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2 FUNDAMENTOS DO MODERNISMO - racionalismo (1)

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1
TEORIA NO SÉCULO XX
FUNDAMENTOS DO 
MODERNISMO: 
RACIONALISMO
2
Fundamentos do Modernismo
� No início do séc. XX invenções revolucionárias 
como o rádio, o telefone, o automóvel e o 
cinema passaram a fazer parte do cotidiano das 
grandes cidades, cada vez mais urbanizadas. 
� A industrialização modificara a economia das 
potências, e os lucros acumulados pela 
produção em larga escala de artigos 
manufaturados garantiam às classes 
dominantes tamanha sensação de conforto, 
segurança e otimismo em relação ao futuro, 
chamado de belle époque. 
3
Artistas de cinemaRuas e automóveis nas cidades
4
Máquinas, abstração e 
racionalismo
� O ferro, um material artificial aparecia pela 
primeira vez na construção, o trilho foi a 
primeira unidade de construção.
� Era evitado nas moradias, mas usado em 
galerias, salões de exposição, estações 
ferroviárias e edifícios com finalidade transitória.
� As condições sociais para a utilização do ferro e 
vidro surgiram com a Glasarchitectur de 
Scheerbart (1914), ainda como utopia na 
substituição do tijolo pelo cristal.
5Bruno Taut, Pavilhão de cristal, exposição Alemã em Colônia, 1914.
Arquitetura expressionista – alternativas estéticas para arquitetura
6
“Cristal Palace”, Paxton, Londres, 1851.
2
7
“Ponte Salginatobel”, 1929, 
concreto armado, Suiça
Robert Maillart (1872-1940)
8
Fundamentos do Modernismo
� No plano mundial, as potências européias disputam 
colônias produtoras de matérias-primas e 
consumidoras de produtos industrializados, que por 
sua vez procuram tornar-se independentes; 
� o nacionalismo exacerbado de alguns países, 
terminam por levar à eclosão da Primeira Guerra 
Mundial, em 1914.
� No final de guerra, em 1918, os países europeus, 
principalmente a Alemanha e a Itália, atravessam 
crises econômicas e sociais marcado pela 
tecnologia destruidora de novas armas. 
9
Fundamentos do Modernismo
� Principais motivos para a Primeira Guerra Mundial
1. Neocolonialismo: forma do capitalismo a partir da 
segunda Revolução Industrial, em forma de 
Imperialismo frente a dominação de outros países. 
2. Domínio não apenas econômico, mas também militar, 
político e social, impondo à força um novo modelo de 
organização do trabalho, garantindo a extração de 
minérios para as indústrias da Europa.
3. Descontentamentos na partilha e exploração das terras 
da África e Ásia dadas pela Conferência de Berlim 
(1884). Inglaterra e França ficaram com grandes 
territórios com muitos recursos para explorar, 
Alemanha e Itália ficaram com poucos territórios de 
baixo valor. 10
Fundamentos do Modernismo
� A segunda metade do século XIX (1880), assistiu a transição 
do Imperialismo informal, que exercia o controle através da 
influência militar e da dominação econômica para um domínio 
mais direto. 
� As pretensões de mediar a concorrência imperial, na 
Conferência de Berlim (1884 - 1885), entre o Reino Unido, 
França e Alemanha não pôde estabelecer as reivindicações de 
cada uma das potências envolvidas sobre a sua dominação na 
África. 
� A Conferência de Berlim foi convocada para discutir os 
problemas relacionados à África, sob uma fachada humanitária 
condenando o tráfico de escravos, proibindo a venda de 
bebidas alcoólicas e armas de foto em certas regiões e 
expressando sua preocupação pelas atividades missionárias.
� Na verdade, estabeleceram as regras que guiava as potências 
européias em busca de novas colônias.
11
Fundamentos do Modernismo
� Somado aos interesses políticos e econômicos, a 
prática imperialista também buscou suas bases 
de sustentação ideológica. A teoria do 
Darwinismo Social, de Hebert Spencer (1820-
1903), 
� pregava que a Europa representava o ápice do 
desenvolvimento das sociedades humanas: 
“sobrevivência dos mais aptos”. 
� África e Ásia eram consideradas como 
sociedades primitivas, ainda em um estágio 
"infantil". 
� Influenciado por esse mesmo conceito, o escritor 
britânico Joseph Rudyard Kipling defendia que o 
repasse dos "desenvolvidos" conceitos da cultura 
européia aos afro-asiáticos representava "o fardo 
do homem branco" no mundo.
Herbert Spencer
Rudyard Kipling
12
Fundamentos do Modernismo
3. A concorrência econômica entre os países europeus 
acirrou a disputa por mercados consumidores e 
matérias-primas, com ações economicamente desleais 
entre países ou empresas com apoio do governo; 
4. O aumento das tensões e insegurança, faz aumentar 
os investimentos militares diante de uma possibilidade 
de conflito armado na região;
5. Nacionalismos também esteve presente na Europa 
pré-guerra, além das rivalidades: 
1. o pan-germanismo: ideal alemão de formar um grande 
império, unindo países de origem germânica. 
2. pan-eslavismo: sentimento forte existente na Rússia e 
que envolvia também outros países de origem eslava.
3
13
Imagens primeira guerra mundial
14
Fundamentos do Modernismo
� Além do fato da Primeira Guerra, a Revolução Russa, 
ocorrida em 1917, levara ao poder a classe trabalhadora, e 
amplificara a divulgação das idéias socialistas no mundo. 
� É nesse contexto de crises e incertezas que surgiram as 
correntes de vanguarda (do francês avant-garde, "o que está
à frente"), em uma série de movimentos políticos e artísticos 
- guiavam a cultura de seu tempo.
•Futurismo (1909-1914)
•Cubismo (1907-1916)
•Dadaísmo (1916-1922)
•Surrealismo (1917 - 1960)
15
Fundamentos do Modernismo
� Nas artes plásticas, costuma-se situar o germinar da arte moderna 
do século XX com os experimentos estéticos realizados pelo 
francês Paul Cézanne nas décadas de 1870 e 80. 
� A percepção do espaço pictórico estudado por Cézanne (1839-1906)
é considerado um ponto de partida para a obra de diversos artistas 
e a ponte de ligação entre o Impressionismo e o Cubismo.
� Introduz nas suas obras distorções formais e alterações de 
perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o 
volume e peso dos objetos. Concebe a cor para definir diferentes
volumes essenciais para suas composições. Cézanne não se 
subordinava às leis da perspectiva. E sim, as modificava. 
� A sua concepção da composição era arquitetônica; segundo as 
suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a 
natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro 
e o cone, mais do que com a representação do ambiente 
atmosférico. 
� Não é difícil ver nesta atitude uma reação de caráter intelectual 
contra o gozo puramente colorido do Impressionismo. 16
“Casa do enforcado” 1873, Cézanne – Museu d’Órsay, Paris - impressionismo
17
“Mont Sainte-Victorie” 1906, Cézanne – Coleção particular, Filadélfia - expressionismo
18
� O modernismo começou a se 
difundir no Brasil a partir da 
primeira década do século XX, 
principalmente em São Paulo, e da 
Semana da Arte Moderna, 
realizada em 1922. 
� Este Movimento desenvolve uma 
arte experimental, importada das 
vanguardas européias que queria 
modernizar a cultura, mas de um 
modo bem brasileiro, com conteúdo 
nativista de resgate às raízes 
culturais.
Fundamentos do Modernismo
4
19
“Abaporu” (o homem que come) – Tarcila do Amaral 20
Fundamentos do Modernismo
� Abaporu - Este é um dos quadros mais importantes 
já produzido no Brasil. Tarsila o pintou para dar de 
presente ao escritor Oswald de Andrade, seu 
marido na época. Batizou o quadro como Abaporu
(o homem que come). 
� Esta criação foi inspiração para o “Manifesto 
Antropófago” e a criação do Movimento 
Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura 
européia e transformá-la em algo bem brasileiro. 
21
� O ano de 1922 marca as comemorações do 
Centenário da Independência, e o movimento 
exaltava os sentimentos de nacionalismo já
despertos durante a Guerra de 1914. 
� O movimento dá início a uma nova faseestética 
na qual ocorre a integração de tendências que 
já vinham surgindo, fundamentadas na 
valorização da realidade nacional, abandonando 
as tradições que vinham sendo seguidas, tanto 
na literatura quanto nas artes. 
Fundamentos do Modernismo
22
Fundamentos do Modernismo
� Em 1927, Gregori Warchavchic, fez sua 
própria residência que é considerada a 
primeira casa modernista no Brasil. 
� Recebeu muitas criticas por não possuir 
ornamentos. 
� Feita de alvenaria de tijolos, a cobertura não 
era terraço, mas um telhado escondido atrás 
da platibanda.
23
Gregori Warchavchic, 1927-1928
24
Fundamentos do Modernismo
� No Brasil, as primeiras obras Modernistas 
surgem quando apenas se iniciava o 
processo de industrialização. 
� Segundo Lúcio Costa, o Modernismo
brasileiro justifica-se como estilo, afirmando a 
identidade de nossa cultura e representando 
o “espírito da época”.
5
25
Fundamentos do Modernismo
� “Eram janelas que se abriam para o futuro, 
preocupação que absorvia os espíritos. Eram 
atitudes violentas de destruição e negação do 
passado, que consideravam morto e inútil, 
tentativas de regresso à inocência primitiva ou 
infantil. Eram glorificações da técnica e do 
mundo mecânico, fonte única de dinamismo. 
Eram a libertação de todos os freios e formas 
tradicionais.”
(Afrânio Coutinho, 1911-2000) 
26
� O Modernismo foi um movimento artístico e 
cultural, teve seu inicio na Europa e passou a 
se difundir mundialmente a partir da primeira 
década do século XX.
� Foi um movimento cultural global que envolvia 
vários aspectos: sociais, tecnológicos, políticos, 
econômicos e artísticos. 
� O modernismo pode ser dividido em dois 
principais momentos: 
� RACIONALISTA E ORGANICISTA;
ARQUITETURA RACIONALISTA
27
� A arquitetura racionalista ou International
Style surge como tendência na Europa, após 
a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
� nega as referências históricas e construtivas 
da arquitetura vigente (Art Nouveau), 
considerando-as como ornamento 
desnecessária e com um processo de 
produção distanciado do dinamismo e das 
necessidades da nascente sociedade 
industrial. 
ARQUITETURA RACIONALISTA
28
29
� A chamada arquitetura moderna racionalista 
vem depurada das novas necessidades da 
sociedade industrial com uma nova estética, 
marcada pela eliminação dos dogmas da 
arquitetura ocidental do século XIX. 
� Seu propósito é dar uma resposta eficaz às 
solicitações de simplificação, rapidez de 
execução e redução de custos ditadas pelo 
novo mundo industrial. 
ARQUITETURA RACIONALISTA
30
� A experiência da Bauhaus (1919-1933), é
decisiva para o desenvolvimento da arquitetura 
racionalista (metodológico e didático); 
� É uma escola alemã criada e dirigida por Walter 
Gropius (1883 - 1969) até 1933;
� A partir de 1937 Gropius passa 
a lecionar na Universidade de 
Harvard fazendo vários 
“arranha-céus” nos Estados 
Unidos.
ARQUITETURA RACIONALISTA
6
31Pan Nam Building, Nova York - 1963Poltrona, anos 50
Lincon, EUA, 1938
32
� Segundo a visão dominante das artes, as 
atividades artesanais eram consideradas de 
nível inferior, enquanto que as belas artes 
eram atividades superiores.
� Gropius unificou as duas visões e na Das 
Staatliche Bauhaus (em alemão: casa estatal 
de construção) e deste conflito surge o 
Design.
ARQUITETURA RACIONALISTA
33
� Os alunos aprendem a utilizar materiais 
modernos e inovadores e a refletir sobre a 
produção e o design, no contexto da 
industrialização. 
� A escola terá um impacto decisivo sobre a 
estética moderna e funcionalista e, mais tarde, 
sobre o estilo internacional.
� Tem como principais postulados:
� a forma artística deriva de um método, ou 
problema, previamente definido, com 
correspondência entre forma e função; 
� Recorrem permanente às novas tecnologias;
ARQUITETURA RACIONALISTA
34
� O Modernismo tinha o propósito social de 
democratizar o acesso à arquitetura através da 
redução dos custos, obtida pela simplificação e 
pela padronização de soluções, a chamada 
"standardization" 
� Propunha o uso de elementos repetitivos, muitas 
vezes industrializados, como portas e janelas. 
� Tenta a adoção de um estilo único, independente 
da região ou país em que o edifício esteja sendo 
implantado, o chamado "international style" (estilo 
internacional).
ARQUITETURA RACIONALISTA
35
� O repertório formal Racionalista apresenta 
semelhanças com as conquistas estéticas do 
Cubismo;
� A matriz cubista e construtivista adotado 
apresenta o uso sistemático de formas 
elementares na composição arquitetônica de 
modo a obter simetria, equilíbrio e 
regularidade no conjunto projetado ;
ARQUITETURA RACIONALISTA
36Les Demoiselles d'Avignon (1907) – Pablo Picasso
Fundamentos do Modernismo
7
37
� A arquitetura racionalista baseia-se nos princípios:
� Predileção pelas formas geométricas simples; 
� Emprego da cor e do detalhe construtivo no lugar 
da ornamentação sobreposta - decorativismo;
� O uso limitado de materiais como o Aço, Concreto 
e o Vidro (novos materiais e tecnologias);
� Todos os elementos arquitetônicos deveriam ter 
uma razão para existir, dentro da lógica 
racionalista;
ARQUITETURA RACIONALISTA
38
� Pode-se dizer que o racionalismo arquitetônico, é a 
depuração do saturado, deixando somente o 
essencial, o prático e funcional para cada situação.
� Os cinco elementos que a definem (Le Corbusier):
� Construção sobre pilotis, 
� a planta livre da estrutura (viga-pilar, grelhas, modular), 
� o terraço-jardim (terraço para lazer), 
� a fachada livre (máxima abertura), 
� as janelas em fita. 
ARQUITETURA RACIONALISTA
39
Villa Savoye (1929-1930) 
Le Corbusier
Terraço-jardim
40
� Uso de estruturas independentes das paredes 
de fechamento dos prédios, viabilizada pelos 
progressos nas tecnologias de estruturas de 
concreto armado e metálicas, 
� possibilita a utilização de 
fechamento mais leves e 
flexíveis e paredes 
divisórias adequadas à
planta dos edifícios, a 
chamada "planta livre“. 
ARQUITETURA RACIONALISTA
41
•a planta livre da 
estrutura (viga-pilar, 
grelhas, modular) 
•a fachada livre 
(máxima abertura)
42
� Uso de áreas envidraçadas maiores, aproveita 
melhor a insolação e ventilação naturais, com 
melhor controle de doenças contagiosas, 
originando as janelas contínuas e as fachadas 
cortina (totalmente envidraçadas); 
� Volumes suspensos sobre pilares, os 
chamados "pilotis", deixando os térreos em 
vão livre para circulação de ar e integração 
com a paisagem; 
ARQUITETURA RACIONALISTA
8
43
Pilotís
Fachada envidraçada
Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro – 1936-42, Lúcio Costa e outros 44
Vão livre
MASP – São Paulo, 1947 
Lina Bo Bardi
45
� São características da arquitetura 
Racionalista:
� A utilização de materiais novos, 
� a estrutura aparente, 
� as coberturas planas, 
� o despojamento da ornamentação, 
� as grandes superfícies envidraçadas e 
� a preocupação com o espaço interno do edifício.
ARQUITETURA RACIONALISTA
46Pavilhão Alemão em Barcelona (1929) – Mies Van Der Rohe
ARQUITETURA RACIONALISTA
47
� Entretanto, o ponto essencial desse 
momento da história da arquitetura urbana 
foi a consolidação do PLANEJAMENTO 
URBANO como instrumento de intervenção 
eficaz sobre a cidade industrial;
� baseado na Multidisciplinaridade na 
consideração de múltiplos pontos de vista de 
pesquisa e tratamento do fenômeno urbano 
em discussões a partir de 1928.
ARQUITETURA RACIONALISTA
48
� O partido teórico se apresenta na “Carta de 
Atenas”, de 1933, no Congresso Internacional de 
Arquitetura Moderna - CIAM.
� Preconiza que a história está inscrita no traçado e 
na arquitetura das cidades, em imagenssucessivas 
do passado: seus motivos de origem e regras 
humanas de proporção, hierarquia e conveniência, 
o espírito de cada cidade.
� Aponta que o emprego da máquina subverteu as 
condições de trabalho e rompe com o equilíbrio, 
enchendo as cidades e atribuindo um ritmo furioso 
e precariedade nas condições de vida.
ARQUITETURA RACIONALISTA
9
49
� Os princípios da cidade devem estar relacionados: 
� higiene e salubridade das edificações (ensolação e 
ventilação), 
� densidade habitacional urbana controlada, 
� separação entre circulação de pedestres e 
automóveis, conforme suas velocidades; 
� instituição de recuo frontal em relação à rua e o lateral 
conforme a altura da edificação.
� Espaços de lazer e equipamentos de utilidade pública 
(escolas, centros juvenis, etc) nos bairros variando 
conforme suas funções, locais e climas
ARQUITETURA RACIONALISTA
50
� “As horas de trabalho, em geral muscular e 
nervosamente extenuantes, devem ser 
seguidas, a cada dia, por um número suficiente 
de horas livres. Estas horas livres, que o 
maquinismo infalivelmente ampliará, serão 
consagradas a uma reconfortante permanência 
no seio de elementos naturais. A manutenção 
ou a criação de espaços livres são, portanto, 
uma necessidade e constituem uma questão de 
saúde pública para a espécie”
(CARTA DE ATENAS, 1933, P.15)
� Proporção entre volume edificado e espaço livre
ARQUITETURA RACIONALISTA
51
� O trabalho deve ser próximo a área de moradia da 
população operária para evitar grandes 
deslocamentos;
� Indústrias devem ser setorizadas em relação à
cidade e independente dos setores habitacionais –
cidade industrial – ligada à vias de comunicação;
� Habitação cidade-jardim; casa rural e imóvel 
coletivo com todos os serviços de bem-estar.
� As ruas devem ser largas, de cruzamento racional 
com extensão de quadras entre 200 à 400 metros, 
ou com diferenças de nível nos cruzamentos, de 
diferenciadas de acordo com a sua destinação;
ARQUITETURA RACIONALISTA
52
Diagrama dos três ímãs de 
Ebenezer Howard.
A ideia de Howard era criar uma 
cidade autônoma, igualitária, 
cooperativista e onde os 
cidadãos teriam o máximo 
contanto com a natureza, e 
entre eles mesmos. 
Com o tempo o conceito foi 
reduzido a um bairro suburbano 
com áreas verdes e afastado do 
centro da cidade, o mercado 
imobiliário foi um dos grandes 
responsáveis por essa distorção.
Nos dias atuais o conceito de 
cidade jardim é utilizado por 
construtoras para lançamentos 
de condominios fechados de alto 
padrão afastados do centro com 
arborização e áreas verdes que 
justificariam o nome Jardim.
53
� Em síntese, a cidade era o espaço da socialização, da cooperação 
e das oportunidades, especialmente de empregos, mas padece de 
graves problemas relacionados ao excesso de população e à
insalubridade do seu espaço. 
� Por outro lado, o campo era o espaço da natureza, do sol e das 
águas, bem como da produção de alimentos, mas também sofria 
de problemas como a falta de empregos e de infra-estrutura, além 
de uma carência de oportunidades sociais.
� A chave para a solução dos problemas da cidade, segundo 
Howard, era reconduzir o homem ao campo, através da criação de 
atrativos – ou “ímãs” – que pudessem contrabalançar as forças 
atratoras representadas pela cidade e pelo campo. 
� uma terceira alternativa, além das vidas urbana e rural, que seria a 
Cidade-Jardim (Town-Country), com a fusão dos dois imãs, 
aproveitando o que há de melhor em cada um deles, e dessa união 
nasceria “uma nova esperança, uma nova vida, uma nova 
civilização”(HOWARD, 1996, p. 110).
ARQUITETURA RACIONALISTA
54
10
55 56
Vista aérea de 
Letchworth
Primeira Cidade-Jardim 
efetivamente construída, 
em 1904.
Letchworth, 1915
57
� A Carta de Atenas (1933, P.29) propõem que a 
chave do urbanismo estão sobre quatro 
funções que atendem as necessidades 
básicas do homem: 
� habitar, 
� trabalhar, 
� recrear-se (nas horas livres - recuperação) e 
� circular.
ARQUITETURA RACIONALISTA
58
� “O urbanismo é chamado para conceber as 
regras necessárias a assegurar aos 
citadinos as condições de vida que 
salvaguardam não somente sua saúde física 
mas, também, sua saúde moral e a alegria 
de viver delas decorrentes.”
(CARTA DE ATENAS, 1933, P.15)
� A arquitetura e o urbanismo por meio do 
planejamento e da tecnologia pode tornar o 
homem um ser melhor
ARQUITETURA RACIONALISTA
59Weissenhof Estate, 1927, Alemanha – Le Corbusier
� Sobre o texto da 
“Carta de Atenas”
responda:
1. Qual a importância 
da elaboração deste 
tipo de documento?
2. Você conhece outro 
documento que 
apresente a função 
semelhante à Carta 
de Atenas 
formulado 
recentemente?
ATIVIDADE
60
REFERÊNCIAS
� MARQUES, Eduardo. Arquitetura século XX.
Disponível em: <http:// www. So arquitetura. com. br/ 
template. asp? pk_ id_ area= 20& pk_ id_ topico= 
300&pk _ id_ template =1>, com acesso em maio 2012.
� IPHAN. Carta de Atenas. Grécia, 1933. 
� FRAMPTON, Kenneth. História critica da Arquitetura 
moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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