Buscar

Relatório Final - Estágio Engenharia Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTÁCIO DE SÁ – TV MORENA 
CURSO DE ENGENHARIA CIIVL
Relatório Final de Estágio Supervisionado
VITOR HUGO FERREIRA
MACHADO RIOS
MRV ENGENHARIA
CAMPO GRANDE, 26/03/2023
1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A casa própria é um dos maiores sonhos de muitos brasileiros, que buscam ter um lar confortável, seguro e que atenda às suas necessidades. No entanto, esse sonho nem sempre é fácil de realizar, pois envolve questões financeiras, burocráticas e de qualidade. Nesse contexto, surge a MRV Engenharia, uma empresa que se dedica à construção e incorporação de imóveis residenciais populares, com foco no programa Minha Casa Minha Vida. A MRV Engenharia é a maior construtora da América Latina e uma das maiores do mundo, com mais de 40 anos de história e presença em mais de 160 cidades de 22 estados do Brasil. A missão da empresa é construir sonhos que transformam o mundo, por meio de soluções de moradia que oferecem qualidade de vida, inovação, tecnologia e sustentabilidade aos seus clientes.
A história da MRV Engenharia começa em 1979, quando três sócios empreendedores decidem fundar uma pequena construtora em Belo Horizonte (MG): Mário Menin, Rubens Menin e Vega Engenharia. A empresa iniciou suas atividades com pequenos empreendimentos residenciais e comerciais na capital mineira e foi se expandindo para outras cidades e estados ao longo dos anos. Em 2007, a empresa abriu seu capital na bolsa de valores e se tornou a primeira construtora brasileira a atingir o valor de mercado de R$ 1 bilhão. Em 2019, a empresa criou a MRV&CO, um grupo de empresas que atua em diversos segmentos do mercado imobiliário, como loteamentos, imóveis de médio e alto padrão, aluguel e gestão patrimonial.
O foco da MRV Engenharia é atender o mercado de imóveis econômicos, principalmente os beneficiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, que oferece subsídios e facilidades de financiamento para os clientes com renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil reais mensais. A empresa possui mais de 400 mil imóveis entregues em todo o país e mais de 300 mil em construção ou em projeto. 
A MRV Engenharia tem como propósito construir sonhos que transformam o mundo, por meio de soluções de moradia que oferecem qualidade de vida, inovação, tecnologia e sustentabilidade aos seus clientes. Investindo constantemente em melhorias nos seus processos construtivos, na gestão da qualidade dos seus produtos e na capacitação dos seus colaboradores. A MRV Engenharia está presente em mais de 145 cidades de 21 estados do Brasil e emprega mais de 30 mil colaboradores. A empresa também tem um compromisso com o meio ambiente e a sociedade, sendo reconhecida por diversas certificações e prêmios nacionais e internacionais. Um dos seus diferenciais é adotar práticas sustentáveis em seus empreendimentos, como o uso de energia solar fotovoltaica, a coleta seletiva de resíduos, o reaproveitamento da água da chuva e a implantação de áreas verdes. A empresa também apoia projetos sociais nas comunidades onde atua, como o Escola Nota 10, que oferece reforço escolar para crianças e adolescentes; o Portas Abertas, que promove cursos profissionalizantes para jovens e adultos; e o Plantando o Futuro
2. INTRODUÇÃO
Este é um relatório de estagio supervisionado do curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá – TV morena, orientado pelo professor David Nobre. O estágio teve duração de 400 horas, distribuídas em 30 horas semanais, entre os dias 27/03/2023 e 28/06/2023. O local do estágio foi a obra Castel di Veneza da MRV engenharia, situada em Campo Grande - MS e administrada pelo Engenheiro Civil Rafael Menezes. O objetivo do estágio foi integrar o aluno ao mercado de trabalho e aplicar na pratica os conhecimentos teóricos adquiridos no curso de Engenharia Civil. O relatório também visa mostrar o aprendizado do aluno nas técnicas da construção civil, os materiais e equipamentos usados na obra, as novas tecnologias empregadas no setor e a relação entre o administrador da obra e os operários, que influencia na produtividade, na motivação, no desperdício, na eficiência e na satisfação da empresa.
O estágio foi realizado na obra Castel di Veneza – MRV Engenharia, localizado na rua Ciro Macuco, 61, próximo a avenida Tamandaré. A obra consiste em seis torres, sendo quatro de 9 pavimentos e duas de 7 pavimentos, contendo 400 apartamentos no total.
As tores tem como base de sua construção no sistema de paredes de concreto armado, que foi adotada no Brasil em 2001 visando uma construção de baixo custo e alta produtividade.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.1. EXECUÇÃO DE SAPATAS DE FUNDAÇÃO
Uma sapata é um tipo de fundação rasa feita de concreto armado, com base em planta quadrada, retangular ou trapezoidal. Sua principal função é resistir às tensões de tração através da armadura. A sapata isolada é um tipo comum e simples de fundação superficial utilizado na construção civil, projetada para suportar a carga de um único pilar ou coluna. Ela pode assumir diferentes formatos, como quadrado, retangular ou circular.
Pelo terreno conter muitas rochas, a sapata isolada foi utilizada como uma forma de facilitar a construção da fundação, já que as outras cinco torres da obra foram utilizadas estacas de hélice continua.
A sapata foi executada seguindo os seguintes procedimentos: o centro da sapata foi identificado utilizando um gabarito ou tabeira com a ajuda de um prumo. As dimensões da sapata foram marcadas no terreno a partir desse gabarito. A escavação foi realizada de acordo com o projeto, seguindo as normas de segurança da NR-18. Durante a escavação, a sapata foi protegida com uma tampa de madeira ou material similar. Em casos de concretagem contra barranco, as paredes foram chapiscadas. Caso orientado pela consultoria de solos, amostras do solo foram armazenadas corretamente e identificadas. Foi mantida uma faixa de proteção ao redor da cava, livre de cargas e materiais. O fundo da sapata foi limpo e coberto com 5 cm de concreto magro. A armação foi posicionada utilizando espaçadores. A concretagem foi feita com o tipo de concreto especificado no projeto de fundações. Ao final da execução, as excentricidades foram verificadas e registradas para avaliação pelo setor de projetos estruturais.
Foi observado que as sapatas isoladas são de extrema importância na fundação de uma torre, pois proporciona a base sólida necessária para sustentar a estrutura do edifício, garantindo sua estabilidade, segurança e durabilidade ao longo do tempo, além de um baixo custo de produção.
3.2. RADIER ESTAQUEADO
Radiers estaqueados são uma fundação mista que combina elementos horizontais (o radier) e verticais (as estacas). As cargas estruturais são transferidas para o solo de três maneiras: através da base do elemento horizontal, como em fundações rasas, e ao longo do fuste e da ponta do elemento vertical, como em fundações profundas.
Esse tipo de fundação foi utilizado pois o terreno tem capacidade para fundações rasas, assim como o projetista, juntamente com a topografia, analisaram como o melhor método para aquele tipo de terreno.
O terreno foi rebaixado e nivelado, considerando a preservação dos blocos para evitar danos à estrutura. Em seguida, um lastro de concreto magro foi aplicado sobre o terreno, com espessura mínima de 5 cm, garantindo que os blocos de coroamento não fossem cobertos. As medidas do lajão foram marcadas e transferidas para o chão, com a construção de uma tabeira na altura especificada no projeto. A fôrma do lajão foi montada, e a armação positiva e negativa foi colocada com espaçadores adequados. O lajão foi concretado, utilizando um motor vibrador e régua para regularizar a superfície. A superfície do concreto foi nivelada com nível a laser ou utilizando as referências das fôrmas. Para prédios com paredes de concreto, foram instaladas as esperas (arranques) para a ligação do lajão às paredes. Caso necessário, as esperas foram fixadas na laje por meio de furação e cola estrutural.
Um radier reside na capacidade de distribuir as cargas estruturais,garantir a estabilidade, controlar os recalques e aumentar a capacidade de suporte do solo. Esses elementos contribuem para a segurança e durabilidade do edifício, evitando problemas estruturais ao longo do tempo.
3.3. FIADA FALSA
A fiada falsa é feita com blocos de alvenaria estrutural em volta do radier estaqueado com a finalidade de ser uma base para a instalações elétricas, hidráulicas e marcação de laje para armações e prumadas para a forma de concreto.
É feito um projeto de paginação de blocos de alvenaria com dimensões de 19cm por 19cm por 39cm, rejuntados com argamassa de alta resistência. A paginação é feita de acordo com os cômodos dos apartamentos, para fazer as marcações de forma de concreto, dando espaço para as instalações elétricas e hidráulicas.
Os blocos estruturais são preenchidos com concreto de FCK 25, para se tornarem uma espécie de viga para a sustentação das paredes.
Logo depois do preenchimento é impermeabilizado com impermeabilizante a base de asfalto nas laterais dos blocos preenchidos
A construção da fiada falsa é bastante importante para a estrutura das paredes de concreto, pois é em cima dela que as paredes são orientadas e concretadas, além da impermeabilização para não ocorrer infiltração na base das paredes de concreto.
3.4. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS
As instalações hidráulicas e elétricas em uma fundação referem-se aos sistemas e redes de tubulações, fiações e equipamentos que são incorporados entre a fiada falsa da edificação. 
São elaborados kits de esgoto, água fria e drenagem, para a instalação antes do aterro e concretagem do contra piso. Com os kits prontos, é feito a montagem e instalação nos cômodos de cozinhas e banheiros do pavimento.
Juntamente com a hidráulica, também, é feita a passagem de mangueiras elétricas, com a sondagem e junções paras prumadas elétricas.
As instalações são feitas para a conexão para os próximos pavimentos, tanto de elétrica como hidráulica, para a confecções das prumadas dentro das paredes de concreto. 
3.5. ATERRO E PISO POBRE
O termo "piso pobre" é utilizado na engenharia para se referir a uma camada de revestimento de piso simples e de baixo custo. É comumente utilizado em construções de baixo orçamento ou em ambientes onde a estética e a durabilidade do piso não são prioridades.
Um piso pobre pode ser constituído por materiais como cimento, areia, argamassa simples, concreto sem acabamento ou outros materiais de baixo custo. Esses materiais são aplicados diretamente no contrapiso ou no solo, sem muitos processos de preparação ou nivelamento.
O piso pobre é utilizado logo depois do aterro da parte hidráulica e elétrica da torre, feitas com uma camada de areia e outra de terra argilosa, depois usa-se o compactador de terra para o nivelamento do aterro. O piso pobre é feito por cômodos, delimitados pela fiada falsa, sarrafeados e nivelados para um melhor assentamento do piso de cerâmica.
3.6. PAREDE DE CONCRETO 
O método construtivo de paredes de concreto moldado in loco envolve o uso de formas de liga de aço e alumínio, preenchidas com concreto auto adensável bombeado, que incorpora as instalações hidráulicas e elétricas embutidas por meio de moldes de EPS ou PVC. A desenforma é realizada aproximadamente após 24 horas, desde que a resistência mínima do concreto seja devidamente verificada.
O procedimento inicia-se com a verificação da posição dos arranques para a armação, seguido pela marcação das paredes utilizando xadrez em pó vermelho, de acordo com o projeto estrutural. Adicionalmente, são utilizados distanciadores no piso para garantir o espaçamento adequado das formas. Em seguida, as armações negativas e positiva das paredes, juntamente com os reforços nas janelas, são colocadas. Posteriormente, são inseridas as prumadas elétricas, caixas de tomadas, QDC's e mangueiras.
A montagem das peças numeradas por cômodos (cozinhas, banheiros, salas e quartos) é realizada começando do interior para o exterior. As formas são devidamente untadas com desmoldante, proporcionando facilidade na desmontagem, e travadas com chavetas, pinos e cunhas. Uma vez montadas, são travadas nos corredores e portas utilizando alinhadores, tensores e esquadros nos cantos dos cômodos. Para garantir a estabilidade durante o processo construtivo, escoras são instaladas em todos os pavimentos, utilizando peças posicionadas na laje.
A concretagem é executada por meio de bomba-lança, utilizando concreto autoadensável para melhor fluidez nos vãos das formas de concreto. O tipo de concreto utilizado varia de acordo com o pavimento, sendo FCK 30 até o 3º pavimento, FCK 25 do 3º até o 5º pavimento e FCK 20 do 5º até a platibanda, todos com uma faixa de slump de 25 a 27. A concretagem é realizada em um único dia, a fim de evitar emendas nas lajes e paredes, que poderiam comprometer a integridade estrutural da edificação.
A desenforma ocorre assim que é realizado o teste de prensa no corpo de prova de 12 horas em laboratório, sendo que a resistência mínima exigida nesse período é de 2 MPA. Após atingir essa resistência, as paredes podem ser desformadas. O processo de desenforma é ágil, permitindo que as peças retiradas das paredes sejam prontamente utilizadas no próximo lado do prédio, ou, se aplicável, no próximo pavimento, repetindo-se o procedimento.
Como resultado da imersão nesse método construtivo de paredes de concreto, foram obtidas valiosas aprendizagens. Compreendeu-se a sequência detalhada das etapas envolvidas, desde a preparação das formas até a desenforma, bem como o uso adequado dos materiais específicos empregados, tais como as formas de liga de aço e alumínio, o concreto auto adensável bombeado e os moldes de EPS ou PVC para as instalações embutidas. Ademais, foi reconhecida a importância da verificação da resistência mínima do concreto antes da desenforma, a fim de garantir a estabilidade estrutural do edifício. Por fim, destacou-se a relevância de um fluxo de trabalho eficiente, incluindo a concretagem em um único dia para evitar emendas nas lajes e paredes, assim como uma desenforma ágil para permitir a continuidade da construção.
3.7. CONTROLE TECNOLOGICO DE CONCRETO 
O controle tecnológico do concreto é conduzido com o propósito de assegurar a qualidade da empresa, por meio do mapeamento abrangente de todo o concreto estrutural utilizado na obra. Utiliza-se o sistema interno da empresa para catalogar informações, elaborar croquis, atualizar dados de resistência, entre outras atividades.
O processo de controle inicia-se desde a chegada do caminhão na obra, registrando-se o horário de abastecimento na fábrica e acompanhando-se o tempo de descarga para evitar a ocorrência de expiração do tempo de vida útil do concreto. Uma vez descarregado, seja em elementos como radier, parede de concreto, sapatas, entre outros, é realizado o registro em um croqui, identificando-se o local onde o concreto foi utilizado.
Após a conclusão da concretagem, os dados são inseridos no sistema da empresa, denominado CONSULTGEO, para a catalogação das informações pertinentes, como horário, data, tempo de execução, tipo de concreto, agregados utilizados, aditivos empregados e até mesmo as condições climáticas presentes durante o processo.
Esse controle sistemático desempenha um papel de grande relevância na antecipação de possíveis problemas na obra, permitindo um efetivo gerenciamento de materiais, bem como oferecendo uma base sólida para o controle financeiro da construção.
Em suma, o controle tecnológico do concreto desempenha um papel crucial no asseguramento da qualidade, prevenção de falhas e otimização do desempenho nas construções, oferecendo uma abordagem estruturada e precisa para o monitoramento dos materiais utilizados e das etapas executivas.
3.8. SERVIÇOS DE PÓS FORMA
O Serviço de pós forma tem como o objetivo de garantir uma superfície uniforme, livre de segregações e armaduras expostas. Após a desforma, as faquetas e isomantas utilizadas durante a concretagem devem ser removidas. Em seguida, é realizado o tamponamento das paredes externascom argamassa ACIII, enquanto que para as paredes internas pode ser utilizado argamassa ACIII ou argamassa cimentícia validada.
É fundamental realizar uma verificação visual das paredes, registrando eventuais fissuras de acordo com o procedimento estabelecido. O tratamento de segregações leves não requer intervenção estrutural, enquanto que em casos de segregações mais graves, que possam ocasionar o destaque de agregados ou esfarelamento da nata de concreto, é necessária a aplicação de uma camada de ACII para obter uma superfície uniforme.
Durante a verificação visual pós-desforma, é importante atentar-se à presença de armaduras expostas. Para casos em que a armadura exposta não está relacionada a falhas na concretagem, mas surge na superfície da parede, é necessário realizar a limpeza do local, aplicar tinta anticorrosiva na armadura e, após a cura, aplicar uma camada de argamassa ACIII para proteção.
Nos casos em que a falha na concretagem é evidente, com trechos sem preenchimento adequado, é fundamental realizar um tratamento específico. Isso envolve a limpeza da armadura para remoção de finos de concreto, aplicação de tinta anticorrosiva para proteção e concretagem da peça com graute estrutural, seguindo as especificações do projeto da parede de concreto.
A conferência de prumo, nível e esquadro das paredes internas, piso e teto é realizada utilizando instrumentos como régua de alumínio, nível bolha e trena. É necessário avaliar as imperfeições das paredes de acordo com o tipo de revestimento a ser aplicado, como cerâmica, gesso corrido ou argamassa cimentícia, e realizar o tratamento adequado.
A limpeza das paredes é realizada com lavadora de alta pressão, garantindo a remoção de resíduos e desmoldante. Da mesma forma, o piso também deve ser lavado com lavadora de alta pressão e escova de aço, eliminando quaisquer poeiras, detergente ou desmoldante remanescentes.
Por fim, destaca-se a importância do tamponamento dos pontos de faquetas e "camisinhas" com argamassa ACIII para paredes externas, enquanto que para as paredes internas pode ser utilizada argamassa ACIII ou argamassa cimentícia validada.
Em suma, o procedimento de acabamento das paredes de concreto moldado in loco abrange uma série de etapas cruciais para assegurar uma superfície uniforme, livre de segregações e armaduras expostas. O cumprimento rigoroso dessas diretrizes contribui para a qualidade e durabilidade das estruturas de concreto.
4. CONCLUSÕES
Ao final deste relatório de estágio de Engenharia Civil, podemos afirmar que a experiência adquirida durante esse período foi fundamental para o meu crescimento profissional e pessoal. Durante o estágio, tive a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da graduação em situações práticas, o que contribuiu significativamente para o desenvolvimento das habilidades técnicas e o aprimoramento das competências necessárias para atuar na área.
Durante o estágio, fui exposto a diversos desafios e situações reais que me permitiram entender a complexidade e a importância dos processos de engenharia civil. Pude acompanhar de perto as etapas de planejamento, execução e acompanhamento de obras, bem como o trabalho em equipe e a comunicação efetiva entre os profissionais envolvidos.
Além disso, destaco a importância da atenção aos detalhes, da organização e do cumprimento de prazos, que são aspectos essenciais para o sucesso de qualquer projeto na área de engenharia civil. Através do estágio, aprendi a lidar com essas demandas de forma eficiente e a buscar soluções criativas para os desafios que surgiram ao longo do caminho.
Outro ponto relevante foi a interação com profissionais experientes, que se mostraram sempre dispostos a compartilhar seus conhecimentos e orientações. Essa troca de experiências foi enriquecedora e me proporcionou insights valiosos sobre a prática da engenharia civil.
Por fim, reforço a importância da aprendizagem contínua e do comprometimento com a ética profissional. A engenharia civil é uma área em constante evolução, e é fundamental estar atualizado com as novas tecnologias e metodologias, buscando sempre a excelência em cada projeto.
Diante de tudo o que vivenciei durante o estágio, tenho plena convicção de que a escolha pela Engenharia Civil foi acertada e de que estou preparado para enfrentar os desafios que surgirão ao longo da minha carreira. O estágio foi uma etapa essencial nesse processo de formação, proporcionando experiências práticas valiosas e contribuindo para o meu amadurecimento profissional. Estou ansioso para aplicar todo o aprendizado adquirido e continuar me desenvolvendo como engenheiro civil.
REFERÊNCIAS
Lintz, R. C., & Fernandes, M. A. P. (2019). Análise Comparativa de Sistemas Construtivos para Paredes de Concreto no Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Civil, 13(2), 190-199.
Oliveira, R. B., & Vasconcelos, G. (2018). Paredes de Concreto: Estudo Comparativo entre os Métodos Tradicional e de Formas Deslizantes. Revista Sustentabilidade em Foco, 7(1), 89-102.
Pereira, A. S., Alves, J. C., & Rosalen, M. C. (2017). Avaliação de Desempenho de Sistemas de Paredes de Concreto em Edifícios Residenciais. Revista Brasileira de Engenharia de Avaliações e Perícias, 16(3), 513-526.
Santos, L. M., Silva, E. S., & Masson, G. (2016). Análise do Desempenho de Paredes de Concreto Armado em Edifícios Residenciais. Revista de Engenharia Civil IMED, 3(2), 1-10.
Gomes, D. A., & Oliveira, M. L. (2015). Análise do Processo Construtivo de Paredes de Concreto Pré-moldado. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, 1(1), 13-27.
Revista Téchne - Paredes de concreto: sistema construtivo ganha espaço na construção civil. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/paredes-de-concreto-sistema-construtivo-ganha-espaco-na-construcao-civil/11834
Mapa da Obra - Paredes de Concreto: O que é e como funciona? Disponível em: https://www.mapadaobra.com.br/gestao/obras-civis/estrutura/parede-de-concreto-o-que-e-e-como-funciona/
Portal AECweb - Paredes de Concreto: Conheça suas vantagens e desvantagens. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/paredes-de-concreto-conheca-suas-vantagens-e-desvantagens/21527
Engenharia Civil Brasil - Paredes de Concreto: Tudo o que você precisa saber. Disponível em: https://engenhariacivilbrasil.com/parede-de-concreto-tudo-que-voce-precisa-saber/
APÊNDICES
Figura 1: Execução de Sapatas para Fundação
Figura 2: Armação de Aço para Radier
Figura 3: Radier Concretado
Figura 9: Execução de Armação para Parede de Concreto
Figura 8: Marcação de Lage e Arranques para Formas de Parede de Concreto
Figura 7: Piso Pobre Executado
Figura 6: Prumadas Elétricas 
Figura 5: Execução de Aterro
Figura 4: Graute de Fiada Falsa
Figura 14: Croqui de Laje para Controle Tecnológico de Concreto
Figura 13: Croqui de Parede para Controle Tecnológico de Concreto
Figura 12: Escoras para Laje de Forma de Concreto
Figura 11: Parede de Concreto desformada
Figura 10: Forma de Parede de Concreto
1

Outros materiais