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EVOLUÇÃO DO CONCRETO PROJETADO NA CONSTRUÇÃO 
O CASO HISTÓRICO DO LOTE 1 DA LINHA 2 DO METRÔ/SP 
 
Flavio Henrique Cunha Lobato1
Marcus Vinicius Dutra Moresi 2
Flávio Massayuki Kuwajima 3
Marcelo Massaki Matsui 4
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar, de forma sucinta, a evolução tecnológica do concreto projetado no Mundo e 
no Brasil e descrever as principais atividades desenvolvidas e aprimoradas em Canteiro de Obra, destacando os aspectos 
relevantes que garantiram a certificação da Construtora Andrade Gutierrez em Obras Metroviárias, durante a implantação 
das obras de construção do Lote 1 (Petit – Klabin) na Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo entre os anos de 2004 e 
2005. 
 
HISTÓRICO 
 
Apresenta-se a seguir um breve histórico do concreto projetado no mundo e no Brasil. O histórico no mundo teve com 
base os trabalhos de Sprayed Concrete Association (1999), Yoggy (2000) e Teichert (2002). A revisão no Brasil utilizou o 
artigo de Boscov (1999) e relatos verbais de funcionários da Construtora Andrade Gutierrez e seus colaboradores. 
 
A invenção do concreto projetado é atribuída a Carl Ethan Akeley, um taxidermista muito respeitado e que revolucionou a 
taxidermia através do desenvolvimento de modernos dermoplásticos: o processo de montagem de modelos de animais 
anatomicamente convincentes por meio de tubos, arames, tecidos e gesso. Num dia da primavera de 1907, o diretor do 
museu de Chicago Frederick J.V. Skiff foi procurá-lo. Akeley que trabalhava no museu estava ocupado com dois elefantes 
africanos e o mecânico e modelista Clarence L. Dewey estava pintando uma imitação de rocha. Dewey usava um grande 
atomizador construído por Akeley que empregava ar comprimido para projetar gesso colorido. Skiff estava insatisfeito com 
o estado da fachada do museu e sugeriu utilizar o atomizador para fazer a recuperação. Akeley passou a trabalhar 
imediatamente com Dewey para atingir este objetivo. Após alguns insucessos, em 24 de junho de 1907, chegaram a uma 
maquina muito rudimentar batizado por Akeley de “plastergun”, que forçava gesso seco por um tubo com ar comprimido. 
Quando atingia o bico, era adicionada água por uma outra tubulação. Com o jato de gesso, água e ar comprimido, Akeley 
aplicou uma camada de ¼ de polegada na fachada do museu. A máquina trabalhou por uma hora até a tubulação entupir. 
Funcionava com câmara dupla: o material entrava por uma tubulação de transporte vindo de duas câmaras colocadas uma 
sobre a outra, as quais eram pressurizadas de forma alternada. Nascia assim a bomba de câmara dupla (Foto 1). 
 
 
 
Foto 1 – Bomba utilizada para cobrir a fachada no museu de Chicago em 1907 (modificado de Teichert, 2002) 
 
1 Construtora Andrade Gutierrez, flavio.henrique@agnet.com.br
2 Construtora Andrade Gutierrez, mvinicius@agnet.com.br
3 SGP Engenharia Ltda, kuwajima@osite.com.br
4 Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenharia de Projeto Ltda, marcelo@figueiredoferraz-eng.com.br
 
Aparentemente, foi o amigo e então ex-presidente americano Theodore Roosevelt, que sugeriu que Akeley patenteasse o 
invento no outono de 1909. Em 09/05/1911, um modelo com uma série de melhorias foi registrada como a patente 
No.991814 sob a designação Apparatus for mixing and applying plastic or adhesive materials. Entretanto, em maio de 1910, um 
equipamento Cement Gun já havia sido apresentado no Cement Show em Nova York. Num simpósio associado a este evento 
foi mostrada uma aplicação no Hunter’s Brook Siphon para a Water Suply de Nova York em Yorktown Heights pela 
companhia Parsons Manufactoring. 
 
Posteriormente, esta companhia comprou os direitos da máquina de Akeley e mudou o nome para Cement Gun Company. Em 
1912 o termo gunite passou a ser utilizada para designar a argamassa projetada. Nesta época houve aplicação sobre estrutura 
metálica como reforço e proteção contra fogo e corrosão na estação Grand Station de Nova York. A primeira aplicação do 
concreto projetado em mina de carvão aconteceu em Denver em 1914. Por volta de 1915 a Cement Gun Company já havia se 
tornado uma grande empreiteira utilizando o método em construção e reparo de edifícios, pontes, reservatórios, barragens e 
túneis para esgoto, ferrovia e água. No início de 1920 o processo tornou mais popular e com o aumento de venda a Gunite 
tornou-se franchisee. Em 1921 a Cement Gun Company se transfere para a Alemanha. Em 1953 tornou-se britânica. Bruner 
utiliza o concreto projetado para estabilização em túnel de maciço de deformação lenta em 1954. A primeira aplicação 
urbana de NATM em solo (Frankfurt am Main) acontece em 1969. O processo de via úmida passa por desenvolvimento 
tecnológico em caráter comercial no início dos anos de 1970. 
 
O concreto projetado foi utilizado no Brasil desde os anos 1950 em pequenos trabalhos de estabilização de taludes e reparo 
em estruturas de concreto. Nos anos de 1960, foi utilizado em obras subterrâneas no Projeto da Hidrelétrica de Furnas. 
Devido ao seu bom desempenho em quartzito altamente alterado foi empregado também na Hidrelétrica de Chavantes. Na 
década de 70, estavam em uso no Brasil, bombas com duas câmaras operadas pela Tecnosolo, do Rio de Janeiro, na obra da 
UHE de Pedra do Cavalo. Essas máquinas necessitavam de uma mistura muito seca, pois quando a umidade chegava a 3% 
os entupimentos eram freqüentes. A produção da ordem de 4 m3/h dependia da habilidade do operador, pelo fato de ter de 
abrir e fechar na seqüência correta as válvulas de entrada e saída das câmaras bem como da entrada do ar comprimido. 
Equipamento similar foi utilizado nos túneis da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes em 1972, onde havia 12 túneis 
de seção 150m2, 3.820m de extensão e consumo total de 17.000m3. A Ferrovia do Aço (1976-1983) utilizou concreto 
projetado de via seca para o revestimento primário, e também com revestimento final em alguns trechos. Este projeto era 
constituído de 90 túneis em 97 km de extensão, 40 km em via dupla, 57 km em via singela e consumo total de 400.000 m3. 
 
Os primeiros equipamentos de via seca utilizado inicialmente no Brasil eram manufaturados pela MEYCO, ALIVA e ESTE 
que apresentavam produções de 3 a 6 m3/hora, com operação manual do mangote. Uma segunda geração de máquina 
surgiu com alimentação quase contínua da mistura por meio de um rotor. Este sistema está em uso até hoje (Aliva, 
Meynadier e outros) permitindo produções de até 10 m3/h aceitando umidade do material de até 10% e com operação 
simplificada. 
 
O sistema chamado “via úmida” surgiu no inicio dos anos 70. Este sistema se desenvolveu em duas direções: o “via úmida” 
com bombas de rotor e o “via úmida” com bombas de pistões modificadas para evitar pulsações. As bombas de pistões 
permitiam aplicação de concreto projetado com produções de até 10 m3/h, enquanto as bombas de rotor se limitam a 
produções de até 15 m3/h. Equipamentos modernos de via úmida de fabricantes como ALIVA, SCHWING e 
PUTZMEISTER permitem produções de 6 a 30 m3/h com operação manual ou com robô. Em 1985 a ALIVA apresentou 
sua máquina DUPLO que permitia a utilização de concreto projetado tanto em via seca como em via úmida com produções 
variando de 6 a 20 m3/h, que foi utilizado a primeira vez nos túneis do Metrô de São Paulo. Em 1993 a ESTE lança a 
máquina dupla no Brasil. 
 
LOTE 1 DA LINHA 2 – VERDE DA CMSP 
 
O Lote 1 da Linha 2 - Verde da CMSP engloba um trecho de aproximadamente 1.272 m de extensão, onde foram 
construídas as seguintes obras: 
• Túneis de via singela paralelos divididos em dois trechos. O primeiro trecho entre poço Carlos Petit (km 23,4 + 
31) e Estação Chácara Klabin (km 24,3 + 45) e o segundo entre Estação Chácara Klabin (km 24,4 + 81) e divisa 
com o Lote 2 (24,6 + 82). 
• Poço de Ventilação Vila Mariana situado no km 23,8 + 30; 
• Túneis para Passagens de Emergência 23,6 + 60; 23,9 + 00 e 24,1 + 00;• Túneis de Alívio 24,3 + 29 e 24,4 + 97. 
• Estação Chácara Klabin situada entre o km 24,3 + 45 e o km 24,4 + 81 
 
Além das obras citadas, em função dos prazos estabelecidos para conclusão do Lote 1, foram previstas a execução do poço 
de ataque Borguese, que engloba o túnel de alívio km 24,3 + 29 e o túnel Aster km 24,5 + 70. 
 
Este conjunto de obras representou a maior quantidade de frentes de túnel sendo executadas simultaneamente em um lote 
de construção do Metrô de São Paulo. Na fase mais crítica foram 14 frentes de túnel sendo executadas simultaneamente (2 
frentes de escavação dos túneis de via sentido poço Carlos Petit/Klabin, 4 frentes de escavação pelo túnel de alívio 
Borguese, 4 frentes de escavação pelo túnel Aster e 4 frentes de escavações do túnel da plataforma pela Estação Chácara 
Klabin), apresentado na Figura 1. 
 
Figura 1 – Frentes de serviço do Lote 1 da Linha 2 do Metrô de São Paulo 
 
Todos os túneis foram executados pelo método NATM (New Austrian Tunnelling Method), com coberturas de solo 
variando aproximadamente de 11 a 31 m. 
 
Os túneis foram escavados basicamente nos sedimentos terciários da Bacia de São Paulo, grande parte na formação São 
Paulo e o trecho final no contato entre a formação São Paulo e Resende. Como em qualquer obra em zona urbana, 
principalmente em se tratando de escavações subterrâneas, a principal dificuldade foi a de escavar túneis sob estruturas e 
utilidades enterradas. 
 
Além das escavações sob edifícios de grande porte, ressaltamos a passagem sob a estrutura da Linha 1 Azul em operação, 
próximo a estação Vila Mariana. Para esta passagem sob as estruturas em operação do Metrô, foram realizadas leituras 
contínuas nos eletroníveis instalados próximos às juntas construtivas das estruturas de contenção da Linha 1, além das 
leituras dos instrumentos instalados no maciço e marcos topográficos de via. 
 
Apesar da grande limitação de distorção para a via imposta pela operação do Metrô, as escavações dos túneis não induziram 
deformações que justificassem a tomada de medidas corretivas. 
 
O suporte dos túneis foi executado com concreto projetado com cambotas metálicas treliçadas e o revestimento definitivo 
com concreto projetado e telas metálicas. Para execução do revestimento definitivo nos trechos de túnel com infiltrações de 
água, foram executados drenos de alívio para melhorar as condições de aplicação do projetado, conforme indicado na Foto 
2. 
 
 
 
 
 
 
Foto 2 – Drenos de alívio 
 
 
Nos trechos mais críticos foram utilizadas faixas drenantes e canaletas, em associação com os drenos de alívio, que 
captaram as águas de infiltração e as conduziram para a drenagem do túnel, conforme indicado na Foto 3, abaixo. 
 
 
 
 
 
Foto 3 – Faixas Drenantes em associação com drenos de alívio 
 
 
A utilização destes dispositivos melhoraram muito as condições de aplicação do revestimento definitivo e 
consequentemente a incidência de goteiras de infiltração após execução do revestimento definitivo. No trecho 
compreendido entre o poço Carlos Petit e Ventilação Vila Mariana, a meia seção inferior do túnel foi executada com 
concreto moldado. Os cuidados executivos adotados foram focados principalmente na execução do “chanfro” no concreto 
projetado definitivo que foi executado primeiramente com posterior execução do concreto moldado (Foto 4). 
 
Para o poço e túnel de ventilação Vila Mariana (Foto 5 e 6), bem como os túneis da Estação Chácara Klabin, por se tratar 
de áreas com equipamentos e passagem de usuários, a CMSP especificou a utilização de impermeabilização nestas estruturas 
com geomembrana de PVC bicolor de 2 mm de espessura com revestimento definitivo em concreto moldado. O sistema de 
impermeabilização utilizado foi o “guarda-chuva”, isto é, o piso dos túneis bem como o fundo do poço não foram 
impermeabilizados. Estas obras foram as primeiras estruturas impermeabilizadas com geomembrana de PVC no Metrô de 
São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
Foto 4 – “Chanfros” no concreto projetado 
 
 
 
 
 
Foto 5 – Instalação das Mantas em PVC no Poço da Ventilação Vila Mariana 
 
 
 
 
 
Foto 6 – Poço e Túnel da Ventilação Vila Mariana 
 
A Estação Chácara Klabin (Foto 7 e 8) é formada por uma escavação de vala pelo método invertido, com paredes 
diafragma em todo o contorno, em uma configuração retangular de 60m de comprimento e 40m de largura, ocupando o 
leito da rua Vergueiro. As plataformas são completadas por 4 túneis de 40m cada, com seção de 100m². O conjunto da 
estação é composto, ainda, por uma edificação de salas técnicas de 5 pisos, lateral ao corpo principal da estação. A estação 
foi concebida como uma estação de interligação entre a Linha 2 e a futura linha 5, motivo pelo qual as paredes-diafragma 
foram escavadas e concretadas até uma profundidade de 45 m, prevendo a execução da plataforma da linha 5 sob a 
plataforma da Linha 2. Os 4 túneis da estação possuem uma concepção de trabalho diferente dos túneis de via, uma vez que 
todo o revestimento secundário é formado por concreto moldado in loco e existe uma impermeabilização com manta de 
PVC nos mesmos moldes utilizados para as estruturas do Poço Vila Mariana, descrito anteriromente. 
 
 
 
Foto 7 – Vista Aérea da Estação Chácara Klabin 
 
 
 
Foto 8 – Vista Interna da Estação Chácara Klabin 
 
O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DA CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ NA LINHA 2 
(LOTE 1) – METRÔ 
 
Sistema de Gestão da Qualidade 
 
A premissa do Sistema de Gestão da Qualidade da Construtora Andrade Gutierrez nas obras de expansão do Metrô de São 
Paulo, Linha 2 (Verde), Lote 1, está fundamentada no atendimento aos requisitos da norma NBR ISO 9001 e do Sistema de 
Gestão Corporativo da AG que contemplam o atendimento aos requisitos do cliente, da organização, estatutários e 
regulamentares. 
 
O Sistema de Gestão da Qualidade está estruturado nas Áreas de Gestão e Controle da Qualidade para facilidade de 
gerenciamento e implementação. 
 
A Gestão da Qualidade trata a estrutura documental, os treinamentos, os indicadores, apóia a gestão de fornecedores, 
controle de processos e produtos fornecidos ao cliente. 
 
A estrutura documental do SGI na Linha 2 ordena documentos pela sua magnitude, complexidade, tipos de usuários e 
finalidade, sendo assim, definidos dos estratégicos (gerenciais) até os operacionais. Assim, a obra elaborou a EAP – 
Estrutura Analítica do Projeto, para determinação dos principais processos do projeto seguindo seu fluxo de vida, 
fundamental para a compreensão do escopo da obra e definição da criticidade destes processos e conseqüentemente, 
delineamento de um Sistema de Gestão eficaz. 
 
 
 
 
Foto 9 – Treinamento Operacional 
 
 
O Controle da Qualidade está justificado no mapeamento de requisitos contratuais, especificações técnicas do Metrô e 
normas técnicas aplicáveis. A partir deste mapeamento é possível definir critérios adequados para o controle tecnológico e 
para a garantia da qualidade nos processos executivos a qual é alcançada através da padronização de procedimentos e 
treinamento dos colaboradores envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Modelo de Gerencimaneto de Indicadores 
 
 
As melhorias alavancadas pelo Sistema de Gestão da Qualidade podem ser traduzidas através da padronização dos 
processos e a subseqüente eliminação de subjetividade ou práticas individuais de cada colaborador, pois as melhores práticas 
e todos os requisitos foram levantados, documentados e difundidos a todas as interfaces. 
 
 
Como desdobramento do Sistema de Gestão da Qualidade e abrangência do escopo do trabalho, podemos citar, 
respectivamente em sua ordem de aplicação, sendo da gerencial para operacional os seguintes processos: 
• Definição dos processos críticos – EAP 
• Mapeamento dos requisitos legais, contratuais, normativose do cliente. 
• Elaboração do Plano de Gestão da Qualidade 
• Concepção dos procedimentos executivos e planos de execução 
• Implantação de Procedimentos Operacionais 
• Treinamento e gerenciamento de mão-de-obra 
 
 
Sistema de Gestão Ambiental 
 
A premissa do Sistema de Gestão Ambiental da Andrade Gutierrez nas obras de expansão do Metrô de São Paulo, Linha 2 
(Verde), Lote 1, está fundamentada no atendimento aos requisitos da norma NBR ISO 14.001 e do Sistema de Gestão 
Corporativo da AG, nos requisitos do cliente, nas condicionantes da Licença Ambiental de Instalação, na legislação 
aplicável, no atendimento aos stake holders com foco na comunidade e no desenvolvimento sustentável. 
 
Para definição de diretriz do Sistema de Gestão Ambiental, foi realizado o levantamento e avaliação de Aspectos e Impactos 
Ambientais, a partir da EAP – Estrutura Analítica do Projeto, e o levantamento da legislação ambiental aplicável ao 
empreendimento. 
 
Devido à quantidade e complexidade da legislação aplicável ao empreendimento, o seu levantamento e compreensão é de 
fundamental importância para a eliminação de passivos ambientais para a empresa e para a preservação ambiental.(Figura 3). 
 
Um dos grandes benefícios que o Sistema de Gestão Ambiental em parceria com o Metrô alcançou foi o estabelecimento 
do monitoramento ambiental através de empresa especializada e emissão mensal de relatório para subsidiar o relatório 
semestral ao órgão ambiental conforme condicionante da Licença Ambiental de Instalação da obra. 
 
 
Lista de Verificação Ações Aspectos/impactos
Origem Documento Tema Requisitos Assunto/Obrigação Área Última Avaliação Qto ao Atendimento: 12.08.05
Prazos para
execução Perigos/riscos
Penúltima Avaliação
Qto ao Atendimento: (S=Atende) relacionados
4 Federal Lei 6.567/78 Mineração S
Dispõe sobre regime 
especial para exploração 
e o aproveitamento das 
substâncias minerais 
empregados diretamente 
na construção civil
A
qu
is
iç
ão 1. O empreendimento exige 
licença ambiental da empresa 
fornecedora de produtos minerais 
e registro no DNPM?
 
Solicitar registro 
no DNPM e 
licença ambiental 
dos fornecedores 
de brita e areia
Data: 20/10
N º ObservaçõesRegistros
Controle e Avaliação da Legislação e Outros Requisitos
CAL
CONSORCIO AG/CONSTRUBASE/ENGEFORM - HPT3 Carta de atualização
Data de atualização: 18.10.05Consórcio:
 
Figura 3 – Planilha de Controle e Avaliação da Legislação Aplicável 
 
 
A aplicação prática do Sistema de Gestão Ambiental em sua plenitude deu-se através das ações práticas visando retornos 
assegurados no futuro. Os programas de gerenciamento de resíduos, envolveram também os insumos empregados no 
processo de concreto projetado, como por exemplo no âmbito dos resíduos sólidos, temos a coleta seletiva e no tocante ao 
gerenciamento de efluentes líquidos, a instalação da central de tratamento de efluentes (Foto9), que foram implementados 
no empreendimento gerando o atendimento aos requisitos legais, garantindo e provendo segurança ao cliente e difundindo 
a consciência ambiental em todos os níveis de trabalho. 
 
Definiu-se um Calendário de Meio Ambiente para comemoração de principais datas relativas ao Meio Ambiente com 
interfaces aos outros sistemas de gestão. 
 
 
 
Foto 10 – Vista da Estação de Tratamento de Efluentes da Estação Chácara Klabin 
 
 
Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho 
 
A premissa do Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho da Andrade Gutierrez nas obras de expansão do Metrô de São 
Paulo, Linha 2 – Verde, Lote 1, está fundamentada no atendimento aos requisitos da especificação OHSAS 18.001, do 
Sistema de Gestão Corporativo da AG, do cliente e legislação aplicável. 
 
Para definição de diretriz do Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho, foi realizado o levantamento e avaliação de 
Perigos e Riscos, a partir da EAP – Estrutura Analítica do Projeto, e o levantamento da legislação aplicável ao 
empreendimento. (Figura 4). 
 
A Segurança do Trabalho com a implementação de um sistema de gestão passa a ter ações focadas nos principais processos 
da obra e seus respectivos perigos e riscos e assim, os programas de segurança e saúde ocupacional passam a ser mais 
direcionados, coerentes e com maior conteúdo. 
 
No tocante a segurança do trabalho, quando o assunto é concreto projetado, as maiores preocupações são a garantia da 
proteção respiratória, da proteção auditiva e a integridade física do operador quando exposto aos agentes físicos como o 
calor e a umidade, ambos com presença em caráter excessivo neste tipo processo. As Fotos 11a e 11b mostram a 
comparação das condições o início da aplicação e a utilizada na Linha 2. 
 
 
 
a) primeiras aplicações (modificado de 
Sprayed Concrete Association, 1999) 
b) atual, Linha 2 – Lote 1 do Metrô de São Paulo
 
Foto 11 – Aplicação de concreto projetado 
EVOLUÇÃO DO CONCRETO PROJETADO NA CONSTRUÇÃO 
O CASO HISTÓRICO DO LOTE 1 DA LINHA 2 DO METRÔ/SP 
 
Foi implantado o PPR – Programa de Proteção Respiratória na obra, que buscou e atingiu a adequação dos Equipamentos 
de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva às realidades do processo e que também foi documento base 
para as diretrizes de prevenção contra doenças ocupacionais respiratória dos envolvidos, especificando os tipos de agente de 
segurança corretos a cada tipo de exposição. Foram realizados ensaios com os Equipamentos de Proteção Individual como, 
por exemplo, o ensaio de vedação ou estanqueidade com máscara do tipo PFF-1 para aerodispersóides (poeira), objetivando 
garantir a proteção do equipamento necessário a cada operador. 
 
 
POÇO VILA MARIANA
EXECUÇÃO DO POÇO 
VERTICAL
Escavação
Tela Metálica
Concreto Projetado
Estruturas de Concreto
Acabamentos
Fôrma Metálica 
Deslizante
Armação
Concretagem
Cimbramento
Cura Química
Desforma
6
5
11
REBAIXAMENTO DO 
LENÇOL FREÁTICO
Impermeabilização com 
Membrana de PVC
SUPRESSÃO DE 
VEGETAÇÃO
ESCAVAÇÃO 
(MONITORAMENTO 
 
Figura 4 – Estrutura Analítica do Projeto 
 
 
 
Sistema de Gestão de Saúde Ocupacional 
 
A premissa do Sistema de Gestão Ambiental da Andrade Gutierrez nas obras de expansão do Metrô de São Paulo, Linha 2 
(Verde), Lote 1, está fundamentada no atendimento aos requisitos da especificação OHSAS 18.001, do Sistema de Gestão 
Corporativo da AG, do cliente e legislação aplicável. 
 
Para definição de diretriz do Sistema de Saúde Ocupacional, foi realizado o levantamento e avaliação de Perigos e Riscos, a 
partir da EAP – Estrutura Analítica do Projeto, e o levantamento da legislação aplicável ao empreendimento. 
 
A Saúde Ocupacional com a implementação de um sistema de gestão passa a ter ações focadas nos principais processos da 
obra e seus respectivos perigos e riscos e assim, os programas de segurança e saúde ocupacional passam a ser mais 
direcionados, coerentes e com maior conteúdo. 
 
Folha 10 de 13 
EVOLUÇÃO DO CONCRETO PROJETADO NA CONSTRUÇÃO 
O CASO HISTÓRICO DO LOTE 1 DA LINHA 2 DO METRÔ/SP 
O maior ganho neste processo foi a implantação do PCA – Programa de Conservação Auditiva para a eliminar casos de 
PAIR (Perda auditiva induzida por ruído) na obra, um dos maiores passivos em empresas construtoras, devido a ausência 
de controle no passado. (Foto 12). 
 
 
 
 
Foto 12 – Corpo de Saúde Ocupacional em Campanha de Vacinação 
 
 
 
PRINCIPAIS INOVAÇÕES NO CONCRETO PROJETADO – LINHA 2, LOTE 1 – METRO SÃO PAULO 
 
Treinamento dos mangoteiros de concreto projetado 
 
O programa de treinamento dos operadores de bombas de projeção do concreto obedeceu os níveis mais rígidos quando 
falamos de requisitos da qualidade, de forma a moldar o escopo do treinamento segundo o ACI – American Concrete 
Institute, órgão de referência mundial quandono tocante ao assunto concreto projetado. A iniciativa, inédita numa obra 
deste segmento, contou ainda com a participação de profissionais e consultores de renome no mercado, e ainda dispôs de 
métodos interativos e lúdicos para transmissão da informação ao operário. 
 
Os ganhos foram significativamente traduzidos nos indicadores de qualidade que apontaram uma variação de resistência a 
compressão do concreto projetado na ordem de 3,0% quando no tocante a resistência do material aos esforços mecânicos, 
além dos ganhos com a durabilidade do material aplicado, sendo este mais homogêneo e uniforme garantindo as patologias 
futuras e assegurando a qualidade e a longevidade da estrutura. 
 
 
 
 
Foto 13 – Treinamento dos Operários das Frentes de Trabalho 
Folha 11 de 13 
EVOLUÇÃO DO CONCRETO PROJETADO NA CONSTRUÇÃO 
O CASO HISTÓRICO DO LOTE 1 DA LINHA 2 DO METRÔ/SP 
 
 
 
Estudo prático comparativo entre aditivo acelerador em pó e álcali-free 
 
Foi efetuado um Estudo comparativo entre os Aditivos acima, donde concluiu-se: 
• o desempenho em termos de resistência e durabilidade do Álcali-Free foi 60% superior ao Pó; 
• melhora do ambiente de projeção, com menor agressividade aos operários o que implica em maior produtividade e 
qualidade do concreto; 
• concreto mais estanque; 
 
Concreto mais durável 
 
Foram estudados traços de concreto com baixa retração por secagem,inferior a 400microstrain,os quais são menos 
fissuráveis e conseqüentemente mais duráveis. Redução significativa do teor de pasta de cimento. Estudo da microestrutura 
do concreto, em particular (redução de sua permeabilidade) na melhoria da zona de transição pasta/agregado. 
 
Cura do concreto 
 
Vêm sendo monitorada de forma inédita os seguintes parâmetros: 
• umidade relativa; 
• temperatura ; 
• velocidade de vento. 
 
Além destes parâmetros também está sendo avaliada a reoplasticidade do concreto. Em função dos dados foi desenvolvido 
um equipamento para cura do concreto projetado. Esta providência está eliminando de fissuras e aumentando a 
durabilidade da estrutura. 
 
 
 
Foto 14 – Aplicação de cura química 
 
Controle rigoroso da qualidade 
 
O controle de qualidade tem atuado principalmente em: 
• reatividade potencial álcali-agregado; 
• reoplasticidade do concreto; 
• verificação do produto de cura; 
• uniformidade dos materiais; 
• auditorias pré e pós executiva, 
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EVOLUÇÃO DO CONCRETO PROJETADO NA CONSTRUÇÃO 
O CASO HISTÓRICO DO LOTE 1 DA LINHA 2 DO METRÔ/SP 
 
 
 
CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS 
 
Os trabalhos realizados ao longo da implantação das obras do Lote 1 da Linha 2 – Verde do Metrô de São Paulo durante os 
anos de 2004 e 2005 foram marcados pelo empenho de sua equipe e de seus parceiros para a efetiva obtenção de alta 
qualidade dos serviços e de seus produtos, caracterizados pela sistematização de seus processos e mitigação de riscos 
inerentes às obras subterrâneas, fazendo com que fosse alcançada a certificação da Construtora Andrade Gutierrez na ISO 
9000, ISO 14000 e OHSAS 18000 para Obras Metroviárias. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
TEICHERT, P., 2002, Carl Akeley – A Tribute to Founder of Shotcrete, Shotcrete, summer, pp.10-12. 
 
Sprayed Concrete Association, 1999, An Introduction to Sprayed Concrete, 36 p. 
 
YOGGY, G.D., 2000, The History of Shotcrete - Part I of Three Part Series, Shotcrete Magazine, fall, pp. 28-29. 
 
BOSCOV, P., 1999, Shotcrete Development in Brazil, Shotcrete for Underground Support VIII, ASCE, pp.1-15. 
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