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Geologia ferbasa

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1.3 Localização e acesso 
 O acesso ao complexo mineiro pode ser feito, para quem vem de Salvador, pela BR 
407 ( rodovia Capim Grosso/Senhor do Bonfim), pouco antes do trevo que dá acesso à 
cidade de Senhor do Bonfim, vira-se à direita por uma estrada estreita, com tratamento 
asfáltico, que leva até o distrito de Igara. Esta estrada tem início, atualmente, ao lado de 
um posto de gasolina e há placas de sinalização na BR 407, indicando a entrada. O 
distrito de igara cerca de 11 Km. Após o distrito a estrada, agora sem tratamento 
asfáltico, continua na direção da sede do município de Andorinha, num percurso de 31 
Km. Cerca de 3 Km após Andorinha ( na direção leste) encontra-se o povoado de 
contorno da Isaura. Daí parte uma estrada para sul margeando a serra de Itiúba, que leva 
até a BA 120. Após o povoado, seguindo para leste, a estrada bifurca: o seguimento da 
esquerda leva até a portaria da mina Medrado e o seguimento da direita percorre uma 
estrada encascalhada, até a portaria da mina de Ipueira. 
 
Figura 01 – Mapa de localização 
Fonte: Arquivos internos/Ferbasa (2012) 
 
 
 
2 HISTÓRICO 
 
 A jazida em Campo formoso, conhecida desde 1915 e explorada pela Cromita 
do Brasil até meados dos anos 60, quando foi então adquirida pela Ferbasa, já 
acenava para o potencial mineiro da regiãosob influência do GreenstoneBelt do Rio 
Itapicuru, e por isso a empresa disponibilizou os serviços de uma equipe técnica 
especializada e a colaboração de prospectores de campo na busca de novas áreas. A 
descoberta das ocorrências de minério de cromo nas proximidades do vale do 
Jacurici, em Andorinha, está relacionada a necessidade de abastecimento da Fabrica 
de Ferro Ligas do Grupo Ferbasa, fundada no início da década de 60 na cidade de 
Pojuca-BA. 
 O trabalho destas pessoas era distribuir amostras de mão de cromita nas feiras e 
povoados da região, para que os moradores pudessem colaborar com informações 
sobre pedras roladas semelhantes ao minério, conhecidas como “pretos”, e então 
levadas aos técnicos da empresa para avaliação mais criteriosa. Por outro lado, um 
grupo específico de geólogos e técnicos elegia áreas alvos na região baseados em 
mapeamento geológico regional do DNPM, e desenvolviam a prospecção de acordo 
com as técnicas adequadas a cada fase, como magnetometria aérea, amostras de 
sedimentos de corrente, abertura de picadas e execução de furos de sonda. 
 O resultado de todo este esforço foi a localização de várias ocorrências minerais 
de cromita em uma faixa norte-sul de aproximadamente 120 Km de extensão, entre 
os municípios de Uauá e Santa Luz, que foram devidamente analisadas e, quando 
viáveis, transformadas em minas a céu aberto e subterrânea. Uma das primeiras 
minas da região, no povoado de Medrado, iniciou suas atividades em 1972 e entrou 
em operação no ano de 1973, permanecendo até os dias atuais. A partir dela, dado 
seu grande potencial, as pesquisas se intensificaram na região e assim se deu a 
descoberta da maior jazida de cromita das Américas, na localidade de Ipueira em 
Andorinha-BA, que logo em seguida também entrou em atividade. 
 Inicialmente o método utilizado foi o de corte e enchimento, mas a necessidade 
de flexibilizar a produção levou a contratação da empresa finlandesa OutoKumpu – 
especialista na exploração de cromo subterrânea, para ao mesmo tempo indicar um 
método mais seguro, econômico e produtivo de explorar a mina, cujo maciço 
altamente fraturado impunha grande desafio a equipe e ameaçava a viabilidade do 
empreendimento. Desse modo nos primórdios dos anos 80 a mina foi 
completamente mecanizada e o método de abatimento por subnível passou a ser 
empregado, com a aquisição de uma nova frota de equipamentos e transferência de 
Knowhow para os técnicos brasileiros, que passaram então a comandar as atividades 
da mina dentro desta nova realidade. 
 Atualmente a empresa vem modernizando sua frota com o que há de mais novo 
em termos de tecnologia operacional de perfuração, extração, suporte e reforço de 
rocha, continua investindo na pesquisa, ampliação da produção, segurança do 
trabalho e preservação ambiental, e o misto entre uma equipe experiente, 
remanescentes da 1° fase de mecanização, com engenheiros e técnicos mais jovens, 
garante a continuação deste trabalho responsável e capaz que vem sendo realizado, 
para os próximos 40 anos de vida prevista para a mina. 
 
2.1 Generalidade do cromo 
 O presente texto “generalidade do cromo” foi extraído do livro Principais 
depósitos Minerais do Brasil – volume II, publicado pelo Departamento Nacional de 
Produção Mineral (DNPM), em 1986. 
 A cromita é o único mineral-minério para a obtenção do cromo metálico. 
Constitui uma variedade do grupo das espinelas, cuja composição básica se expressa 
através da formula (Mg,Fe²+)O.(Cr,Al,Fe³+)2O3 ou simplificadamente na forma 
resumida (R²+O.R³+2O3). Trata-se de um mineral isométrico e hexaoctaedral, isento 
de clivagem, frágil, quebradiço, com fraturas tendendo ao tipo conchoidal, de brilho 
metálico a submetálico, traço acastanhado-escuro, dureza variável de 5,5 a 6,5 e 
peso específico entre 4,1 a 4,7. Apresenta-se, em amostra de mão ou afloramento, na 
tonalidade escura com tendência ao preto acinzentada. Ao microscópio, em seção 
delgada, é opaca, amarelo-escuro ou vermelho-laranja e em seção polida, sob luz 
refletida, exibe tom de cinza ou claro. 
 A susceptibilidade magnética ao movimento quando sob a ação de um forte 
campo eletromagnético constitui uma característica comum da grande maioria das 
cromitas. Todavia, intensidade magnética razoável, algumas variedades evidenciam, 
especificamente aquelas mais pobres em cromo e teores mais elevados de FeO e 
Fe2O3. 
 O cromo está presente numa grande variedade de minerais, além da cromita, 
naturalmente em proporção pequena e inexpressiva, como fonte de aproveitamento 
econômico. Todavia é devido a sua presença, às vezes tão-somente traços, o fator 
determinante da beleza e do valor comercial que certos minerais alcançam como no 
caso do berílio e córindon quando transformados em gemas (esmeralda e rubi). 
Apesar de conhecido e explorado desde o final do século XIX o minério de cromo 
alcançou expansão total, passando a ser consumido no mundo inteiro, a partir de 
1920, tendo atingido uma demanda significativa durante as duas grandes guerras 
mundiais como insumo básico na indústria bélica e em produtos químicos. 
Cromita ou minério de cromo são terminologias usadas indistintamente, largamente 
difundidas e aplicadas em quaisquer dos segmentos envolvidos, seja mineração, 
industrialização ou comercialização, embora mais frequente o emprego da segunda 
forma, principalmente quando se refere à cotação do mercado consumidor. É um 
mineral que encerra na sua composição proporções variadas de óxido de cromo, 
ferro, alumínio e magnésio além de outros elementos subordinados em quantidades 
mínimas, em geral da ordem de ppm, como vanádio, níquel, zinco, titânio, 
manganês, cobalto etc. Em função dessa diferença proporcional dos óxidos 
presentes, quatro variedades distintas de cromita são reconhecidas: 
 Cromita propriamente dita – FeCr2O4; 
 Cromopicotita, variedade de cromita magnesiana e aluminosa – (Mg,Fe) 
(Cr,Al)2O4; 
 Magnesiocromita, variedade de cromita magnesiana – (Mg,Fe) Cr2O4; 
 Aluminiocromita, variedade de cromita aluminosa – Fe (Cr,Al)2O4. 
 Inicialmente, até o começo do século XIX, a maior aplicação dessa matéria-prima 
limitou-se, quase que exclusivamente, ao campo da indústria química, tendo como 
principal fonte de abastecimento as reservas conhecidas da região dos Montes Uraisna 
Rússia. A partir de 1900 os mercados metalúrgicos e de refratário despontam como dois 
outros setores de grande consumo, colocando o cromo, desde então, como um metal de 
ampla versatilidade ante a extraordinária linha de aplicação em diversos seguimentos do 
setor industrial considerados como base para o desenvolvimento tecnológico. 
 Na indústria metalúrgica, que consome 60% da produção mundial (DNPM/1986), a 
descoberta do processo de fabricação do aço de alta qualidade especialmente o aço 
inoxidável, através dos métodos AOD, VOD e outros ROBIETTE (1972) e ANON 
(1972), revolucionou o mercado de cromo no mundo, pelo fato de possibilitar o 
consumo de minério de baixo teor. Neste setor o cromo, cuja propriedade fundamental é 
propiciar maior resistência à oxidação ao calor, à abrasão, à corrosão, à fadiga etc., é o 
componente básico e essencial de vários tipos de ligas de ferro-cromo de alta, médio e 
baixo teor de carbono, variando de 0,01 a 10%, sendo o destaque principal as ligas de 
ferro-cromo, ferro-cromo-silício, cromo-boro, ferro-níquel e outros à base de cromo-
cobalto e tungstênio. São os aços inoxidáveis os tipos de ligas de mais elevado conteúdo 
de cromo, que pode variar desde 50% a 70% na proporção da liga. No Brasil, a Cia de 
Ferro Ligas da Bahia, (FERBASA) produz liga de ferro-cromo de alto e baixo teor de 
carbono, respectivamente 4% e 2% e Cr2O3 da ordem de 70% (Sumário Mineral – 
DNPM/1984). Na indústria química, onde se concentram por volta de 15% do consumo 
mundial, os produtos derivados de cromo a partir da obtenção do bicromato de sódio 
têm a sua maior e principal aplicação nas seguintes áreas: 
 No curtimento de peles, couro etc.; 
 Na preparação de corantes (pigmentos); 
 Na preparação de substâncias fixadoras das cores no processo de tingimento; 
 
2.2 Especificações para cromita 
 
 Em geral é considerada de interesse econômico a cromita com teores de cromo 
que varia de 25 a 65% e a de escala comercial, que caracteriza o minério isento de 
ganga aquela cujos percentuais situam-se no patamar de 30 a 60%. 
 O minério de cromo ocorre tanto na forma maciça e compacta como também 
friável, grãos do tipo euedral, subedral ou anedral, arredondado, bem distintos e 
individualizados, às vezes coalescentes e de tamanhos que variam desde 0,05 até 
30mm. 
 No setor metalúrgico, o minério cujas características mais se adaptam às 
exigências desse segmento é o tipo compacto ou lump de alto cromo, também 
conhecido como cromita de grau metalúrgico, com teores oscilando entre 45 a 56%, 
sendo o padrão médio de 48% e razão Cr/Fe entre 2,5 e 4,3, ficando a média em 
torno de 3,1. Além do minério com tais características, a indústria metalúrgica 
também consome areia de cromita, utilizada na área de revestimento de modelos de 
peças. Na indústria química, o minério de cromo apropriado, também identificado 
como cromita de grau químico, cromita de alto ferro, considera-se aquele 
compreendido na faixa de 40 a 46% de Cr2O3 e razão de Cr/Fe em torno de 1,5/1 a 
2/1. No setor de refratários, o minério tradicionalmente utilizado recai, em sua 
totalidade no campo das cromitas de alto alumínio, também conhecidas como 
cromita de grau refratário cujas especificações básicas compreendem: teores de 
Cr2O3 não muito elevados, da ordem de 30 a 40%, teor de Al2O3 superior ao padrão 
metalúrgico, entre 25 e 32%; baixo ferro total (FeO inferior a 15%) e a soma de 
Al2O3 + Cr2O3 igual ou superior a 58%. Na indústria de refratários básicos, a 
cromita participa como constituinte independente ou na forma combinada com 
outros minerais industriais a exemplo da Magnesita, na proporção média de 45% de 
cromo para 55% de Magnesita, na fabricação de tijolos refratários usados em 
revestimento de alto-forno para produção do aço, vidro,cimento etc. 
 
 
3 GEOLOGIA 
 
 Do ponto de vista genético, três tipos de complexos magmáticos de composição 
básico-ultrabásica, (No meio técnico-geocientista é por demais consagrado e 
corrente o uso indiscriminado dos termos ultrabásico e ultramáfico para traduzir o 
mesmo conceito quando se refere a complexos ígneos intrusivos diferenciados de 
composição gabro-peridotítica), envolvendo tipos litológicos diversificados são 
diferenciados na literatura geológica; 
 O complexo estratiforme, compreendendo ortopiroxenitos, harzburgitos, 
websteritos, noritos e anortositos, às vezes wherlitos; 
 O complexo alpino, abrangendo dunitos, harzburgitos ou lherzolitos, olivia-
gabros, gabros e não muito frequentes, noritos e anortositos; e finalmente; 
 O complexo concêntrico, constituído, basicamente, de dunitos, wherlitos, 
hornblenda- piroxenitos, piroxênio-gabro e, não muito comuns, harzburgitos 
e anortositos. 
 Das três variedades de complexos gabro-peridotíticos reconhecidas são 
considerados mais importantes na classificação, em função da potencialidade mineral 
que encerram, máxime no que diz respeito ajazimentos de cromo, os tipos alpinos e 
estratiforme. 
 O primeiro, Complexo Alpino, classificado como halogênico por considerarem os 
depósitos de cromita a ele relacionados como resultantes da diferenciação e segregação 
magmática fora da posição original do magma. O segundo, Complexo Estratiforme, ou 
autigênico, também oriundo do mesmo processo de diferenciação magmática, porem 
sem alteração do seu posicionamento tectono/estratigráfico primitivo. 
 
3.1 Tipos de depósitos 
 Os depósitos de minério de cromo de interesse econômico, ao lado da grande 
maioria das cromitas primárias, estão intimamente relacionados, preferencialmente, 
com os termos ígneos ultramáficos diferenciados nos complexos do tipo peridotítico 
ou gabrológicos primários principais: peridotitos-dunitos, piroxenitos, gabros, 
noritos, anortositos etc. E seus respectivos produtos de alteração (serpentina-xistos, 
clorita-xistos, tremolita-xisto etc.). 
 
 Figura 02 – Coluna estratigráfica típica 
Fonte: Arquivos internos/ Ferbasa (2012) 
 
3.2 Mineralização 
 A sequência máfica-ultramáfica é definida da base para o topo por: 
Serpentinito, Cromitito, Ortopiroxênio e Gabro. Sua característica mais marcante é 
apresentar frequentes contatos estruturais, bruscos, entre o cromitito e a encaixante 
(serpentinito), embora também ocorram contato litológicos. Estando limitada na 
base por gnaisses leucocráticos e no topo por metassedimentos (diopsiditos, 
formações ferríferas, chertslaminados, quartzitos e principalmente serpentina 
mármore fruto de reações pirometassomáticos de contato entre um sedimento 
carbonático e o magma original), sempre em zonas de falhas representadas por 
rochas miloníticas transformadas pela ação de fluidas hidrotermais. 
 
3.3 Geologia regional 
 Na quadrícula de Euclides da Cunha, a leste da serra de Itiúba, encontra-se o rio 
Jacuricí, um afluente da margem direita do rio Itapicuru. Nos arredores do vale 
desse rio, afloram, ao longo de uma faixa de direção N-S, com cerca de 100Km de 
extensão, idade proterozóica inferior de 2.0 Ga, vários pequenos e médios corpos 
máfico-ultramáficos mineralizados a cromo, encaixados em rochas granulíticas e 
gnáissico-migatíticas do embasamento do Cráton do São Francisco, constituindo o 
chamado distrito cromitífero do vale do rio jacurici. 
 Ao todo são conhecidos 15 corpos mineralizados ao longo do vale, nomeados 
norte para sul: Logradouro do Juvenal, Várzea do Macaco I, Várzea do Macaco II 
eVárzea/ Teiú, no município de Uauá; Monte Alegre, Riachão I, Riachão II e 
Lajedo, no munícipio de Monte Santo; Medrado, Pindoba e Ipueira/Socó, no 
município de Andorinha; Laje Nova no município de Cansanção; e, por fim, 
Barreiroe Pau Ferro, no município de Queimadas. 
 
Figura 03 – localização das Minas 
Fonte: Arquivos internos (Ferbasa) 
 
 As litologias predominantes na área são de natureza metamórfica de alto grau, 
notadamente de composição granulíticaenderbítica, charnoenderbítica e 
charnockítica, que constituem o embasamento arqueano do cráton do São Francisco, 
agrupadas por lima et al (1981). 
 Esse conjunto metamórfico de alto grau encerra também gnaisses e migmatitos 
de composições diversas além de litologias de natureza supracrustal. Uma sequência 
estratigráfica para região do Vale do rio Jacuricí foi proposta por Jardim de Sá 
(1984), tomando por base, predominantemente, as relações estruturais entre os 
diferentes conjuntos. 
1.Sequência Supracrustal, 2.Corpos Máfico-Ultramáficos, 3.Ortognaisses G1, de 
composição predominantemente leucocrática, em geral exibindo paragêneses 
equilibradas na fáceis granulito. Nessas rochas são observados vários xenólitos de 
litologias da sequência supracrustal inferior, 4.Diques máficos, pouco espessos e 
transformados em anfibolitos, 5.Granodioritos e Tonalitos G2, com bandamento 
metamórfico fino, 6.Granitos G3, representados pelo sienito de Itiúba e intrusões 
menores, sob a forma de sheetssubverticais. 
 
Figura 04 – Mapa de situação geológica 
 Fonte: Arquivos internos/ Ferbasa (2012) 
 
Figura 05 – Mapa geológico integrado Medrado- Ipueira 
Fonte: Arquivos internos/ Ferbasa (2012) 
 Evento F1, caracterizado pela geração de dobramento isoclinais e transposição, 
teria sido responsável pela foliação S1 impressa nas supracrustais e nos ortognaisses 
G1. Os diques máficos seriam pós F1, tendo se encaixado em fraturas geradas por esse 
evento. Evento F2 deu origem a dobras isoclinais apertadas, que dobraram a foliação S1 
das litologias existentes. Evento F3, responsável pelo trend regional NNE-NNW e o 
metamorfismo durante esse evento situou-se no nível da fáceis anfibolito. 
 O complexoPedra Vermelha, sendo representado por gnaisses de composição 
tonalíticas e granodiorítica que ocorrem principalmente a leste da quadrícula, 
apresentando frequentes intercalações de anfibolitos; migmatitos homogêneos e 
heterogêneos predominam na parte central; granulitos, definindo uma faixa norte-sul 
próximo ao flanco leste da serra de Itiúba, que encaixa a maioria dos corpos máfico-
ultramáficos do Jacurici. O grupo Itapicuru corresponde a uma sequência Vulcano-
sedimentar do tipo Greenstone belt metamorfizada na fáceis xisto-verde a anfibolito de 
baixo grau. Esse grupo foi dividido em três unidades, da base para o topo: Rio Peixe, 
Cariacá, Quijingue. Corpos graníticos também são observados nesse grupo. Os Grupos 
Canudos e Bambuí estão representados na porção NE, sedimentos dobrados e 
fracamente metamórfizados, onde predominam calcários, argilitos, siltitos, 
conglomerados e ardósias, repousando discordantemente sobre o Complexo de Pedra 
Vermelha e o contato entre Canudos e Bambuí, por falha de empurrão. O Grupo Brotas 
ocorre no extremo leste da quadrícula, sendo representado nessa área por sedimentos 
suborizontais das formações Aliança (arenitos argilosos vermelhos) e Sergi (arenitos 
amarelados) aflorantes em extensão reduzida. Essas rochas recobrem concordantemente 
o complexo de Pedra Vermelha e os grupos Bambuí e Canudos, tendo idade 
juro/cretácea. 
 
3.4Geológia local 
 Na mina de Medrado, o sillmáfico-ultramáfico se apresenta segundo uma sinforme 
bastante apertada, com plano axial próximo a vertical, com eixo ondulado, definindo 
uma secessão de domos e bacias bastante estiradas. As estimativas efetuadas em áreas 
conhecidas indicam que as espessuras desses sillsmáfico-ultramáficos não ultrapassam 
os 300 m. Suas extensões são bastante variáveis em função da estrutura local. Em geral 
esses sillsestratificados são formados por gabro, orto/clinopiroxênios e serpentinitos, 
podendo ocorrer cromititos. 
 Os corpos de minério na mina de medrado são caracterizados por uma grande 
espessura, até 15 m, os mais frequentes numa faixa de 5 a 8m. Uma feição 
característica dos corpos de cromitito são seus contatos bruscos com as hospedeiras. 
Por outro lado, há uma pequena percentagem de minério disseminado. Em termos 
granulométricos, as cromitas de Medrado são geralmente finas (0,4 a 0,6 mm) 
 
Figura 06 – Seção geológica com camada verticalizada 
Fonte: Arquivos internos/ Ferbasa (2012) 
 
 As rochas ultramáficas que hospedam os cromititos da mina de Ipueira, assim 
como as demais do vale do jacurici, estão encaixadas em granulitos, gnaisses e por 
vezes migmatitos. As máfico-ultramáficas de Ipueira correspondem ao 
prolongamento dosillde Medrado, mais precisamente do flanco leste da estrutura. 
Eventos tectônicos teriam provocado descontinuidades ao longo do percurso. 
 As espessuras das máfico-ultramáficas variam de 150 a 300 m. Como em 
Medrado, as rochas componentes dosillestratificado de Ipueira são: Gabro, orto e 
clinopiroxenitos, serpentinitos, além de cromititos. Os corpos de minério em média 
apresentam espessura de 6 a 7 m, podendo ocorrer blocos de até 15 m. Sobre todos 
os aspectos, há uma nítida correlação entre os cromititos de Ipueira e Medrado, por 
apresentarem mesma granulometria (0,4 a 0,6 mm), baixa percentagem de minério 
disseminado, mesmos teores em Cr2O3 e contatos bruscos com as encaixantes. 
 
Figura 07 – Seção geológica com camadas horizontalizadas 
Fonte: Arquivos internos/Ferbasa (2012)

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