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MINERADORA GIALO_TCC

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1
	
ISSN: 1984-3151
	Caracterização de rochas Ornamentais – Estudo de caso Pedreira Gialo Mineradora.
Kleidston Horta Felisberto1; Joedy Patrícia Cruz Queiroz2
Recebido em: / / - Aprovado em: / / - Disponibilizado em: / / 
Resumo: Com grande valor agregado e uma aceitação comercial importante tanto para exportação como para o uso da construção civil, as rochas ornamentais vem colaborando intensamente com a economia do Brasil sendo um indicador para a empregabilidade no setor. A caracterização tecnológica das rochas cria uma forma adequada para o uso desse material, observando suas características petrográficas, composição, mineralogia, textura e estruturas. O presente trabalho correlacionou alguns parâmetros petrografico e estruturais a fim de diferenciar parte da exploração de característica comercial e o que é considerado rejeito.
Palavras-chave: Rochas Ornamentais. Caracterização Tecnológica. Análise Petrográfica.
Abstract: With great added value and an important commercial acceptance both for export and for the use of civil construction, the ornamental rocks have been collaborating intensely with the Brazilian economy being an indicator for the employability in the sector. The technological characterization of the rocks creates an adequate form for the use of this material, observing its petrographic characteristics, composition, mineralogy, texture and structures. The present work correlated some petrographic and structural parameters in order to differentiate part of the exploration of commercial characteristics and what is considered reject.
Keywords: Ornamental Rocks. Technological Characterization. Petrographic Analysis.. 
____________________________________________________________________________
1 Introdução
A produção mundial de rochas ornamentais e de revestimento evoluiu muito, desde a década de 1920, até os dias atuais. 
A exploração de rochas ornamentais representa 4,0% do PIB nacional. O Brasil é o 4º exportador mundial dividido em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Onde produção de rochas ígneas são exportadas e de maior produção. O volume extraído nas pedreiras no Brasil, em 2016, chegou aproximadamente 8,5 milhões de toneladas (excluídos os materiais de uso estrutural), correspondente 6% do volume global (FILHO 2016). Cerca de 53,5 Mt de rochas brutas e beneficiadas foram comercializadas no mercado nacional em 2016, representando 790 milhões de m2 equivalentes de chapas com 2 cm de espessura. (FILHO 2016). 
Dentre os estados brasileiros de maior produção são Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, sendo que o Espírito Santo responde por 80% das exportações brasileiras participando mais de 10% do PIB Capixaba.
No Estado de Minas Gerais temos produção de rochas ornamentais nas cidades de Medina, Guanhães, Dores de Guanhães, Candeias, Rio doce, Caldas, dentre outras. As rochas ornamentais e revestimentos em Minas Gerais abrangem litotipos que podem ser extraídos em bloco ou placas cortadas em formas variadas e beneficiadas através do esquadrejamento, polimento, lustro e utilizada de maneira diversificada como tampo de mesas, balcões, lápides e arte funerária. 
Quanto as edificações destacamos nesse caso, o revestimento interno e externo de paredes, pisos, pilares, soleiras e colunas (FILHO 2007).
O principal objetivo deste trabalho consiste na identificação de corpo rochoso apropriado para o uso como rocha ornamental e a partir disso determinar através de ensaios tecnológicos a melhor aplicabilidade e utilidade da rocha. Para isso foi estudada a rocha ornamental denominada Giallo Calafuria que é explorada no Município de Dores de Guanhães, na porção centro-leste de Minas Gerais.
1.1 Localização e Acesso
 O município de Dores de Guanhães está localizado na região centro-leste do Estado de Minas Gerais, cujos municípios limítrofes são: Sabinópolis, Virginópolis, Guanhães, São João Evangelista, Peçanha, Açucena, Braúnas e o distrito de Senhora do Porto, distante 265 Km de Belo Horizonte. 
O principal acesso à área, a partir de Belo Horizonte é realizado pela BR 381 que liga o Estado de Minas Gerais ao Estado do Espírito Santo, seguindo pela rodovia estadual, MG 434 até o trevo de Itabira. A partir desse ponto segue-se até o trevo de com a rodovia federal BR 120 seguindo até o município de 
Dores de Guanhães como está ilustrado na Figura 1.
Figura – 1 localização da área
 Fonte – Kleidston Horta e Isabelle Silva
2 Referencial Teórico
Os ensaios tecnológicos norteiam os procedimentos metodológicos comparando os modelos e parâmetros apresentados por cada ensaio, qualificando os produtos beneficiados dentro das normas nacionais e internacionais fazendo com que a rocha se enquadre num padrão comercialmente atraente. 
Os ensaios são realizados para reproduzir as condições às quais a rocha estará submetida durante todo o processamento até seu uso final. Estes ensaios são normatizados por entidades nacionais e estrangeiras como a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, American Society for Testing and Materials – ASTM e Comissão Européia de Normalização - CEN. O conjunto básico de ensaios para a caracterização tecnológica de rochas e a sua finalidade estão relacionados na (Tabela 1).
2.1 Rochas Ornamentais e de Revestimento
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, nos termos das normas, 15012:2003 define rocha ornamental como: material rochoso natural, submetido a diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizado para fazer uma função estética. 
A rocha para revestimento corresponde a rocha natural que, submetida a vários processos diversos de beneficiamento é utilizada no acabamento de superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas em obra de construção civil. A pedra de revestimento corresponde ao material rochoso natural selecionado, beneficiado e acabado em formato e tamanhos específicos para fins estruturais ou arquitetônico.
A Comissão de Estudos Especiais – CEE- 187, criada em 2012 no âmbito da ABNT, determinou que para racionalizar esses conceitos e adotar uma definição segundo a qual a rocha ornamental será considerada como: 
O material pétreo utilizado em revestimentos internos e externos, estruturas elementos de composição arquitetônica, decoração mobiliário e arte funerária. E definiu que a rocha para revestimento é a rocha ornamental submetida a diferentes graus ou tipos de beneficiamento e utilizada no revestimento de superfície, especialmente pisos para paredes e fachadas.
Tabela1 – Ensaios recomendados para a caracterização de rochas ornamentais a partir dos seu uso
	Usos e Aplicações
	Ensaios
	
	Análise Petrográfica
	Índices Físicos
	Compressão Uniaxial 
	Flexão (3 Pontos)
	Flexão (4 Pontos)
	Analise de propag. Ondas
	 Linear
	Desgaste abrasivo
	Deformidade Estático
	Impacto corpo duro
	Congelamento e degelo1
	Alterrabilidade2
	Pisos (interno, externa)
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Parede (interno, externa)
	
	
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	X
	X
	Fachadas
	
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Tampos de pia
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Colunas e pilares
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	
	X
	
	X
	X
	Pedestais 
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	Tampas de mesas e balcões
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Soleiras 
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Esculturas
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Cilindros para indústria de alimentos, papel etc.
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Mesas e aparelhos de desempeno
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
Índices físicos - Massa específica aparente e saturada, porosidade aparente e absorção d’água
1- Rochas ornamentais que se destinam a exportação para países de clima frio e temperado
2- Ensaio de alterabilidade (simula situação de intempéries ação de poluente e de manutenção e limpeza (ensaios ultravioletas (UV),
Ensaio névoa salina, ensaio de SO2, ensaio de ataque químico.
Com algumas pequenas variações conceituais, as principais rochas que compõe o universo desse setor são os mármores e granitos,que assumem de maneira generalizadas estes nomes independentemente de terem ou não outra designação mais intrínseca do ponto de vista geológico e petrográfico. 
3 Contextualização Geológica Regional
A cidade de Dores de Guanhães está localizada a leste da cordilheira do Espinhaço, na porção central de do Estado de Minas Gerais estando inserida na Faixa neoproterozoica Araçuaí, a sudeste do Cráton São Francisco. A área do mapeamento, segundo (GROSSI SAD,1997).
O Grupo Guanhães, estabelecido sobre um embasamento de rochas granitoides, que engloba uma sequência rochosa metassedimentar-metavulcânica intensamente deformada e cortada por intrusivas ultramáficas, máficas e acidas (GROSSI SAD, 1997).
Rochas do tipo tonalito-trondhjemito-granodiorito dentre outras, fazem parte do complexo basal que não tem designação formal são gnassificada e em parte, migmatizadas. É constante a presença de porções anfibolíticas no mesmo. O arranjo planar interno é voltado para o paralelo, isto é, E-W, e ondulado em termos de mergulho, esse arranjo domina a arquitetura do complexo basal. A retomado do evento deformativo reorganizou a trama segundo direção ao redor de N-S (GROSSI SAD,1997).
Segundo o autor, outra série metassedimentar, pertencente ao grupo Rio Doce recobre as rochas supracrustais do Grupo Guanhães e as rochas granitoides do embasamento, através de contato falhado por empurrão. O contato entre o embasamento e o Grupo Guanhães encontra-se discordante e foi intensamente trabalhado tectonicamente.
3.1 Geologia Local
Na área de pesquisa foram mapeadas as rochas graníticas, enquadradas e dividida, devido a sua localização em duas Suítes sendo elas a Suíte Sacramento e a Suíte Meloso, Fontes et. al (1978).
A Suíte Sacramento é composta pelos granitoides que estão dentro e nos arredores da propriedade denominada de Fazenda Sacramento, composta pelos maciços que afloram no norte a sul pela faixa central, na forma de lajedo e pequenos plútons, podendo atingir grandes profundidades Door et al (1963).
Já a Suíte Meloso, inclui os corpos presentes no interior e nos arredores Fazenda Meloso que afloram na parte superior sob forma de maciços que também atingem grandes profundidades. 
A leste da cidade de Guanhães, falhas inversas de baixo ângulo e direcionamento geral NNE-SSW se estendem da região de Itabira para norte passando pela localidade de Senhora do Porto. Em sua porção setentrional estes lineamentos, coincidem com o curso do Alto Rio Guanhães e encaixam uma sequência vulcano-sedimentar localmente com dezenas de metros de espessura. A seqüência está em contato tectônico por falhas inversas de alto ângulo com o embasamento da bacia, sendo superposta por litologias do Complexo Basal a leste e sobreposta aos granitos da Suíte Borrachudos (Pluton São Félix) a oeste (Danderfer & Meireles, 1987). Uma foliação penetrativa, muitas vezes de natureza milonítica, orientada N25E e subverticalizada, está representada em todas as litologias da seqüência. A lineação contida na foliação, representada pelo alinhamento de anfibólios, biotita, e rods de quartzo, tem orientação e caimento variados. São observados ainda foliação S/C, rotação de cristais e sombra de pressão. (Alkmim et al., 2006).
4 Estratigrafia
O Complexo Basal (Arqueano) é constituído por granito, variando do granodiorito a granito sensu stricto, inclui porções migmatizadas por injeção do Granito Borrachudos de rochas do Grupo Guanhães.
Também é possível encontrar corpos discretos de material chamockitico (GROSSI SAD, 1997).
O Grupo Guanhães constituído por rochas supracrustais de origem sedimentar e vulcânica (GROSSI SAD, et. al., 1990).
O grupo pode ser dividido em três tipos: formação Inferior, que é composta por metamáficas e metaultramáficas com intercalações discretas de itabirito carbonático, quartzo ferruginoso e formação manganífera. Já a formação média é composta por itabirito dolomítico, quartzo ferruginoso, rocha calciossilicática e xisto carbonático. A formação superior, (Formação Serra Negra), que é representada por gnaisses em parte migmatizado, com intercalações raras de quartzo, formação ferrífera bandada e anfibólios em corpos concordantes. (GROSSI SAD, 1997).
O Grupo Rio Doce (Proterozoico), ´representado pela formação Figueira que é constituída por gnaisses e micaxistos, mais ou menos migmatizadaos e localmente pegmatizados com discretas intercalações de quartzitos, anfibolitos e rochas calciossilicatada (GROSSI SAD, 1997).
A Suíte Granítica Borrachudos é constituída por duas massas plutônicas de rochas graníticas, Morro do Urubu e Açucena (GROSSI SAD et. al., 1989). E segundo Dorr & Barbosa (1963), as rochas dessa suíte são quartzo monzonitos e granitos alcalinos.
5 Materiais e Métodos
5.1 Levantamento de dados
Os dados levantados para este estudo foram baseados em revisões bibliográficas realizadas em livros, dissertações e mapas geológicos (Folha Guanhães – SE.23-Z-B-V na escala 1:100.000).
Foi utilizado software (qual) para a confecção de mapas base com as principais vias de acesso, topografia, geologia, hidrografia e lineações da área.
5.2 Reconhecimento de alvo
O mapeamento geológico na escala 1:20.000 foi feito o levantamento das rochas aflorantes, bem compo coletas de amostras representativas da área para análises petrografica mais detalhada.
Na visita ao campo utilizou-se os seguintes itens: bússola tipo Clar, aplicativo Avenza Maps para inserção de mapas georreferenciados da área, GPS Garmin Modelo E-Trex, martelo petrográfico, lupa e equipamentos de segurança.
Durante o reconhecimento das rochas na área de estudo tomou-se o conhecimento de uma pedreira em atividade, Gialo Mineradora, na qual tivemos a permissão de desenvolver a pesquisa neste local.
Neste local foi possível fazer um estudo mais criterioso das rochas expostas e ainda diferenciar o tipo de material que é utilizado para o beneficiamento e posterior comercialização, do material que é descartado (Fotografia 1 e 2).
Fotografia 1 – Diques de diabásio orientado N/S, onde concentra maior números de fraturas e aumento de rejeito.
Fonte: Arquivo pessoal
Fotografia 2- Estudo de caso, caracterização.
Fonte: Arquivo pessoal.
5.3 Ensaios Tecnológicos
A abertura da mineradora para nossa pesquisa foi fundamental, já que facilitou o desenvolvimento do trabalho de campo, bem como a cessão dos dados de caracterização tecnológica já realizados pela empresa Gialo Mineradora.
ÍNDICES FÍSICOS
Os ensaios de Índices Físicos proporcionam uma noção das microdescontinuidades ou microfraturamento presentes na rocha, permitindo assim avaliar, indiretamente, o estado de alteração e de coesão das rochas. Estes ensaios determinam a Massa Específica, Absorção de Água e Porosidade.
CORTE E POLIMENTO
Foram realizados testes de corte com o objetivo de subsídios para colocação do material no mercado. Os testes consistiram na confecção de paralepípedos de dimensões 20 X 20 X 40 cm, em que posteriormente foram submetidos à corte com serra diamantada, para confecções de ladrilhos de tamanhos de 20 X 20 X 2 cm de espessura. O polimento dos ladrilhos cortados foi executado por uma politriz de rebolo. 
ANÁLISE PETROGRÁFICA
Para complementar os ensaios tecnológicos foi feita o estudo petrográfico. Esta análise aparece como uma ferramenta importante na caracterização, pois estabelece as relações texturais, microestruturais e mineralógicas que influenciam diretamente na resistência das mesmas.
6 Resultados e Discussões
DADOS DE CAMPO
Durante o reconhecimento na mina foi distinguido as rochas exploradas com padrão comercial daquelas não comercial.
Esta separação se dá principalmente pelo padrão estrutural de ocorrência das rochas. A porção da mina não comercial se caracteriza principalmente por é considerado rejeito, que constitui cerca de 70% do total explorado. 
Figura 2 – Estereograma de foliação Sn com máximo em 294/43 e médio caimento para NW.
Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 3 – Estereograma da foliação Sn com o máximo em 309/52 e médio caimento para NW.
Fonte: Arquivo pessoal. 
Observou-se tambéma existência de grande quantidade de veios de quartzo em toda parte considerada não comercial seguindo a mesma orientação N/S da intrusão do dique, evento este que organizou os minerais diferenciando os produtos para a comercialização.
Fotografia 3 – Amostra da área comercial ao fundo e a área considerada rejeito bem visualizada pelo dique e veios. 
.Fonte : Arquivo Pessoal
6.1 Descrição Petrográfica
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
A rocha apresenta de maneira geral coloração rosada, granulação média a grossa, foliada, sendo constituída principalmente por feldspato, quartzos e minerais máficos. Esses últimos possuem uma tendência de concentrarem-se em níveis milimétricos (Fotografia4).
Fotografia-4 Amostra com característica estruturais com padrão comercial.
Fonte: Arquivo pessoal
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA 
Fotografia 5 – Fotomicrografia textura geral do granito Giallo Calafuria. (A e B – Objetiva de 4x, nicóis paralelos); 
Rocha de granulação média a grossa, composta principalmente por feldspato potássico, quartzo e subordinado plagioclásio, destacando palhetas de biotita geralmente nos espaços intergranulares (Fotografia 5 e 6) . A biotita encontra-se orientada e define uma foliação na rocha, reforçada pela tendência de orientação dos minerais félsicos. Apesar da foliação observada a rocha ainda preserva textura ígnea granular alotriomórfica. 
O feldspato potássico apresenta aspecto turvo, em função de incipiente argilização/sericitação e é intensamente pertítico. A textura pertítica, caracteriza-se pelo intercrescimento do plagioclásio com feldspato potássico, sendo observado os tipos em filete, vênulas, barras e gotículas. Observam-se ainda, intercrescimento de quartzo vermicular e plagioclásio conhecido como textura mirmequítica.
Esparsos cristais de granada anédrica encontram-se disseminados pela rocha sendo comum apresentarem fraturas percoladas por hidróxidos de ferro.
Raros cristais de apatita, titanita, zircão, alanita, e opacos também estão presentes às vezes como associação com a biotita.
Vale apena ressaltar que a presença de raros cristais de fluorita na borda da palheta da biotita, indicando presença de fluido rico em flúor.
Mineralogia com % estimada em área
Feldspato potássico 50%
Quartzo 35% 
Biotita 8%
Plagioclásio 7%
Granada < 1%
Hidróxidos de Ferro < 1%
Apatita
 raro
Titanita raro
Zircão raro
Alanita 
 raro
Opacos raro
Fluorita raro
6.2 Corte Polimento
No teste de polimento, as chapas apresentaram índices de reflexão superior a 80%. Índice este aceitável no comércio exterior para comercialização de chapas polidas.
6.3 Índices Físicos
Os resultados obtidos de índices físicos encontram-se descrito a seguir:
Massa específica aparente seca: 2.623 Kg/m3
Massa específica aparente saturada: 2.631 Kg/m3
Porosidade aparente: 0,77%
Absorção de água aparente: 0,29%
7 Conclusões
A comparação entre os resultados mineralógicos, texturais e estruturais com as características físico-mecânicas das rochas estudadas permitiram as seguintes conclusões:
A rocha comercial explorada na pedreira Gialo Mineradora apresenta-se tanto macroscopicamente, como microscopicamente pouco alterada, mostrando boa resistência ao intemperismo. 
O ensaio para determinação de índices físicos teve uma relação direta com o visto na petrografia, cujo valor de 0,29% obtido para a amostra analisada está dentro do limite recomendado. Os materiais cujo valor de absorção é maior que 0,5% são considerados inadequados para utilização como rocha ornamental.
Os valores de 2.623Kg/m3 para massas específica aparente seca da amostra está dentro da faixa recomendada para granitos, conforme citam Frazão & Farjallat (1995) e ASTM C97. 
De modo geral os resultados dos testes mostram correlação e confirmaram que o produto está dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo mercado consumidor nacional e internacional.
8 Agradecimentos
Agrademos à Gialo Mineradora por permitir o desenvolvimento do estudo dentro da sua pedreira e por ceder os dados disponíveis para o melhor entendimento da ocorrência mineral.
Referências
 Alkmim F.F., Pedrosa-Soares A.C., Noce C.M., Cruz S.C.P. 2007. Sobre a evolução tectônica do orógeno Araçuaí-Congo Ocidental. Geonomos., 15 (1), 25-43.
DORR J. V. N. & BARBOSA A. L. M ⋅ 1963 ⋅ Geology and ore deposits of the Itabira District, MinasGerais, Brazil. Washington, U.S. Geological Survey Professional Paper, 341-C, 110p.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILLEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992, NBR 12.766/92: rochas para revestimento, determinação de massa especifica aparente, porosidade aparente e absorção d’água aparente, Rio de Janeiro.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992, NBR 12.767/92: rochas para revestimento, determinação da resistência à compressão uniaxial, Rio de Janeiro.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992, NBR 12.763/92: rochas para revestimento, determinação da resistência à flexão à 4 pontos, Rio de Janeiro.
Danderfer A., Meireles H.P. 1987. Mapeamento Geológico da Região do Alto Rio Guanhães (MG). CGE/Instituto de Geociências, Univ. Fed. Minas Gerais, Diamantina. Monografia de graduação, 80p.
FILHO, CID CHIODI, KISTEMANN & CHIODI ASSESSORIA E PROJETOS – ABIROCHAS 2008. Situação Atual e Perspectiva Brasileiras no Setor de Rochas Ornamentais
Frascá M. H. O., Estudos Experimentais de Alteração Acelerada em Rochas Graníticas para Revestimento, Tese Doutorado, Universidade de São Paulo, 2003.
GROSSI SAD J. H. 1997. Geologia da Folha Guanhães. In: Grossi-Sad J.H.; Lobato L.M.; Pedrosa-oares A. C.; Soares-Filho B.S. (coordenadores e editores). Projeto Espinhaço em CD-ROM (textos, mapas e anexos). Belo Horizonte, COMIG - Companhia Mineradora de Minas Gerais. p. 2317-2435.
GROSSI-SAD J. H., CHIODI FILHO C., SANTOS J. F., MAGALHÃES J. M. M., CARELOS P. M. 1990a Geoquímica e origem da formação ferrífera doGrupo Guanhães, Distrito de Guanhães, MG, Brasil. SBG, Congr. Bras. Geol., 36, Natal, Anais, 3: 1241-1253.
. 
Graduando em Geologia. UniBH, 2014. Aluno do Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Belo Horizonte, MG. kleidston@gmail,com.
Geóloga, Doutora em Engenharia de Materiais e Metalurgia. PUC-RJ, 2007. 
Professora do Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. 
Belo Horizonte, MG. E-mail: joedy.queiroz@prof.unibh.br
e-xacta, Belo Horizonte, Vol. X, N.º Y, p. aa-bb. (ano). Editora UniBH. 
Disponível em: www.unibh.br/revistas/exacta/
em: www.unibh.br/revistas/exacta/

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