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Questionário - Poder Legislativo e Processo Legislativo

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Questionário Poder Legislativo e Processo Legislativo
O que são funções típicas dos Poderes?
Funções típicas são as que guardam uma relação de identidade com o Poder por que são desempenhadas. São as funções tradicionais e primárias. 
O que são funções atípicas?
Atípicas, são aquelas que não guardam nota de identidade e, por isso mesmo, são originariamente desincumbidas pelos outros órgãos de poder. São funções não tradicionais.
Quais são as funções típicas e atípicas do Poder Legislativo?
No Poder Legislativo as funções típicas são legislar e fiscalizar. E as funções atípicas poder ter natureza executiva ao dispor sua administração e organização, provendo cargo, concedendo férias, licenças a servidores e etc., e natureza jurisdicional, quando o Senado julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade.
Qual a composição do Poder Legislativo em âmbito nacional? E no âmbito estadual e municipal? (Ler artigos 27, 29, 44, 45 e 46 da CR/88)
No âmbito nacional, o Poder Legislativo da União é bicameral, composto por duas casas, é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. No âmbito estadual e municipal, o Poder Legislativo é unicameral, composto pela Assembléia Legislativa.
A Câmara dos Deputados é composta por 513 Deputados Federais, com mandato de 4 anos eleitos pelo povo. Para o Senado Federal, representando os Estados e o Distrito Federal, a composição é de 81 Senadores.
O que é legislatura? 
É denominado legislatura o período das atividades exercidas pelos membros do Congresso Nacional compreendido entre a posse e o término dos respectivos mandatos, compreendidos em quatro anos. 
O que é sessão legislativa?
Cada Legislatura é composta de quatro sessões legislativas, que são períodos anuais das atividades da Câmara, em que o Congresso se reúne, com início em 02 de fevereiro e recesso a partir de 17.07, com retorno em 01.08 e encerramento em 22.12.
O que é período legislativo?
As sessões legislativas dividem-se em períodos legislativos, são períodos semestrais, excluindo-se os recessos parlamentares cujas datas de início e de término são geralmente fixadas pela Lei Orgânica do Município. 
!!! Assim, destaca-se que cada legislatura corresponde a quatro sessões legislativas ou oito períodos legislativos, sendo que cada sessão legislativa corresponde a dois períodos legislativos.
O que é sessão ordinária?
As sessões ordinárias são as reuniões plenárias realizadas para as deliberações e trabalhos regulares que acontecem na forma do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, de terça a sexta-feira, no Plenário.
Segundo o regimento interno da Câmara dos Deputados, até o ano de 2012, as sessões ordinárias deveriam ser realizadas de segunda a sexta feira. Porém, em 17 de outubro de 2012, a Câmara dos Deputados modificou o seu regimento interno (Resolução n. 19/ 2012), e, com isso, as sessões ordinárias (deliberativas), na Câmara, realizar-se-ão de terça a quinta feira (os dias de segunda e sexta seriam apenas para as sessões de debate). Na prática, qual foi a consequência dessa medida, tendo em vista o que estabelece o art. 55, III, da CR/88?
Na prática, o projeto aprovado oficializa o que já ocorre todas às segundas e sextas-feiras, quando raramente ocorrem sessões ordinárias e as sessões são apenas de debates. Atualmente, os deputados só têm desconto no salário quando faltam a sessões deliberativas, aquelas que têm votação de projeto. Os deputados que não marcaram presença no painel do plenário da Câmara vão ter redução em seus subsídios. 
A Constituição prevê, no artigo 55, inciso III, que um dos motivos de perda de mandato de deputado e senador é a ausência em um terço das sessões ordinárias realizadas, salvo em caso de licença ou missão autorizada. 
O que é sessão extraordinária?
Reunião que se realiza em dia ou hora diversos dos pré-fixados para as sessões ordinárias. Tem a duração de quatro horas e é destinada exclusivamente à discussão e votação das matérias constantes da Ordem do Dia. 
Essa regra, porém, não impede a apreciação de matérias variadas, constantes de medidas provisórias em vigor na data da convocação. Isso porque, se houver medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação, independentemente da matéria por elas disciplinada (art. 57, § 8.°).
O que é sessão legislativa extraordinária? Quem pode convocar as sessões legislativas extraordinárias e em quais hipóteses?
O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado de sessão legislativa extraordinária. A convocação pode ser feita pelo presidente do Senado Federal, em caso de decretação de Estado de Defesa ou de Intervenção Federal, de pedido de autorização para a decretação de Estado de Sítio e para o compromisso e posse do presidente e do vice-presidente da República. E em caso de urgência ou interesse público relevante, pelo presidente da República e pelos presidentes da Câmara e do Senado, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Os parlamentares podem receber pela atuação em sessão legislativa extraordinária? 
Não há mais nenhum pagamento extra para os parlamentares em razão da convocação extraordinária do Congresso Nacional. A última convocação remunerada do Congresso foi em julho de 2003. Desde então, o pagamento de indenização em razão da convocação é proibido.
O que são as Mesas das Casas Legislativas? 
O órgão administrativo de direção das Casas Legislativas é sua mesa. A mesa é o órgão responsável pelas funções meramente administrativas, bem como pela condução dos trabalhos legislativos que se desenvolvem em cada Casa. Temos, então, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa do Senado Federal e, também, a Mesa do Congresso Nacional, que atua nas sessões conjuntas deste.
Qual a composição da Mesa da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional?
Os seus membros são eleitos para um mandato de dois anos, de forma que em cada legislatura temos duas eleições para esses órgãos. As mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal compõe-se de Presidência - Presidente e dois Vice-Presidentes - e de Secretaria, composta por quatro Secretários e quatro Suplentes. A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
O que são as Comissões Parlamentares de Inquérito? (art. 58, p. 3º)
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são comissões temporárias, em regra, temáticas, criadas pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou pelo Congresso Nacional, com o fim de investigar fato determinado de interesse público. Vale lembrar que a atuação das comissões parlamentares de inquérito consubstancia atuação típica do Poder Legislativo, no desempenho da sua atribuição fiscalizatória de atos conexos ao Poder Público. Têm o prazo de cento e vinte dias, prorrogável por até metade, mediante deliberação do Plenário, para conclusão de seus trabalhos.
Quais são os requisitos para que seja instaurada uma CPI?
Para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito é indispensável o cumprimento de três requisitos constitucionais, a saber: (a) requerimento de um terço dos membros da Casa Legislativa; (b) indicação de fato determinado a ser objeto de investigação; (c) fixação de um prazo certo para a conclusão dos trabalhos (temporalidade).
O que significa afirmar que a CPI tem poderes de investigação próprios de autoridade judicial?
De acordo com o art. 58, § 3.º, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, ou seja, podem, por autoridade própria, ou seja, sem a necessidade de qualquer intervenção judicial, sempre por decisão fundamentada e motivada, observadatodas as formalidades legais.
Quais são os limites que a CPI, obrigatoriamente, deve obedecer quando de sua atuação?
Primeiramente, há o limite da fundamentação das decisões, por este limite, se não houver a fundamentação necessária, a decisão será passível de nulidade. Outro princípio que limita e rege essas comissões é o da colegialidade. Esse prevê que as decisões devem ser tomadas por um colegiado e por maioria dos votos de seus integrantes. Não há a prevalência de uma única opinião. Mais um princípio que limita as Comissões é o nexo causal com a coisa pública, ou seja, as CPI’s não podem investigar quaisquer assuntos, mas somente aqueles que guardam gestão aos interesses públicos. Por fim, tais comissões são regidas pelo princípio federativo, por meio do qual não podem transigir em assuntos de âmbito estadual ou municipal, mas somente em assuntos nacionais, obedecendo à hierarquia e a autonomia do Estado Federativo Brasileiro.
Em virtude de seus poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais, as CPIs poderão determinar a prática de vários atos, independentemente de requisição ao Judiciário. Quais são esses atos?
As CPI´s podem: quebrar sigilo bancário, fiscal e dados telefônicos. Podem convocar particulares e autoridades públicas para depor, na condição de testemunhas ou como investigados. Determinar as diligências, as perícias e os exames que entenderem necessários, como busca de meios de prova de documentos e informações legalmente admitidos. Poderão as comissões determinar a busca e apreensão de documentos, desde que essa medida não implique violação do domicílio das pessoas. Ouvir indiciados e testemunhas (inclusive fazer condução coercitiva no caso de recusa).
Existem práticas que as CPIs estão impedidas de realizar diretamente, sendo necessário autorização do Poder Judiciário para que possam ser desenvolvidas pelas CPIs. Quais são essas práticas?
Não podem determinar qualquer espécie de prisão (preventiva ou temporária), ressalvada a possibilidade de prisão em flagrante. Arresto, sequestro, impedimento ou hipoteca de bens do investigado. Não podem determinar medidas cautelares de ordem penal ou civil. Não podem determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos. Não dispõem de poderes para determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça). Não também podem autorizar a interceptação das comunicações telefônicas (“escuta”). Não podem obstaculizar o trabalho de advogados e não podem determinar a anulação de atos do Poder Executivo.
O que é o Estatuto dos Congressistas?
É o conjunto de regras e normas jurídicas (estabelecido nos arts. 53 a. 56 da Constituição) que estatui o regime jurídico dos deputados e senadores e diz respeito sobretudo, aos direitos e imunidades ou aos deveres e impedimento dos membros do Poder Legislativo.
Qual a função das imunidades parlamentares?
Devem ser vistas como garantia da independência do Legislativo perante os outros Poderes e frente a própria sociedade, para que o legislativo possa desenvolver suas funções de forma adequada, afastando, em relação aos parlamentares, a possibilidade de abusos, pressões, prisões e processos arbitrários.
As imunidades visam ao desenvolvimento do Princípio da Separarão dos Poderes, e não devem ser vistos como privilégios, porque são diretamente do cargo que os parlamentares exercem.
Explique, detalhadamente, o que significa a imunidade material dos parlamentares. A sua resposta deverá abranger as seguintes questões: (a) a imunidade material independe do logradouro ou do recinto em que sejam proferidas as opiniões ou as palavras (?); (b) para que haja a imunidade material, as opiniões ou palavras devem guardar relação com o mandato (?); (b.1) qual o atual posicionamento do STF sobre a necessidade de nexo de causalidade entre o pronunciamento do parlamentar e o local onde ele se encontra quando do pronunciamento (?).
Imunidade material está prevista no caput do art. 53 da Constituição, que determina que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras ou votos. A imunidade material independe do logradouro ou do recinto em que sejam proferidas as opiniões ou palavras, desde que estejam em razão de suas funções parlamentares, no exercício e relacionados ao mandato. e.	Segundo o STF, a garantia da imunidade material, não se estende ao congressista, quando na condição de candidato a qualquer cargo eletivo vem a ofender moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer relação com o exercício das funções congressistas.
O que significa afirmar que a imunidade material tem eficácia temporal absoluta?
A imunidade material contempla eficácia temporal absoluta no sentido de que, mesmo após o término do mandato, os deputados e senadores conservam a imunidade material sobre as opiniões ou palavras proferidas no exercício deste.
Os parlamentares podem renunciar a imunidade material? Justifique.
Não, pois não se trata de um direito subjetivo do parlamentar e sim de uma garantia do Congresso Nacional de ordem pública. A garantia não é dele para dispor, e sim do CARGO ocupado.
Explique o que é a imunidade formal em relação à prisão. 
Em regra, não haverá prisão do parlamentar. A imunidade formal protege o parlamentar contra a prisão e, nos crimes praticados após a diplomação, mas, também, em relação aos crimes praticados em data anterior a esta. Assim, se em data anterior à diplomação o indivíduo havia cometido certo crime e estava respondendo por ele perante a justiça comum, com possibilidade de ser preso, com a expedição de sua diplomação a prisão não poderá mais ser determinada pelo Poder Judiciário.
Existe, expresso na Constituição, alguma possibilidade de o parlamentar ser preso após a diplomação? Se sim, explique, detalhadamente, como se dará essa situação. 
A única situação em que se admite a prisão do parlamentar é a de flagrante de crime inafiançável. Mas, mesmo nesse caso, a manutenção da sua prisão dependerá de autorização da Casa Legislativa, e não da vontade do Poder Judiciário. Ainda assim os autos da prisão devem seguir em 24h para que a casa legislativa resolva sobre a prisão pela maioria dos seus membros.
A imunidade formal em relação à prisão é aplicada aos parlamentares estaduais, distritais e aos vereadores?
Essa imunidade também é assegurada aos deputados estaduais (conforme § 1º do artigo 27) e aos deputados distritais (conforme § 3º do artigo 32). Mas os vereadores não possuem imunidade formal quanto à prisão.
Explique o que é a imunidade formal em relação ao processo. (Estudar art. 53, p. 3º, 4º, 5º da CR/88)
A imunidade formal incide, também, sobre o processo de incriminação do congressista, com a possibilidade de que a Casa Legislativa suste o andamento da ação perante o STF. Se traduz na possibilidade de sustentação da ação penal contra deputado ou senador por crimes praticados pelos mesmos após diplomação. Se o crime foi praticado antes da diplomação do mandato em curso, não há que se falar em imunidade, isto é, não há nenhuma possibilidade de a Casa Legislativa sustar o andamento da ação.
Ao receber a denúncia o STF deverá dar ciência à casa a qual pertence o parlamentar. A partir dessa ciência qualquer partido político com representação na casa poderá solicitar a sustação do processo. A casa terá 45 dias para decidir. Se aceitar, a casa parlamentar informará ao STF quanto a impossibilidade de dar continuidade ao processo.
Dentro da imunidade formal quanto ao processo as bancas costumam indagar se processo que já estava em andamento antes da diplomação poderá ser suspenso. Você deve ser enfático e responder que NÃO. O parlamentar que cometeu crime ANTES da diplomação terá seus autos enviados ao STF, mas não terá essa possibilidade de suspensão do processo. Sequer é necessário cientificar a casa legislativa. Destaca-se ainda que a suspensão só vale para aquele mandato. Logo, se ele for reeleitoo processo seguirá seu curso normal não sendo possível novo pedido de suspensão.
Os parlamentares estaduais, distritais e os vereadores possuem imunidade formal em relação ao processo?
A imunidade formal deve ser também aplicada aos parlamentares estaduais e distritais. Conforme previsão da Constituição Federal. Já os vereadores não gozam de nenhuma imunidade formal, nem quanto a prisão tampouco quanto ao processo.
O que é processo legislativo?
É o conjunto de atos (iniciativa, emenda, votação, sanção e veto, promulgação e publicação) realizados pelos órgãos competentes na produção das leis e outras espécies normativas indicadas diretamente pela Constituição.
Quais são as fases do processo legislativo ordinário?
Compõe pela fase introdutória, resumida no poder de iniciativa da lei. A fase constitutiva, que compreende a discussão e votação do projeto de lei nas duas Casas do Congresso Nacional, bem como a manifestação do Chefe do Executivo (sanção ou veto) e, se for o caso, a apreciação do veto pelo Congresso Nacional; e a fase complementar que abrange a promulgação e a publicação da lei.
 Quais são as espécies de iniciativa?
Compreende a iniciativa parlamentar, no qual a apresentação do projeto de lei cabe aos membros do Congresso Nacional (Senadores e Deputados Federais); e a iniciativa extraparlamentar, no qual a apresentação do projeto de lei cabe ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Ministério Público e aos cidadãos, isto é, conferida aos órgãos e pessoas não integrantes do Congresso Nacional.
Em quais hipóteses a Câmara dos Deputados será a casa iniciadora?
Na hipótese de se tratar de projeto de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, do Procurador-Geral da República e dos cidadãos (iniciativa popular) será exercida perante a Câmara dos Deputados.
O que é a iniciativa popular? Quais são os seus requisitos? 
É um instrumento da democracia que torna possível, participação direta do cidadão na vida do Estado, nos atos de governo e apresentar projetos de lei. Os projetos de iniciativa popular podem ser apresentados desde que disponham sobre temas que não sejam de iniciativa privativa do Presidente da República; e contenham a assinatura de, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, originários de, pelo menos, cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles. 
O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto, e não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo a Câmara dos Deputados, por meio de seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades.
De acordo com a Constituição da República, quais são as hipóteses de iniciativa legislativa privativa do Presidente da República?
De acordo com o artigo 61, § 1º da Constituição Federal elenca as hipóteses de leis de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo, assim delineadas que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva”.
Explique o que significa o princípio da irrepetibilidade.
Na Casa iniciadora, o projeto poderá ser aprovado ou rejeitado. Caso ocorra sua aprovação, será encaminhado à outra Casa para revisão. Se rejeitado, será arquivado, aplicando-se lhe o princípio da irrepetibilidade, isto é, a respectiva matéria somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (CF, art. 67).
Explique o que é sanção tácita e sanção expressa. 
A sanção tácita, corresponde na hipótese de o Presidente da República deixar de manifestar-se por escrito, transcorrendo o prazo de 15 dias sem qualquer manifestação sobre o projeto de lei (silêncio ou ausência de motivação do veto). Já a sanção expressa, corresponde na hipótese de o Presidente da República manifestar sua concordância com o texto (projeto de lei) aprovado, por escrito, dentro do prazo de 15 dias úteis. 
O que é o veto? Quais os tipos de veto? Explique todas as características do veto.
Cuida-se da discordância, do Presidente da República com o projeto de lei aprovado pelo Poder Legislativo e encaminhado para sua apreciação. Em relação a sua amplitude, o veto poderá ser total ou parcial. Será total quando incidir sobre todo o projeto de lei, e parcial quando houver recusa à sanção de apenas alguns dos dispositivos do projeto de lei. Caso o veto seja mantido, o projeto será arquivado aplicando-se lhe o princípio da irrepetibilidade.
Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto (art. 66, § 1.°).
Há a possibilidade de o veto ser derrubado pelo Congresso Nacional? Se sim, explique como se concretizará essa possibilidade. 
Sim. Uma vez vetado o projeto de lei, o mesmo retornará ao Congresso Nacional, onde será apreciado em seção conjunta, no prazo de 30 (trinta). Pode o veto presidencial ser derrubado pela maioria absoluta dos deputados e senadores, que votarão em sigilo, conforme estipulado pelo artigo 66, §4º da CR/88. Após a derrubada do veto pelos parlamentares, o projeto será enviado ao Presidente da República para promulgação.
No caso de o Presidente da República não vetar o projeto, ou o veto presidencial ser derrubado no Congresso Nacional, haverá a promulgação da lei.
O que é promulgação?
A promulgação é o ato solene de execução, que atesta a existência da lei, de declarar a sua potencialidade para. Por meio dela, o órgão competente verifica a adoção da lei pelo Legislativo, atesta a sua existência e afirma a sua força imperativa e executória. Em suma: a lei nasce com a sanção, mas tem a sua existência declarada pela promulgação. Em regra, a competência para promulgar a lei é do Chefe do Executivo.
O que é publicação?
Trata-se do ato que encerra o processo legislativo, ou seja, da comunicação feita a todos da existência de uma nova lei, bem como de seu conteúdo, através do Diário Oficial. É condição de eficácia da lei, visto que esta somente pode ser exigida depois de oficialmente publicada.
Quais assuntos podem ser tratados por lei ordinária?
Podem ser objetos de lei ordinária, todos os assuntos que não estejam reservados para as demais espécies normativas. Assuntos relevantes vão ser tratados na Constituição, e outros não vão ser tratados dessa forma.
Quando ocorrerá o processo legislativo sumário?
Também chamado de regime de urgência constitucional, o processo legislativo sumário é aquele em que o chefe do executivo, nos projetos de lei de sua iniciativa, solicita urgência. É um procedimento mais curto, pois em até 100 dias o projeto deve ser votado pelo Congresso Nacional. A fixação de prazos constitucionais fixados para apreciação do projeto de lei é a diferença que o processo legislativo sumário tem com o processo legislativo comum.
Quais as diferenças entre a lei ordinária e a lei complementar?
A diferença entresessas duas espécies normativas se dá sob dois aspectos: um, quanto à matéria e ao quórum de votação. A primeira diz que enquanto a Lei Complementar deve versar, obrigatoriamente, sobre assuntos especificados na CF, a Lei Ordinária tem competência residual, ou seja, pode tratar de todos os assuntos que não sejam de competência da Lei Complementar. A outra diferença diz respeito ao quórum de votação: enquanto a Lei Complementar necessita de maioria absoluta (art. 69, CF), a Lei Ordinária necessita de maioria simples (art. 47, CF).
Explique o processo legislativo das emendas à Constituição.
O processo legislativo de aprovação de uma emenda à Constituição está estabelecido no art. 60 da Constituição Federal e compreende, em síntese, a fase de apresentação de uma proposta de emenda, por iniciativa de um dos legitimados; logo depois discussão e votação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros de cada uma delas; sendo aprovada, será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem; e caso a proposta seja rejeitada ou havida por prejudicada, será arquivada, não podendo a matéria dela constante ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
O que são as medidas provisórias? Quais matérias não podem ser tratadas por medidas provisórias? Qual o prazo de eficácia das medidas provisórias? Quando ocorrerá o trancamento de pauta em virtude da medida provisória? Quando haverá a perda de eficácia da medida provisória?
Medidas provisórias é um instrumento com força de lei, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Os prazos previstos no processo legislativo de elaboração de uma Medida Provisória, quais sejam, o prazo para a sua apreciação, que é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias e o que se refere ao trancamento da pauta, que é de 45 dias corridos, contados da edição da Medida Provisória. Se a Medida Provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, ocorrerá o trancamento da pauta da Casa em que estiver tramitando, não se admitindo a votação de qualquer outra matéria antes de concluída a votação da medida provisória. Assim, caso não sejam convertidas em lei no prazo constitucionalmente estabelecido, as medidas provisórias perderão sua eficácia desde a edição (Ex tunc), devendo o Congresso Nacional disciplinar, por meio de decreto legislativo, no prazo de sessenta dias contados da rejeição ou da perda de eficácia por decurso de prazo, as relações jurídicas delas decorrentes.
O que são as leis delegada, os decretos legislativos e resoluções?
Lei delegada, trata-se de um ato normativo do presidente da república que necessita autorização do congresso nacional para a edição de lei sobre determinada matéria. A lei delegada está presente também nos âmbitos estadual e municipal. (CF, art. 68). Tal instrumento foi criado para dar ao presidente uma dinâmica político-administrativa sem que ficasse caracterizada intromissão nas atividades do poder legislativo.
Os decretos legislativos são atos do Congresso Nacional destinados ao tratamento de matérias da sua competência exclusiva, para as quais a Constituição dispensa a sanção presidencial. O decreto legislativo serve também como instrumento de regulamentação das relações jurídicas decorrentes do período de eficácia das medidas provisórias antes de sua conversão em lei.
Resolução é um ato administrativo normativo emitido por autoridade superior, com a finalidade de disciplinar matéria de sua competência específica e que não estejam sujeitos à reserva de lei. As resoluções não podem produzir efeitos externos, tampouco contrariar os regulamentos e os regimentos, mas sim explicá-los. Tanto as resoluções quanto os decretos legislativos tratam de matéria de competência exclusiva do poder Legislativo. 
Estudar os artigos 48, 49, 51 e 52 da CR/88 – atribuições da Câmara dos Deputados, do Senado e do Congresso Nacional.

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