Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Monitoria Micro I Resoluc¸a˜o Lista 7 - Teoria da Firma / Custos 1. (a) E´ uma tecnologia do tipo substitutos perfeitos: f(k, l) = wk + rl (b) E´ uma tecnologia do tipo complementares perfeitos: f(k, l) = min{αk, βl} (c) E´ uma tecnologia do tipo Cobb-Douglas: f(k, l) = kαl1−α 2. (a) Basta derivar a func¸a˜o em relac¸a˜o a cada fator e checar os sinais: fk = αAk α−1lβ > 0 fkk = α(α− 1)Akα−2lβ < 0 fl = βAk αlβ−1 > 0 fll = β(β − 1)Akαlβ−2 < 0 Note que, por hipo´tese, α e β sa˜o menores do que 1, por isto as segundas derivadas sa˜o negativas. (b) Se algum dos fatores na˜o apresentar rendimentos decrescentes, a firma tera´ um in- centivo a usar quantidades cada vez maiores deste fator. Ou seja, na˜o haveria uma quantidade de produto que tornaria o lucro ma´ximo. (c) • Retornos constantes: α+ β = 1 • Retornos crescentes: α+ β > 1 • Retornos decrescentes: α+ β < 1 (d) Sabemos que a elasticidade da func¸a˜o de produc¸a˜o em relac¸a˜o a k e´ dada por: εq,k = ∆q q ∆k k = ∆q ∆k k q u ∂q ∂k . k q = fk. k q = αAkα−1lβ. k Akαlβ = α O mesmo vale para εq,l: εq,l = ∆q q ∆l l = ∆q ∆l l q u ∂q ∂l . l q = fl. l q = βAkαlβ−1. l Akαlβ = β 1 (e) 3. (a) A TMSTSk,l e´ a inclinac¸a˜o da reta tangente a uma isoquanta qualquer da func¸a˜o de produc¸a˜o. Se q = f(k, l), enta˜o a diferencial total de q e´ dada por: dq = ∂f ∂k .dk + ∂f ∂l .dl Sabemos que em qualquer ponto sobre uma isoquanta, a quantidade q e´ a mesma, ou seja, dq = 0. Logo, 0 = ∂f ∂k .dk + ∂f ∂l .dl⇒ −∂f ∂l .dl = ∂f ∂k .dk ⇒ − dl dk = ∂f ∂k ∂f ∂l = PMgk PMgl = TMSTk,l (b) A ideia aqui e´ exatamente igual a` que vimos na Teoria do Consumidor: se a func¸a˜o de produc¸a˜o e´ estritamente monotoˆnica, fk > 0, fl > 0, isto e´, usar mais insumos aumenta a quantidade produzida. Isto significa que as isoquantas, que sa˜o as curvas de n´ıvel da func¸a˜o de produc¸a˜o, sa˜o negativamente inclinadas - para usar mais de k a firma precisa abrir ma˜o de um pouco de l em uma dada isoquanta. Ale´m disto, se a func¸a˜o for estritamente quasicoˆncava, as isoquantas sera˜o estritamente convexas, ou seja, usar uma combinac¸a˜o de ambos os insumos permite estar numa isoquanta mais alta - o que significa um n´ıvel de produc¸a˜o maior. Se ale´m disto a func¸a˜o de produc¸a˜o for homogeˆnea de grau k ela tambe´m sera´ homote´tica, o que significa que as isoquantas sera˜o simples projec¸o˜es umas das outras - a TMST depende apenas da raza˜o k l , na˜o do n´ıvel de produc¸a˜o. (c) Uma func¸a˜o de produc¸a˜o linear e´ homogeˆnea de grau 1. Logo, ela ira´ apresentar retornos constantes de escala. 2 4. (a) Vamos comec¸ar substituindo os valores dados na func¸a˜o: f(2, 8) = 2 + 8 + 2 √ 16 +B = 18⇒ 18 +B = 18⇒ B = 0 Ou seja, podemos reescrever a func¸a˜o como: f(k, l) = k + l + 2 √ kl Para ver que ela apresenta retornos constantes de escala, precisamos mostrar que ela e´ homogeˆnea de grau 1: f(tk, tl) = tk + tl + 2 √ tk.tl = t(k + l + 2 √ kl) = tf(k, l) Portanto, f(k, l) e´ homogeˆnea de grau 1. (b) Como f(k, l) e´ homogeˆnea de grau 1, ela tambe´m e´ homote´tica. Portanto, sabemos que as TMST ′s sera˜o iguais: TMSTk,l = PMgk PMgl = 1 + √ l k 1 + √ k l TMST3k,3l = PMg3k PMg3l = 3 + √ 9l k 3 + √ 9k l = 3 ( 1 + √ l k ) 3 ( 1 + √ k l ) = 1 + √ l k 1 + √ k l (c) Basta notar que podemos reescrever a func¸a˜o dada como: f(k, l) = (√ k + √ l )2 = ( k0.5 + l0.5 )2 Este e´ um caso particular da func¸a˜o CES, onde os paraˆmetros de escala e substituic¸a˜o sa˜o γ = 2 e ρ = 0.5. 5. q = f(k, l) = k1/4l3/4 (a) O problema desta firma e´ encontrar a combinac¸a˜o (k∗, l∗) que minimize o seu custo, dado que ela quer produzir o n´ıvel q¯. Assim, ela escolhe k, l de modo a min k,l wl + rk , s.a. k1/4l3/4 = q¯ Escrevendo o lagrangeano e tirando as CPO’s: 3 L = wl + rk − λ [ k1/4l3/4 − q¯ ] ∂L ∂k = r − λ 4 ( l k )3/4 = 0 L ∂l = w − 3λ 4 ( k l )1/4 = 0 Isolando λ: λ = 4r ( k l )3/4 = 4w 3 ( l k )1/4 ⇒ 3r w = l k ⇒ l = 3r w k Substituindo esta relac¸a˜o na func¸a˜o de produc¸a˜o: k1/4l3/4 = q¯ ⇒ k1/4 ( 3r w k )3/4 = q¯ ⇒ k∗ = ( w 3r )3/4 q¯ l∗ = 3r w k∗ = 3r w ( w 3r )3/4 q¯ = ( 3r w )1/4 q¯ Assim, a func¸a˜o custo total e´ dada por: C(w, r, q) = wl∗ + rk∗ = w ( 3r w )1/4 q¯ + r ( w 3r )3/4 q¯ C(w, r, q) = q¯ ( 3r1/4w3/4 + 3−3/4w3/4r1/4 ) = q¯r1/4w3/4 ( 31/4 + 3−3/4 ) A func¸a˜o custo me´dio e´ dada por: C(w, r, q) q = r1/4w3/4 ( 31/4 + 3−3/4 ) Note que, neste caso, a func¸a˜o custo marginal e´ igual a` func¸a˜o custo me´dio: ∂C(w, r, q) ∂q = r1/4w3/4 ( 31/4 + 3−3/4 ) O que era de se esperar, pois a func¸a˜o custo e´ linear em q - porque a func¸a˜o de produc¸a˜o apresenta retornos constantes de escala. (b) Como ja´ encontramos a forma geral no item anterior, basta substituir os dados de w e r: k∗ = ( 3 3 )3/4 q¯ = q¯ , l∗ = ( 3 3 )1/4 q¯ = q¯ (c) Como na soluc¸a˜o o´tima cada unidade adicional de capital e trabalho gera o mesmo aumento de produto, ela vai procurar a opc¸a˜o de menor custo unita´rio. Como o aluguel do capital e´ menor do que o sala´rio pago a cada trabalhador, a firma escolhe contratar mais capital. 4 6. (a) No curto prazo, como o capital e´ fixo, podemos reescrever a func¸a˜o de produc¸a˜o como: q = f(k, l) = √ 100l = 10 √ l Neste caso, como so´ temos uma varia´vel de escolha, na˜o precisamos usar o me´todo do multiplicador de Lagrange. Basta isolar l na func¸a˜o de produc¸a˜o: √ l = q 10 ⇒ l∗ = q 2 100 Usando os dados do enunciado para escrever o custo: C(q) = wl∗ + rk∗ = 5. q2 100 + 10.100 = q2 20 + 1000 O custo me´dio e´: C(q) q = q 20 + 1000 q E o custo marginal: ∂C(q) ∂q = q 10 (b) Sabemos que a curva de custo marginal cruza curva de custo me´dio em seu ponto de mı´nimo. Assim, CMg(q∗) = CMe(q∗)⇒ q ∗ 10 = q∗ 20 + 1000 q∗ ⇒ q ∗ 20 = 1000 q∗ ⇒ q∗2 = 20000⇒ q∗ ≈ 141 Substituindo na func¸a˜o custo: C(q∗) = q∗2 20 + 1000 = 20000 20 + 1000 = 2000 7. (a) Falso. Esta firma tem uma func¸a˜o de produc¸a˜o do tipo proporc¸o˜es fixas, ou seja, ela sempre escolhe uma combinac¸a˜o em que k∗ = l∗. Sua func¸a˜o custo sera´ C(q) = (w + r)q. (b) Falso. A func¸a˜o de produc¸a˜o representa o maior n´ıvel de produc¸a˜o que a firma pode atingir, dada uma quantidade de insumos. (c) Falso. Suponha por exemplo a func¸a˜o de produc¸a˜o f(k, l) = k0.5l0.75. Esta func¸a˜o apresenta retornos crescentes de escala - f(tk, tl) = t0.5k0.5t0.75l0.75 = t1.25k0.5l0.75-, mas cada fator de produc¸a˜o tem rendimentos decrescentes - fkk = −0.25k−1.5l0.75 e fll = −0.1875k0.5l−1.25. (d) Verdadeiro. Basta notar que o custo me´dio e´ decrescente, ou seja, quanto maior a escala de produc¸a˜o, menor o custo me´dio: CMe(q) = 5 + 7 q (e) Falso. E´ uma func¸a˜o homogeˆnea de grau 1. 5 8. Vamos comec¸ar reescrevendo a func¸a˜o de produc¸a˜o para cada firma no curto prazo. Como o n´ıvel de capital e´ fixo, temos q1 = 625 1/4l3/4 = 5l3/4 q1 = 16 1/4l3/4 = 2l3/4 Sabemos que no o´timo, a produtividade marginal do trabalho deve ser igual ao sala´rio de mercado, que e´ igual para ambas as firmas. Ou seja, PMgl1 = w = PMgl2 ⇒ PMgl1 PMgl2 = 1 A produtividade marginal do trabalho e´ a derivada parcial da func¸a˜o de produc¸a˜o em relac¸a˜o ao trabalho, portanto PMgl1= 15 4 l −1/4 1 PMgl2 = 6 4 l −1/4 2 Fazendo a raza˜o entre as produtividades marginais: PMgl1 PMgl2 = 1⇒ 15 4 l −1/4 1 6 4 l −1/4 2 = 1⇒ 5 2 ( l2 l1 )1/4 = 1⇒ ( l2 l1 ) = 2 5 ⇒ l2 = 16 625 l1 Como existem apenas 100 trabalhadores dispon´ıveis, sabemos que l1 + l2 = 100⇒ l1 + 16 625 l1 = 100⇒ l1 ( 1 + 16 625 ) = 100⇒ l∗1 = 62500 641 ≈ 97 , l∗2 = 3 Para encontrar o n´ıvel de produto, basta substituir estes valores na func¸a˜o de produc¸a˜o de cada firma e soma´-los: q1 = 5l 3/4 1 = 597 3/4 ≈ 5.31 = 155 q2 = 5l 3/4 2 = 53 3/4 ≈ 5.2 = 10 Logo, Q = q1 + q2 = 165. 6
Compartilhar