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O capitalismo e suas contradições

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Análise do Modo de Produção Capitalista e suas contradições
Nos capítulos 6 e 7 do livro ECONOMIA POLÍTICA:uma introdução crítica, analisa-se o MPC com o objetivo de entender todos os passos que envolve o movimento do capital.
A movimentação do capital tem por principal finalidade a obtenção do lucro, obtido a partir da mais-valia gerada na produção das mercadorias. Para que haja a compreensão desse movimento precisa-se entender que ele envolve a classe capitalista na produção das mercadorias e sua venda. O movimento não se reduz a sua rotação, ele envolve ainda a separação do capital total, a partir dessa separação é feita a repartição dos lucros, nesse processo cada um tem uma função específica:
Capitalistas Industriais: extração máxima do trabalho não pago da classe trabalhadora.
Capitalista Comercial: Transformar mercadorias em capital monetário.
Capitalistas Bancários: Concentrar e disponibilizar o capital monetário.
Como o alvo do capitalista é o lucro, logo haverá grande concorrência entre ele, quer seja entre grupos da mesma categoria ou entre categorias diferentes. Os lucros são calculados de forma generalizada, sem haver distinção entre despesas, para o capitalista gastos são gastos, não importa se são usados para contratação de força de trabalho, na aquisição de novas máquinas, matéria prima, não leva em consideração a relação entre o trabalho e os investimentos totais utilizados. O lucro é a forma como é apresentada a mais-valia ao capitalista. O preço das mercadorias será determinado pelo tempo socialmente gasto pra sua produção. A medida que determinada empresa investe em tecnologia, ela conseguirá extrair maiores vantagens (lucros) sobre as demais, que logo buscarão modernizar-se, ocorrendo assim a nivelação de lucros. Como parte desse movimento, temos ainda a migração de capital, onde os capitalistas migram para setores mais avançados da economia, toda essa dinâmica econômica, acarreta o nivelamento dos lucros. Ao longo da história do capitalismo tem-se uma sucessão de crises econômicas, como parte integrante desse sistema, sendo assim a expressão máxima das contradições inerentes ao capitalismo, não podendo assim haver uma 
naturalização desse processo. A partir de um excesso na produção de valores de uso, superando a carência, realmente necessária de tais valores, fica impossibilitado o escoamento das mercadorias, pois não encontram quem pague o seu valor de troca, com isso há um travamento na produção, suspendendo o movimento do capital. Entre as crises acontece o ciclo econômico composto por quatro fases: a crise, a depressão, a retomada e o auge. Após uma série de acontecimentos, pode ocorrer a detonação de uma crise, segue-se à depressão, onde os principais prejudicados são os trabalhadores com o desemprego e salários baixos, as empresas que conseguirem sobreviver,buscam mecanismos,para continuarem produzir mesmo em escala menor e com a diminuição dos seus lucros, quando há sinalização de recuperação, acontece a retomada,as empresas que resistiram a esse processo, incorporam as que quebraram, seus equipamentos e instalações, as mercadorias começam a escoarem, o comércio se reanima e aos poucos o desemprego diminui, chegando a ultima fase do ciclo, que é o auge,onde há um investimento por parte dos capitalistas ampliando sua produções, lançando cada vez mais mercadorias, algo esplendoroso, eufórico, a prosperidade ao alcance de suas mãos, até que um detonador é acionado e logo o ciclo recomeça. As crises não é bom para nenhum dos sujeitos sociais que compõem a sociedade burguesa, apenas uns poucos representantes do capital, tiram vantagens de uma crise. O modo de produção capitalista fundamenta-se na contradição entre a produção de socializada e a apropriação privada, onde os produtores diretos criam um enorme excedente que é apropriado pelos donos do meio de produção. Por mais que esteja socializada a produção, o caráter privado da apropriação do excedente permanece intocado, estabelecendo a contradição.

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