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KARL MARX- RESUMO

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KARL MARX
CONTEXTO HISTÓRICO
Marx nasceu na Renânia, região desenvolvida da Alemanha não unificada, filho de pai advogado o que lhe levou a se matricular nesta formação na sua juventude.
A região da Renânia era a que mais tinha se transformada em Capitalista, enquanto o resto da Alemanha permanecia com resquícios ainda monárquicos e feudais.
Em 1836 mudou-se para Berlim, ingressando no curso de Filosofia e se aproximando das ideias de Hegel cuja principal tese filosófica era a necessidade de “procurar o conhecimento além das aparências” já que a “essência” e a “aparência” formam um todo único.
Tornou-se jornalista em jornal de tendências burguesas e liberais, deixando-o quando o jornal foi fechado pelo governo conservador da Prússia.
Transfere-se para Paris onde começa a conviver com os setores mais radicais do movimento operário francês → conhece Engels
Seu pensamento se desenvolve ancorado na experiência, nas vitórias e derrotas do movimento operário e popular contra os patrões, o governo e o capitalismo de uma maneira geral.
Entender o pensamento de Marx é a única forma de entender a evolução das lutas sindicais e políticas dos trabalhadores europeus.
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO
PRIMEIRA FASE → influência de Hegel → crítica racional ao Estado absolutista → encontrar na organização racional do Estado a resposta para o verdadeiro sentido da liberdade.
SEGUNDA FASE → aproximação do movimento operário → aplicação do “método crítico” → princípio do que se tornaria o “materialismo dialético” → contribuição principal: o conceito de “alienação”.
TERCEIRA FASE → Criação do seu método científico de compreensão da realidade → método capaz de explicar a sociedade de maneira científica com a compreensão do processo histórico → “materialismo histórico ou dialético”.
INFLUÊNCIAS
FILOSOFIA CLÁSSICA ALEMÃ → Hegel, Feuerbach, Fitche 
FILOSOFIA POLÍTICA INGLESA → Adam Smith e David Ricardo
SOCIALISMO FRANCÊS → Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen (inglês radicado na França)
Com estas influências, criou um corpo teórico, composto de uma base filosófica (o materialismo dialético), uma teoria econômica e uma proposta de transformação da sociedade (“socialismo científico”)
TEORIA- O MÉTODO
Pretendia criar um método novo capaz de explicar cientificamente o funcionamento da história e ao mesmo tempo romper com o idealismo da filosofia.
A realidade era a expressão das ideias daqueles que a queriam explicar (Rousseau, Danton, Durkheim, Weber e os gregos antigos)
Partiam de princípios já consagrados e previamente aceitos por seus membros → pensamento influenciado pela religião e pela filosofia
Para entender a realidade é preciso entender como os homens se relacionavam com o mundo material, a maneira como eles retiravam da natureza os bens necessários para a sua sobrevivência e o modo como organizavam o trabalho.
TEORIA- A SOCIEDADE E OS MODOS DE PRODUÇÃO
A sociedade traz em seu seio uma série de contradições e conflitos e esse estado permitirá a transformação e a mudança.
A organização do trabalho e o modo como os homens se relacionam no mundo da produção conserva a chave para a compreensão da trama social.
Outros fatores como a política, a distribuição desigual de renda, o acesso diferenciado à cultura e outros aspectos derivam do lugar onde os indivíduos se situam no processo da vida material.
Discorre sobre os “modos de produção”: primitivo, asiático, feudal e, por fim, o capitalista emergente à época.
TEORIA- O CONCEITO DE “INFRAESTRUTURA” E DE “SUPRESTRUTURA” ECONOMICAS 
O conjunto das relações de produção forma a “estrutura econômica” da sociedade (“infra estrutura”) → a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social.
O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral 
Ao chegar a uma determinada fase de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade se chocam com as relações de produção existentes, ou, o que é senão a sua expressão jurídica, com as relações de produção dentro das quais se desenvolveram até ali
A ALIENAÇÃO PELO TRABALHO
Os homens contraem determinadas relações e que, ao mesmo tempo, são necessárias e independentes da vontade destes.
Os indivíduos encontram-se submetidos a um conjunto de relações que limitam qualquer possibilidade de escolha tendo em vista que a necessidade de produção de bens materiais continua a se impor.
Não há como o homem escolher outra relação de trabalho que não seja aquela necessária pelo modo de produção vigente.
Se tornam dependente daquela forma de relação de trabalho porque de outra forma não conseguiriam sobreviver → alienação
A BUSCA DO MÉTODO
Compreender o funcionamento dessa base (a infra estrutura e o modo de produção), das relações e dos conflitos existentes bem como sua evolução apresenta-se como a chave para se entender a sociedade → o objetivo do método materialista histórico.
Nas relações entre economia, estado e sociedade, os indivíduos nunca se apresentam isoladamente e defendendo seus interesses → expressam as posições dos grupos sociais a que pertencem e se encontram na sociedade → “as classes sociais”
As “classes sociais” se definem pelo lugar em que se encontram no processo produtivo e este lugar é determinado pela detenção ou não dos “meios de produção” → ou se é patrão ou se é empregado.
AS CLASSES SOCIAIS E SUAS RELAÇÕES
Cada processo de produção determina quais e quantas classes podem existir e o que é permitido a cada uma delas. 
As classes sociais podem atuar no mesmo setor da economia e constituírem classes sociais distintas.
Ex.: no meio rural brasileiro você encontrará: os latifundiários, os sem-terra, os bóia-frias, os meeiros, os parceiros, os pequenos e médios proprietários que empregam trabalhadores, os proprietários familiares e utilizam mão de obra doméstica. 
Em cada época, há relações dominantes e que se sobressaem naquele período.
A LUTA DE CLASSES E SUA REVOLUÇÃO
No decorrer do tempo, mesmo existindo classes diversas, há uma tendência à proletarização dos trabalhadores → os proprietários dos meios de produção de um lado (burguesia) e os trabalhadores de outro (proletários)
Marx e Engels → As relações entre as classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra → “dominação”
Os conflitos de classe são a mola propulsora e o impulso para as transformações sociais.
Lenin → a revolução é o resultado do acirramento das lutas de classe em prol de uma transformação na propriedade dos meios de produção.
O PAPEL DO ESTADO
Pensamento liberal de orientação contratualista → Estado é fruto de um arranjo entre os indivíduos que isoladamente aderem a um pacto de garantir a ordem, a propriedade ou certos direitos civis.
Marx → As formas que o Estado assume está relacionada com o modo como a sociedade está organizada para produzir.
Estado é um instrumento dotado de um poder irresistível cujo objetivo é manter as relações sociais dominantes.
A burocracia estatal, o ordenamento jurídico e as formas de estado (monarquia, república, parlamentarismo) obedecem a uma lógica determinada pelos interesses em jogo na economia.
O PAPEL DA IDEOLOGIA
O Estado é composto de um corpo de funcionários destacados do conjunto da comunidade com o objetivo de garantir os meios de reprodução da ordem dominante.
Para realizar sua função não podem utilizar frequentemente da força para conter a fúria das massas excluídas do processo de produção.
A classe dominante justifica a dominação agindo “pelo interesse geral da nação”, pelo “respeito à Constituição” ou até mesmo pela “vontade divina”
O papel superestrutural da ideologia que sedimenta a aceitação da dominação não pela força, mas pelas formas de convencimento (inclusive pelo uso da força).
COMO A IDEOLOGIA SE PROPAGA
A maneira como as classes dominantes justificam sua dominação se impõe também pelas ideias, de modo que as ideias dominantes são articuladas nos lugares com fortecapacidade de multiplicação de informações.
A ideologia está presente nos códigos e leis, nas igrejas, nos jornais, nas escolas e nos meios de comunicação de massa.
Pode agir diretamente “vendendo” uma ideia ou pela ocultação ou omissão de ideias contrárias.
Utiliza-se também da propaganda, manipulação de informações, criando consensos capazes de ocultar os reais interesses de dominação.
O DIREITO NA CONCEPÇÃO MARXISTA 
Todo direito é tradução de posições e interesses das classes dominantes.
A lei é uma espécie de documento por meio do qual uma ou várias classes coligadas manifestam o seu pensamento e seus interesses.
Por isso, não pode ser entendido pela “literalidade” nem de acordo com o “espírito”(a possível finalidade expressa na Lei)
O sentido real da lei não é nunca evidente, mas oculto pela ideologia → eles trazem os reais interesses das classes interessadas no texto da lei.
As contradições da própria lei é que dá a ela o mesmo caráter dialético da sociedade, fazendo-a se transformar segundo o interesse da classe dominante naquele momento histórico.

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