebendazol: baixa eficácia 200mg (dose dobrada), 12/12h, 3 dias, VO Praziquantel, VO, dose única, 10mg/kg de peso corporal Albendazol, 400mg/dia, 3 dias Nitazoxanida: 7,5mg/Kg a cada 12h, 3 dias * Cisticercose Agente Etiológico: Taenia solium Epidemiologia: Fator desencadeador de crises convulsivas em crianças e adultos Transmissão: Ingestão de ovos viáveis de Taenia solium: alimentos contaminados ou auto-infecção (ovos levados à boca ou por vômitos) * Cisticercose Quadro Clínico: Depende da localização final do cisticerco. Pele: nódulos cutâneos de 1 a 2 centímetros, indolores Encéfalo: silenciosos ou crises convulsivas, cefaléia, meningite, hidrocefalia (aproximadamente 5 anos após exposição) Olhos: sangramento retiniano, descolamento de retina ou uveíte * Cisticercose Diagnóstico: Definitivo - biopsia do granuloma TC ou RM Eosinófilos no LCR até 75% dos casos Sorologia do LCR positiva em até 98%. * Cisticercose Tratamento: Neurocisticercose Praziquantel, 50mg/kg/dia, durante 21 dias + dexametasona (reduzir resposta inflamatória, consequente à morte dos cisticercos) Albendazol, 30 dias, associado à metilpredinisolona Antiepiléticos: se epilepsia associada. * Esquistossomose Agente Etiológico: Schistosoma mansoni Transmissão: Contato com água de coleções hídricas contaminadas por cercárias Ovos depositados nas vênulas mesentéricas podem ser eliminados nas fezes, ou permanecer na mucosa colo-retal, ou serem levados para a circulação porta * Esquistossomose Transmissão: Ovos eliminados c/ fezes eclodem e liberam miracídios q nadam e penetram no caramujo gênero Biomphalaria - hospedeiro intermediário específico No caramujo 2 gerações: esporocistos e cercárias Abandonando o caramujo, cercárias infectantes nadam e penetram na pele do hospedeiro humano (principal reservatório) Tornando-se esquistossômulos, migram através de tecidos e estágios para residência nas veias. Vermes adultos, nos humanos, residem nas vênulas mesentéricas - mais frequentemente nas superiores que drenam o intestino grosso Fêmeas depositam ovos nas pequenas vênulas dos sistemas porta. Ovos são movidos progressivamente para o lúmen do intestino e eliminados com fezes * Esquistossomose Quadro clínico Fase inicial Febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia, poliartralgia, tosse seca, broncoespasmo diarreia (por vezes sanguinolenta) e dor abdominal (quadrante superior direito) Exame físico: hepato-esplenomegalia, micropoliadenopatia generalizada, rash cutâneo pruriginoso * Esquistossomose Quadro clínico Fase tardia Hepatointestinal : desânimo, indisposição, tonturas, cefaleia, sensação de plenitude, flatulência, dor epigástrica e hiporexia. Surtos diarreicos intercalados c/ constip intest crônica Hepática: assintomática ou sintomas da forma hepatointestinal. Fígado palpável e endurecido Hepatoesplênica: hipertensão portal * Esquistossomose Diagnóstico Encontro ovos nas fezes Tratamento Praziquantel 60 mg/ kg tomada única : leva a contrações tetânicas do verme e vacuolização do tegumento. Taxa de 80 a 90 % de cura. Oxamquine 20 mg/ kg - em 2 doses no mesmo dia * Medidas Preventivas Gerais Coletivo: saneamento básico qualidade de vida vigilância sanitária Notificação compulsória? Individual: higiene pessoal educação sanitária * Medidas Preventivas Gerais Medidas de saneamento ambiental e urbano Possibilitar ingestão de água tratada e encanada, instalações sanitárias ligadas a rede pública de esgotos, coleta de lixo e controle sanitário de alimentos. Informação e educação em saúde: noções de higiene corporal, lavagem de mãos e alimentos antes da ingestão, lavagem de mãos após uso do sanitário, uso de água filtrada ou fervida, uso de calçados, evitar contato com solo contaminado ou com esgoto a céu aberto, manter sempre limpas as instalações sanitárias tal como as roupas de cama. A educação deve ser levada às pessoas de forma ativa. * * BIBLIOGRAFIA Doenças Infecciosas e Parasitárias. Guia de Bolso – 8ª Edição. Ministério da Saúde. Brasília – DF – 2010 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf (último acesso em 08/04/2014) Campos Júnior, D.; Burns, D. A. R. Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria – 3ª edição – Barueri, SP. Editora Manole, 2014 Pediatria Básica. Marcondes, Eduardo. Nona Edição. Ed.Sarvier, 2005. 3 t. ISBN t.1 8573781203 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar