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Ensino de Sociologia

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O artigo de Moraes tenta nos apresentar um breve resumo de questões centrais ao ensino de sociologia, tais como; a intermitência do ensino, a fragmentação das pesquisas, as dificuldades para consolidação de conteúdos e etc..... Podemos analisar este estudo fragmentando seus tópicos, o que capacitará um melhor entendimento.
Na introdução, Moraes nos dá um apanhando de características das pesquisas sobre o ensino de sociologia. Ele expõe os obstáculos que Florestan Fernandes teve de enfrentar sendo o pioneiro dessa tradição. Nos mostra o quanto esse debate foi aprofundado e sua presença intermitente no currículo das escolas brasileiras, também, expõe que essa problematização de Florestan Fernandes (1985) foi reeditada e afirma "quase os mesmos argumentos... e quase os mesmos contra-argumentos foram usados...". Não podemos nos esquecer outra característica comum "nessa tradição" que é o "tom pessoal" sobre as pesquisas e debates deste tema e a justificativa vem numa citação de Florestan Fernandes de 1955: "não é daqueles (tema) que possa atrair muito a atenção dos congressistas".
Na parte posterior à introdução, Moraes traz uma periodização no ensino de sociologia, primeiramente ele esboça uma periodização feita por Celso Machado em 1987. E partindo do trabalho de Celso Machado até os dias atuais, Moraes, nos traz um apanhando das etapas que tem passado o ensino de sociologia "definido sobretudo no campo legal ou na superfície das políticas educacionais.
No terceiro tópico do artigo Moraes retrata o debate "intra-corporis" do ensino de sociologia. Nesse trecho, é exposto a dicotomia entre os "campos escolar e acadêmico-científico" o que gera um constrangimento "entre só bacharéis e só licenciados”. Segundo o autor; "percebe-se que a própria universidade não reconhece a necessidade de uma formação específica para aqueles que fazem parte de seus quadros".
No trecho onde aborda conteúdos programáticos e material didático, Moraes, dá ênfase na constante busca pela "definição de programas para a disciplina" e afirma que a maior parte dos textos sobre o tema "acaba fazendo alguma proposta para solucionar esse problema". Para o autor, "a intermitência da sociologia no ensino ... bem como de sua renovação ou aperfeiçoamento é que são responsáveis "por essa dificuldade de consolidação de programas e materiais didáticos". 
Quando o autor trás o tema da formação dos professores de sociologia ele polemiza a dicotomia entre bacharelado e licenciatura já abordados no estudo e traz consigo a experiência como professor de Metodologia do Ensino de Ciências Sociais para construir sua crítica: "A disciplina sociologia tem servido como espaço curricular para o efetivo desenvolvimento e transmissão de conteúdos de ciências sociais com um todo".
Nas considerações finais, Moraes traz duas afirmações: "Reconhecer que o ensino de sociologia deve ter um espaço de reflexão da comunidade dos cientistas sociais." "Que a formação do professor de sociologia de nível médio é tarefa também dos professores de ciências sociais."
Levando em conta todas as informações e conclusões expostas através deste texto de Amaury C. Moraes, fica evidente a necessidade de um aprofundamento e uma difusão das questões referente ao ensino de sociologia nas escolas brasileiras; para que seja possível ter em nosso horizonte não só o fim da dicotomia “só bacharéis e só licenciados”, mas que também, sejam superados os obstáculos na consolidação de programas e materiais didáticos.

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