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CURSOS ON-LINE – AUDITORIA P/ ICMS-SP 
PROFESSOR JOÃO IMBASSAHY 
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APRESENTAÇÃO 
 
Caros Amigos, 
 
É com enorme prazer que inicio este novo trabalho no espaço do Ponto 
dos Concursos. Agora para ministrar o curso on-line da disciplina de 
Auditoria voltado para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado 
de São Paulo. 
 
Até o momento em que escrevo estas linhas, não saiu o edital do 
concurso, mas, pelas informações que temos tido acesso, o concurso 
deve ser realizado no final de abril e início de maio e a banca 
examinadora deve ser a Fundação Carlos Chagas, ao contrário dos dois 
últimos concursos, realizados em 1997 e 2002, que foram aplicados pela 
Vunesp. 
 
Para quem não me conhece, apresento algumas informações sobre 
minha trajetória no universo dos concursos públicos. 
 
Sou Auditor Fiscal da Receita Federal, aprovado no concurso de 
setembro de 1994. Iniciei como a grande maioria de vocês, saindo em 
busca de um emprego que me oferecesse segurança e um salário digno. 
Em 1992, trabalhava em uma área totalmente diferente – sou geólogo 
com especialização em geofísica aplicada à exploração de petróleo- 
quando comecei a pensar em mudar de rumo. 
 
Após algumas semanas de angustiantes dúvidas – continuar minha 
antiga profissão ou me lançar em uma nova, em relação a qual não 
tinha grandes informações – resolvi arriscar. 
 
E qual não foi minha surpresa ao descobrir uma grande afinidade com 
as matérias que faziam parte deste novo mundo que passei a habitar. 
Contabilidade e Direito Tributário eram as minhas favoritas. 
 
Comecei a estudar muito e, principalmente, tendo um grande prazer 
com a evolução que sentia dia a dia. Procuro sempre passar este 
sentimento para os alunos. O estudo tem que gerar prazer, realização, 
com ele nos engrandecemos como seres humanos. Se vocês ainda não 
descobriram esta fonte de felicidade (estou falando sério) é porque na 
nossa cultura somos criados com a idéia de que o estudo e o trabalho 
são sacrifícios a que estamos submetidos. Esta é uma péssima herança 
cultural e qualquer um de vocês tem condições de mudar este 
sentimento. Que tal aproveitar esta ótima oportunidade que estão tendo 
na preparação para os concursos. Se estiverem muito estressados, 
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tenham em mente que se forem firmes e determinados, a recompensa 
virá, mais cedo ou mais tarde. 
 
Continuando a minha história, fui aprovado no concurso de Técnico do 
Tesouro Nacional (TTN), atualmente Técnico da Receita Federal (TRF), 
de 1992. Depois fui aprovado no concurso de Auditor Fiscal do Tesouro 
Nacional (AFTN), atualmente Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), 
de março de 1994. O problema foi que este concurso foi suspenso por 
suspeita de fraude. Continuei na luta, pois o concursando é acima de 
tudo um guerreiro, e, em setembro de 1994, houve outro concurso para 
o mesmo cargo e por meio deste ingressei no cargo de Auditor Fiscal do 
Tesouro Nacional que tanto almejava. 
 
Mas a missão não havia acabado já que eu queria continuar vivendo no 
mundo dos cursos preparatórios. Mesmo trabalhando na área aduaneira, 
escolhi contabilidade como disciplina a ser ministrada, em função, como 
falei, da grande afinidade que possuo com esta disciplina. 
 
Ministro aulas de Contabilidade Geral, Contabilidade na Lei 6.404/76, 
Contabilidade de Custos, Análise das Demonstrações Financeiras e 
Auditoria em cursos preparatórios do Rio de Janeiro, São Paulo e, quem 
sabe em breve, Belo Horizonte. 
 
Desta forma, espero contribuir para o treinamento de vocês da forma 
mais objetiva possível. 
 
Retornemos ao nosso tema central. Como é do conhecimento dos 
candidatos que já militam há algum tempo no meio, a matéria de 
Auditoria teve um grande peso nos concursos para o cargo de Auditor 
Fiscal da Receita Federal, na área de Auditoria. Assim foi nos concursos 
de 1996, 1998, 2000, 2002.1, 2002.2 e 2003. No último concurso para 
o citado cargo, realizado em dezembro de 2005, só foi cobrado um 
tópico da matéria (controles internos) inserido no programa de 
contabilidade geral. 
 
A disciplina também integrou os programas das provas de contabilidade 
nos últimos concursos para o cargo de Auditor Fiscal da Previdência 
Social elaborados pelo CESPE/UNB (1997, 1998, 2000 e 2003), assim 
como no concurso para o mesmo cargo elaborado pela ESAF, em 2002. 
 
Também é matéria constante nos concursos dos Fiscos estaduais, como 
o que será realizado em São Paulo, e nos de Analista de Finanças e 
Controle da Controladoria Geral da União e da Secretaria do Tesouro 
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Nacional, do Tribunal de Contas da União e do Banco Central do Brasil, 
entre outros. 
 
Em relação ao curso on-line de Auditoria voltado para os cargos de 
Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – ACE/TCU 
– e Analista de Finanças e Controle – AFC/CGU, que realizamos 
recentemente, há algumas diferenças importantes, como a parte de 
Auditoria Governamental que não deve ser cobrada no concurso de 
Agente Fiscal de Rendas de São Paulo. Outra diferença foi que no último 
concurso realizado pela Vunesp, foram cobrados itens relacionados a 
tópicos específicos da legislação tributária, tais como presunções legais 
de omissão de receitas. 
 
No que tange à apresentação das aulas, faremos algumas alterações em 
relação ao curso anterior no tocante à ordem dos assuntos, procurando 
seguir a seqüência estabelecida nas normas. 
 
Também acrescentaremos mais questões comentadas de concursos 
realizados pela Fundação Carlos Chagas. 
 
Nosso trabalho será desenvolvido de acordo com a sistemática que 
entendo ser a mais apropriada para um treinamento voltado para 
concursos públicos, ou seja, por meio da análise dos aspectos teóricos e 
práticos inseridos na dinâmica de resolução de questões de provas 
anteriores e de simulados. Não tenho dúvida de que esta é a forma mais 
eficaz de absorção dos conhecimentos e do desenvolvimento da 
capacidade de resolução das questões. 
 
Os assuntos serão abordados em sete aulas, incluindo a presente, ou 
seja Aulas 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6. 
 
Embora o edital não tenha sido publicado, é muito provável que o 
programa da disciplina não contenha grandes alterações em relação aos 
dos demais concursos, pois os tópicos cobrados são basicamente os 
mesmos, dentre os quais se destacam “Auditoria Independente das 
Demonstrações Financeiras” e “Auditoria Interna”, além, conforme já 
comentado, do conhecimento das Presunções Legais de Omissão de 
Receitas. 
 
Como a banca examinadora deve ser a Fundação Carlos Chagas e não a 
Vunesp, vamos deixar sair o edital para transcrevermos o programa do 
concurso, que, espero, não deve trazer grandes surpresas. 
 
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Iniciaremos nosso estudo abordando os conceitos gerais pertinentes à 
matéria de Auditoria. 
 
 
AULA 0: AUDITORIA - DEFINIÇÃO 
 
 
1.1 – AUDITORIA - DEFINIÇÃO 
 
A Auditoria Contábil constitui-se em uma das técnicas desenvolvidas 
pela ciência contábil. Seu objetivo primordial é o de examinar a 
veracidade e correção das informações apresentadas na escrituração e 
nas demonstrações contábeis das entidades. 
 
As entidades compreendem as sociedades (aquelas cujo objeto é 
econômico, ou seja, objetivam a obtenção de lucros), as associações, as 
fundações e os organismos governamentais. 
 
As entidades necessitam estabelecer mecanismos de controle de seus 
patrimônios. Tais mecanismos são desenvolvidos por meio das técnicas 
contábeis. 
 
São definidas como técnicas contábeis: 
1. ESCRITURAÇÃO;2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (OU DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS); 
3. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS; 
4. AUDITORIA 
 
A escrituração, constitui-se na técnica contábil por meio da qual são 
efetuados os registros dos fatos contábeis, quer dizer, das operações 
efetuadas pelas entidades. Tais registros são efetuados por meio do 
método das partidas dobradas ou sistema de débito e crédito. A 
escrituração das entidades deve estar fundamentada em documentos 
comerciais e fiscais que comprovem a efetiva ocorrência das operações. 
São exemplos de documentos emitidos nas operações comerciais: as 
notas fiscais, as faturas, as duplicatas e os contratos, entre outros. 
 
No final de cada período contábil (ano, semestre, trimestre ou mês), 
com base na escrituração efetuada, são elaboradas as demonstrações 
contábeis (2ª técnica contábil), por meio das quais é possível verificar 
a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades no período 
de referência. 
 
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Os usuários da contabilidade, tais como dirigentes, acionistas, credores 
e organismos governamentais de controle, entre outros, necessitam 
interpretar a evolução das situações econômicas, financeiras e 
patrimoniais das entidades. Tal avaliação é efetuada por meio da 
análise das demonstrações contábeis (3ª técnica contábil), a qual é 
desenvolvida através da aplicação de análises e índices que visam, entre 
outros aspectos, mensurar a liquidez, o endividamento, os prazos 
médios de pagamento, recebimento e de renovação de estoques e a 
rentabilidade das entidades. 
 
Nesse contexto, torna-se necessário verificar a veracidade e correção 
dos registros efetuados na escrituração e nas demonstrações contábeis 
das entidades. Para tal verificação, são aplicadas as técnicas e 
procedimentos de auditoria (4ª técnica contábil). 
 
Podemos dividir o estudo da auditoria em quatro campos: 
 
1. Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis – A 
Auditoria Independente constitui-se no conjunto de procedimentos 
técnicos, postos em execução por profissionais contadores, sendo estes 
Auditores Independentes, Pessoa Física ou Empresa de Auditoria, com 
vistas à emissão de um Parecer, o qual deverá revelar se as 
Demonstrações Contábeis de determinada entidade são adequadas 
no sentido de retratar a sua real situação financeira e patrimonial, 
assim como se estas demonstrações foram desenvolvidas de acordo 
com os Princípios Fundamentais da Contabilidade, com as 
legislações em vigor e com as demais normas expedidas pelos 
órgãos reguladores responsáveis. 
 
Por força do comando contido no artigo 177, parágrafo 3º, da Lei nº 
6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), a Auditoria Independente 
das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias 
Abertas (Sociedades Anônimas que negociam suas ações no mercado 
de valores mobiliários (Bolsa de Valores e Mercado de Balcão)). 
 
2.Auditoria Interna – Ao contrário do Auditor Independente, o 
trabalho do Auditor Interno – seja pessoa física ou sociedade – é o de 
assessorar a administração da sociedade. Nessa função, o Auditor 
Interno executa procedimentos que visam não só a verificação da 
veracidade das informações contábeis (auditoria contábil) como também 
a análise dos aspectos administrativos (auditoria operacional). 
 
3. Auditoria Fiscal – O objetivo da Auditoria Fiscal é o de verificar se 
os contribuintes, pessoas físicas ou jurídicas, estão efetuando o 
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recolhimento dos tributos e cumprindo as obrigações acessórias, 
conforme determinam as legislações fiscais, estejam estas no âmbito da 
União, Estados ou Municípios. 
 
4. Auditoria Governamental – Constitui-se a Auditoria Governamental 
no conjunto de técnicas e procedimentos desenvolvidos com vistas a 
avaliar a aplicação e gestão dos recursos públicos por parte das 
entidades integrantes da administração pública direta e indireta, assim 
como das entidades de direito privado que administrem recursos 
públicos. 
 
Nesta e nas próximas aulas, estudaremos detalhadamente os principais 
tópicos concernentes ao campo da Auditoria. 
 
1.2 - AUDITORIA INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 
A Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis encontra-se 
regulamentada pelas normas editadas pelos seguintes órgãos: 
 
a) Conselho Federal de Contabilidade – CFC – É o órgão 
responsável pela edição das Resoluções que aprovam as Normas 
Brasileiras de Contabilidade - NBC, normas por meio das quais são 
regulamentadas as atividades de Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis. 
 
b) Instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON – É o órgão 
responsável pela edição das Normas e Procedimentos de Auditoria – 
NPA. 
 
c) Comissão de Valores Mobiliários – CVM – É a autarquia que 
regulamenta e fiscaliza as atividades das Companhias Abertas, por meio 
de Instruções, Deliberações, Pareceres e Notas Explicativas. 
 
A seguir, apresentamos os tópicos relativos à Auditoria Independente 
das Demonstrações Financeiras, tendo como base o edital do último 
concurso para Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, os quais 
estarão sujeitos a eventuais alterações pontuais em função do novo 
edital a ser publicado: 
 
1. AUDITORIA INDEPENDENTE – ASPECTOS GERAIS 
 
2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA – ASPECTOS 
 CONCEITUAIS 
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3. PAPÉIS DE TRABALHO 
 
4. FRAUDE E ERRO 
 
5. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 
 
6. RISCO DE AUDITORIA 
 
7. SUPERVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE 
 
8. ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE 
 CONTROLES INTERNOS 
 
9. CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 
 
10. AMOSTRAGEM 
 
11. PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS 
 
12. ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 
 
13. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 
 
14. TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES 
 
15. CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO 
 
16. CONTINGÊNCIAS 
 
17. PARECER DE AUDITORIA 
 
18. NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE 
 
19. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA – ASPECTOS PRÁTICOS 
19.1. AUDITORIA DAS DISPONIBILIDADES 
19.2. AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER 
19.3. AUDITORIA DE ESTOQUES 
19.4. AUDITORIA DAS DESPESAS ANTECIPADAS 
19.5 AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – INVESTIMENTOS 
19.6. AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – IMOBILIZADO 
19.7. AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – DIFERIDO 
19.8. AUDITORIA DOS PASSIVOS CONTINGENTES 
19.9. AUDITORIA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
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19.10. AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADO 
 
20. NORMAS EDITADAS PELA CVM 
 
21. AUDITORIA INTERNA 
 
22. PRESUNÇÕES DE OMISSÃO DE RECEITAS 
 
23. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE 
 
Em cada um dos referidos tópicos, serão comentadas questões de 
concursos anteriores. 
 
DESENVOLVIMENTO DOS TÓPICOS 
1. AUDITORIA INDEPENDENTE – ASPECTOS GERAIS 
 
A seguir apresentamos, resumidamente, os principais conceitos da 
disciplina. Uma abordagem mais aprofundada será efetuada nos tópicos 
das próximas aulas. 
 
1.1 – PARECER DE AUDITORIA 
 
Conforme já consignado, a Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis constitui-se no conjunto de procedimentos técnicos 
executados com vistas à emissão de um Parecer. 
 
A Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) estabelece: 
“Art. 177- Par. 3º. As demonstrações financeiras das companhias 
abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores 
independentes registrados na mesma comissão.” 
 
Cabe destacarque no item 11.1.1.1.1 da NBC T 11, aprovada pela 
Resolução nº 820/97, é definido que “Na ausência de disposições 
específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela Profissão 
Contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios.” 
 
Este item é reiteradamente cobrado em provas de auditoria. 
 
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AUDITORIA INDEPENDENTE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
*1 Objetivo: Emissão de um PARECER, no qual o 
Auditor deverá apresentar sua opinião sobre as 
Demonstrações Contábeis examinadas, em todos 
os seus aspectos RELEVANTES. 
 
• Obrigatória para as Companhias Abertas (Lei 
6.404/76, Art. 177, Par. 3º) 
 
A NBC T 11 – NORMAS DE AUDITORIA INDEPENDENTE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – estabelece: 
“11.1.1.1 - A auditoria das demonstrações contábeis constitui o 
conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão 
de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica.” 
 
Estabelece ainda a legislação pertinente que, no Parecer, os auditores 
independentes deverão descrever o desenvolvimento e conclusão do 
procedimento realizado. 
PARECER 
Deverá revelar se as Demonstrações Contábeis 
estão de acordo com: 
 
1. Os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade; 
 
2. As Normas Brasileiras de Contabilidade; 
 
3. As Legislações Específicas; 
 
4.A Real situação Financeira, Econômica e 
Patrimonial das Entidades, em todos os 
aspectos Relevantes; 
 
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Os Princípios Fundamentais de Contabilidade encontram-se 
consolidados nas Resoluções CFC nº 750/93, 751/93 e 774/94, 
principalmente, na primeira, a qual deverá ser conhecida em todos seus 
detalhes, pois é questão praticamente certa em qualquer prova de 
contabilidade. 
 
São Princípios Fundamentais de Contabilidade os da: 
1. Entidade; 
2. Continuidade; 
3. Oportunidade; 
4. Registro pelo Valor Original; 
5. Atualização Monetária; 
6. Competência; 
7. Prudência. 
 
A Resolução CFC nº 953/2003, alterou o modelo de parecer referido no 
item 11.3.2.3 da NBC T 11, determinando a adoção, durante o período 
em que permanecerem evoluindo os trabalhos de convergência das 
Normas Brasileiras de Contabilidade e as Normas Internacionais, a 
substituição da expressão "com os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade" por "práticas contábeis adotadas no Brasil", nos 
parágrafos de opinião dos Pareceres e Relatórios emitidos pelos 
Auditores Independentes. O parágrafo de opinião é aquele no qual o 
Auditor manifesta suas conclusões sobre as Demonstrações Contábeis 
auditadas. 
 
A Auditoria Independente das Demonstrações Financeiras deverá ser 
desenvolvida em consonância com as Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC) e com as Normas e Procedimentos de 
Auditoria (NPA), emitidas pelo Instituto Brasileiro de Contadores 
(IBRACON). 
 
As principais Normas Brasileiras de Contabilidade são: 
1.NBC T 11, Normas de Auditoria Independente, aprovada pela 
Resolução nº 820/97; 
 
2. NBC P 1, Normas Profissionais de Auditor Independente, 
aprovada pela Resolução nº 821/97; 
 
3. IT, Interpretações Técnicas, as quais visam interpretar itens 
específicos contidos nas normas supramencionadas. Como 
exemplo, a IT 05, Parecer dos Auditores Independentes, 
aprovada pela Resolução nº 830/98. 
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Pode-se afirmar que, aproximadamente, 90% das questões conceituais 
das provas da disciplina de auditoria são referentes às normas 
supracitadas, principalmente à NBC T 11. 
 
A NBC T 11 aborda aspectos técnicos, enquanto que a NBC P 1 
abrange aspectos profissionais do auditor independente. 
 
Também é função do Auditor, verificar se, na elaboração das 
Demonstrações Contábeis, foram observadas as legislações 
específicas, tais como as legislações de tributos federais, estaduais, e 
municipais, como também as legislações dos órgãos reguladores (CVM e 
BACEN, entre outros). 
 
No Parecer, o Auditor deverá manifestar sua opinião no que tange à 
análise e verificação da veracidade das informações contidas na 
escrituração e nas demonstrações contábeis, revelando se estas 
expressam a real situação financeira, econômica e patrimonial da 
entidade. 
 
A seguir, são apresentadas algumas questões de concursos sobre o 
assunto em análise: 
 
01. (ESAF - AFRF 2001) A republicação das demonstrações contábeis 
não será necessária, conforme a NBC-T-6 - Da Divulgação das 
Demonstrações Contábeis quando 
a) forem elaboradas em desacordo com os princípios fundamentais de 
contabilidade. 
b) forem elaboradas apenas com infringência de normas de organismos 
reguladores. 
c) não forem divulgadas informações relevantes para o correto 
entendimento das demonstrações contábeis. 
d) as informações constantes nas demonstrações contábeis forem 
consideradas insuficientes para o seu correto entendimento. 
e) a assembléia de sócios acionistas alterar a destinação de resultado 
proposto pela administração da entidade. 
 
Comentários : À primeira vista, a questão poderia assustar pelo fato do 
candidato desconhecer a referida NBC–T 6 – Da Divulgação das 
Demonstrações Contábeis. Nestas horas, é preciso manter a 
tranqüilidade. Mesmo não conhecendo a norma, é possível acertar a 
questão aplicando-se os conhecimentos adquiridos. 
 
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Conforme analisamos, o objetivo da Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis é o de emitir um Parecer, o qual deverá 
revelar se as Demonstrações Contábeis estão de acordo com: 
1. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade; 
2. As Normas Brasileiras de Contabilidade; 
3. As Legislações Específicas; 
4. A Real situação Financeira, Econômica e Patrimonial das 
Entidades, em todos os aspectos Relevantes. 
 
Na presente questão, deve-se identificar a situação na qual não será 
necessária a republicação das demonstrações contábeis. Ora, os 
requisitos apresentados são considerados essenciais na avaliação 
realizada pelo Auditor Independente. Assim, uma vez não cumpridos 
tais requisitos pela administração, conclui-se que as Demonstrações 
Contábeis deverão ser republicadas com as devidas retificações. 
Analisando-se as opções apresentadas: 
 
a) forem elaboradas em desacordo com os princípios fundamentais de 
contabilidade. 
Não foi cumprido o item 1, devendo por este motivo serem 
republicadas as demonstrações contáveis com as devidas 
correções. 
 
b) forem elaboradas apenas com infringência de normas de organismos 
reguladores. 
A infringência de normas de organismos reguladores como o CFC 
e a CVM representam descumprimento dos itens 2 e 3, devendo, 
portanto, serem republicadas as Demonstrações Contábeis com 
as devidas correções. 
 
c) não forem divulgados informações relevantes para o correto 
entendimento das demonstrações contábeis. 
A não divulgação das informações relevantes para o correto 
entendimento das demonstrações contábeis representa 
descumprimento do item 4, ou seja, nessa situação, as 
Demonstrações Contábeis não retratam a real situação 
financeira e patrimonial da entidade, devendo, portanto, serem 
republicadas com as devidas correções. 
 
d) as informações constantes nas demonstrações contábeis forem 
consideradas insuficientes para o seu correto entendimento. 
Comentário semelhante ao da letra c. 
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e) a assembléia de sócios acionistas alterar a destinação de resultado 
proposto pela administração da entidade. 
O parágrafo 3 do artigo 176 da Lei nº 6.404/76 estabelece: 
"As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos 
lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no 
pressuposto de sua aceitação pela assembléia geral." 
 
Assim, a Lei das Sociedades por Ações estabelece que caberá aos 
órgãos da administração efetuar a proposta de destinação dos 
lucros, no pressuposto de sua aceitação pela assembléia geral. 
No dispositivo legal, está implícito que a assembléia geral 
poderá alterar a destinação dos lucros, o que não representa 
motivo para a republicação das demonstrações contábeis. 
 
A NBC T 6 estabelece, em seus itens 6.3.1 e 6.3.2: 
 
“6.3.1 – DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
6.3.1.1 – A nova divulgação das demonstrações contábeis – nesta 
norma denominada de republicação – ocorre quando as demonstrações 
publicadas anteriormente contiverem erros significativos e/ou quando 
não foram divulgadas informações relevantes para o seu correto 
entendimento ou que sejam consideradas insuficientes. 
 
6.3.2 – FUNDAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA REPUBLICAÇÃO 
 
6.3.2.1 – A republicação de demonstrações contábeis aplica-se quando: 
 
a) as demonstrações forem elaboradas em desacordo com os princípios 
fundamentais de contabilidade, ou com infringência de normas de 
órgãos reguladores; e 
b) a assembléia de sócios ou acionistas, quando for o caso, aprovar a 
retificação das Demonstrações Contábeis Publicadas. 
 
6.3.2.2 – As demonstrações contábeis quando republicadas devem 
destacar que se trata de “republicação”, bem como explicitar as razões 
que a motivaram e a data da primeira publicação. 
6.3.2.3 – Não é necessária a republicação de demonstrações contábeis, 
quando a assembléia de sócios ou acionistas alterar apenas a destinação 
de resultados proposta pela administração da Entidade. 
Gabarito: E 
 
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02. (ESAF - AFRF 2003) A expressão a ser utilizada na elaboração do 
parágrafo de opinião do parecer sem ressalva, emitido pelos auditores 
independentes, sobre as demonstrações contábeis, para identificar que 
as demonstrações contábeis foram avaliadas e nelas foram aplicadas as 
Normas Brasileiras de Contabilidade, a legislação pertinente e os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade previstos pelo CFC é, de 
acordo com: 
a) os princípios fundamentais de contabilidade. 
b) as normas brasileiras de contabilidade. 
c) os princípios contábeis geralmente aceitos. 
d) as práticas contábeis adotadas no Brasil. 
e) as normas contábeis nacionais e internacionais aceitas. 
 
Comentários: 
A Resolução CFC nº 953/2003 alterou o modelo de parecer referido no 
item 11.3.2.3 da NBC T 11, substituindo o termo "Princípios 
Fundamentais de Contabilidade" pela expressão "práticas 
contábeis adotadas no Brasil", nos parágrafos de opinião dos 
Pareceres e Relatórios emitidos pelos Auditores Independentes. 
Gabarito: D 
 
1.2.CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA AUDITORIA 
INDEPENDENTE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Conforme consignado no artigo 177, parágrafo 3º, da Lei nº 6.404/76, 
as demonstrações financeiras das companhias abertas serão 
obrigatoriamente auditadas por Auditores Independentes, os quais 
deverão observar as normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) e serem registrados na mesma comissão. 
 
Da mesma forma, o Banco Central do Brasil (BACEN) determina que 
as Instituições Financeiras deverão ser submetidas à auditoria 
efetuada por auditores independentes, os quais deverão estar 
registrados nesse órgão. 
 
De acordo com a NBC P 1, aprovada pela Resolução CFC 820/97, a 
Auditoria Independente das Demonstrações Financeiras é atividade 
exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de 
Contabilidade (CRC). 
 
 
 
 
 
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Condições para o Exercício da Atividade de 
Auditor Independente 
Contador registrado no 
Conselho Regional de Contabilidade (CRC) 
 
Condições para o Exercício de Auditoria 
Independente em Companhias Abertas 
Contador registrado na 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
 
Condições para o Exercício de Auditoria 
Independente em Instituições Financeiras 
Contador registrado no 
Banco Central do Brasil (BACEN) 
 
 
 
1.3. PLANEJAMENTO DA AUDITORIA INDEPENDENTE 
 
A NBC T 11, aprovada pela Resolução CFC nº 820/97, em seu item 
11.2.1, estabelece os comandos relativos ao Planejamento da Auditoria, 
conforme a seguir transcrito: 
 
“11.2.1.1 – O Auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas 
Profissionais de Auditoria Independente e estas normas, e de acordo 
com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos com 
a entidade. 
 
11.2.1.2 - O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento 
sobre as atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as 
práticas operacionais da entidade, e o nível de competência de sua 
administração.” 
 
No item 11.2.1.3, a Norma estabelece os fatores relevantes a serem 
considerados na execução dos trabalhos, os quais são sinteticamente 
apresentados no quadro a seguir; 
 
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PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 
1. Conhecimento das Práticas Contábeis 
adotadas pela entidade e alterações em relação 
ao período anterior; 
 
2. Conhecimento do Sistema Contábil e de 
Controles Internos (SCCI) da Entidade e seu 
grau de confiabilidade; 
 
3. Avaliação dos Riscos de Auditoria em função 
do volume e complexidade das transações 
realizadas; 
 
4. A Natureza, Oportunidade e Extensão dos 
procedimentos de auditoria a serem realizados. 
 
5. A existência de entidades associadas, filiais e 
partes relacionadas; 
 
6. O uso de trabalhos de outros auditores 
independentes, especialistas e auditores 
internos; 
 
7. Pareceres, relatórios e outros informes a 
serem entregues à entidade; 
 
8. Atenção aos prazos estabelecidos por 
entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para 
informações aos demais usuários. 
 
 
1.3.1.Conhecimento das Práticas Contábeis adotadas pela 
entidade e alterações em relação ao período anterior; 
 
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A contabilidade na condição de ciência é organizada por meio de um 
sistema de informações integradas, no qual deve-se pretender alcançar 
uma perfeita consonância entre os dados contidos na documentação 
contábil e fiscal com a respectiva escrituração dos fatos e sua 
evidenciação nas demonstrações contábeis correspondentes. 
 
Tal sistema tem como objetivo primordial o de fornecer informações 
corretas aos usuários da contabilidade, dentre os quais destacamos os 
dirigentes, acionistas, credores e fisco. 
 
Um dos pressupostos essenciais para que tal objetivo seja alcançado é o 
da manutenção da uniformidade das práticas contábeis adotadas 
pela entidade. A própria Lei nº 6.404/76, em seu artigo 177, 
estabelece que “A escrituração da companhia será mantida em registros 
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e 
desta lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo 
observar métodos e critérios uniformes no tempo e registrar as 
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.” (grifamos) 
 
Verifica-se, assim, que a Lei das SA estabelece a observância da 
uniformidade dos métodos e critérios contábeis. Caso haja interesse ou 
necessidade por parte da entidade em alterar suas práticas, deverá tal 
fato estar evidenciado em Notas Explicativas, representandoestas 
complementos das demonstrações contábeis. 
 
Na fase inicial de seu trabalho, o Auditor deve verificar se existe 
uniformidade nas práticas contábeis adotadas pela entidade, assim 
como se ocorreram alterações de tais práticas e, neste caso, se foram 
corretamente evidenciadas nas Notas Explicativas. 
 
Como exemplo, se a sociedade avaliava seus estoques pela sistemática 
do inventário permanente com base no método PEPS e passou a adotar 
o da média ponderada móvel, deverá tal fato estar consignado nas 
Notas Explicativas, evidenciando-se os efeitos nas demonstrações 
contábeis da companhia. A esse fato, deverá estar atento o Auditor. 
 
Estabelece ainda a Norma que o planejamento deve considerar todos os 
fatores relevantes na execução dos trabalhos. Dependendo do volume 
de operações efetuadas pela entidade, na prática, torna-se impossível 
para o auditor examinar todos os fatos ocorridos. Dessa forma, o 
Auditor estabelecerá a partir de que valor envolvido irá considerar os 
fatos contábeis relevantes, aplicando sobre estes o foco de seu trabalho 
a ser desenvolvido por meio de testes e amostragens com vistas a 
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verificar a veracidade e correção das informações apresentadas na 
escrituração e nas demonstrações contábeis. 
 
1.3.2. Conhecimento do Sistema Contábil e de Controles Internos 
(SCCI) da Entidade e seu grau de confiabilidade; 
 
Conceitua-se como Sistema Contábil e de Controles Internos 
(SCCI) o conjunto de mecanismos e rotinas desenvolvidos pelas 
entidades com vistas à proteção de seus patrimônios e a garantia 
da integridade e tempestividade de seus registros contábeis. É 
inerente a um eficaz Sistema Contábil e de Controles Internos a 
chamada segregação de funções e delimitação de 
responsabilidades entre os setores e funcionários integrantes da 
entidade. 
 
Determinadas funções nunca devem ser atribuídas ao mesmo 
funcionário ou setor. Como exemplo, não deve o funcionário responsável 
pela escrituração das operações efetuadas pela entidade ter acesso 
físico aos numerários (dinheiro ou cheques). Segregando-se as 
responsabilidades por estas funções, minimiza-se, significativamente, o 
risco de ocorrência de fraudes contra a entidade. Outro exemplo é o da 
segregação entre as funções de autorização de ordens de compra de 
estoques com a do recebimento e custódia destes bens, ou com a da 
escrituração e pagamento destas aquisições. 
 
Registre-se que a responsabilidade pela elaboração e execução do 
SCCI é da entidade. Ao Auditor Independente cabe a avaliação 
da eficácia deste sistema, a ser efetuada, essencialmente, na fase de 
planejamento de auditoria. Tal distinção é objeto de várias questões de 
prova. 
 
A análise do SCCI realizada pelo Auditor compreende três fases; 
 
1. Verificação da existência do programa ou manual de controles 
internos na entidade; 
 
2. Verificação de se o SCCI está sendo executado conforme as 
definições estabelecidas pela entidade. Muitas vezes o SCCI está 
bem planejado, mas, na prática, não está sendo cumprido 
conforme previsto, e; 
 
 
3. Verificação da eficácia do SCCI na identificação de erros e fraudes 
de efeitos relevantes. 
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A partir da obtenção dos resultados desta análise, o Auditor terá 
condições de direcionar seu trabalho. Obviamente, quanto mais eficaz 
for o SCCI, mais facilitado estará o trabalho do auditor independente, 
pois haverá uma maior garantia da veracidade das informações 
contábeis fornecidas pela entidade. Em contrapartida, um SCCI 
deficiente levará o Auditor a executar uma maior quantidade de 
procedimentos para que possa manifestar uma opinião segura sobre as 
demonstrações contábeis da entidade. 
 
Após a análise do SCCI, o Auditor terá condições de direcionar seu 
trabalho, definindo a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
procedimentos de auditoria. 
 
Vejamos uma questão do concurso de Auditor Fiscal do Tesouro 
Nacional (AFTN), atualmente Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF), 
do ano de 1996, relativa ao item em análise. 
 
3. (ESAF- AFTN-96) Na auditoria das demonstrações contábeis, o 
auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de 
controles internos da entidade, com a finalidade principal de: 
a) Determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos 
de auditoria. 
b) Verificar se os sistemas funcionam da forma como estão previstos. 
c) Proporcionar a emissão de relatório de recomendação de melhorias 
requeridas. 
d) Constatar pontos fracos e ineficientes que possam gerar fraudes e 
erros. 
e) Proporcionar conhecimentos básicos sobre a empresa e sua 
organização. 
 
Comentários: Cabe observar que a questão apresenta em todas 
as suas opções finalidades do auditor no estudo e avaliação do 
SCCI. 
 
B) Verificar se os sistemas funcionam da forma como estão 
previstos, conforme já ressaltado, é um dos objetivos da 
avaliação do SCCI por parte do Auditor; 
 
C) Quando o Auditor constata falhas ou imperfeições no SCCI, 
deve, obrigatoriamente, comunicar à entidade e propor medidas 
corretivas. Tal comunicação, dependendo das características da 
entidade auditada, será efetuada por meio de um relatório 
circunstanciado e detalhado sobre as deficiências detectadas. No 
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caso de auditorias independentes em companhias abertas, por 
força da legislação da Comissão de Valores Mobiliários 
(Instrução CVM nº 308/1999, art. 25, inciso II), o Auditor 
deverá elaborar o referido relatório. Em outras entidades, 
dependendo do contrato estabelecido entre o auditor e a 
entidade, a comunicação poderá ser efetuada por meio de carta-
comentário. 
 
d) Também é finalidade do auditor na análise do SCCI constatar 
pontos fracos e ineficientes que possam gerar fraudes e erros. 
 
e) Outro objetivo importante na análise do SCCI é o de 
proporcionar conhecimentos básicos sobre a empresa e sua 
organização. 
 
No entanto, o enunciado refere-se à principal finalidade do 
auditor ao efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e de 
controles internos da entidade. Conceitualmente, a principal 
finalidade do auditor nesta fase é a de determinar a natureza 
(tipo), oportunidade (momento) e a extensão dos procedimentos 
de auditoria. 
Gabarito: Letra “A” 
 
1.3.3. Avaliação dos Riscos de Auditoria em função do volume e 
complexidade das transações realizadas; 
 
A NBC T 11, aprovada pela Resolução nº 820/1997, em seu item 
11.2.3.1, define o conceito de Risco de Auditoria. 
 
RISCO DE AUDITORIA 
 
É a possibilidade do Auditor vir a emitir uma 
opinião tecnicamente inadequada sobre 
demonstrações contábeis significativamente 
incorretas. 
 
O conceito de Risco de Auditoria é cobrado na grande maioria dos 
provas de auditoria. Normalmente, no que se refere ao conceito, as 
questões reproduzem literalmente a definição da norma. 
 
A avaliação do Risco de Auditoria é efetuada pelo Auditor na fase de 
planejamento dos trabalhos. Tal mensuração está intimamente 
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relacionada com o grau de eficácia do SCCI da entidade. Quanto mais 
eficaz for o sistema, menor será a possibilidade do Auditor manifestar 
uma opinião inadequada, ou seja, uma opinião equivocada sobre as 
Demonstrações Contábeis auditadas. 
 
Da mesma forma, o Risco de Auditoria está diretamente relacionado 
com o volume e a complexidade das transações realizadas pela 
entidade. Quanto maior o volume e a complexidade das operações, 
maior será o risco doauditor não identificar uma distorção relevante nos 
saldos das contas ou nas classes de transações. 
 
Como exemplo, se uma entidade apresenta em seu Balanço Patrimonial 
seus Estoques avaliados por R$ 400.000,00. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
ATIVO CIRCULANTE 
ESTOQUES R$ 400.000 
 
O Risco de Auditoria é a possibilidade de existir um erro relevante no 
valor dos Estoques (valor real diferente do apresentado) e o Auditor não 
conseguir identificá-lo. 
 
Vocês poderiam perguntar: A partir de que percentual o erro seria 
considerado relevante? 
 
A norma não estabelece tal percentual. Dependerá este da importância 
dos estoques para a entidade e dos critérios de avaliação do Auditor. 
As grandes empresas de auditoria consideram erros relevantes para as 
contas do ativo circulante aqueles que ultrapassam percentuais que 
variam de 0,5% a 1%. 
 
A seguir, é apresentada uma questão envolvendo o assunto em análise: 
 
4. (ESAF – AFRF 2002.1)- A possibilidade de o auditor vir a emitir um parecer que 
contenha opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis 
significativamente incorretas denomina-se: 
a) Risco de auditoria 
b) Risco do controle 
c) Risco inerente 
d) Risco esperado 
e) Risco de detecção 
 
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Comentários: O enunciado da questão refere-se ao conceito do 
Risco de Auditoria. É um dos conceitos mais explorados em 
provas de auditoria. 
Gabarito: “A” 
 
1.3.4. A Natureza, Oportunidade e Extensão dos procedimentos 
de auditoria a serem realizados. 
 
Conforme já assinalado, a principal finalidade da análise do auditor na 
avaliação do SCCI é o de determinar a Natureza, Oportunidade e 
Extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados. 
 
Na determinação da Natureza (Tipo), o Auditor determina quais os 
procedimentos de auditoria que são necessários no caso. Verificações 
físicas e documentais de ativos, diligências junto a clientes e 
fornecedores para confirmação das operações registradas pela entidade 
e conferência de conciliações e cálculos dos dados contábeis são alguns 
dos procedimentos aplicados pelos auditores. 
 
1.3.5. A existência de entidades associadas, filiais e partes 
relacionadas. 
 
Também é função do Auditor verificar a existência de entidades que 
possuam vínculos jurídicos, comerciais ou operacionais com a entidade 
auditada. Tal análise permite uma idéia da abrangência das atividades 
da entidade e, conseqüentemente, da integridade dos dados gerados 
pelo seu sistema contábil ou da omissão de informações relevantes. 
 
1.3.6. O uso de trabalhos de outros auditores independentes, 
especialistas e auditores internos; 
 
O Auditor pode utilizar trabalhos de outros auditores independentes, 
auditores internos ou de especialistas. Cabe ressaltar, no entanto, que 
mesmo utilizando o trabalho de terceiros, o Auditor mantém 
integralmente a sua responsabilidade, conforme preceitua os itens 
1.7.1 e 1.8.1 da NBC P 1, aprovada pela Resolução CFC nº 821/1997. 
 
1.3.7. Pareceres, relatórios e outros informes a serem entregues 
à entidade; 
 
No planejamento de seus trabalhos, o Auditor deve verificar todos os 
pareceres e relatórios a serem entregues à entidade. 
 
 
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1.3.8. Atenção aos prazos estabelecidos por entidades 
reguladoras ou fiscalizadoras e para informações aos demais 
usuários. 
 
Deverá o Auditor estar atento ao cumprimento dos prazos estabelecidos 
pelas entidades reguladoras ou fiscalizadoras, tais como a Comissão de 
Valores Mobiliários. 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade podem ser obtidas no site do 
Conselho Federal de Contabilidade – www.cfc.org.br. 
 
Na próxima aula, continuaremos o estudo na seqüência programada. 
Até lá e bons estudos. 
 
 
 
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AUDITORIA - AULA 1 
 
Caros amigos, 
Nessa última sexta-feira, 17/03/2006, finalmente saiu o edital 
do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo 
elaborado pela Fundação Carlos Chagas. A matéria de Auditoria 
está prevista na prova 2, com 15 questões e peso 2. Sobre os 
programas de Auditoria, Contabilidade de Custos e Análise de 
Balanços estão sendo apresentados comentários no espaço 
abeto do Ponto dos Concursos. 
 
Em relação ao que esperávamos não houve grandes novidades. 
Então, vamos ao trabalho, continuando o estudo dos tópicos 
dentro da seqüência definida na aula 0. 
 
2. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA – ASPECTOS CONCEITUAIS 
 
Nesta aula, estudaremos os Procedimentos de Auditoria, abordando os 
aspectos conceituais do referido tópico. As aplicações práticas serão 
estudadas nas próximas aulas. 
 
É importante salientar que várias questões de provas de auditoria são 
puramente conceituais, isto quer dizer que para acertar a questão o 
candidato deve identificar a opção que reproduz literalmente o 
conceito contido na norma. 
 
Em muitas ocasiões, vocês irão se deparar com questões, nas quais 
todas ou algumas das opções estarão aparentemente certas. Nessas 
situações, a alternativa considerada correta será aquela que reproduz 
literalmente a norma. Teremos oportunidade de verificar esse fato em 
algumas questões. 
 
Após esta breve observação, voltemos ao tema da presente aula. 
 
Conforme consignado no item 11.1.2 da NBC T 11, aprovada pela 
Resolução CFC nº 820/1997, os Procedimentos de Auditoria são o 
conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidências ou 
provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis auditadas e abrangem os Testes de 
Observância e Testes Substantivos. 
 
Vejam as definições no quadro a seguir: 
 
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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
1. TESTES DE OBSERVÂNCIA OU EXAMES DE ADERÊNCIA 
 Visam à obtenção de razoável segurança de que os 
procedimentos de controle interno estabelecidos pela 
administração estão em efetivo funcionamento e 
cumprimento. 
 
2. TESTES SUBSTANTIVOS 
 Visam a obtenção de evidências quanto à Suficiência, 
Exatidão e Validade dos dados produzidos pelo sistema 
contábil da entidade. Dividem-se em: 
 
 a) Testes de Transações e Saldos e; 
b) Procedimentos de Revisão Analítica 
 
 
 
2.1. TESTES DE OBSERVÂNCIA 
 
Conforme analisado na primeira aula, na fase de planejamento de 
auditoria, o Auditor examina o Sistema Contábil e de Controles Internos 
da Entidade com o principal objetivo de determinar a Natureza, a 
Oportunidade e a Extensão dos Procedimentos de Auditoria. 
 
Denominam-se Testes de Observância ou Exames de Aderência os 
procedimentos executados pelo Auditor nessa fase. 
 
Também, conforme analisado na Aula 0, conceitua-se como Sistema 
Contábil e de Controles Internos (SCCI) o conjunto de mecanismos e 
rotinas desenvolvidos pelas entidades com vistas à proteção de seus 
patrimônios e a garantia da integridade e tempestividade de 
seus registros contábeis, envolvendo o estabelecimento da 
segregação das funções entre setores ou funcionários e as respectivas 
delegações de competência. 
 
Vimos também que na análise do SCCI o Auditor visa, basicamente, 
obter respostas para três indagações: 
1.Verificar a existência do programa de controles internos na entidade; 
 
2.Verificar se o SCCI está sendo executadoconforme as definições 
estabelecidas pela entidade. Muitas vezes o SCCI está bem planejado, 
mas, na prática, não está sendo cumprido conforme previsto, e; 
 
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3.Verificar a eficácia do SCCI na identificação de erros e fraudes de 
efeitos relevantes. 
 
Os Testes de Observância são também chamados de Exames de 
Aderência, tendo o termo aderência o significado de adesão dos 
procedimentos descritos no planejamento dos controles à execução 
prática destes. 
 
Assim, os Testes de Observância são aqueles executados pelo Auditor 
para verificar a existência, efetividade e continuidade dos 
controles internos. 
 
A aplicação dos Testes de Observância se dá, por exemplo, por meio de 
entrevistas com os administradores e funcionários da entidade, para 
verificar, entre outros aspectos, como estão distribuídas as funções e 
responsabilidades relativas às atividades de controle dos estoques, tais 
como: 
 
a) Compra de Estoques - O Auditor verifica se existem pessoas com a 
incumbência de detectar a necessidade de reposição de estoques e 
efetuar a solicitação para aquisição destes, com vistas a que sempre 
seja mantida uma quantidade mínima de produtos (no caso de 
sociedades industriais) ou de mercadorias (tratando-se de sociedades 
comerciais). Evita-se, assim, que eventuais pedidos de clientes não 
sejam atendidos por insuficiência dos bens de venda. 
 
b) Levantamento de Preços e Seleção de Fornecedores - O Auditor 
verifica se existem pessoas na entidade com a responsabilidade de 
efetuar o levantamento de preços e a seleção de fornecedores, 
procurando as melhores opções de compra para reposição dos estoques. 
 
c) Autorização para Emissão de Ordens de Compra - O Auditor 
verifica se existem pessoas na entidade com a tarefa de autorizar as 
aquisições de estoques, por meio da emissão de ordens de compra. 
 
d) Recepção de Guarda dos Estoques - O Auditor verifica se existem 
pessoas na entidade com a incumbência de recepcionar e guardar os 
estoques e os documentos de emissão dos fornecedores, como Notas 
Fiscais, Faturas e Duplicatas. 
 
e) Registro Contábil das Aquisições e Baixas - O Auditor verifica se 
existem pessoas na entidade com a incumbência de efetuar os registros 
contábeis relativos às aquisições de estoques, liquidação das obrigações 
com os fornecedores e baixa nos bens vendidos. 
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f) Controle de Contas a Pagar - O Auditor verifica se existem pessoas 
na entidade com a incumbência de controlar os prazos de vencimento 
das compras a prazo. 
 
g) Pagamento das Compras - O Auditor verifica se existem pessoas 
na entidade com a responsabilidade de efetuar os pagamentos das 
aquisições de estoques efetuadas a prazo. 
 
Dessa forma, o acompanhamento do desenvolvimento das referidas 
atividades por parte do Auditor constitui-se em uma modalidade de 
Testes de Observância. 
 
Vejamos algumas questões de concursos realizados pela ESAF relativas 
à matéria em pauta. 
 
Apresentaremos as questões numeradas na ordem seqüencial de cada 
capítulo. 
 
1.(AFRF/2001/ESAF) Para verificar a existência, efetividade e 
continuidade dos controles internos da entidade, o auditor independente 
de demonstrações contábeis aplica: 
a) Testes substantivos 
b) Testes de observância 
c) Testes de revisão analítica 
d) Testes de abrangência 
e) Testes de conferência de cálculos 
 
Comentários: É um exemplo de questão puramente conceitual. 
Reproduz literalmente a definição contida na norma. 
 
Gabarito: B 
 
2. (AFTE/RN/2004/2005-ESAF) Os testes de observância têm como 
objetivo obter: 
a) certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos 
pela administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. 
b) razoável segurança de que os procedimentos de controle interno 
estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento e 
cumprimento. 
c) certeza de que os procedimentos de controle interno estabelecidos 
pela administração não estão em efetivo funcionamento e cumprimento. 
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d) confiabilidade absoluta de que os procedimentos de controle interno 
estabelecidos pela administração não estão em efetivo funcionamento e 
parcial cumprimento. 
e) razoável certeza de que os procedimentos de controle interno 
estabelecidos pela administração não estão em efetivo funcionamento e 
cumprimento. 
 
Comentários: Observem com atenção os termos conceituais 
especificados nas normas de regência. Os Testes de Observância 
visam a obtenção de razoável segurança de que os 
procedimentos de controle interno estabelecidos pela 
administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento. 
Novamente uma questão que reproduz literalmente a norma. 
 
Gabarito: B 
 
 
2.2 – TESTES SUBSTANTIVOS 
 
Após a análise do Sistema Contábil e de Controles Internos, o Auditor 
terá condições de direcionar seu trabalho, estabelecendo quais 
procedimentos irá executar (natureza), em que áreas e momentos 
(oportunidade ou época) e em que quantidade (extensão) irá aplicá-los. 
Denominam-se Testes Substantivos aqueles executados pelo Auditor 
após a fase de planejamento de auditoria, quando já se tem uma idéia 
das contas que apresentam maior risco de terem os saldos com erros 
relevantes, das operações em relação às quais os Controles Internos são 
menos eficientes, e, portanto, estão mais sujeitas à ocorrência de erros 
e fraudes, enfim, quando já é possível ter uma noção melhor das 
demonstrações contábeis da entidade em seu conjunto. 
 
O item 11.1.2.3 da NBC T 11, define: 
 
“Os Testes Substantivos visam à obtenção de evidência quanto à 
suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema 
contábil da entidade, dividindo-se em: 
 
a) testes de transações e saldos; e 
b) procedimentos de revisão analítica.” 
 
Entende-se por evidência quanto à suficiência, a razoável garantia de 
que todos os fatos contábeis relevantes estão escriturados e 
documentados. 
 
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Entende-se por evidência quanto à exatidão, a razoável garantia de 
que tais fatos encontram-se contabilizados e documentados 
corretamente e se os saldos evidenciados nas Demonstrações Contábeis 
não contêm erros relevantes. 
 
Entende-se por evidência quanto à validade, a razoável garantia de 
que os registros e documentos fiscais e comerciais representam 
operações que de fato ocorreram, se não correspondem, por exemplo, a 
registros falsos ou a Notas Fiscais “frias”. 
 
Os Testes Substantivos dividem-se em: 
a) Testes de Transações e Saldos ⇒ Compreendem os 
procedimentos aplicados com vistas à verificar se as transações 
(operações) registradas correspondem a fatos efetivamente ocorridos e 
se os saldos não contém erros significativos. 
 
b) Procedimentos de Revisão Analítica ⇒ Compreendem os 
procedimentos realizados por meio de análises e índices que visam 
identificar tendências atípicas (anormais). Como exemplo de 
Procedimento de Revisão Analítica, vamos supor que o Auditor avalie a 
variação dos valores das Despesas Gerais de uma sociedade por três 
exercícios sucessivos, conforme demonstrativo abaixo: 
 
Exercícios 2003 2004 2005 
Valores R$ 40.000,00 R$ 43.000,00 R$ 90.000,00 
 
Tal verificação representa uma Análise Horizontal. Constata-se a 
evolução dos valores de uma conta, um grupo ou subgrupo ao longo de 
períodos subseqüentes. 
 
Ocorreu uma variação atípica entre os valores dos exercícios de 2004 e 
2005. O aumento de R$ 43.000,00 para R$90.000,00 nas Despesas 
Gerais da entidade deve ser investigado. O Auditor terá como objetivo 
verificar se a alteração dos valores se justifica, se de fato ocorreu ou se 
significou algum tipo de fraude ou erro contra a entidade. 
 
Os Testes Substantivos representam os principais procedimentos de 
auditoria e, em algumas questões de concursos, são definidos como o 
objetivo fundamental da auditoria contábil. 
 
Há uma enorme quantidade de questões de concursos que versam sobre 
o conceito apresentado, vejamos: 
 
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3. (AFTN/1996/ESAF) Procedimentos de auditoria são o conjunto de 
técnicas que permitem ao auditor obter evidência ou provas suficientes 
e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações 
contábeis auditadas e abrangem: 
a) Testes de observância e procedimentos de revisão analítica. 
b) Testes de transações e saldos e testes substantivos. 
c) Testes de observância e testes substantivos. 
d) Testes de transações e procedimentos de revisão analítica 
e) Testes substantivos e procedimentos de revisão analítica 
 
Comentários: Trata a questão do conceito de Procedimentos de 
Auditoria apresentado na NBC T 11, aprovada pela Resolução nº 
820/1997. A questão reproduz literalmente a definição contida 
na norma. 
 
Gabarito: C 
 
4. (AFTN/1998/ESAF) A conclusão sobre a adequada mensuração, 
apresentação e divulgação das transações econômico – financeiras, em 
consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, é um dos 
objetivos dos 
a) Testes de observância 
b) Testes de procedimentos 
c) Procedimentos de inspeção 
d) Procedimento de confirmação 
e) Testes substantivos 
 
Comentários: Observem amigos, que o enunciado se refere, 
praticamente, ao objetivo da auditoria contábil. Deve-se, 
portanto, verificar qual das alternativas tem maior amplitude, 
qual a que abrange maior quantidade de situações a serem 
constatadas pelo Auditor. Sendo os Testes Substantivos os 
principais procedimentos utilizados na execução da auditoria 
contábil, esta será a opção correta. 
 
Gabarito: E 
 
5. (AFTN/1998/ESAF) Os procedimentos de auditoria que têm por 
finalidade obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos 
dados gerados pelo sistema de contabilidade da entidade são 
denominados testes 
a) De observância 
b) De aderência 
c) De controle 
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d) Substantivos 
e) De existência 
 
Comentários: Novamente, é cobrado o conceito de Testes 
Substantivos estabelecido na NBC T 11. Observem e gravem as 
palavras-chave; Suficiência, Exatidão e Validade. 
 
Gabarito: D 
 
2.3 – PROCEDIMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS DE AUDITORIA 
 
Tanto os Testes Substantivos quanto os Testes de Observância são 
desenvolvidos por meio dos Procedimentos Básicos de Auditoria. Assim, 
os Testes Substantivos e de Observância são gêneros, dos quais os 
Procedimentos Técnicos Básicos de Auditoria são espécies. 
 
O item 11.2.6 da NBC T 11 estabelece: 
“11.2.6 – APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
11.2.6..1 – A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser 
realizada, em razão da complexidade e volume das operações, por meio 
de provas seletivas, testes e amostragem, cabendo ao auditor, com 
base na análise dos riscos de auditoria e outros elementos de que 
dispuser, determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção 
dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. 
 
11.2.6.2 - Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o 
auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos básicos: 
a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos 
tangíveis; 
b) observação – acompanhamento de processo ou 
procedimento quando de sua execução; 
c) investigação e confirmação – obtenção de informações 
junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, 
dentro e fora da entidade; 
d) cálculo – conferência da exatidão aritimética de 
documentos comprobatórios, registros e demonstrações 
contábeis e outras circunstâncias; e 
e) revisão analítica – verificação do comportamento de 
valores significativos, mediante índices, quocientes, 
quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à 
identificação de situação ou tendências atípicas.” (grifamos) 
 
Vejam o quadro a seguir: 
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
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1. TESTES DE OBSERVÂNCIA 2.TESTES SUBSTANTIVOS 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE AUDITORIA 
a) Inspeção 
b) Observação 
c) Investigação e Confirmação 
d) Cálculo 
e) Revisão Analítica 
 
a) Inspeção – O Auditor executa o procedimento técnico de inspeção 
quando examina os registros contábeis referentes a determinadas 
operações, os documentos fiscais e comerciais a elas vinculados e os 
ativos tangíveis. 
 
Como exemplo, suponhamos que o Auditor verifique o seguinte registro 
contábil na escrituração da entidade auditada: 
 
 Mercadorias 
a Fornecedores R$ 300.000,00 
Histórico: Aquisição de 100 unidades do produto Alfa, a R$ 
3.000,00 cada. 
 
Para facilitar o entendimento, vamos imaginar que esta tenha sido a 
única operação de compra realizada pela entidade no período auditado e 
que não existissem estoques anteriores. 
 
Também constata o Auditor que foi realizada apenas uma venda. 
 
 Clientes 
a Receita de Vendas R$ 350.000,00 
Histórico: Venda de 70 unidades do produto Alfa, a R$ 5.000,00 
cada. 
 
O Auditor deverá verificar os referidos lançamentos e confrontá-los com 
os documentos fiscais e comerciais (Notas Fiscais, Faturas e Duplicatas) 
emitidas nas compras pelos fornecedores, como também aqueles 
emitidos pela entidade nas vendas. Também poderá verificar os 
documentos referentes aos controles internos da entidade, tais como os 
representativos de autorizações para compra e venda e de recepção de 
estoques, entre outros. Nessa situação, estará o Auditor realizando o 
procedimento técnico básico de Inspeção. 
 
Também estará realizando a Inspeção ao acompanhar a contagem 
física de Estoques Finais (exame de ativos tangíveis). 
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b) Observação – O Auditor executa o procedimento técnico da 
observação quando acompanha um processo ou procedimento, durante 
a sua execução. 
 
Como exemplo, ao acompanhar as rotinas estabelecidas pela entidade 
para seus controles internos estará executando a observação. É preciso 
tomar cuidado para não confundir os conceitos. Os Testes de 
Observância compreendem todos os procedimentos executados pelo 
Auditor ao analisar o Sistema Contábil e de Controles Internos da 
entidade. Nessa análise, o Auditor examina documentos e registros 
(inspeção), acompanha procedimentos (observação), assim como 
executa os demais procedimentos técnicos básicos. 
 
c) Investigação e Confirmação – O Auditor executa o procedimento 
técnico básico de Investigação e Confirmação quando confirma junto a 
pessoas externas ou internas à entidade a veracidade dos dados 
constantes dos registros contábeis e dos documentos fiscais e 
comerciais. 
 
Como exemplo, na situação apontada no item “a” (Inspeção), sendo 
considerados relevantes os valores envolvidos nas operações de compra 
e venda, terá o Auditor a obrigação de confirmar as operações junto 
aos Fornecedores e Clientes da entidade. Tal procedimento é efetuado 
por meio da circularização, a qual consiste no envio de cartas para que 
sejam confirmadas ou não as operações indicadas. 
 
Cabe ressaltar que as cartas são assinadas pela entidade e as 
respectivas respostas devem ser enviadas ao Auditor.Observem o quadro a seguir: 
 CIRCULARIZAÇÃO 
Entidade ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ Carta ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ 
 (assinada pela entidade) 
Auditor ⇐ ⇐ ⇐ Resposta ⇐ ⇐ ⇐ 
 (enviada ao Auditor) 
Clientes 
Fornecedores 
Bancos 
Seguradoras 
Advogados 
 
Registre-se que, conforme interpretação das questões referentes ao 
assunto, a ESAF considera que somente as pessoas indicadas (Clientes, 
Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados) são objeto de 
circularização. Em relação a outras bancas examinadoras não há esta 
distinção tão rígida. As situações devem ser analisadas caso a caso. 
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A Investigação e Confirmação também é aplicada em relação às pessoas 
internas à entidade, tais como administradores, contadores e 
funcionários em geral. A investigação neste caso é efetuada por meio de 
entrevistas. 
 
Como convenção, considera-se a informação externa mais confiável que 
a interna. 
 
O Pedido de Confirmação pode ser de dois tipos, Positivo ou Negativo. 
 
1.Positivo – É aquele no qual é solicitada a resposta em qualquer caso, 
seja positiva ou negativa. O pedido positivo subdivide-se em Branco ou 
Preto. 
 
1.1. Branco – Quando no pedido não são indicados os valores a serem 
confirmados; 
1.2. Preto – Quando no pedido são indicados os valores a serem 
confirmados. 
 
O Pedido Positivo Branco está associado a Sistemas de Controles 
Internos mais eficazes, enquanto que o Pedido Positivo Preto a Controles 
menos eficientes, já que neste último caso, o auditor precisa de maior 
segurança em relação à informação. 
 
2. Negativo – É o pedido no qual só é solicitada a resposta em caso 
negativo, ou seja, a carta somente será respondida caso não tenha 
ocorrido a operação que se deseja confirmar. Neste tipo de pedido, em 
não havendo a resposta, presume-se que tenha ocorrido a operação. 
 
Quando estiverem envolvidos valores individualmente relevantes, 
normalmente, é adotado o Pedido Positivo Preto, pois, como já dito, 
nesse caso, o Auditor necessita de maior segurança quanto a resposta 
dos terceiros envolvidos. 
 
O Pedido Negativo é normalmente utilizado quando as informações 
solicitadas envolverem várias operações que, individualmente, envolvam 
valores pequenos, mas que no total representem valores relevantes. O 
Pedido Negativo também é usado para confirmar o Pedido Positivo. 
 
d) Cálculo – O Auditor executa o procedimento técnico básico de 
Cálculo quando objetiva verificar a exatidão dos valores indicados na 
Escrituração e nas Demonstrações Contábeis da entidade, tais como 
totalizações de Receitas de Vendas ou Despesas (Gerais, 
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Administrativas, Financeiras e de Vendas) e Dividendos (parcela dos 
lucros que cabe aos acionistas), entre outras. 
 
e) Procedimentos de Revisão Analítica – O Auditor aplica tais 
procedimentos por meio de análises e índices com vista a identificar 
tendências atípicas. As análises são, em grande parte, semelhantes 
àquelas efetuadas na técnica contábil da Análise das Demonstrações 
Financeiras, tais como Análise Horizontal, Vertical e por Quocientes. 
 
Observem que os Procedimentos de Revisão Analítica inserem-se tanto 
na classificação de Procedimentos Técnicos Básicos de Auditoria, assim 
como na de subdivisões de Testes Substantivos. 
 
Vejamos questões de concursos pertinentes ao assunto: 
 
6. (AFTN/1996/ESAF) Das opções abaixo, assinale a que não 
corresponde a um procedimento usual de auditoria 
a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo 
b) Conferência de cálculo e exame da escrituração 
c) Exames dos documentos originais e confirmação 
d) Análise do balanço e análise do fluxo de caixa 
e) Inspeção, investigação minuciosa e observação. 
 
Comentários: Entende-se como usual o procedimento básico 
técnico de auditoria. Assim, deverá ser assinalada a opção que 
não corresponde a qualquer dos procedimentos conceituados 
como básicos, quais sejam, Inspeção, Observação, Investigação 
e Confirmação, Cálculo e Procedimentos de Revisão Analítica. 
 
Temos visto que várias questões reproduzem literalmente os 
conceitos estabelecidos na legislação. Dessa forma, o primeiro 
critério a ser aplicado em questões conceituais é o da 
reprodução literal da norma. 
 
Não sendo possível aplicar este critério, cabe partir para a 
definição dos conceitos referentes aos ditos procedimentos 
técnicos básicos de auditoria. 
 
Ainda não sendo possível a aplicação do segundo critério, utiliza-
se a analogia. 
 
Observem que, na presente questão, não se pode aplicar o 
primeiro critério que é o da literalidade, já que não há uma 
alternativa que reproduza literalmente os Procedimentos Básicos 
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(Inspeção, Observação, Investigação e Confirmação, Cálculo e 
Procedimentos de Revisão Analítica). Assim, aplica-se o segundo 
critério que é o correspondente às definições dos referidos 
procedimentos. 
 
Analisando-se as opções apresentadas: 
 
a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo 
Exame físico faz parte da Inspeção; Inspeção (reprodução literal 
da norma) e Conferência de Cálculo (Procedimento Técnico de 
Cálculo); 
 
b) Conferência de cálculo e exame da escrituração 
Conferência de cálculo; 
O Exame da Escrituração faz parte da Inspeção; 
 
c) Exames dos documentos originais e confirmação 
Exames dos documentos originais faz parte da Inspeção; 
Confirmação (Procedimento Técnico Básico de Investigação e 
Confirmação); 
Conferência de cálculo 
 
d) Análise do balanço e análise do fluxo de caixa 
Análise do Balanço é um termo muito genérico e não se 
enquadra no conceito de Procedimentos Técnicos Básicos de 
Auditoria. Análise do Fluxo de Caixa não se constitui em 
Procedimento Técnico Básico de Auditoria; 
 
e) Inspeção, investigação minuciosa e observação. 
Inspeção; Investigação minuciosa (Investigação e Confirmação) 
e Observação. 
 
Gabarito: D 
 
7. (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção que representa alguns 
procedimentos técnicos básicos de auditoria, conforme as normas de 
auditoria independente das demonstrações contábeis. 
a) Inspeção, observação, investigação e confirmação. 
b) Inspeção, observação e composição de saldos contábeis. 
c) Revisão analítica, cálculo e conciliação bancária. 
d) Investigação e confirmação, inventário de estoques. 
e) Composição e conciliação de saldos de fornecedores. 
 
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Comentários: É o tipo de questão em que pode ser aplicado o 
primeiro critério (literalidade) 
 
Os demais procedimentos, tais como conciliações bancárias e 
inventário de estoques, embora sejam procedimentos 
executados pelo Auditor, não se conceituam, literalmente, como 
Procedimentos Técnicos Básicos de Auditoria. 
 
Gabarito: A 
 
8. (AFTN/1996/ESAF) A confirmação implica a obtenção de 
declaração formal e isenta de pessoas independentes à Companhia. 
Quais dos procedimentos abaixo não estão relacionados com os exames 
de confirmação. 
a) Seleção criteriosa dos itens, por serem examinados através do 
procedimento de confirmação. 
b) Controle dos pedidos de confirmação, por serem despachados aos 
destinatários. 
c) Procedimento alternativo de verificação para as respostas de 
confirmações não recebidas 
d) As respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas à 
empresa auditada. 
e) Confirmações obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados 
pelo auditor. 
 
Comentários: Conforme analisado na explanação referente ao 
Procedimento Técnico Básicode Investigação e Confirmação, no 
que tange à Circularização, vimos que as cartas com os pedidos 
de confirmação são assinadas pela entidade, mas as respostas 
devem ser enviadas ao Auditor. Cabe observar que em 
determinadas situações, o Auditor pode constatar a necessidade 
de obter as confirmações pessoalmente. 
 
Gabarito: D 
 
9. (AFTN/1996/ESAF) A investigação constitui-se em um dos 
procedimentos da auditoria. Este deve ser utilizado em qual caso 
abaixo: 
a) Exame do saldo contábil de duplicatas a receber e dos contratos. 
b) Exame dos saldos bancários de livre movimentação e dos contratos. 
c) Exame de contratos e do saldo de contas a pagar. 
d) Exame da variação de saldo de contas a pagar e dos contratos. 
e) Exame detalhado das aprovações de baixas de duplicatas incobráveis 
 
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Comentários: Conforme registrado no item referente à 
Investigação e Confirmação, a ESAF considera que a 
Circularização é restrita aos Clientes, Fornecedores, Bancos, 
Seguradoras e Advogados. 
 
Mesmo admitindo-se que tal procedimento possa ser aplicado 
em outras situações, para efeito de solução de questões de 
provas, devemos aplicar esse entendimento. 
 
A presente questão pode ser solucionada aplicando-se o 
raciocínio lógico. 
 
Em quatro alternativas, são mencionados os contratos. Nestas 
mesmas quatro situações, constam pessoas que sabemos serem 
objeto de circularizações, tais como: 
a) Duplicatas a Receber (Circularização com Clientes) 
b) Saldos Bancários (Circularização com Bancos) 
c) Contas a Pagar (Circularização com Fornecedores) 
d) Contas a Pagar (Circularização com Fornecedores) 
 
Dessa forma, verificamos que os contratos, no entendimento da 
ESAF, não são objeto de circularizações, pois se assim não fosse, 
teríamos quatro alternativas corretas, o que seria impossível. 
 
Resta a opção “E”. No caso, a Investigação relativa a Aprovações 
de Baixas de Duplicatas Incobráveis é efetuada com pessoas 
internas à entidade, com vistas à avaliação dos controles 
internos, analisando-se se existem pessoas responsáveis pela 
autorização das referidas baixas. Tal definição, a ser efetuada 
pela entidade, visa evitar a ocorrência de fraudes. Como 
exemplo, vejamos a seguinte situação: 
 
Suponhamos que em uma entidade com um Sistema Contábil e 
de Controle Interno deficiente, um funcionário que é 
responsável, simultaneamente, pelo recebimento dos valores de 
vendas a prazo de clientes e pela escrituração dos referidos 
recebimentos, incluindo as eventuais baixas de créditos 
incobráveis, resolva se apropriar indevidamente de um 
recebimento de clientes no valor de R$ 10.000,00. 
 
O lançamento correto seria: 
 
Caixa 
a Clientes R$ 10.000,00 
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Mas, como o recurso recebido foi desviado, o funcionário 
desonesto ocultou o desfalque, alegando que o valor não foi 
recebido e, portanto, teve que ser baixado na contabilidade 
como incobrável. Efetuou, então, o seguinte registro: 
 
PCLD 
a Clientes R$ 10.000,00 
 
Tal desfalque é denominado “Permanente”, pois o funcionário 
tem acesso tanto aos numerários quanto aos registros contábeis. 
 
Dessa forma, na constituição de um Sistema de Controle Interno 
eficaz, deverá haver a segregação entre as funções de 
recebimento, escrituração e de autorização para baixa de 
créditos incobráveis. 
 
Gabarito: E 
 
10. (AFTN/1998/ESAF) O auditor realiza o procedimento técnico de 
inspeção para 
a) Verificação do comportamento de valores relevantes 
b) Acompanhamento de processos, no momento da execução 
c) Obtenção de informações junto a terceiros 
d) Conferência da exatidão aritmética de documentos e registros 
e) Exame de registros, documentos e de ativos tangíveis 
 
Comentários: Definição conceitual do Procedimento Técnico 
Básico de Inspeção contido na NBC T 11. 
 
Gabarito: E 
 
11. (AFTN/1998/ESAF) O procedimento técnico de confirmação não 
se aplica nos exames de auditoria de: 
a) Passivos contingentes 
b) Reavaliação de imobilizado 
c) Saldos de clientes 
d) Cobertura de seguros 
e) Saldos de fornecedores 
 
Comentários: Considerando o entendimento da ESAF de que 
somente Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e 
Advogados são objeto da Circularização, teríamos: 
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a) Passivos Contingente – Este termo será estudado com maior 
profundidade em aulas posteriores. Os Passivos Contingentes 
representam as obrigações registradas pela entidade em função 
de situações excepcionais, tais como Ações Judiciais movidas 
contra a entidade ou Autos de Infração em relação aos quais são 
significativas as chances de perda. São calculadas, normalmente, 
com base em estimativas (provisões do passivo exigível). 
A Confirmação de Passivos Contingentes é efetuada junto aos 
advogados da entidade. 
 
b) Reavaliação de imobilizado – No entendimento da ESAF, na 
auditoria da reavaliação de imobilizado não seria aplicado o 
procedimento técnico de confirmação. Entendo que esta visão é 
restritiva, já que poderia ser efetuada a confirmação, por 
exemplo, dos laudos de reavaliação junto aos peritos. 
 
Nas demais opções, constam Clientes, Seguradoras e 
Fornecedores. 
 
Gabarito: B 
 
12. (AFTN/1998/ESAF) A obtenção de informações junto a pessoas 
ou entidades, para confirmação de transações, conhecida na atividade 
de auditoria como “circularização”, pode ser de dois tipos, quanto à 
forma de resposta: 
a) brancas e preta 
b) interna e externa 
c) aberta e fechada 
d) positiva e negativa 
e) ativa e passiva 
 
Comentários: A confirmação pode ser Positiva ou Negativa, 
conforme exposto na presente aula. Cuidado para não haver 
confusão com Circularização Branca e Preta, que são subdivisões 
da Confirmação Positiva. 
 
Gabarito: D 
 
13.(AFTN/1998/ESAF) Nos exames de auditoria das contas da 
demonstração de resultados, os seguintes procedimentos técnicos não 
são usualmente aplicados pelos auditores: 
a) Conferência de cálculo e registros 
b) Inspeção e cálculo 
c) Confirmação e observação 
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d) Revisão analítica e inspeção 
e) Revisão analítica e cálculo 
 
Comentários: Esta questão pode ser resolvida de duas formas: 
O enunciado determina que seja assinalada a opção que 
corresponda a procedimentos não aplicáveis às contas de 
resultado. 
a) Conferência de Cálculo é utilizada, por exemplo, na soma 
das Notas Fiscais de venda e Faturas para verificação da 
exatidão do valor das Receitas Brutas evidenciado na 
Demonstração do Resultado do Exercício. Os registros das 
Receitas e Despesas devem ser verificados por meio da 
Inspeção. 
 
b) Idem ao comentário da letra “A” 
 
c) A Confirmação, conforme já analisado, é aplicável para 
aquelas cinco pessoas. Suponhamos que o Auditor se depare 
com o seguinte registro: 
 
Clientes 
a Receita de Vendas R$ 60.000,00 
 
Conforme já consignado, quando estiverem envolvidos valores 
relevantes nos registros ou demonstrações contábeis relativos a 
contas a receber ou a pagar, saldos bancários, seguros e 
passivos contingentes, o Auditor deve circularizar com as 
respectivas pessoas envolvidas. 
 
Dessa forma, em relação ao lançamento descrito, deverá o 
Auditor circularizar junto ao Cliente para confirmação da 
operação descrita. Ao receber a resposta, o Auditor estará, 
automaticamente, confirmando o valor concernente à Receita de 
Vendas. Todavia, o Teste Primário foi dirigido para a conta 
Clientes, considerando-se como Teste Secundário o efetuado 
sobre a conta de resultado.Assim, a Confirmação aplica-se às contas de resultado somente 
de forma secundária, tendo em vista ser dirigida para as contas 
Clientes, Fornecedores, Bancos, Seguradoras e Advogados. 
 
Outra forma de resolver a questão é considerar que a aplicação 
do Procedimento Técnico Básico da Observação é dirigida 
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principalmente para a análise do Sistema Contábil e de Controles 
Internos. 
 
d/e) A Revisão Analítica é aplicada às contas de resultado 
quando, conforme já visto, o Auditor analisa a variação de 
Despesas ou Receitas ao longo de períodos sucessivos com 
vistas a identificar situações atípicas. 
 
Gabarito: C 
 
14. (AFRF/2001/ESAF)- A conclusão quanto à ocorrência efetiva de 
uma transação contábil é um dos objetivos do auditor para a aplicação 
dos: 
a) testes de cálculos 
b) testes de observância 
c) testes de abrangência 
d) testes substantivos 
e) testes de procedimentos 
 
Comentários: Conforme já analisamos, os Testes Substantivos 
são divididos em: 
1.Testes de Transações e Saldos e; 
2. Procedimentos de Revisão Analítica. 
 
Assim, quando o Auditor objetiva tirar conclusões sobre a 
ocorrência efetiva de uma transação contábil, estará aplicando 
Testes de Transações e Saldos, ou seja, Testes Substantivos. 
 
Gabarito: D 
 
15. (AFRF/2001/ESAF)- O pedido de confirmação (circularização) no 
qual o auditor solicita que o destinatário responda apenas se a 
informação estiver errada é usualmente denominado na atividade de 
auditoria independente: 
a) Positivo 
b) Em branco 
c) Negativo 
d) Em preto 
e) Com divergência 
 
Comentários: O pedido de confirmação (circularização) no qual o 
auditor solicita que o destinatário responda apenas se a 
informação estiver errada é denominado Negativo. 
 
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Gabarito: C 
 
16.(AFRF/2001/ESAF) Para certificar-se que direitos de crédito 
efetivamente existem em determinada data, o auditor independente 
utiliza, principalmente, o procedimento de: 
 
a) conferência de cálculo dos créditos 
b) observação de processo de controle 
c) inspeção de ativos tangíveis 
d) confirmação junto aos devedores 
e) revisão analítica dos recebíveis 
 
Comentários: Os direitos de crédito da entidade serão 
confirmados mediante a aplicação do Procedimento Técnico 
Básico de Confirmação junto aos devedores (Clientes e outras 
pessoas que tenham obrigações para com a entidade). 
 
Gabarito: D 
 
17. (AFRF/2001/ESAF) O procedimento de auditoria de verificação do 
comportamento de valores relevantes, mediante índices, quocientes e 
outros meios, visando identificar tendências ou situações anormais, 
denomina-se: 
 
a) Revisão analítica 
b) Observação 
c) Investigação e confirmação 
d) Conferência de cálculo 
e) Inspeção 
 
Comentários: Trata-se da definição conceitual de Procedimentos 
de Revisão Analítica. 
 
Gabarito: A 
 
18.(AFRF/2002.2/ESAF) O teste referente à constatação, pelo 
auditor, de que os orçamentos para aquisição de ativos são 
revisados e aprovados por um funcionário adequado, denomina-se: 
a) de revisão analítica 
b) de observância 
c) substantivo 
d) de abrangência 
e) documental 
 
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Comentários: Observem que o objetivo do Auditor na execução 
do procedimento descrito no enunciado é o de verificar se existe 
a segregação de funções e a definição de responsabilidade para 
determinada operação de controle (revisão dos orçamentos para 
a aquisição de ativos). Trata-se, portanto, de Teste de 
Observância. 
 
Gabarito: B 
 
19.(AFRF/2002.2/ESAF) O teste referente à análise de 
movimentação e investigação de quaisquer flutuações relevantes e não 
usuais, entre o exercício corrente e o exercício anterior, nos índices de 
empréstimos de curto e longo prazo, denomina-se: 
a) de revisão analítica 
b) substantivo 
c) de observância 
d) documental 
e) de abrangência 
 
Comentários: Embora o enunciado da questão não reproduza 
literalmente o conceito da norma, o teste aplicado é facilmente 
identificável por meio da expressão-chave – flutuações 
relevantes e não usuais - representam situação ou tendências 
atípicas. Trata-se de Teste de Revisão Analítica. 
 
Gabarito: A 
 
20.(AFRF/2002.2/ESAF) O auditor, por meio de uma listagem de 
dividendos, confere a exatidão dos valores de pagamentos desses, com 
as respectivas autorizações dadas em atas de reuniões de diretoria ou 
de assembléias de acionistas. Esse procedimento chama-se: 
a) inspeção 
b) observação 
c) investigação 
d) cálculo 
e) confirmação 
 
Comentários: Novamente, o procedimento aplicado é identificado 
pala expressão ou palavra-chave. No caso - conferência da 
exatidão dos valores – representam conferência da exatidão 
aritmética de documentos comprobatórios, registros e 
demonstrações contábeis. Trata-se do procedimento de Cálculo. 
 
Gabarito: D 
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21.(AFRF/2002.2/ESAF) O acompanhamento para verificar os 
procedimentos de contagem física de barras de ouro, no cofre de um 
determinado banco, é denominado: 
a) investigação 
b) conferência 
c) inspeção 
d) revisão 
e) cálculo 
 
Comentários: O procedimento descrito refere-se à verificação da 
existência de ativos tangíveis, ou seja, de Inspeção. Poderia 
haver confusão caso existisse entre as alternativas o 
procedimento de Observação em função de tratar-se de 
acompanhamento de procedimento ou processo durante a sua 
execução. 
Gabarito: C 
 
22. (AFC/2002/ESAF) O pedido de uma confirmação externa, 
denominada circularização, quando solicita a confirmação de todas as 
operações em aberto é denominada: 
a) positiva 
b) negativa 
c) preta 
d) branca 
e) aberta 
 
Comentários: Trata-se de uma denominação específica de pedido 
de confirmação relativo a contas representativas de operações 
que ainda não foram concluídas (recebidas ou pagas). Neste 
caso, utiliza-se a denominação de pedido de Circularização 
Aberta. 
 
Gabarito: E 
 
No que tange aos Procedimentos de Auditoria, a NBC T 11 ainda 
estabelece: 
 
“11.2.6.4 - Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve 
objetivar as seguintes conclusões: 
a) existência – se o componente patrimonial existe em certa 
data. 
b) direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa 
data; 
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c) ocorrência – se a transação de fato ocorreu; 
d) abrangência – se todas as transações estão registradas; e 
e) mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão 
avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os 
Princípios fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade.” (grifamos) 
 
“11.2.6.5 Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor 
deve considerar: 
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos 
resultados alcançáveis; 
b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas 
auditorias anteriores; e 
c) a disponibilidade de informações, sua relevância e 
confiabilidade. 
 
11.2.6.6 – Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver 
informações objetivas suficientes para dirimir as questões suscitadas, 
deve efetuar verificações adicionais, aplicando novos procedimentos de 
auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias. 
 
11.2.6.7 - Quando o valor envolvido for expressivo em relação à posição 
patrimonial e financeira e ao resultado das operações, deve o auditor:a) confirmar os valores das contas a receber e a pagar, através 
de comunicação, direta com os terceiros envolvidos; e 
b) acompanhar o inventário físico realizado pela entidade, 
executando os testes de contagem física e procedimentos 
complementares aplicáveis.” 
 
Com base no exposto, constatamos que os procedimentos de 
auditoria constituem-se nos meios através dos quais o profissional 
desenvolve seus trabalhos visando obter os elementos - evidências ou 
provas - que sustentem seu Parecer sobre as Demonstrações 
Contábeis auditadas. 
 
A definição e aplicação dos procedimentos de auditoria a serem 
adotados em cada caso devem, necessariamente, estar vinculados aos 
objetivos a serem atingidos. Em função destes objetivos serão definidos 
a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos, os quais 
constituem-se em exames (físicos e documentais), testes de super e 
subavaliações, testes de amostragem (com base em parâmetros 
estatísticos ou não). 
 
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A extensão e a profundidade dos procedimentos a serem adotados deve 
ser definida de acordo com as circunstâncias existentes no caso 
examinado. A extensão e profundidade serão proporcionais à 
qualidade e à segurança dos sistemas contábil e de controle 
interno da entidade. 
 
23. (AFRF/2003/ESAF) De acordo com a NBC T-11, o auditor, ao 
aplicar os testes substantivos, deve objetivar obter as seguintes 
conclusões: 
a) existência, ocorrência, abrangência, direitos e obrigações, 
apresentação, cálculo e inspeção. 
b) existência, ocorrência, abrangência, direitos e obrigações, 
apresentação, divulgação e mensuração 
c) existência, bens e direitos, ocorrência, abrangência, mensuração, 
apresentação e irrelevância. 
d) ocorrência, abrangência, existência, bens e direitos, mensuração, 
apresentação e relevância 
e) mensuração, apresentação, divulgação, direitos e obrigações, 
limitação, investigação e confiabilidade. 
 
Comentários: A questão reporta-se à definição contida no item 
11.2.6.4. 
Gabarito: B 
 
Um abraço a todos e até a próxima. 
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AUDITORIA AULA: 2 
Caros amigos, 
 
Nesta aula, continuaremos o estudo dos aspectos técnicos 
concernentes à Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis, de acordo com a seqüência estabelecida pela NBC T 
11, aprovada pela Resolução CFC nº 820/1997. 
 
Estudaremos os seguintes tópicos: 
3. PAPÉIS DE TRABALHO; 
4. FRAUDE E ERRO; 
5. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA; 
6. RISCO DE AUDITORIA; 
7. SUPERVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE; 
8. ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE 
 CONTROLES INTERNOS. 
 
Os referidos itens encontram-se no programa do concurso de 
Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo (2006) com as 
seguintes especificações: 
 
“Papéis de trabalho. Matéria evidencial. Documentação de 
auditoria. Planejamento de auditoria. Risco de auditoria. 
Supervisão e controle de qualidade. Estudo e avaliação do 
sistema contábil e de controles internos.“ 
 
3 - PAPÉIS DE TRABALHO 
 
De acordo com o item 11.1.3.1 da NBC T 11, os Papéis de Trabalho são 
o conjunto de documentos e apontamentos com informações e 
provas coligidas (coletadas) pelo Auditor, preparados de forma 
manual, por meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a 
evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião. 
 
Acrescenta a norma, no item 11.1.3.2, que os Papéis de Trabalho são de 
propriedade exclusiva do Auditor, o qual é responsável por sua guarda e 
sigilo. 
 
O referido item 11.1.3 da NBC T 11 foi revogado pela NBC T 11.3 – 
Papéis de Trabalho e Documentação da Auditoria; 
 
A seguir, transcrevemos alguns comandos da referida norma: 
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O Auditor deve registrar nos papéis de trabalho informação relativa ao 
planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
procedimentos aplicados, os resultados obtidos e as suas conclusões da 
evidência da auditoria. Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do 
auditor acerca de todas as questões significativas, juntamente com a 
conclusão a que chegou, inclusive nas áreas que envolvem questões de 
difícil julgamento. 
 
A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, 
visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões 
de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser 
relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de 
trabalho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor. Ao 
avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar o 
que seria necessário para proporcionar a outro auditor, sem experiência 
anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho executado e 
a base para as principais decisões tomadas, sem adentrar os aspectos 
detalhados da auditoria. 
 
Os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos 
trabalhos, e sua utilização facilita a delegação de tarefas, 
proporcionando meio adicional de controle de qualidade. Entre os papéis 
de trabalho padronizados, encontram-se, além de outros: listas de 
verificação de procedimentos, cartas de confirmação de saldos, 
termos de inspeções físicas de caixa, de estoques e de outros 
ativos. (grifamos) 
 
Os papéis de trabalho, além de outros mais específicos, incluem: 
 
a) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade; 
 
b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas; 
 
c) informações sobre o setor de atividades, ambiente econômico e legal 
em que a entidade opera; 
 
d) evidências do processo de planejamento, incluindo programas de 
auditoria e quaisquer mudanças nesses programas; 
 
e) evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema 
contábil e do controle interno, e sua concordância quanto à eficácia e 
adequação; 
 
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f) evidências de avaliação dos riscos de auditoria; 
 
g) evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o 
trabalho da auditoria interna; 
 
h) análises de transações, movimentação e saldos de contas; 
 
i) análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros 
indicadores significativos; 
 
j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de 
auditoria e seus resultados; 
 
k) evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi 
supervisionado e revisado; 
 
l) indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria 
e de quando o fez; 
 
m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações contábeis 
auditadas por outro auditor; 
 
n) cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e 
terceiros; 
 
o) cópias de comunicações à administração da entidade, e suas 
respostas, em relação aos trabalhos, às condições de contratação e 
às deficiências constatadas, inclusive no controle interno; 
 
p) cartas de responsabilidade da administração; 
 
q) conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o 
modo como foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais; 
 
r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração 
da entidade e pelo contabilista responsável, e do parecer e dos 
relatórios do auditor. 
 
O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a 
custódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da 
data de emissão do seu parecer. 
 
A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do 
auditor. 
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Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. Partes 
ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição 
da entidade. 
 
Os papéis de trabalho quando solicitados por terceiros somente podem 
ser disponibilizados após autorização formal da entidade auditada, de 
acordo com a NBC P 1.6. 
 
A NBC P 1 – NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE – 
aprovada pela Resolução CFC 821/1997 estabelece, no item 1.5 – 
Guarda da Documentação – que o Auditor, para fins de fiscalização do 
exercício profissional, deve conservar a boa guarda, pelo prazo de 
5(cinco) anos, a partir da data da emissão de seu Parecer, toda a 
documentação, papéis de trabalho, relatórios e Pareceres relacionados 
com os serviços realizados. 
 
Durante a execução dos procedimentos de auditoria, o Auditor deve 
reunir todos os documentos que servirão como prova do trabalho 
efetuado e base para a emissão do Parecer. 
 
Como exemplo, são considerados Papéis de Trabalho os Documentos 
Fiscais e Comerciais representativos das operações relevantes efetuadas 
pela entidade, assim como os relatórios, laudos, planilhas de cálculo e 
todos aqueles que tenham fundamentado a opinião do Auditor. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto. 
 
01.(AFTN/1996/ESAF-adaptada) Assinale a opção que não se 
relacione com os papéis de trabalho utilizados pelo auditor no 
transcorrer dos seus trabalhos. 
a) Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos 
do auditor. 
b) Os papéis de trabalho, por serem confidencias, são propriedade da 
empresa auditada. 
c) Os papéis de trabalho constituem a evidência do trabalho executado 
pelo auditor. 
d) Os papéis de trabalho devem ser mantidos em arquivo, no mínimo, 
por 5 anos. 
e) Os papéis de trabalho contém informações e provas coligadas pelo 
auditor. 
 
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Comentários: Conforme preconizado na NBC T 11, os Papéis de 
Trabalho são propriedade do Auditor que é responsável por sua 
guarda e sigilo. 
Gabarito: B 
 
02.(AFTN/1998/ESAF) Segundo a NBC – P – 1 – Normas Profissionais 
do Auditor Independente, o conjunto documentos que compõe os papéis 
de trabalho desse profissional deve ser guardado pelo prazo de 
a) 5 anos, a partir da data da emissão do parecer 
b) 5 anos, a partir da data – base da auditoria 
c) 3 anos, a partir da data da emissão do parecer 
d) 4 anos, a partir da data – base da auditoria 
e) 4 anos, a partir da data da assembléia de acionistas 
 
Comentários: Conforme definido na NBC P 1, o Auditor, para fins 
de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa 
guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da emissão 
de seu Parecer, toda a documentação, papéis de trabalho, 
relatórios e Pareceres relacionados com os serviços realizados 
 
Gabarito:A 
 
Passemos agora a analisar o quarto tópico do estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis – “Fraudes e Erros”. 
 
4 - FRAUDES E ERROS 
 
Conforme analisamos, a elaboração do SCCI é de responsabilidade da 
entidade auditada. Ao Auditor cabe examinar o nível de segurança 
desse sistema para determinar a Natureza, Oportunidade e Extensão 
dos Procedimentos de Auditoria. 
 
A entidade elabora o SCCI, tendo como objetivo precaver-se contra a 
ocorrência de Fraudes e Erros. 
 
No item 11.1.4 da NBC T 11, são definidos os conceitos de Fraude e 
Erro. 
a) Fraude – ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; 
b) Erro – ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou 
má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações 
contábeis. 
 
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Observem que a distinção entre os termos é simples, basta verificar se 
o ato praticado é intencional (fraude) ou não intencional (erro). 
 
Ressalte-se que, conforme disposto no item 11.1.4.3 da norma, a 
responsabilidade primária na prevenção e identificação de 
fraude e erro é da administração da entidade, através da 
implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de 
controle interno. 
 
Ao Auditor, cabe a responsabilidade de planejar seu trabalho de 
forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes 
nas demonstrações contábeis. 
 
Registre-se, de acordo com o disposto no item 11.1.4.2, que ao detectar 
erros relevantes ou fraudes no decorrer dos seus trabalhos, o auditor 
tem a obrigação de comunicá-los à administração da entidade e 
sugerir medidas corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no seu 
parecer, caso elas não sejam adotadas. 
 
a) ERROS E FRAUDES 
b) ERROS – Não Intencionais 
c) FRAUDES – Intencionais 
d) RESPONSABILIDADE RELATIVA A ERROS E 
FRAUDES 
e) RESPONSABILIDADE DA ENTIDADE 
f) Prevenção de Erros e Fraudes 
g) RESPONSABILIDADE DO AUDITOR 
h) Direcionamento do trabalho para a Identificação 
de Erros e Fraudes 
 
Na NBC T 11 – IT 03 - FRAUDE E ERRO - aprovada pela Resolução CFC 
nº 836/1999, são especificados os comandos relativos ao tópico. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
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03. (AFTN/1996/ESAF) As normas de auditoria independentes das 
demonstrações contábeis, definem e distinguem os termos “fraude” e 
“erro”. Assinale a opção que contenha as características exclusivamente 
de um ou de outro termo. 
a) Atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento e 
manipulação de transações. 
b) Atos voluntários de omissão, manipulação de transações e 
adulteração de registros. 
c) Adulteração de documentos, desconhecimentos ou má interpretação 
de fatos. 
d) Desatenção, desconhecimento, atos voluntários de omissão ou má 
interpretação dos fatos. 
e) Desconhecimento, desatenção e manipulação de transações. 
 
Comentários: A alternativa correta é aquela que contém 
definições apenas de erro ou de fraude. Se existirem em uma 
mesma alternativa características de erro e fraude, essa estará 
errada. 
A alternativa “B” reproduz, literalmente, o conceito de Fraude 
contido na norma. 
 
Gabarito: B 
 
04. (AFRF/2001/ESAF) Ao definir a responsabilidade do auditor 
independente de demonstrações contábeis quanto a fraudes e erros, o 
Conselho Federal de Contabilidade entende que: 
a) O auditor é responsável pela prevenção de fraudes ou erros, de 
efeitos relevantes nas demonstrações contábeis da entidade auditada. 
 b) O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela 
prevenção de fraudes ou erros relevantes nas demonstrações contábeis. 
 c) O auditor é responsável pela detecção de fraudes ou erros 
incorridos, independentemente dos valores monetários envolvidos. 
 d) Ao detectar a fraude o auditor tem a obrigação de comunicar a 
administração da entidade auditada e ressalvar o seu parecer. 
 e) A sugestão de medidas corretivas de fraudes ou erros não é 
responsabilidade do auditor, bastando ressalvar seu parecer. 
 
Comentários: Conforme analisamos, a responsabilidade pela 
prevenção de fraudes e erros é da entidade. Ao auditor cabe 
planejar seu trabalho para identificar eventuais fraudes e erros. 
 
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A INTERPRETAÇÃO TÉCNICA NBC T 11 – IT -03 – FRAUDE E 
ERRO, aprovada pela Resolução CFC nº 836/1999, estabelece em 
seu item 5, referente à responsabilidade do auditor no tocante a 
erros e fraudes: 
“5- O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado 
pela prevenção de fraudesou erros relevantes nas 
demonstrações contábeis.” 
 
A alternativa “C” está comprometida pela expressão 
“independentemente dos valores monetários envolvidos. 
 
Em relação à alternativa “D” o Auditor ao detectar fraudes e 
erros deve comunicar o fato à entidade auditada e propor 
medidas para corrigi-los. No entanto, caso a entidade adote as 
medidas propostas, o Parecer será Sem Ressalva (ver item 4, da 
presente aula). Assim, ao detectar erros e fraudes, o Auditor não 
é obrigado a, necessariamente, ressalvar seu parecer. 
Gabarito: B 
 
Passemos agora a analisar o quinto tópico do estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis que é o “Planejamento de 
Auditoria”. 
5. PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 
Conforme analisamos na Aula 0, no item Aspectos Gerais da Auditoria 
Independente, o Planejamento de Auditoria encontra-se regulamentado 
no item 11.2.1 da NBC T 11. 
 
A NBC T 11.4, aprovada pela Resolução CFC nº 1.035/2005, que entrou 
em vigor em 01.01.2006, detalha os aspectos a serem considerados 
nessa fase da auditoria. 
 
Destacamos os seguintes itens da supramencionada norma: 
 
O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais 
de Auditor Independente e esta norma, de acordo com os prazos e os 
demais compromissos contratualmente assumidos com a entidade. 
 
O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as 
atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável e as práticas 
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operacionais da entidade e o nível geral de competência de sua 
administração. 
 
Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou 
quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido 
examinadas por outro auditor, o planejamento deve contemplar, 
também, os seguintes procedimentos: 
 
1. obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do 
exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes 
que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do 
exercício atual; 
2. exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício 
anterior com os saldos de abertura do exercício atual; 
3. verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são 
uniformes com as adotadas no exercício anterior; 
4. identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da 
entidade e sua situação patrimonial e financeira; e 
5.identificação de relevantes eventos subseqüentes ao exercício 
anterior, revelados ou não-revelados. 
 
Vejamos os dispositivos mencionados no quadro a seguir, o qual 
apresenta a situação de um Auditor realizar a Auditoria Independente 
das Demonstrações Financeiras, referentes ao período X2, pela primeira 
vez em uma entidade. 
 
Exercício X1 Exercício X2 
Cabe ao Auditor Verificar: 
1.Se os saldos de abertura de X2 não contêm representações 
errôneas; 
2.O confronto dos saldos de encerramento de X1 com os saldos 
de abertura de X2; 
3. A uniformidade das Práticas Contábeis com o exercício 
anterior; 
4. existência de fatos relevantes que possam afetar as 
atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; 
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Exercício X1 Exercício X2 
5. existência de relevantes eventos subseqüentes ao exercício 
anterior, revelados ou não-revelados. 
 
Vejamos uma questão sobre o item supramencionado. 
 
05. (AFRF/2002.2) Quando da realização de uma primeira auditoria 
numa entidade, que foi auditada por outros profissionais no período 
imediatamente anterior, o auditor deve incluir no seu planejamento: 
a) a análise dos saldos de abertura, os procedimentos contábeis 
adotados, a uniformidade dos procedimentos contábeis, a identificação 
de relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior e à revisão 
dos papéis de trabalho do auditor anterior. 
b) a análise dos saldos finais do exercício anterior, a relevância dos 
saldos, os controles internos, os procedimentos contábeis adotados, a 
revisão do parecer do auditor anterior e a identificação das principais 
alterações adotadas em assembléia geral. 
c) a avaliação do risco de auditoria, a continuidade normal das 
atividades, o ambiente de controle, o sistema de informação contábil, a 
identificação das práticas contábeis, as partes relacionadas e a revisão 
dos papéis de trabalho do auditor anterior. 
d) a identificação de eventos subseqüentes relevantes, as práticas 
contábeis, a análise de uniformidade dos procedimentos contábeis, os 
saldos de abertura, a carta de responsabilidade da administração e a 
revisão do programa do auditor anterior. 
e) a avaliação dos procedimentos contábeis, a uniformidade dos 
procedimentos contábeis, os controles internos, a identificação de 
transações com partes relacionadas, os eventos subseqüentes, as 
contingências e a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior. 
 
Comentários: Quando a questão foi aplicada (2002), a norma em 
vigor que regulamentava a situação descrita era a aprovada pela 
Resolução CFC nº 936/2002, a qual determinava os 
procedimentos descritos e mais a Revisão dos Papéis de 
Trabalho do Auditor Anterior. 
 
Gabarito: A 
 
O Planejamento da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor 
independente estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na 
entidade, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, 
estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames, de 
modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz. 
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O Planejamento da Auditoria é, muitas vezes, denominado Plano de 
Auditoria, ou Programa de Auditoria, conceitos que, nesta norma, são 
considerados partes do Planejamento da Auditoria. 
 
O auditor independente deve ter em conta que o Planejamento da 
Auditoria é um processo que se inicia na fase de avaliação para a 
contratação dos serviços. Nessa etapa, devem ser levantadas as 
informações necessárias para conhecer o tipo de atividade da entidade, 
a sua complexidade, a legislação aplicável, os relatórios, o parecer e os 
outros informes a serem emitidos, para, assim, determinar a natureza 
do trabalho a ser executado. A conclusão do Planejamento da Auditoria 
só se dá quando o auditor independente completar os trabalhos 
preliminares, com o atendimento dos objetivos do item 11.4.2. 
 
O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento das 
atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável, as práticas 
operacionais da entidade e o nível geral de competência de sua 
administração. 
 
Passemos agora a analisar o sexto tópico do estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis que é o “Risco de 
Auditoria”. 
 
6 - RISCO DE AUDITORIA 
 
Conforme analisamos no item “Aspectos Gerais da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis”, o Risco de Auditoria é 
a possibilidade do Auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente 
inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente 
incorretas. 
 
Vimos também que a avaliação do Risco de Auditoria é efetuada pelo 
Auditor na fase de Planejamento dos Trabalhos e que tal mensuração 
está intimamente relacionada com o grau de eficácia do SCCI da 
entidade. Quanto mais eficaz for o sistema, menor será a possibilidade 
do Auditor manifestar uma opinião inadequada, ou seja, uma opinião 
equivocada sobre as Demonstrações Contábeis auditadas. 
 
O item 11.2.3.2 da NBC T 11 estabelece que a análise de risco de 
auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos 
considerando a relevância em dois níveis; Nível geral e Nível Específico: 
 
a) Risco de Auditoria em NívelGeral: 
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1.as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto; 
2.as atividades e a qualidade da administração; 
3. a avaliação do sistema contábil; 
4.controles internos e situação econômica e financeira da 
entidade. 
 
b) Risco de Auditoria em Nível Específico: 
 
1. saldo das contas; 
2. natureza e volume das transações. 
 
Este item é cobrado de forma sistemática nos concursos e, portanto, 
deve ser memorizado. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
 
06. (AFTN/1996/ESAF) A análise dos riscos de auditoria deve ser 
feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância 
em nível geral e níveis específicos. A análise de risco de auditoria em 
nível geral deve considerar, entre outras: 
a) Transações com partes relacionadas, qualidade da administração e 
saldos das contas 
b) Os negócios, qualidade da administração, saldos das contas e volume 
das transações. 
c) Os negócios, avaliação dos controles internos e situação econômica 
da entidade. 
d) Transações com partes relacionadas, os negócios e qualidade da 
administração. 
e) Avaliação dos controles internos, saldos das contas e volume das 
transações. 
 
Comentários: O enunciado da questão refere-se à análise do 
Risco de Auditoria em Nível Geral. Memorizando-se os aspectos a 
serem observados pelo Auditor na avaliação do Risco de 
Auditoria em Nível Específico - Saldo das Contas e Natureza e 
Volume das Transações - podemos eliminar as alternativas A,B e 
E. Sobram as alternativas C e D. Transações com Partes 
Relacionadas não é um aspecto a ser considerado no Risco de 
Auditoria. Assim, sobra apenas a alternativa C. Observem que o 
conceito apresentado na referida alternativa não reproduz 
literalmente o contido na norma. Nesse caso, devemos aplicar a 
analogia. “Os Negócios” tem o significado de “As Atividades”. 
 
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Gabarito: C 
 
 
 
RISCO INERENTE, RISCO DE CONTROLE E RISCO DE DETECÇÃO 
 
O Risco de Auditoria é a possibilidade mensurada pelo Auditor na fase 
de Planejamento de Auditoria de um Erro Relevante em um Saldo de 
Conta ou em uma Classe de Transações não ser detectado pelo Auditor. 
 
Exemplificando, se o Balanço Patrimonial de determinada entidade 
registrar o seguinte saldo na conta Duplicatas a Receber: 
 
Balanço Patrimonial (31.12.X1) 
Ativo Circulante 
Duplicatas a Receber R$ 500.000,00 
 
O Risco de Auditoria é a possibilidade do referido saldo estar 
significativamente incorreto e o Auditor não descobrir o erro existente. 
 
Como já analisamos, a NBC T 11 não especifica a partir de que 
percentual o erro seria relevante. As principais empresas de Auditoria 
consideram que, para as contas do Ativo Circulante, erros acima de 
percentuais contidos na faixa de 0,5% a 1,0% são relevantes. O 
percentual a ser adotado fica a critério do Auditor. 
 
Também já mencionamos que o Risco de Auditoria possui uma relação 
inversa com a qualidade do Sistema Contábil e de Controles Internos. 
Em uma sociedade que possui um SCCI eficiente, o Risco de Auditoria 
será baixo, pois o próprio Sistema tem a capacidade de identificar os 
erros eventualmente existentes. Já em uma sociedade onde o SCCI é 
deficiente, o Risco de Auditoria será muito maior, pois o SCCI não será 
eficaz na identificação de eventual erro existente nos Saldos das Contas 
e nas Classes das Transações. 
 
O Risco de Auditoria é formado pelos componentes evidenciados na 
tabela abaixo. 
 
Risco Inerente Risco de Controle Risco de Detecção 
 
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1. Risco Inerente – É o risco de erros relevantes nos Saldos das 
Contas ou nas Classes de Transações não serem detectados em função 
da inexistência ou inadequação dos controles internos. 
• Na avaliação do Risco Inerente deve ser considerado que: 
i) 1. Bens numerários são mais sujeitos a furto que bens do 
permanente. 
j) 2. Bens comercializados pela sociedade que sofrem grande variação 
de preços estão mais sujeitos a erros do que os que possuem preços 
estáveis. 
k) 3. Cálculos por estimativa envolvem maior probabilidade de erro 
(Provisões). 
 
2. Risco de Controle – É o risco de erros relevantes nos Saldos das 
Contas ou nas Classes de Transações não serem detectados ou evitados 
pelo Sistema de Controles Internos da entidade. Neste caso, o Sistema 
existe e pode ser eficiente no seu planejamento, mas está sendo mal 
executado, por exemplo, em decorrência de falhas humanas na sua 
execução. 
 
3.Risco de Detecção – Representa o risco de erros relevantes nos 
Saldos das Contas ou nas Classes de Transações não serem detectados 
por falhas do Auditor na aplicação dos Procedimentos de Auditoria. É a 
possibilidade do Auditor aplicar procedimentos inadequados ou na 
extensão inapropriada. 
 
Observem que nos dois primeiros casos o Risco está relacionado ao 
SCCI, enquanto que no terceiro, o Risco está relacionado ao trabalho do 
Auditor. 
 
Podemos entender os referidos conceitos relativos ao Risco de Auditoria 
recordando os passos dados pelo Auditor na avaliação do SCCI da 
entidade, lembrando que os Procedimentos executados nessa fase 
denominam-se Testes de Observância, os quais são aplicados por meio 
dos Procedimentos Básicos de Auditoria. 
 
1.O Auditor trabalha com base na seguinte pergunta: Existe na entidade 
o SCCI ? Nessa fase, é avaliado o Risco de Auditoria na forma de 
Risco Inerente. 
 
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2. Existindo o SCCI, o Auditor passa à segunda fase de seu trabalho na 
avaliação do Sistema, a qual é baseada na seguinte pergunta: O SCCI 
está sendo executado conforme foi planejado? Como exemplo, 
suponhamos que o Auditor tenha constatado que existe o SCCI e que 
este está bem planejado e estruturado. Nessa segunda fase, o Auditor 
irá analisar a aderência aos controles, ou seja, se estes estão sendo 
executados conforme foram planejados. Pode ocorrer a situação de o 
SCCI ser bem planejado e estruturado, mas estar sendo mal aplicado. 
Nessa situação, o Auditor avalia o Risco de Auditoria na forma de 
Risco de Controle. 
 
3. A partir da avaliação da eficácia do SCCI, o Auditor estabelece a 
Natureza, Oportunidade e Extensão dos Procedimentos de Auditoria. 
Nessa fase, poderá surgir a seguinte dúvida: Será que os Procedimentos 
de Auditoria foram determinados na natureza e extensão apropriadas ? 
 
Suponhamos que a entidade auditada seja uma sociedade comercial 
(opera na compra e venda de mercadorias sem submetê-las a qualquer 
processo de industrialização). Nesse tipo de sociedade, as contas 
Estoques e Clientes possuem uma importância muito grande, pois as 
vendas, em grande parte, são realizadas a prazo. O Auditor estabelece 
que as Circularizações junto aos Clientes e Fornecedores da entidade 
serão efetuadas em determinada extensão (quantidade de pedidos de 
confirmação). Surge a dúvida se esta extensão é apropriada. Nessa 
situação o Auditor analisa o risco dos Saldos nas contas Clientes, 
Estoques e Fornecedores estarem incorretos em função da extensão do 
procedimento ter sido inadequada. No caso descrito, o Risco de 
Auditoria será avaliado na forma de Risco de Detecção. 
 
Atenção: Ao aumentar qualquer um dos componentes de Risco, caberá 
ao Auditor aumentar a quantidade de Testes Substantivos. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
 
07. (AFRF/2002.1/ESAF)- Indique o componente abaixo que não está 
relacionado com a estrutura de controle interno de uma entidade. 
a) Controle das atividades 
b) Informação e comunicaçãoc) Risco de auditoria 
d) Monitoração 
e) Avaliação de risco 
 
Comentários: A questão pode ser resolvida aplicando-se um 
critério já comentado em aulas anteriores. Observem que o 
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enunciado determina que seja indicada a alternativa que não 
está relacionada com a estrutura de controle interno da 
entidade. Recorde-se que quem é responsável pela elaboração 
da Estrutura de Controle Interna ou Sistema de Controle Interno 
é a própria entidade. 
A Estrutura de Controle abrange: 
a) Controle das Atividades; 
b) Informação e Comunicação entre os setores da entidade; 
d) Monitoração das atividades executadas pela entidade; 
e) Avaliação do Risco – No caso o Risco avaliado na Estrutura de 
Controle da entidade é aquele relativo ao Risco da ocorrência de 
Fraudes e Erros, não se confundindo com Risco de Auditoria. 
 
O Risco de Auditoria (c) é de responsabilidade do Auditor, 
devendo ser avaliado na fase de Planejamento de Auditoria, e 
não da Entidade. 
 
Gabarito: C 
 
08. (AFRF/2002.1/ESAF) Quando os produtos que estão sendo 
vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a alterações 
significativas de preços, o auditor deve considerar: 
a) aumento de risco inerente. 
b) redução de risco de controle. 
c) aumento de risco de detecção. 
d) redução de risco inerente. 
e) aumento de risco de controle. 
 
Comentários: Conforme analisado, quando os produtos que estão 
sendo vendidos pela empresa auditada estão sujeitos a 
alterações significativas de preços, o auditor deve considerar o 
aumento do Risco Inerente. 
 
Gabarito: A 
 
09. (AFRF/2002.1/ESAF) Quando um auditor eleva o nível de risco de 
controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente 
mostraram-se ineficientes, ele deve: 
a) aumentar o nível de risco inerente. 
b) estender os testes de controle. 
c) aumentar o nível de risco de detecção. 
d) efetuar testes alternativos de controle. 
e) aumentar o nível de testes substantivos. 
 
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Comentários: Ao elevar o Risco de Controle, o Risco Inerente ou 
o Risco de Detecção, o Auditor deve Aumentar o Nível de Testes 
Substantivos. 
 
Gabarito: E 
 
10. (AFRF/2002.1/ESAF) Durante a fase de testes de observância, o 
auditor constatou algumas imperfeições no ciclo de compras e foi 
necessário aumentar o nível de risco de detecção. Assim, pode-se 
afirmar que o auditor deve: 
a) aumentar os testes de controle. 
b) diminuir os testes substantivos. 
c) aumentar os testes substantivos. 
d) diminuir os testes de controle. 
e) manter os testes substantivos. 
 
Comentários: Iguais ao da questão anterior. 
 
Gabarito: C 
 
Passemos agora a analisar o sétimo tópico do estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis que é “Supervisão e 
Controle de Qualidade”. 
 
7 – SUPERVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE 
 
A execução dos trabalhos de auditoria deverá estar submetida a 
constante supervisão técnica com vistas à verificação, entre outros 
aspectos, do cumprimento do planejamento e do programa de trabalho, 
da observância quanto à aplicação dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade, da adequação dos procedimentos postos em prática, 
assim como da organização e documentação dos trabalhos 
desenvolvidos. 
 
Da mesma forma, o auditor deverá instituir um programa de controle 
de qualidade visando avaliar, periodicamente, se os serviços 
executados são efetuados de acordo com as Normas Profissionais de 
Auditor Independente e outras normas pertinentes. 
 
Passemos agora a analisar o oitavo tópico do estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis que é “Sistema Contábil e 
de Controles Internos.” 
 
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8. ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE 
CONTROLES INTERNOS 
 
Nas aulas anteriores, fizemos várias considerações sobre o Sistema 
Contábil e de Controles Internos (SCCI). Os aspectos teóricos sobre o 
tópico encontram-se especificados no item 11.2.5 da NBC T 11, 
aprovada pela Resolução CFC nº 820/1997. 
 
Aliás, fazendo um parêntese, é importante que vocês adquiram o 
costume de visitar o site do Conselho Federal de Contabilidade – CFC – 
(www.cfc.org.br). Lá podem ser consultadas as Resoluções que 
aprovaram as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
 
Inicialmente, apresentamos uma situação que pode ajudar na resolução 
de várias questões de provas. Trata-se da distinção entre Controles 
Contábeis e Administrativos. 
 
A NBC T 11, aprovada pela Resolução CFC nº 820/1997, no item 
11.2.5.1, define Sistema Contábil e de Controles Internos como “o plano 
de organização e o conjunto integrado de procedimentos adotados pela 
entidade na proteção de seu patrimônio, promoção da confiabilidade e 
tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e de sua 
eficácia operacional.” 
 
Definição da NBC T 11 
SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTERNOS 
1. O plano de organização e; 
 
2. O conjunto integrado de procedimentos adotados pela entidade; 
 
1. - Na proteção de seu patrimônio; 
 
2. - Na promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus 
 registros e demonstrações contábeis; 
 
3. - Na promoção de sua eficácia operacional. 
 
Este conceito provoca uma certa confusão com a definição da doutrina 
predominante para Sistema de Controles Internos. 
 
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Na doutrina, os Controles Internos são divididos em Controles Contábeis 
e Controles Administrativos, conforme definido no quadro a seguir 
apresentado: 
 
 
 
Definição da Doutrina 
CONTROLES INTERNOS 
CONTÁBEIS ADMINISTRATIVOS 
Compreendem: 
1. Salvaguarda dos 
Ativos; 
2. Fidedignidade 
(Confiabilidade) e 
Tempestividade dos 
Registros e 
Demonstrações 
Contábeis. 
 
Compreendem: 
1.Controles dos 
Recursos Humanos 
(verificação da 
competência e 
idoneidade dos 
funcionários e 
administradores); 
2.Controles Gerenciais 
(projeções de 
lucratividade, metas de 
desempenho). 
 
Entende-se Salvaguarda dos Ativos como Proteção do Patrimônio. 
 
Observem que a norma agrega em uma mesma definição Controles 
Internos e Controles Contábeis, e nessa definição mistura conceitos 
que para a doutrina são Controles Contábeis com outros que são 
definidos como Controles Administrativos, como é o caso da “Eficácia 
Operacional”, apresentada na NBC T 11 como um dos itens do SCCI, 
enquanto que para a doutrina constitui-se como Controle 
Administrativo. 
 
Mas em relação ao assunto não há grandes dificuldades, pois a ESAF 
adota a distinção efetuada na doutrina. Houve apenas uma questão que 
gerou confusão entre os conceitos, vejamos: 
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11. (AFTN/1998/ESAF) O processo que tem por finalidade, entre 
outras, proporcionar à empresa uma razoável garantia de promover 
eficácia nas suas operações é denominado 
a) auditoria operacional e financeira 
b) sistema contábil e de controle interno 
c) auditoria das demonstrações contábeis 
d) supervisão e controle de qualidade 
e) sistema de orçamento e gastos 
 
Comentários: A alternativa apresentada como correta foi a 
contida na letra “B”. Reiterando nosso comentário, a Promoção 
da Eficácia nas suas Operações (Promoção da Eficácia 
Operacional) é um dos itens do SCCI definidos na norma. Ocorre 
que para a doutrina, “Promoção da Eficácia Operacional” é 
conceituada como objetivo dos Controles Administrativos. 
Embora mal formulada, a questão pode serresolvida com base 
no critério da literalidade, o qual sempre deve ser escolhido em 
primeiro lugar. 
 
Os Controles Administrativos são examinados na execução da 
Auditoria Operacional. 
 
Gabarito: B 
 
Cabe ainda chamar a atenção para o fato de que os Controles Contábeis 
reportam-se ao passado, enquanto os Controles Administrativos, em 
muitas situações, são projetados para o futuro, como é o caso das 
perspectivas de lucratividade e das metas de desempenho da entidade. 
 
Também é digno de registro que o Auditor Independente das 
Demonstrações Contábeis executa somente a Auditoria Contábil 
e, portanto, não se preocupa com os Controles Administrativos, 
enquanto que o Auditor Interno executa Auditoria Contábil e 
Operacional, sendo esta última referente aos Controles 
Administrativos. 
 
Vejamos algumas questões de concursos que são resolvidas 
diferenciando-se Controles Contábeis de Controles Administrativos: 
 
12. (AFTN/1996/ESAF) Sob o aspecto administrativo, o reflexo da 
auditoria sobre a riqueza patrimonial é: 
a) Contribuir para uma melhor adequação na utilização das contas 
contábeis e do plano de contas. 
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b) Assegurar maior exatidão dos custos e estabelecimentos de padrão 
para os custos diretos e indiretos. 
c) O melhor controle dos bens, direitos e obrigações e ainda maior 
exatidão dos custos indiretos. 
d) Reduzir a ineficiência e improbidade dos empregados e 
administradores. 
e) Promover eficiência na utilização de recursos humanos e materiais e 
uma melhor utilização das contas. 
 
Comentários: Aplicando-se a distinção entre Controles Contábeis 
e Administrativos, resolvemos a questão sem qualquer 
dificuldade. O enunciado faz referência a aspectos 
administrativos, o que compreende os Controles Administrativos. 
Assim “Reduzir a ineficiência e improbidade dos empregados e 
administradores” está relacionado a controle dos Recursos 
Humanos e, portanto, representa um Controle Administrativo. 
Na alternativa “E” são misturados Controles Administrativos 
(Promover eficiência na utilização dos recursos humanos e 
materiais) com Controles Contábeis (melhor utilização das 
contas). 
Nas demais alternativas existem apenas Controles Contábeis. 
 
Gabarito: D 
 
13. (AFTN/1996/ESAF) O plano de organização e todos os métodos e 
procedimentos diretamente relacionados com a salvaguarda dos ativos e 
a fidedignidade dos registros financeiros são definição de: 
a) Controles administrativos. 
b) Controles gerenciais. 
c) Controles contábeis 
d) Controles de auditoria 
e) Controles de ativo fixo 
 
Comentários: O enunciado apresenta o conceito doutrinário de 
Controles Contábeis. 
 
Gabarito: C 
 
A NBC T 11 estabelece nas subdivisões do item 11.2.5 – ESTUDO E 
AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CONTROLES INTENOS – 
vários comandos. A seguir, são apresentados os principais aspectos 
referentes ao citado tópico: 
 
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Inicialmente, cabe ao Auditor Independente estudar e avaliar o grau de 
adequação e eficácia do Sistema Contábil e de Controles 
Internos da entidade. Tal procedimento consiste na seguinte 
seqüência: 
1. Levantamento do Sistema Contábil e de Controles 
Internos. 
2. Verificação da correta aplicação do Sistema Contábil e de 
Controles Internos. 
3. Avaliação da capacidade do Sistema Contábil e de 
Controles Internos indicar de imediato a ocorrência 
de erros e fraudes. 
 
No item 11.2.5.2 da NBC T 11 é definido que o Auditor deve efetuar o 
estudo e avaliação do Sistema Contábil e de Controles Internos da 
Entidade, como base para determinar a natureza (tipo de 
procedimento), oportunidade (ocasião) e extensão da aplicação 
dos Procedimentos de Auditoria, considerando: 
a) o tamanho e complexidade das atividades da entidade; 
b) os sistemas de informação contábil, para efeitos tanto 
internos quanto externos; 
c) as áreas de risco de auditoria; 
d) a natureza da documentação, em face dos sistemas de 
informatização adotados pela entidade; 
e) o grau de descentralização de decisão adotado pela 
administração da entidade; e 
f) o grau de envolvimento da auditoria interna, se 
existente, 
 
No item 11.2.5.3, a norma estabelece que o Sistema Contábil e de 
Controles Internos é de responsabilidade da administração da 
entidade; porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para 
seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer 
do seu trabalho. 
 
É importante que vocês prestem bastante atenção para separar 
as situações que são obrigatórias para o Auditor daquelas 
opcionais. A distinção pode ser efetuada observando-se, nos 
enunciados e nas alternativas das questões, as palavras pode e deve. 
Na presente situação, observem que a norma impõe a obrigação ao 
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Auditor de efetuar sugestões objetivas para o aprimoramento do SCCI 
quando constatar deficiências na elaboração ou execução deste. 
 
No item 11.2.5.4 da NBC T 11, é estabelecido que na avaliação do 
sistema contábil e de controles internos, o Auditor deve considerar, 
ainda, os seguintes aspectos: 
a) o ambiente de controle existente na entidade; 
b) os procedimentos de controle adotados pela 
administração da entidade; 
 
No item 11.2.5.5, a norma determina que a avaliação do ambiente de 
controle existente deve considerar: 
a) a definição de funções de toda a administração; 
b) o processo decisório adotado pela entidade; 
c) a estrutura organizacional da entidade e os métodos de 
delegação de autoridade e responsabilidade; 
d) as políticas de pessoal e segregação de funções; e 
e) o sistema de controle da administração, incluindo as 
atribuições da auditoria interna, se existente. 
 
É comum os candidatos confundirem o disposto nas alíneas “c”, “d” e “e” 
com Controles Administrativos. Vamos gravar o seguinte: Controles 
Administrativos, para efeito de provas da ESAF, são os referentes a 
controles dos Recursos Humanos - entendendo-se como tal 
aqueles relativos à Competência e Idoneidade dos 
Administradores e Funcionários da Entidade – e os concernentes à 
Gestão da entidade. 
 
As disposições contidas nas referidas alíneas, como estrutura 
organizacional da entidade, políticas de pessoal e sistema de controle 
da administração são aspectos relativos à organização da entidade como 
um todo, dizem respeito à segregação de funções, a qual faz parte do 
objetivo de Proteção do Patrimônio da entidade, e, portanto, 
representam aspectos concernentes aos Controles Internos Contábeis. 
 
Reiterando, Segregação de Funções é conceituada como Controle 
Contábil. 
 
O fato da norma citar as expressões “política de pessoal” e “sistema de 
controle da administração” não significa que esteja se referindo a 
Controles Administrativos, mesmo porque, a NBC T 11 relaciona-se a 
Auditoria Contábil e não Operacional. Controles Administrativos no que 
se refere a Pessoal são aqueles, reiterando, referentes à Competência e 
Idoneidade dos Administradores e Funcionários da entidade. 
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No item 11.2.5.6, a norma estabelece que a avaliação dos 
procedimentos de controle deve considerar: 
a) as normas para elaboração de demonstrações contábeis e 
quaisquer outros informes contábeis e administrativos, 
para fins quer internos quer externos; 
b) a elaboração, revisão e aprovação de conciliações de 
contas; 
c) a sistemática revisão da exatidão aritmética dos registros; 
d) a adoção de sistemas de informação computadorizadose 
os controles adotados na sua implantação, alteração, 
acesso a arquivos e geração de relatórios; 
e) os controles adotados sobre as contas que registram as 
principais transações da entidade; 
f) o sistema de aprovação e guarda de documentos; 
g) a comparação de dados internos com fontes externas de 
informação; 
h) os procedimentos de inspeções físicas periódicas em 
ativos da entidade; 
i) a limitação do acesso físico a ativos e registros; e 
j) a comparação dos dados realizados com os dados 
projetados. 
 
Como temos visto, para acertar várias das questões de prova é preciso 
memorizar os dispositivos contidos nas normas de regência. No entanto, 
é preciso tomar cuidado para que não sejam gastas energias 
desnecessárias, passando-se horas na tentativa de decorar a norma. 
Não é por aí. A leitura sistemática das normas é fundamental, mas 
precisamos aplicar, acima de tudo, nosso bom senso e nossa capacidade 
de discernimento. Precisamos desenvolver a capacidade de resolução e 
esta só adquirimos praticando e observando atentamente os 
enunciados e respectivas alternativas das questões de prova. 
 
Vejamos uma questão em que esta situação fica clara. 
 
14.(AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção que não representa um 
aspecto relevante, previsto na NBC-T-11 – Normas de Auditoria 
Independente das demonstrações Contábeis (Resolução CFC nº 
820/97), por ser considerado na avaliação do ambiente de Controle de 
uma entidade, para determinação do risco de auditoria das 
demonstrações contábeis. 
a) Políticas de pessoal e segregação de funções 
b) Integridade e experiência da administração 
c) Normas para inventário e conciliação de contas 
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d) Sistema de aprovação e registro das transações 
e) Estrutura organizacional e métodos de administração 
 
Comentários: Os aspectos relevantes a serem considerados na 
avaliação do Ambiente de Controle encontram-se especificados 
na NBC T 11. No entanto, para acertar a questão basta lembrar 
as distinções entre Controles Contábeis e Administrativos. 
Observa-se, assim, que a “Integridade e Experiência da 
Administração” é um aspecto a ser considerado nos Controles 
Internos Administrativos, não fazendo parte, portanto, dos 
comandos estabelecidos pela NBC T 11. 
 
Gabarito: B 
 
Vejamos agora uma questão elaborada pela Fundação Carlos Chagas 
relativa ao assunto em tela. 
 
15. (FCC) São procedimentos eficientes de segregação de funções: 
a) regular que as tarefas de controle físico dos estoques e expedição 
sejam atribuições do departamento de expedição. 
b) delegar ao gerente financeiro ou ao diretor financeiro da entidade 
procuração para realizar o pagamento de todos os gastos. 
c) manter a controladoria e a contabilidade independentes da 
tesouraria da entidade. 
d) permitir ao departamento de vendas analisar e conceder crédito aos 
clientes. 
e) autorizar o departamento de compras a efetivar os pagamentos de 
matérias-primas. 
 
Comentários: A questão aborda um dos principais aspectos do 
SCCI que é o da Segregação de Funções e Delegação de 
Responsabilidades. Reparem que a única alternativa em que as 
funções são segregadas é a da letra “C”. Mantendo a 
controladoria e a contabilidade independentes da tesouraria, 
reduz-se o risco de fraude contra a entidade. 
Nas demais alternativas, ocorre a superposição de funções que 
deveriam estar segregadas, aumentando-se o risco de fraudes 
contra a entidade. 
 
Gabarito: C 
 
Um abraço a todos e até a próxima. 
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AULA : 3 
Caros amigos, 
 
Nesta aula, continuaremos o estudo dos aspectos técnicos 
concernentes à Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis, de acordo com a seqüência estabelecida pela NBC T 
11, aprovada pela Resolução CFC nº 820/1997. 
 
9. CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE 
 
A Continuidade constitui-se em um dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. A NBC T 11 determina que, no planejamento dos 
trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, o auditor deve avaliar a 
continuidade normal das atividades da entidade. 
 
A continuidade estará caracterizada se existir a evidência de 
normalidade pelo prazo de um ano após a data das demonstrações 
contábeis. 
 
Caso se apresentem indícios que ponham em dúvida essa 
continuidade, deve o auditor aplicar os procedimentos adicionais 
que julgar necessários para a formação de juízo embasado e definitivo 
sobre a matéria. 
 
Na hipótese de o auditor concluir que há evidências de riscos na 
continuidade normal das atividades da entidade, deve avaliar os 
possíveis efeitos nas demonstrações contábeis, especialmente 
quanto à realização de ativos. 
 
Quando constatar que há evidências de riscos na continuidade normal 
das atividades da entidade, o auditor independente deverá, em seu 
parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase, os efeitos que tal 
situação poderá determinar na continuidade operacional da entidade, de 
modo que os usuários tenham adequada informação sobre a mesma. 
 
Vamos aproveitar para lembrar as outras situações em que são emitidos 
Parágrafos de Ênfase no Parecer dos Auditores Independentes: 
 
Incertezas: Quando reveladas adequadamente pela administração da 
entidade em notas explicativas. 
 
Eventos Subseqüentes: Quando não revelados em notas explicativas 
ou ajustados adequadamente nas demonstrações contábeis. 
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Na análise da continuidade da entidade auditada deverão ser adotados, 
pelo menos, os seguintes pressupostos: 
a) Indicadores Financeiros 
1) Passivo a Descoberto; 
2)Posição negativa do capital circulante líquido; 
3)Empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos, sem 
possibilidade de renovação pelos credores; 
4)Excessiva participação de empréstimos de curto prazo, sem 
possibilidade de renovação pelos credores; 
5) Índices financeiros adversos de forma contínua; 
6) Prejuízos substanciais de operação e de forma contínua; 
7) Retração ou descontinuidade na distribuição de resultados; 
8)Incapacidade de devedores na data do vencimento; 
9)Dificuldades de acertos com credores; 
10)Alterações ou renegociações com credores; e 
11)Incapacidade de obter financiamentos para desenvolvimento de 
novos negócios ou produtos, e inversões para aumento da 
capacidade produtiva. 
 
b) Indicadores de Operação 
1) Perda de elementos-chave na administração sem modificações 
ou substituições imediatas; 
2) Perda de mercado, franquia, licença, fornecedor essencial ou 
fiananciador estratégico; e 
3) Dificuldades de manter mão-de-obra essencial para a 
manutenção da atividade. 
 
c) Outras Indicações 
1)Não cumprimento de normas legais, regulamentares e 
estatutárias; 
2)Contingências capazes de não serem cumpridas pela entidade; e 
3)Mudanças das políticas governamentais que afetam a entidade. 
 
Passemos ao estudo das Normas Profissionais do Auditor Independente. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
 
01.(AFTN/1996/ESAF) No exame das demonstrações contábeis de 
uma entidade, o risco de continuidade normal das atividades desta deve 
ser objeto de atenção dos auditores independentes.Assinale, a opção 
que não representa indicadores deste tipo de risco 
a) Passivo a descoberto 
b) Empréstimos e financiamento de curto prazo 
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c) Incapacidade de devedores na data do vencimento 
d) Dificuldades de acertos com credores 
e) Índices financeiros adversos de forma contínua 
 
Comentários: As situações especificadasnas alternativas “a”, 
”c”, ”d” e “e” são apresentados na NBC T 11 como indicadores 
financeiros que representam risco de Continuidade das 
operações da entidade. 
Os empréstimos e Financiamentos de curto prazo, por si só, não 
representam risco de continuidade das operações da entidade. 
Gabarito:B 
 
02.(AFRF/2001/ESAF)- O Conselho Federal de Contabilidade entende 
que a continuidade normal das atividades da entidade auditada fica 
evidente: 
a) 6 meses após a data das demonstrações contábeis. 
b) 6 meses após a data da emissão do parecer. 
c) 1 ano após a data das demonstrações contábeis. 
d) 1 ano após a data da emissão do parecer. 
e) 1 mês após a data da assembléia de acionistas. 
 
Comentários: Conforme definido na NBC T 11, a Continuidade 
normal das atividades estará caracterizada se existir a evidência 
de normalidade pelo prazo de um ano após a data das 
demonstrações contábeis. 
Gabarito: C 
 
10 – AMOSTRAGEM 
O Auditor utiliza as técnicas de amostragem quando não tem condições 
de aplicar os procedimentos de auditoria sobre todos os elementos que 
serviram de base para a elaboração das Demonstrações Contábeis. 
 
Assim, a partir de uma população (documentos e registros de Duplicatas 
a Receber, Estoques e Duplicatas a Pagar, entre outros) são 
selecionados alguns itens que formam a amostra de auditoria. 
 
Sobre os elementos integrantes da amostra são aplicados 
procedimentos de auditoria e os respectivos são estendidos para a 
população. Para que tal procedimento tenha sucesso é necessário que a 
Amostra seja representativa, ou seja, que ela reproduza o 
comportamento da população sob exame. 
 
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Como exemplo, suponhamos que o Auditor tenha que aplicar 
Procedimentos de Auditoria sobre uma População de 10.000 Duplicatas 
a Receber de determinada entidade. Não havendo condições de efetuar 
o trabalho sobre a População inteira, o Auditor seleciona uma amostra 
do universo a ser examinado, composto por 1000 duplicatas. Sobre 
estas unidades, o Auditor aplicará os Procedimentos Básicos de 
auditoria, como Inspeção, Investigação, Cálculo e Procedimentos de 
Revisão Analítica. O objetivo é verificar se as operações de venda 
efetuadas pela entidade estão corretamente documentadas e 
escrituradas. Encontrando-se determinado percentual de erro (desvio) 
nos dados registrados na documentação e escrituração da entidade no 
exame da amostra, projeta-se o erro para a População, presumindo-se 
que o comportamento observado na amostra reproduza o existente na 
população. 
 
É importante assinalar que a Amostragem não é obrigatória. Várias 
questões de concursos contemplam essa situação. O Auditor utilizará a 
Amostragem caso entenda ser necessário. Não haveria sentido em 
aplicar os métodos de amostragem, por exemplo, caso a entidade 
auditada tenha somente 20 clientes. Nesse caso, o Auditor deveria 
aplicar Procedimentos de Auditoria sobre a população completa. 
 
A amostragem pode ser estatística ou não estatística. A vantagem na 
utilização da amostragem estatística é a possibilidade de ser mensurada 
a margem de erro. 
 
Os comandos relativos à amostragem na Auditoria Independente das 
Demonstrações Contábeis encontram-se especificados no item 11.2.9 da 
NBC T 11. 
 
As técnicas de amostragem podem ser aplicadas na determinação da 
extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a 
serem testados. 
 
O resultado da aplicação dos procedimentos de auditoria na amostra 
projetada e selecionada deverá fornecer evidências da suficiência e 
apropriação da auditoria. 
 
Na determinação da amostra o auditor deve levar em consideração os 
seguintes fatores: 
a) população objeto da amostra 
b) estratificação da amostra; 
c) tamanho da amostra; 
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 d) risco da amostragem; 
 e) erro tolerável; e 
f) erro esperado. 
 
A amostra selecionada deve ter uma relação direta com o volume de 
transações realizadas pela entidade na área ou transação objeto de 
exame, como também com os efeitos na posição patrimonial e 
financeira da entidade, e o resultado por ela obtido no período. 
 
A estratificação é efetuada quando o Auditor pretende estabelecer um 
agrupamento dos elementos que compõem a amostra com base na 
distribuição dos valores. 
 
Na população contábil, ao contrário das outras populações que têm a 
maior parte dos elementos situados próximos à mediana, há 
normalmente uma grande quantidade de valores baixos, uma 
quantidade média de valores moderados e uma pequena quantidade de 
valores altos. 
 
A estratificação é efetuada distribuindo-se os elementos que formam a 
amostra em estratos, divididos, por exemplo em; valores baixos, 
moderados e altos. 
 
Na amostragem estratificada a amostra é dividida em subgrupos 
homogêneos. 
 
Em contraposição à amostragem estratificada, existe a amostragem por 
conglomerado ou por blocos. Neste tipo, a amostra é selecionada, 
independentemente da distribuição dos valores dos elementos. Como 
exemplo, se na escolha de uma amostra representativa de uma 
população de Duplicatas a Receber, são escolhidos os clientes referentes 
a uma determinada Unidade da Federação ou as emitidas em 
determinado mês. 
 
Na amostragem por conglomerado, a amostra é dividida em 
subgrupos heterogêneos. 
 
Vejamos questões sobre o item em análise. 
 
03.(AFTN/1998/ESAF) Assinale a opção que não encontra amparo na 
NBC _ T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis (Resolução CFC nº 820/97) 
a) O auditor deve empregar métodos de amostragem estatística para a 
seleção de itens por serem testados 
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b) A amostra de auditoria pode ser por seleção sistemática, observando 
intervalo constante entre transações 
c) A estratificação e o tamanho são alguns fatores que devem ser 
considerados para determinar a amostra 
d) A amostra de auditoria pode ser feita por seleção casual, a critério do 
auditor, baseado em sua experiência 
e) A amostra de auditoria selecionada deve ter uma relação direta com 
o volume de transações realizadas. 
 
Comentários: Conforme assinalado, a utilização de métodos de 
amostragem estatística é uma faculdade do Auditor e não uma 
obrigação. 
 
Gabarito: A 
 
04.(AFTN/1998/ESAF) Os planos de amostragem probabilística, que 
pressupõem a disposição dos itens de uma população em subgrupos 
heterogêneos representativos da população global, é do tipo 
a) Amostragem por conglomerado 
b) Amostragem sistemática 
c) Amostragem estratificada 
d) Amostragem aleatória 
e) Amostragem por julgamento 
 
Comentários: Para acertar a questão, basta identificar a 
expressão-chave. Disposição dos itens em subgrupos 
heterogêneos representa Amostragem por Conglomerado. 
 
Gabarito: A 
 
05. (AFRF/2001/ESAF)- A técnica de amostragem estatística em que 
se divide a população em subgrupos homogêneos, visando, por 
exemplo, diminuir o tamanho da amostra é denominada: 
a) amostragem por conglomerado 
b) amostragem sistemática 
c) amostragem estratificada 
d) amostragem por julgamento 
e) amostragem não-probabilística 
 
 
 Comentários: Novamente, basta identificar a expressão-chave. A 
técnica de amostragem estatística em que se divide a população 
em subgrupos homogêneos é a Amostragem Estratificada. 
Gabarito: C 
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O Risco de Amostragem é o risco desta não ser representativa e 
abrange o de “superdependência” e o de “subdependência” nos 
controles internos, assim como o de “aceitação incorreta” e ode 
“rejeição incorreta.” 
 
Os Riscos de Superdependência e de Subdependência nos 
Controles Internos são considerados na amostragem realizada 
nos Testes de Observância. 
 
O Risco de Superdependência nos Controles Internos é o mais perigoso. 
Ocorre quando o Auditor conclui que o SCCI é confiável e determina 
uma quantidade de Procedimentos de Auditoria menor do que a ideal 
com base nessa confiança, quando na realidade o SCCI é muito menos 
confiável do que se supunha e, portanto, haverá a grande possibilidade 
de erros relevantes nos Saldos das Contas ou nas Classes de Transações 
não serem identificados. 
 
O Risco de Subdependência é o contrário. O Auditor não confia no SCCI 
e determina uma grande quantidade de Procedimentos de Auditoria, 
quando, na realidade, o SCCI é bem mais confiável do que se supunha. 
O problema do Risco de Subdependência está no trabalho 
desnecessário. 
 
Os Riscos de Aceitação Incorreta e Rejeição Incorreta 
relacionam-se com os Testes Substantivos. Da mesma forma que 
no caso anterior, o maior problema é com o Risco de Aceitação 
Incorreta. Tal risco é o do Auditor aceitar como correto um Saldo de 
uma Conta ou a ocorrência de uma Transação, quando existe erro 
relevante nos dados examinados. Novamente, o maior problema do 
Risco de Rejeição Incorreta é o do trabalho desnecessário. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
06. (ACE-TCU/2002/ESAF) Ao utilizar o método de amostragem 
estatística para verificar a aderência aos controles internos, o auditor 
tem maior probabilidade em conduzir a uma opinião errônea quando 
incorre no risco de: 
a) Subavaliação de confiabilidade 
b) Rejeição incorreta 
c) Aceitação incorreta 
d) Superavaliação da confiabilidade 
e) Avaliação da população 
 
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Comentários: Conforme analisado, o Risco de Amostragem 
relativo à Aderência aos Controles Internos (Testes de 
Observância) subdivide-se em Superavaliação e Subavaliação da 
Confiabilidade. A maior probabilidade da condução a uma opinião 
errônea ocorre no Risco de Superavaliação da Confiabilidade, 
quando confia-se excessivamente em um SCCI que contém 
deficiências. 
Gabarito: D 
 
Quando da aplicação da Amostragem nos Testes de Observância, o Erro 
Tolerável é a taxa máxima de erro (desvio) que o Auditor está disposto 
a aceitar sem ter que alterar o nível de confiança no Sistema de 
Controles Internos da entidade. 
 
Já quando a amostragem for aplicada nos Testes Substantivos, o Erro 
Tolerável corresponde ao percentual máximo de erro monetário 
aceitável pelo Auditor em relação ao Saldo de uma Conta ou a uma 
Transação, cuja ocorrência, na sua opinião, não ocasionará erro 
relevante nas Demonstrações Contábeis. 
 
A taxa de erro (desvio) é calculada dividindo-se o número de desvios 
pelo tamanho da amostragem. 
 
O Erro Esperado é estimado com base em diversos fatores, tais como os 
resultados dos testes do ano anterior e o ambiente geral de controle da 
empresa. 
 
A taxa de Erro Esperado não deve ser igual ou superior à taxa do Erro 
Tolerável. 
 
 Na seleção de amostra devem ser considerados: 
1. seleção aleatória; 
2. seleção sistemática, observando um intervalo constante entre as 
transações realizadas; e 
3. seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência 
profissional. 
 
Na Seleção Aleatória, todos os elementos da população têm a mesma 
probabilidade de serem escolhidos. Equivale a um sorteio dos itens que 
fazem parte da amostra. 
 
A Seleção Sistemática é um tipo de Seleção Aleatória, só que nessa 
sistemática os elementos que formam a amostra são escolhidos 
observando-se um intervalo constante entre esses. Para tal, os 
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elementos da população têm que estar agrupados em uma sucessão 
numérica. Como exemplo, o Auditor compõe uma amostra 1.000 
unidades de uma população de 10.000 Notas Fiscais de venda, 
estabelecendo um intervalo de 10 unidades. A amostra pode ser 
formada escolhendo-se as Notas Fiscais de números 1, 11, 21, 31, e 
assim, sucessivamente. 
 
 A Seleção Casual é efetuada com base na experiência do Auditor. 
 
Nesse ponto, é importante ressaltar que a nomenclatura aplicada na 
amostragem de auditoria diverge da utilizada na estatística. 
 
11– PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS (PED) 
 
A NBC T 11, em seu item 11.2.10 estabelece que o Auditor deve ter 
suficiente conhecimento dos sistemas de PED para planejar, dirigir, 
supervisionar e revisar o trabalho de auditoria desenvolvido neste 
ambiente. 
 
Devem ser considerados pelo auditor, entre outros, os seguintes 
aspectos em relação ao ambiente de PED. 
 
• determinação do efeito que o ambiente de PED possa ter sobre a 
avaliação de risco global da entidade e em nível de saldos de contas e 
de transações; 
 
• volume de transações da entidade; 
 
• as entradas de dados nos sistemas que determinam múltiplas 
transações, registradas de forma simultânea, especialmente nos 
registros contábeis, as quais não podem ser validadas 
independentemente; e 
 
• as transações da entidade que são intercambiadas eletronicamente 
com outras entidades; 
 
• o exame de segurança , estrutura e confiabilidade dos sistemas 
adotados para controle e gerenciamento das atividades da entidade 
dos sistemas adotados pela entidade; 
 
• o grau de integração dos sistemas computadorizados com os registros 
contábeis da entidade, como forma de propiciar a confiabilidade das 
demonstrações contábeis da mesma. 
 
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12 – ESTIMATIVAS CONTÁBEIS 
 
O item 11.2.11.1 da NBC T 11 estabelece que as Estimativas 
Contábeis são de responsabilidade da administração da entidade 
e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos, requerendo o seu 
julgamento na determinação do valor adequado a ser registrado nas 
Demonstrações Contábeis. 
 
Conforme já consignado na aula 3, o cálculo das Estimativas é efetuado, 
tendo como base os Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
especificamente os Princípios da Oportunidade, Competência e 
Prudência, embora a ESAF considere, com o já ficou claro em algumas 
questões de concursos, apenas o Princípio da Prudência. 
 
A idéia que fundamenta o referido cálculo é a de que a situação da 
entidade deve ficar o mais clara possível para aqueles que se interessam 
por ela, tais como sócios, acionistas, administradores, clientes, credores 
e o mercado em geral. 
 
Assim, são efetuados registros contábeis mesmo de fatos em relação 
aos quais exista somente razoável certeza de sua ocorrência. Tais fatos 
para serem registrados devem ser negativos para a entidade em função 
do Princípio da Prudência, como é o caso das prováveis perdas de ativos 
ou de obrigações que têm grande chance de se materializarem. 
 
Com base em cálculos estimados, são constituídas as Provisões, sejam 
as representativas de Perdas do Ativo (contas retificadoras do ativo), 
sejam as referentes a Obrigações. São as chamadas Contingências. 
 
As Provisões são constituídas com base no seguinte lançamento: 
 
Despesa com Provisão 
a Provisão (Retificadora do Ativo ou Passivo Exigível) 
 
Dessa forma, pode-se dizer, entre outras classificações, que existem 
duas categorias de Despesas; as conhecidas, aquelas em relação às 
quais existem documentos que identificam o seu exato valor, e as 
estimadas. 
 
Os cálculos das Provisões, por serem efetuados com base em 
Estimativas, devem ser executados com muito cuidado, pois caso não 
estejam fundamentados em critérios razoáveis, provocam distorções nas 
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Portanto, o Auditor deve observar atentamente as referidas provisões, 
analisando a adequação de seus saldos. 
 
Estabelece a norma que o Auditor deve ter conhecimentos suficientes 
sobre os controles, procedimentos e métodos utilizados pela entidade no 
estabelecimento de estimativas que resultem em provisões. 
 
Também determina a NBC T 11 que o Auditor deve se assegurar da 
razoabilidade das estimativas, individualmente consideradas, quando 
estas forem relevantes. Tal procedimento inclui, além da análise da 
fundamentação matemática e estatística dos procedimentos utilizados 
pela entidade na quantificação das estimativas, a coerência destas com 
o comportamento da entidade em períodos anteriores, as práticas 
correntes em entidades semelhantes, os planos futuros da entidade, a 
conjuntura econômica e suas projeções. 
 
Quando a comparação entre as estimativas feitas em períodos 
anteriores e os valores reais dessas evidenciar variações significativas, 
deve o auditor verificar se houve o competente ajuste nos 
procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadas no 
período em exame. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto. 
 
07. (AFTE – RN/ 2004/2005ESAF) Das assertivas a seguir, indique 
aquela que não está associada com assegurar a razoabilidade das 
estimativas contábeis. 
a) Análise da fundamentação matemático-estatística dos procedimentos 
utilizados. 
b) Coerência dos procedimentos adotados nas estimativas com períodos 
passados. 
c) Acompanhamento dos resultados da companhia para planejamento 
fiscal. 
d) A conjuntura econômica e suas projeções e os cenários econômicos 
esperados. 
e) As práticas correntes em entidades semelhantes no mesmo período. 
 
Comentários: Mais uma questão que pode ser resolvida 
observando-se a diferença entre Controles Contábeis e 
Administrativos. O Planejamento Fiscal para o próximo exercício 
está compreendido nos Controles Administrativos. As demais 
alternativas indicam critérios de avaliação da razoabilidade das 
estimativas contábeis. 
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Gabarito: C 
 
 13 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS 
 
 O item 11.2.12.1 da NBC T 11 estabelece que o Auditor deve obter 
evidências suficientes para identificar partes relacionadas na fase de 
planejamento, possibilitando detectar, no decorrer dos trabalhos 
quaisquer transações relevantes que as envolvam. 
 
 O item 11.2.12.2 determina que o Auditor deve examinar as 
transações relevantes com partes relacionadas, aplicando os 
procedimentos necessários à obtenção de informações sobre a 
finalidade, natureza e extensão das transações, com especial atenção 
àquelas que pareçam anormais ou envolvam partes relacionadas não 
identificadas quando do seu planejamento. 
 
14 – TRANSAÇÕES E EVENTOS SUBSEQÜENTES 
 
A NBC T 11.16.– Transações e Eventos Subseqüentes – aprovada pela 
Resolução CFC nº 1.040/2005, que revogou o item 11.2.13.1, da NBC T 
11, estabelece, em seu item 11.16.1.1, que o Auditor deve aplicar 
procedimentos específicos em relação aos eventos ocorridos entre as 
datas do Balanço e a do seu Parecer, que possam demandar ajustes 
nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de notas explicativas. 
 
Normalmente, o Auditor inicia seus trabalhos antes da data das 
Demonstrações Contábeis, executando o Planejamento de Auditoria e 
demais procedimentos preliminares. 
 
Existe um período que vai da data da elaboração das Demonstrações 
Contábeis até a data do Parecer de Auditoria. A eventual ocorrência de 
fatos Relevantes nesse período que possam resultar na necessidade de 
ajustes nas Demonstrações Contábeis ou da divulgação em Notas 
Explicativas devem ser objeto do trabalho do Auditor Independente. 
 
Como exemplo, vamos apresentar duas situações: 
 
1. A Companhia Alfa é controlada pela Companhia Beta e elabora suas 
Demonstrações Contábeis em 31 de Dezembro (data de encerramento 
de seu Exercício Social) de cada ano. 
 
Durante a execução da Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis do Exercício de 2004, realizada no início do Exercício de 2005, 
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houve alteração do controle societário da Cia. Alfa, a qual passou a ser 
controlada pela Cia. Gama. 
 
Tal fato é relevante e deve ser divulgado em Notas Explicativas. Como o 
fato ocorreu após à elaboração das Demonstrações Contábeis de 2005, 
a administração da Cia. Alfa deve incluir uma Nota Explicativa 
descrevendo o fato. O Auditor, como ainda não emitiu seu Parecer, deve 
estar atento ao fato ocorrido e verificar se a Cia. Alfa emitiu a Nota 
Explicativa correspondente. 
 
Caso a Cia. Alfa não elabore a referida Nota Explicativa, é motivo para o 
Auditor emitir um Parecer com Ressalva em relação à omissão 
verificada. 
 
2. A Cia. Delta é uma sociedade comercial e efetua grande parte de suas 
vendas a prazo. Em 31.12.2004, data da elaboração de suas 
Demonstrações Contábeis, a administração da sociedade verifica que 
esta possui o Saldo na conta Clientes de R$ 1.000.000,00. Com base no 
histórico de perdas com créditos de períodos anteriores, constitui 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, no valor de R$ 
50.000,00 (5%) dos créditos a receber dos Clientes. 
 
Recordando o lançamento efetuado na constituição da PCLD ou PDD: 
 
Despesa com Provisão para Créditos de 
Liqüidação Duvidosa 
 
a Provisão para Créditos de Liqüidação Duvidosa 
(PCLD ou PDD) R$ 50.000,00 
 
As representações no Balanço Patrimonial (BP) e na Demonstração do 
Resultado do Exercício seriam: 
Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do 
Exercício 
Ativo 
Ativo Circulante 
Clientes 
(-) PCLD 
 
 
1.000.000 
(50.000) 
Receitas 
(-) Despesa com 
PCLD 
1.000.000 
 
(50.000) 
Considerando-se que todas as vendas no Exercício tenham sido 
efetuadas a prazo e que, dos referidos créditos, 80% sejam relativos a 
vendas a prazo à Cia. Ômega. 
 
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Durante o mês de janeiro de 2005, quando o Auditor Independente 
auditava as Demonstrações Contábeis da Cia. Delta referentes ao 
Exercício de 2004, foi comunicado que a Cia. Ômega teve sua falência 
decretada. 
 
Nesse ponto, cabe ressaltar o grande cuidado que a administração da 
entidade deve tomar ao calcular as Provisões, pois tais cálculos são 
efetuados com base em estimativas, no caso da PCLD, estimativas de 
perdas de valores a receber. Se as estimativas forem efetuadas em 
bases inadequadas, ocorrerão distorções nos valores do Balanço 
Patrimonial e do Resultado do Exercício. 
 
Assim, o Auditor também terá que ter grande cuidado ao analisar a 
adequação dos cálculos das estimativas em função das razões expostas. 
 
No presente caso, verifica-se que, em decorrência da falência do 
principal cliente da Cia. Delta, o valor da PCLD deve ser retificado, 
efetuando-se uma estimativa de acordo com a nova situação. 
 
Deverá a entidade retificar as Demonstrações Contábeis, efetuando 
novo cálculo para a PCLD, a qual deverá ser significativamente 
aumentada, considerando-se a provável impossibilidade da Cia. Ômega 
de honrar seus compromissos. 
 
Nesse caso, ocorreu um Evento Subseqüente Relevante, tendo em vista 
que o fato - falência do principal cliente da companhia auditada – 
ocorreu após a data da elaboração das Demonstrações Contábeis. 
 
O presente item encontra-se regulamentado pela NBC T 11.16 – 
Transações e Eventos Subseqüentes – aprovada pela Resolução CFC nº 
1.040/2005, a qual revogou o item 11.2.13 da NBC T 11e a NBC T 11- 
IT 04, aprovada pela Resolução CFC nº 839/1999. 
 
A seguir, transcrevemos os principais itens da referida norma. 
 
O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos decorrentes 
de transações e eventos subseqüentes relevantes ao exame das 
Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou em 
parágrafo de ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas 
adequadamente. 
Assim, os Eventos Subseqüentes devem ser divulgados em Notas 
Explicativas e/ou ajustados nas Demonstrações Contábeis. Caso 
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a entidade não proceda dessa forma, o Auditor emitirá um 
Parecer com Ressalva ou com Parágrafo de Ênfase. 
 
De acordo com o disposto no item 11.16.1.3., o auditor deve 
considerar três situações de eventos subseqüentes: 
 
a) os ocorridos entre a data do término do exercício social e a 
data da emissão do parecer; 
 
b) os ocorridos depois do término do trabalho de campo e da 
emissão do parecer, e antes da divulgação das Demonstrações 
Contábeis; e 
 
c) os conhecidos após a divulgação das Demonstrações 
Contábeis. 
 
O Auditor não é responsável pela execução de procedimentos ou 
indagações sobre as Demonstrações Contábeis após a data do seu 
Parecer. Durante o período entre as datas do Parecer do Auditor e a de 
divulgação das Demonstrações Contábeis, a administração é 
responsável por informar ao auditor fatos que possam afetar as 
Demonstrações Contábeis. 
 
No entanto, o item 11.16.3.2. determina que quando, após a data do 
Parecer do auditor, mas antes da divulgação das Demonstrações 
Contábeis, o Auditor tomar conhecimento de fato que possa afetar de 
maneira relevante as Demonstrações Contábeis, ele deve decidir se elas 
devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as 
medidas apropriadas às circunstâncias. 
 
Dessa forma, existem três períodos de ocorrência de Eventos 
Subseqüentes, conforme evidenciado no quadro abaixo: 
 
1.Eventos Subseqüentes 2. Eventos Subseqüentes 3. Eventos Subseqüentes 
Ocorridos entre as datas da 
Divulgação das 
Demonstrações Contábeis e 
do Parecer de Auditoria 
Ocorridos entre as datas do 
Parecer e da Publicação 
das Demonstrações 
Contábeis e do Parecer 
Ocorridos após a data da 
Publicação das 
Demonstrações Contábeis. 
O Auditor tem a 
responsabilidade de aplicar 
procedimentos para 
identificá-los. 
A Entidade tem a 
responsabilidade de 
identificá-los. 
A Entidade tem a 
responsabilidade de 
identificá-los. 
 
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As Demonstrações das Companhias Abertas devem ser publicadas em 
jornais de grande circulação junto com o Parecer de Auditoria. 
 
O item 11.16.1.5. da norma apresenta com exemplos de transações e 
eventos subseqüentes que proporcionam evidência adicional de 
condições que existiam no fim do período auditado e requerem 
julgamento profissional e conhecimento dos fatos e circunstâncias: 
 
 a) perda em contas a receber decorrente da falência do devedor; e 
 
b) pagamento ou sentença judicial. 
 
O item 11.16.1.6. apresenta outros exemplos de transações e eventos 
subseqüentes havidos entre a data de término do exercício social e a 
data da divulgação das Demonstrações Contábeis, tais como: 
 
a) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital; 
 
b) compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante 
em investimento anterior; 
 
c) destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de 
sinistro; 
 
d) alteração do controle societário. 
 
O item 11.16.2.4. estabelece que quando tomar conhecimento de 
eventos que afetam de maneira relevante as Demonstrações Contábeis, 
o auditor deve verificar se eles foram, apropriadamente, contabilizados 
e, adequadamente, divulgados nas Demonstrações Contábeis. Quando 
tais eventos não receberem tratamento adequado nas Demonstrações 
Contábeis, o auditor deve discutir com a administração a adoção das 
providências necessárias para corrigir tal situação. Caso a 
administração decida não tomar as providências necessárias, o 
auditor deve emitir seu Parecer com ressalva ou adverso. 
 
Conforme consignado no item 11.16.2.4., quando ocorrerem Eventos 
Subseqüentes de efeitos relevantes comunicados pelo Auditor à 
administração da entidade e esta decida não tomar as providências 
necessárias, estará configurada uma discordância com a administração, 
o que resulta na emissão de uma Parecer com Ressalva ou Adverso. 
 
No entanto o comando contido no item supramencionado está 
aparentemente em conflito com o consignado no item 11.11.1.2., o qual 
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dispõe que o Auditor deve considerar em seu parecer os efeitos 
decorrentes de transações e eventos subseqüentes relevantes ao exame 
das Demonstrações Contábeis, mencionando-os como ressalva ou 
em parágrafo de ênfase, quando não-ajustadas ou reveladas 
adequadamente. 
 
Dessa forma, surge a dúvida. Quando ocorrerem Eventos 
Subseqüentes não revelados ou ajustados adequadamente, o 
Auditor deve emitir Parecer com Ressalva ou Parágrafo de 
Ênfase, conforme disposto no item 11.11.1.2, ou Parecer com 
Ressalva ou Adverso, de acordo com o item 11.16.2.4, ambos da 
mesma NBC T11.16. 
 
A distinção estaria na situação identificada no item 11.16.2.4, 
caracterizada como discordância com a administração, fato que, 
reiteramos, enseja a emissão de Parecer com Ressalva ou Adverso. 
 
O item 11.16.3.3. determina que quando a administração alterar as 
Demonstrações Contábeis, o auditor deve executar os procedimentos 
necessários nas circunstâncias e fornecer a ela novo parecer sobre as 
Demonstrações Contábeis ajustadas. A data do novo parecer do auditor 
não deve ser anterior àquela em que as demonstrações ajustadas foram 
assinadas ou aprovadas pela administração, e, conseqüentemente, os 
procedimentos mencionados nos itens anteriores devem ser estendidos 
até a data do novo Parecer do auditor. Contudo, o auditor pode decidir 
por emitir seu Parecer com dupla data, como definido na NBC T 11.18 - 
Parecer dos Auditores Independentes. 
 
No item 11.16.3.4., é estabelecido que quando a administração não 
alterar as Demonstrações Contábeis nos casos em que o auditor decidir 
pela necessidade de sua alteração e o seu Parecer não tiver sido 
liberado para a entidade, ele deve revisá-lo e, se for o caso, expressar 
opinião com ressalva ou adversa. 
 
O item 11.16.3.5. determina que quando o Parecer do auditor tiver sido 
entregue à administração, o auditor deve solicitar a esta que não 
divulgue as Demonstrações Contábeis e o respectivo Parecer. Se as 
Demonstrações Contábeis forem, posteriormente, divulgadas, o auditor 
deve avaliar a adoção de medidas a serem tomadas em função dos seus 
direitos e das suas obrigações legais. Entre essas medidas, inclui-se, 
como mínimo, comunicação formal à administração no sentido de que o 
Parecer, anteriormente, emitido não mais deve ser associado às 
Demonstrações Contábeis não-retificadas; a necessidade de 
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comunicação aos órgãos reguladores depende das normas aplicáveis 
em cada caso. 
 
Vejamos algumas questões relativas ao assunto: 
 
08.(AFTN/1998/ESAF) As transações e eventos econômicos 
relevantes ocorridos após a data – base de encerramento das 
demonstrações contábeis 
a) Não devem ser considerados pelo auditor no seu parecer, em 
nenhuma circunstância 
b) Não obedecem ao regime de competência e, portanto, não têm 
reflexo no balanço 
c) Devem constar como parágrafo de ênfase no parecer dosauditores, 
em qualquer situação 
d) Somente devem constar de notas explicativas às demonstrações 
contábeis 
e) Devem ser objeto de ressalva ou ênfase, quando não ajustadas ou 
relevadas adequadamente. 
 
Comentários: Conforme comentado, o item 11.11.1.2. da NBC 
T11.16 establece que o Auditor deve considerar em seu parecer 
os efeitos decorrentes de transações e eventos subseqüentes 
relevantes ao exame das Demonstrações Contábeis, 
mencionando-os como ressalva ou em parágrafo de ênfase, 
quando não-ajustadas ou reveladas adequadamente. 
Gabarito: E 
 
No que se refere aos Eventos Subseqüentes, cabe indicar o disposto no 
item 5 da NBC T 11 – IT 05, aprovada pela Resolução CFC nº 830/1999, 
conforme transcrição a seguir: 
 
“5.Poderão ocorrer situações em que haverá necessidade de menção de 
mais de uma data ou atualização da data original. Essas situações 
decorrem de transações e eventos subseqüentes à conclusão dos 
trabalhos, e anteriores à emissão do parecer, considerados relevantes 
para as demonstrações contábeis e, conseqüentemente, para a opinião 
do auditor. Nessas circunstâncias, o auditor poderá optar por uma das 
duas alternativas: 
 
a) estender os trabalhos até a data do novo evento, de modo a emitir 
o parecer com a data mais atual; ou 
 
b) emitir o parecer com data dupla, ou seja, mantendo a data original 
para as demonstrações contábeis, exceto quanto a um assunto 
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específico, adequadamente divulgado nas notas explicativas. Por 
exemplo: “13 de fevereiro de 19X0, exceto quanto à Nota 
Explicativa 21 às demonstrações contábeis, para a qual a data é 31 
de março de 19X0”. 
 
09. (AFRF/2002.1/ESAF)- A responsabilidade do auditor independente 
sobre as demonstrações contábeis é até 
a) a data base das demonstrações contábeis. 
b) o último dia de serviço da equipe de campo. 
c) a data de assinatura do parecer de auditoria. 
d) a data da carta de responsabilidade da administração. 
e) a data de publicação das demonstrações contábeis. 
 
Comentários: Regra geral, a data do Parecer é a correspondente 
ao dia do encerramento dos trabalhos. Existe, no entanto, uma 
exceção a esta regra, que é a definida na norma 
supramencionada. 
Assim, caso o Auditor encerre seus trabalhos e ocorra um Evento 
Subseqüente, antes da efetiva emissão e assinatura do Parecer, 
poderão ser aplicadas as alternativas apresentadas, quais sejam: 
1.estender os trabalhos até a data do novo evento, de modo a 
emitir o parecer com a data mais atual; ou 
2. emitir o parecer com data dupla, ou seja, mantendo a data 
original para as demonstrações contábeis, exceto quanto a um 
assunto específico, adequadamente divulgado nas notas 
explicativas. Por exemplo: “13 de fevereiro de 19X0, exceto 
quanto à Nota Explicativa 21 às demonstrações contábeis, para a 
qual a data é 31 de março de 19X0. 
 
Assim, até a data da efetiva emissão e assinatura do Parecer, o 
Auditor continua responsável em relação aos Eventos 
Subseqüentes. 
 
Gabarito:C 
 
Um abraço a todos e até a próxima. 
 
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1
Caros amigos, 
 
Nesta aula, continuaremos o estudo dos principais aspectos da auditoria 
independente das demonstrações contábeis de acordo com a seqüência 
apresentada na aula inaugural. 
 
15 - CARTA DE RESPONSABILIDADE 
 
Conforme consta no item 11.2.14 da NBC T 11, deve ser emitida pela 
entidade Carta de Responsabilidade da Administração, com1 a 
mesma data do Parecer do Auditor, com a qual fique evidenciada a 
responsabilidade da administração quanto às informações e dados e à 
preparação e apresentação das Demonstrações Contábeis submetidas 
aos exames de auditoria. 
 
A Carta de Responsabilidade constitui-se em uma garantia para o 
Auditor quanto à responsabilidade da entidade em relação à integridade 
das informações que foram disponibilizadas ao Auditor, as quais 
serviram de base para a emissão do Parecer de Auditoria. 
 
1. CARTA DE RESPONSABILIDADE 
 
 Documento emitido pela Entidade responsabilizando-se pela 
 autenticidade das informações apresentadas ao Auditor. 
 
 Emitida na mesma data do Parecer. 
 
Vejamos uma questão sobre a matéria. 
 
01. (AFTN/1996/ESAF) Entre as diversas obrigações do auditor 
independente de demonstrações contábeis consta: 
a) Obter carta de responsabilidade da administração 
b) Opinar sobre o conteúdo do relatório da administração 
c) Emitir relatório formal de recomendações 
d) Elaborar as notas explicativas às demonstrações contábeis 
e) Elaborar fluxogramas dos sistemas de controle interno 
 
Comentários: Conforme já salientado, deve ser prestada muita 
atenção na diferenciação entre as situações obrigatórias para o 
Auditor daquelas que são facultativas. Na presente questão, o 
enunciado determina a alternativa que representa uma 
obrigação para o Auditor. 
 
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2
No caso, dentre as alternativas apresentadas, a única situação 
obrigatória para o Auditor, em qualquer caso, é a da obtenção da 
Carta de Responsabilidade da Administração. 
 
Aproveitando a questão, cabem algumas considerações em 
relação às demais alternativas. 
 
b/c – Em relação às situações apresentadas nas alternativas b/c 
- “Opinar sobre o conteúdo do relatório da administração e 
emitir relatório formal de recomendações”, cabe analisar o 
comando contido no artigo 25 da Instrução CVM nº 308/1999, a 
qual dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de 
auditoria independente no âmbito do mercado de valores 
mobiliários, ou seja, nas Companhias Abertas. 
 
“Art. 25 - No exercício de suas atividades no âmbito do mercado de valores 
mobiliários, o auditor independente deverá, adicionalmente: 
I)verificar 
- - - - - 
b) - se as informações e análises contábeis e financeiras apresentadas no relatório da 
administração da entidade estão em consonância com as demonstrações contábeis 
auditadas; 
 
- - - - - 
 
II - elaborar e encaminhar à administração e, quando solicitado, ao Conselho Fiscal, 
relatório circunstanciado que contenha suas observações a respeito de deficiências ou 
ineficácia dos controles internos e dos procedimentos contábeis da entidade auditada;” 
 
Depreende-se do exposto que a obrigatoriedade dos itens 
especificados é relativa aos Auditores das Companhias Abertas. 
 
d/e - Elaborar as notas explicativas às demonstrações contábeis 
e os fluxogramas dos sistemas de controle interno é obrigação 
da administração da entidade. 
 
Gabarito: A 
 
16 - CONTINGÊNCIAS 
 
Conforme consta no item 11.2.15 da NBC T 11, o Auditor deve adotar 
procedimentos para assegurar-se que todas as contingências 
passivas relevantes, decorrentes de processos judiciais, reivindicações 
e reclamações, bem como de lançamentos de tributos em disputa, 
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3
foram identificadas e consideradas pela administração da entidade na 
elaboração das demonstrações contábeis. 
 
Os seguintes procedimentos devem ser executados pelo auditor: 
a)discussão, com a administração da entidade, das políticas e 
procedimentos adotados para identificar, avaliar e contabilizar as 
contingências passivas; 
b) obtenção de carta dos advogados da entidade quanto à existência de 
contingências na época da execução dos trabalhos finais de auditoria; e 
c) discussão, com os advogados e/ou a administração da entidade, das 
perspectivas no desfecho das contingências e da adequação das perdas 
contingentes provisionadas, bem como das divulgações a serem feitas 
nas demonstraçõescontábeis. 
 
O auditor deve adotar os mesmos procedimentos com relação às 
contingências ativas. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
02.(FCC) Ao efetuar a circularização de advogados, o auditor depara-se 
com a seguinte resposta: 
 
“Em resposta a vossa circularização, dentre as ações que temos em 
andamento contra e a favor de nosso cliente, há duas ações 
trabalhistas, sendo uma delas no valor de R$ 150.000,00, com 
probabilidade de 70% de perda, R$ 1.200.000,00 com probabilidade de 
20% de perda e as demais ações com improvável insucesso. 
Informamos que o total das contingências monta em R$ 1.550.000,00, 
sendo que R$ 200.000,00 tem risco remoto de perda.” 
 
Assim, é correto afirmar que a empresa deveria constituir provisão 
trabalhista no montante de 
 
a) R$ 150.000,00 
b) R$ 945.000,00 
c) R$ 1.350.000,00 
d) R$ 1.500.000,00 
e) R$ 1.550.000,00 
 
Comentários: As Contingências Passivas são situações de risco 
para a entidade que, mesmo não concretizadas, devem ser 
registradas em sua escrituração com base em cálculos 
estimados, sejam relativos a perdas do ativo ou a obrigações. 
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4
O registro das Provisões (Estimativas) tem como fundamento, 
entre outros, o Princípio da Prudência. Este princípio determina 
que, entre opções igualmente válidas, deve ser escolhida a 
menos favorável à entidade. 
Assim, em relação às ações trabalhistas movidas contra a 
empresa, devem ser registradas aquelas que representem 
probabilidade significativa de perda. 
Será constituída a Provisão para Contingências -Ações 
Trabalhistas (conta do passivo exigível) quando a probabilidade 
de perda for significativa. 
 
No presente caso, será constituída provisão em relação à ação 
trabalhista cuja probabilidade de perda é de 70%. A ação 
trabalhista de R$ 1.200.000,00 tem probabilidade de perda de 
20%, ou seja, a chance de sucesso é significativamente maior 
que a de insucesso . Em relação a esta última e às demais que 
apresentam improvável insucesso (provável sucesso), não serão 
constituídas provisões. 
Gabarito: A 
 
17 - PARECER DE AUDITORIA 
 
O estudo do Parecer dos Auditores Independentes das Demonstrações 
Contábeis tem como base os comandos contidos na NBC T 11, aprovada 
pela Resolução CFC nº 820/1997, e na Interpretação Técnica (IT) 05, 
aprovada pela Resolução CFC nº 830/1998. Como já comentamos, as 
Interpretações Técnicas – IT – tem como objetivo explicitar e detalhar 
os itens contidos nas principais normas de auditoria. 
 
O item 11.3 da NBC T 11 estabelece: 
“O "Parecer dos Auditores Independentes" ou "Parecer do Auditor 
Independente", é o documento mediante o qual o auditor expressa sua 
opinião, de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis 
nele indicadas.” 
 
Nos subitens subseqüentes são apresentadas as principais 
características do Parecer de Auditoria. 
 
17.1 - RELEVÂNCIA 
 
O Parecer de Auditoria deve revelar a opinião do Auditor Independente 
em relação à veracidade das informações contidas nas Demonstrações 
Contábeis das entidades auditadas, em todos os aspectos Relevantes. 
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5
Dessa forma, a Relevância constitui-se em um requisito de fundamental 
importância na execução dos trabalhos de auditoria. 
 
O item 11.2.2.1 da NBC T 11 estabelece que os exames de auditoria 
devem ser planejados e executados na expectativa de que os Eventos 
Relevantes relacionados com as Demonstrações Contábeis sejam 
identificados. 
 
O item 11.2.2.2 da referida norma dispõe que a Relevância deve ser 
considerada pelo auditor quando: 
a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos 
de auditoria; 
b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e 
classificação das contas; e 
a) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da 
informação contábil. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
03. (AFTN/1998/ESAF) As normas de auditoria independente 
preconizam que a relevância deve ser considerada pelo auditor 
a) Em montante que não ultrapasse 5% do ativo total da entidade 
auditada. 
b) Em função de risco de auditoria, determinado por amostragem 
estatística. 
c) Em montante que não ultrapasse 5% do resultado líquido do 
exercício. 
d) Na determinação da natureza, oportunidade e extensão dos 
procedimentos de auditoria. 
e) Após avaliar o sistema contábil e de controles internos da entidade. 
 
Comentários: Conforme preconizado na norma de regência, a 
Relevância deve ser considerada pelo auditor quando, entre 
outras situações, determinar a natureza, oportunidade e 
extensão dos procedimentos de auditoria. 
 
Observem que a expressão “determinar a natureza, 
oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria” é 
conceituada na NBC T 11 tanto como a principal finalidade da 
aplicação dos Testes de Observância quanto na determinação da 
Relevância. 
 
Questão que reproduz literalmente a norma. 
 
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6
Gabarito: D 
 
 
17.2 - CARACTERÍSTICAS DO PARECER DO AUDITOR 
INDEPENDENTE 
 
O item 11.3.1.2 da NBC T 11 estabelece que como o auditor assume, 
através do parecer, responsabilidade técnico-profissional, inclusive de 
ordem pública é indispensável que tal documento obedeça às 
características intrínsecas e extrínsecas estabelecidas nas presentes 
normas. 
 
17.2.1 – DESTINATÁRIOS – O parecer de auditoria pode ser dirigido 
às seguintes pessoas: 
a) aos acionistas, cotistas ou sócios, ao conselho de administração ou à 
diretoria da entidade, ou outro órgão equivalente, segundo a natureza 
destas; 
b) Outros contratantes do serviço de auditoria. 
 
Em condições normais, o parecer é dirigido às pessoas indicadas no item 
a, tendo em vista serem estas as maiores interessadas na situação da 
entidade. 
 
Em situações especiais, o Parecer pode ser dirigido a outras pessoas 
interessadas na situação da entidade, como, por exemplo, sociedades 
controladoras em relação à sociedades controladas. 
 
No exame das informações contidas nas Demonstrações Contábeis das 
sociedades controladoras é fundamental que haja segurança quanto à 
veracidade das informações geradas pelas sociedades controladas, 
tendo em vista os reflexos das alterações dos valores dos Patrimônios 
Líquidos das controladas nos Investimentos Relevantes das 
controladoras. 
 
17.2.2 - IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE E DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS AUDITADAS 
O Parecer deve indicar: 
a) O nome da entidade auditada; 
b) As Demonstrações Contábeis auditadas; 
c) Os períodos e datas referentes a tais demonstrações; 
d) A assinatura do contador responsável pelos trabalhos e o número de 
registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) ou o nome e o 
número de registro cadastral no mesmo órgão, caso o trabalho tenha 
sido realizado por empresa de auditoria. 
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7
e) A data do Parecer, a qual, regra geral, deve corresponder ao dia do 
encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade. 
 
As Demonstrações Contábeis auditadas nas Companhias Abertas 
(Sociedades Anônimas que negociam suas ações e demais títulos no 
mercado de valores mobiliários – Bolsa de Valores e Mercado de Balcão) 
são normalmente: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE), Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL) e Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR). 
 
No entanto, o auditor pode ser contratado para examinar apenas uma 
ou duas Demonstrações Contábeis.Conforme já assinalado, as Companhias Abertas devem observar as 
regras específicas da legislação da Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM), como é o caso da elaboração da DMPL. 
 
O parágrafo 1º, do artigo 176 da Lei nº 6.404/76, estabelece: 
 
"Art. 176. - - - 
- - - 
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a 
indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício 
anterior. " 
 
Na hipótese das demonstrações contábeis do exercício anterior terem 
sido auditadas por outros auditores ou não terem sido auditadas, o 
auditor deverá revelar este fato em seu parecer. 
 
Em casos especiais, o auditor independente pode ser contratado para 
examinar apenas determinada ou determinadas demonstrações, não 
estendendo seu trabalho às demais. Neste caso estará caracterizado o 
"objetivo limitado de seu trabalho". 
 
Conforme consta no item 11.3.1.7 da NBC T 11, a data do parecer deve 
corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria 
na entidade. 
 
Mesmo que o parecer seja emitido e assinado em data posterior ao do 
encerramento dos trabalhos, a data do parecer deve ser aquela 
correspondente ao término dos trabalhos de campo. 
 
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8
Vejamos uma questão relativa à regra apresentada: 
 
04.(AFTN/1996/ESAF). O Auditor, ao expressar sua opinião (emitindo 
um parecer de auditoria) assume responsabilidade inclusive de ordem 
pública. Com base nesta afirmação, indique o item abaixo que não é 
essencial para o parecer. 
a) Indicação das demonstrações contábeis examinadas e períodos 
pertinentes. 
b) Data do parecer, correspondente ao dia da conclusão dos trabalhos 
da empresa. 
c) Data do parecer, correspondente ao dia efetivo de sua emissão e 
assinatura. 
d) Assinatura do auditor e número do registro no Conselho Regional de 
Contabilidade. 
e) Destinatários, que podem ser acionistas, conselheiros de 
administração ou diretores. 
 
Comentários: De acordo com a NBC T 11, a data do parecer dos 
auditores independentes deve corresponder ao dia do 
encerramento dos trabalhos de auditoria na entidade, 
independentemente da data da efetiva emissão e assinatura do 
parecer. 
 
Exemplo: O auditor independente da Cia. Alfa termina seus 
trabalhos relativos ao exame das Demonstrações Contábeis do 
exercício de 2004 no dia 31.01.2005. O parecer de auditoria é 
emitido e assinado no dia 10.02.2005. 
 
2004 2005 
Data do 
Encerramento 
dos Trabalhos 
Data da efetiva 
Emissão e 
Assinatura do 
Parecer 
 31.01.05 10.02.05 
 Exercício Auditado 
Data do Parecer 31.01.05 
 
Gabarito: C 
 
Existe uma exceção à regra apresentada que será explicitada nos itens 
posteriores referentes à Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis. 
 
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9
 
 
17.2.3 – CLASSIFICAÇÃO DO PARECER DE AUDITORIA 
O item 11.3 da NBC T 11 define as “Normas do Parecer dos Auditores 
Independentes” 
De acordo com o item 11.3.1.9 da mesma norma, o parecer pode ser 
classificado segundo a natureza da opinião que contém em: 
1. sem ressalva; 
2. com ressalva; 
2. adverso; 
4. com abstenção de opinião. 
 
Inicialmente, faremos uma análise resumida das classificações acima 
apresentadas. Uma análise mais aprofundada será efetuada nos itens 
subseqüentes. 
 
O Parecer sem Ressalva é emitido quando o Auditor conclui que na 
elaboração das Demonstrações Contábeis e da Escrituração, a entidade 
observou os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas 
Brasileiras de Contabilidade, as legislações específicas e, portanto, as 
Demonstrações examinadas refletem a real situação financeira, 
econômica e patrimonial da entidade auditada (ver aula 0, item 1.1). 
 
O Parecer com Ressalva é emitido quando o Auditor constata a 
inobservância por parte da entidade em relação aos requisitos 
supramencionados, mas essa inobservância, embora relevante, não seja 
a tal ponto grave que justifique um Parecer Adverso. 
 
O Parecer Adverso é emitido quando as incorreções constatadas nas 
Demonstrações Contábeis são a tal ponto graves que as comprometem 
como um todo. 
 
O Parecer com Abstenção de Opinião é emitido quando não é 
possível ao Auditor obter informações suficientes para fundamentar sua 
opinião sobre as Demonstrações Contábeis auditadas, ou seja, quando 
ocorre Limitação na Extensão do Trabalho do Auditor, também 
chamada de Limitação de Escopo ou de Alcance. 
 
Vejamos uma questão sobre o ponto em análise. 
 
05.(AFTN/1996/ESAF) O Parecer dos Auditores Independentes 
classifica-se segundo a natureza da opinião que contém, em: 
a) Parecer sem ressalva, com ressalva, exceto quanto adverso. 
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b) Parecer sem ressalva, com ressalva, com abstenção de opinião e 
adverso 
c) Parecer com abstenção de opinião, limpo, com ressalva e sem 
ressalva. 
d) Parecer sujeito a, exceto quanto e parecer contrário. 
e) Parecer negativo, positivo, limpo e parecer contrário. 
 
Comentários: Questão conceitual referente ao item 11.3.1.9. da 
NBC T 11; “O parecer classifica-se segundo a natureza da opinião 
que contém, em: a)parecer sem ressalva; b) parecer com 
ressalva; c) parecer adverso; d)parecer com abstenção de 
opinião. 
 
Gabarito: B 
 
17.2.4 – PARECER SEM RESSALVA 
 
Conforme consignado no item 11.3.2.1 da NBC T 11, o parecer sem 
ressalva indica que o auditor está convencido de que as demonstrações 
contábeis foram elaboradas consoante as disposições contidas no item 
11.1.1.1, a seguir transcrito, em todos os aspectos relevantes. 
 
"11.1.1.1 – A auditoria das demonstrações contábeis constitui o 
conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de 
parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais 
de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for 
pertinente, a legislação específica." 
 
No item 11.3.2.2 da referida norma, fica estabelecido que o parecer sem 
ressalva implica afirmação de que, em tendo havido alterações na 
observância das disposições contidas no item 11.1.1.1, elas tiveram 
seus efeitos avaliados e aceitos e estão devidamente revelados nas 
demonstrações contábeis. 
 
17.2.5- ESTRUTURA DO PARECER DOS AUDITORES 
 INDEPENDENTES 
 
A situação normal é a da emissão do Parecer Sem Ressalva. 
 
A NBC T 11 – IT – 05, em seu item 1, determina a seguinte estrutura do 
parecer dos auditores independentes: 
1º Parágrafo – De abertura ou Introdutório 
Referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das 
responsabilidades da administração e dos auditores; 
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2º Parágrafo – De Extensão, Escopo ou Alcance 
Relativo à extensão dos trabalhos; e 
3º Parágrafo – De Opinião 
O que expressa a opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
O item 11.3.2.3 da NBC T 11 estabelece o modelo do parecer sem 
ressalva, no qual as seguintes informações deverão ser fornecidas pelo 
auditor: 
 
1º Parágrafo 
1) Identificação da Entidade Auditada; 
2) Identificação das Demonstrações Contábeis Auditadas e respectivos 
exercícios; 
3) Definição de que a responsabilidade pela elaboração das 
Demonstrações Contábeis é da Entidade; 
4) Definição de que a responsabilidade do auditor é a de emitir uma 
opinião sobre as Demonstrações Contábeis; 
2º Parágrafo 
1) Informação de que os exames foram conduzidos de acordo com as 
normas de auditoria e compreenderam: 
a) oplanejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, 
o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da 
entidade; 
b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros 
que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; 
c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais 
representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da 
apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 
3º Parágrafo 
Revelação de que na opinião do auditor as demonstrações contábeis 
referidas representam adequadamente, em todos os aspectos 
relevantes, a posição patrimonial e financeira da entidade, nos períodos 
auditados, o resultado de suas operações, as mutações de seu 
patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes 
aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade*. 
 
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Local e data 
 
Assinatura 
Nome do auditor-responsável técnico 
Contador Nº de registro no CRC 
 
Nome da empresa de auditoria 
Nº de registro cadastral no CRC 
 
* Expressão substituída por “Práticas Contábeis Adotadas no Brasil”. 
Nota: O parecer sem ressalva também é identificado como "parecer 
limpo" (Auditoria – Um curso moderno e completo, Marcelo Cavalcanti 
de Almeida) 
 
A seguir, apresentamos a forma de apresentação do Parecer 
preconizada no item 11.3.2.3 da NBC T 11: 
 
17.2.6 - MODELO: PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 
 
DESTINATÁRIO 
 
(1)Examinamos os balanços patrimoniais da Empresa ABC, levantados 
em 31 de dezembro de 19X1 e de 19X0, e as respectivas 
demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e 
das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios 
findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua 
administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião 
sobre essas demonstrações contábeis. 
 
(2)Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de 
auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, 
considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o 
sistema contábil e de controles internos da entidade; (b) a 
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que 
suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a 
avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais 
representativas adotadas pela administração da entidade, bem como 
da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 
 
(3)Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas 
representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a 
posição patrimonial e financeira da Empresa ABC em 31 de dezembro 
de 19X1 e de 19X0, o resultado de suas operações, as mutações de 
seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos 
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referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
 
Local e data 
 
Assinatura 
Nome do auditor-responsável técnico 
Contador Nº de registro no CRC 
 
Nome da empresa de auditoria 
Nº de registro cadastral no CRC 
 
17.2.7– CIRCUNSTÂNCIAS QUE IMPEDEM A EMISSÃO DO 
PARECER SEM RESSALVA 
 
Em determinadas situações, o auditor independente está impedido de 
emitir Parecer sem Ressalva. 
 
O item 11.3.3 da NBC T 11 estabelece que o Auditor não deve emitir 
Parecer sem Ressalva quando existir qualquer das circunstâncias 
seguintes, que, na sua opinião, tenham efeitos relevantes para as 
demonstrações contábeis: 
 
a) discordância com a administração da entidade a respeito do 
conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstrações 
contábeis; ou 
 
b) limitação na extensão do seu trabalho. 
 
A discordância com a administração da entidade a respeito do 
conteúdo e forma de apresentação das demonstrações contábeis 
deve conduzir à opinião com ressalva ou à opinião adversa, a qual 
deverá estar acompanhada dos esclarecimentos que permitam a correta 
interpretação dessas demonstrações. 
Quando o auditor, no desenvolvimento de seus trabalhos, verificar que a 
entidade, na aplicação de suas práticas contábeis, não observou 
aspectos contidos nos Princípios Fundamentais de Contabilidade, nas 
Normas Brasileiras de Contabilidade ou nas legislações específicas, e 
que esta inobservância gerou distorções nos saldos das contas ou nas 
classes de transações evidenciadas nas demonstrações contábeis e na 
escrituração da sociedade, deverá indicar as irregularidades 
constatadas, sugerindo que a administração efetue as necessárias 
retificações. 
 
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14
Caso a administração acate as recomendações do Auditor e efetue as 
devidas correções, não haverá qualquer impedimento para que seja 
emitido um Parecer sem Ressalva. 
 
No entanto, caso as sugestões apresentadas pelo auditor não sejam 
adotadas pela administração da entidade, estará configurada a 
discordância com a administração referida no item "a" supracitado. 
Nessa situação, será emitido pelo auditor parecer com ressalva ou 
adverso. 
 
O fator determinante para o Parecer ser com Ressalvas ou Adverso, será 
a menor ou maior gravidade, respectivamente, dos efeitos gerados 
pelas irregularidades verificadas nas Demonstrações Contábeis 
auditadas. 
 
Como exemplo, o auditor constata, junto aos advogados da entidade, 
que existe uma contingência passiva de efeitos relevantes cujo valor 
possa ser estimado. É o caso da existência de ação judicial movida 
contra a entidade em relação a qual existe remota possibilidade de 
sucesso. 
 
Neste caso, caberia à entidade constituir uma provisão para 
contingências com base no provável valor que será devido em 
decorrência da ação. 
 
Recordando o lançamento contábil referente à constituição da provisão 
para contingências. 
 
Despesa com Provisão para Contingências (conta de resultado) 
a Provisão para Contingências - ação judicial (conta do passivo 
exigível). 
 
Caso a entidade não tenha constituído tal provisão ou a tenha 
constituído por valor inadequado, ocorreriam distorções no balanço 
patrimonial e na demonstração do resultado do exercício. 
 
O auditor, verificando tal fato, deve comunicá-lo à entidade e propor 
medidas para as devidas retificações. 
 
Caso a entidade não proceda às devidas retificações, estará 
caracterizada uma discordância com a administração, devendo ser 
emitido um Parecer com Ressalva ou Adverso. 
 
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15
A Limitação na Extensão de seu Trabalho em relação a fatos que 
tenham efeitos relevantes nas Demonstrações Contábeis auditadas deve 
conduzir o Auditor a emitir um Parecer com Ressalva ou com 
Abstenção de Opinião. 
 
Da mesma forma que no caso de discordância com a administração, o 
fator determinante para definição da emissão de um parecer com 
ressalva ou com abstenção de opinião será a magnitude, ou seja, a 
menor ou maior relevância da limitação, respectivamente. 
 
NÃO PODERÁ SER EMITIDO PARECER SEM RESSALVA 
QUANDO HOUVER: 
1.DISCORDÂNCIA COM A ADMINISTRAÇÃO DA 
ENTIDADE A RESPEITO DO CONTEÚDO E/OU FORMA 
DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS. 
Neste caso, só poderão ser emitidos 
• Parecer com Ressalva ou 
• Parecer Adverso 
 
2. LIMITAÇÃO NA EXTENSÃO DO TRABALHO 
Neste caso, só poderão ser emitidos 
• Parecer com Ressalva ou 
• Parecer com Abstenção de Opinião 
 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto. 
 
06.(AFTN/1998/ESAF)Uma limitação relevante na extensão do 
trabalho do auditor independente pode implicar a emissão de dois tipos 
de parecer: 
a) Com ressalva ou com parágrafo de ênfase 
b) Com ressalva ou adverso 
c) Com ressalva ou com abstenção de opinião 
d) Com abstenção de opinião ou adverso 
e) Com parágrafo de ênfase ou adverso 
 
Comentários: Conforme consignado no item 11.3.3.3 da NBC T 
11, a limitação na extensão do trabalho deve conduzir à opinião 
com ressalva ou à abstenção de opinião. 
 
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16
Gabarito: C 
 
17.2.8 - PARECER COM RESSALVA 
 
De acordo com o item 11.3.4.1, da NBC T 11, o parecer com ressalva é 
emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância 
ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que 
requeira parecer adverso ou abstenção de opinião. 
 
O item 11.3.4.2, da NBC T 11, estabelece que o parecer com ressalva 
deve obedecer ao modelo do parecer sem ressalva, com a utilização das 
expressões "exceto por", "exceto quanto" ou "com exceção de" 
no Parágrafo de Opinião, referindo-se aos efeitos do assunto objeto 
da ressalva. 
 
É importante ressaltar que, conforme consignado no item 15, da NBC T 
11 - IT 05, aprovada pela Resolução CFC nº 830/1998, não é aceitável 
nenhuma outra expressão na redação desse tipo de parecer. No referido 
item, também fica determinado que, no caso de limitação na extensão 
do trabalho, o parágrafo referente à extensão também será modificado, 
para refletir tal circunstância. 
 
No item 16, da supramencionada Interpretação Técnica, fica 
estabelecido que quando o auditor emitir parecer com ressalva, adverso 
ou com abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas 
as razões que fundamentaram o seu parecer e, se praticável, a 
quantificação dos efeitos sobre as demonstrações contábeis. Tais 
informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do 
parecer, precedendo o da opinião e, se for o caso, fazer referência a 
uma divulgação mais ampla pela entidade em nota explicativa às 
demonstrações contábeis. 
 
Caso existam mais de um assunto objeto de ressalva, o Parecer deverá 
conter um parágrafo específico para cada ressalva. 
 
Apresentamos a estrutura de um parecer com duas ressalvas: 
1º Parágrafo – De Abertura ou Introdutório 
2º Parágrafo – De Extensão, Escopo ou Alcance 
3º Parágrafo – De Ressalva (1ª) 
4º Parágrafo – De Ressalva (2ª) 
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17
1º Parágrafo – De Abertura ou Introdutório 
5º Parágrafo – De Opinião 
 
Como exemplo, suponhamos que o Auditor Independente constate que 
as Receitas Financeiras relativas ao mês de março do período auditado 
não foram registradas de acordo com o Princípio da Competência, sendo 
que a atividade principal da entidade auditada é a de efetuar vendas de 
produtos agrícolas. 
 
Observem que no exemplo, não foi observado um dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. No entanto, a inobservância foi relativa 
a um tipo de Receita (Financeira), a qual não é decorrente das 
atividades principais da entidade. O problema foi relativo a um tipo de 
receita acessória e localizado no mês de março. Não há, portanto, 
comprometimento das Demonstrações Contábeis como um todo. Nesse 
caso, se as Demonstrações Contábeis não forem retificadas para corrigir 
a situação, o Auditor emitirá um Parecer com Ressalva. 
 
Vejamos uma questão relativa ao assunto. 
 
07. (AFTN/1998/ESAF) A opinião do auditor independente não 
deverá conter ressalva, no caso de omissão de apresentação ou 
divulgação inadequada nas demonstrações contábeis e/ou nas suas 
notas explicativas, da seguinte informação: 
a) Planejamento estratégico para o próximo exercício 
b) Existência de acordo de acionistas e suas bases 
c) Contratos relevantes de compromissos de compras 
d) Restrições estatutárias sobre dividendos 
e) Transações e saldo com sociedade coligadas 
 
Comentários: O artigo 176 da Lei nº 6.404/1976 (Lei das 
Sociedades por Ações) estabelece várias situações que devem 
ser divulgadas pela entidade em suas Notas Explicativas, as 
quais são elaboradas para complementar as informações 
evidenciadas nas Demonstrações Financeiras. 
A questão pode ser resolvida verificando-se a distinção entre 
Controles Contábeis e Administrativos. O “Planejamento 
estratégico para o próximo exercício” diz respeito a Controles 
Administrativos, tendo em vista tratar-se de aspecto relacionado 
à gestão da entidade, não sendo, portanto, objeto do exame do 
Auditor Independente. 
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18
Em relação às demais informações, caso não sejam divulgadas 
em Notas Explicativas, será motivo para emissão de Parecer com 
Ressalva. 
 
Gabarito: A 
 
17.2.9 – PARECER ADVERSO 
 
De acordo com o item 11.3.5.1 da NBC T 11, no parecer adverso, o 
auditor emite opinião de que as Demonstrações Contábeis não estão 
adequadamente representadas nas datas e períodos indicados, de 
acordo com as disposições contidas no item 11.1.1.1. 
 
No item 11.3.5.2 da citada norma, fica estabelecido que o auditor deve 
emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis 
estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a 
emissão do parecer com ressalva. 
 
O contido no item 18 da NBC T 11, IT 05, estabelece que será emitido 
parecer adverso quando o auditor verificar a existência de efeitos que, 
isolada ou conjuntamente, forem de tal relevância que comprometam o 
conjunto das demonstrações contábeis, devendo considerar no seu 
julgamento tanto as distorções provocadas, quanto a apresentação 
inadequada ou substancialmente incompleta das demonstrações 
contábeis. 
 
Deverão também ser descritas em parágrafos intermediários, 
imediatamente anteriores ao parágrafo de opinião, os motivos e a 
natureza das divergência que suportam sua opinião adversa, bem como 
os seus principais efeitos sobre a posição patrimonial e financeira e o 
resultado do exercício ou período. 
 
No parágrafo de opinião, o auditor deve explicitar que, devido à 
relevância dos efeitos dos assuntos descritos no parágrafo ou parágrafos 
precedentes, ele é da opinião de que as demonstrações contábeis da 
entidade não estão adequadamente apresentadas, consoante as 
disposições contidas no item 11.1.1.1 da NBC T 11. 
 
O Auditor emite Parecer Adverso quando verifica, por exemplo, que a 
entidade não observou o Princípio da Competência em relação a grande 
parte de suas receitas principais, assim como não emitiu as respectivas 
Notas Fiscais e Faturas de vendas, de forma a que as Demonstrações 
Contábeis da entidade não reflitam a sua real situação financeira, 
econômica e patrimonial. 
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17.2.10 – PARECER COM ABSTENÇÃO DE OPINIÃO 
 
De acordo com o item 11.3.6.1 da NBC T 11, o parecer com abstenção 
de opinião é aquele em que o auditor deixa de emitir opinião sobre as 
demonstrações, por não ter obtido comprovação suficiente para 
fundamentá-la. 
 
Caso o Auditor, no decorrer de seus trabalhos, não tenha acesso à 
informações que seriam fundamentais para formar sua convicção em 
relação à veracidade dos dados gerados pelo sistema contábil da 
entidade, estará caracterizada uma "Limitação na Extensão (de 
Escopo ou de Alcance) dos Trabalhos". Tal situação implicará na 
emissão de um Parecer Com Ressalva ou com Abstenção de 
Opinião, dependendo da menor ou maior relevância da limitação, 
respectivamente. 
 
Como exemplo, quando existir um valor considerado relevante relativo a 
uma vendaa prazo efetuada pela entidade ainda não recebida, caso o 
auditor não obtenha a confirmação da operação e do valor com o cliente 
e não seja possível ou não tenha resultado a aplicação de procedimentos 
adicionais, estará caracterizada uma limitação na extensão dos 
trabalhos de auditoria. 
 
Outro exemplo, seria a situação na qual a entidade não possibilita ao 
Auditor ter acesso ao acompanhamento da contagem física de seus 
estoques, sendo estes de valor relevante. Assim, não haverá condições 
para o Auditor manifestar uma opinião sobre os dados relativos aos 
estoques evidenciados nas Demonstrações Contábeis. 
 
Observem que, na situação apresentada, o Auditor não está contestando 
a veracidade das informações sob exame, está apenas abstendo-se de 
manifestar uma opinião sobre estas. 
 
Em conformidade com o item 21 da NBC T 11 - IT 05, aprovada pela 
Resolução CFC nº 830/1998, o parecer com abstenção de opinião por 
limitação na extensão é emitido quando houver limitação significativa na 
extensão do exame que impossibilite o auditor de formar opinião sobre 
as demonstrações contábeis, por não ter obtido comprovação suficiente 
para fundamentá-la. 
 
De acordo com o item 24 da mesma Resolução também será emitido 
Parecer com Abstenção de Opinião quando o Auditor se deparar com 
Incertezas Relevantes, devendo, neste caso, expressar, no parágrafo 
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de opinião, que, devido à relevância das incertezas descritas em 
parágrafos intermediários específicos, não está em condições de emitir 
opinião sobre as Demonstrações Contábeis. 
 
Ocorrendo limitações significativas, o auditor deve indicar claramente os 
procedimentos omitidos e descrever as circunstâncias de tal limitação. 
 
Também determina a referida norma as seguintes alterações no modelo 
de parecer sem ressalvas: 
a) substituição da sentença "Examinamos" por "Fomos contratados para 
auditar as demonstrações contábeis ..."; 
b) a eliminação da sentença do primeiro parágrafo "Nossa 
responsabilidade é a de expressar opinião sobre essas demonstrações 
contábeis";e 
c) a eliminação do parágrafo de extensão. 
 
Acrescente-se que a abstenção de opinião não elimina a 
responsabilidade do auditor de mencionar qualquer desvio relevante nas 
demonstrações contábeis. 
 
Vamos examinar algumas questões de concursos sobre o assunto em 
pauta. 
 
08. (AFRF 2002.1/ESAF) O fato de a administração se recusar a 
fornecer uma declaração que o auditor considere necessária constitui 
uma limitação de alcance. Nesse caso, o auditor deve expressar um(a): 
a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião. 
b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião. 
c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase. 
d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião. 
e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
 
Comentários: No desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, o 
auditor dependerá constantemente de informações prestadas 
pela administração da entidade. Caso a administração se recuse 
a fornecer tais informações, estará caracterizada uma limitação 
de alcance ou limitação na extensão do trabalho. Nesse caso, o 
auditor deve emitir um Parecer com Ressalva ou com Abstenção 
de Opinião. 
 
Gabarito:A 
 
09.(AFRF/2002.1/ESAF)- O responsável pela auditoria independente 
do Grupo Niscau S/A deparou-se com a seguinte situação: ao requisitar 
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21
os trabalhos de outros auditores de coligadas e controladas do Grupo 
Niscau, foi comunicado que os trabalhos desses outros auditores não 
seriam disponibilizados. Nesse caso, o procedimento a ser efetuado pelo 
auditor é 
a) emitir um parecer com ressalva. 
b) aplicar procedimentos adicionais suficientes. 
c) emitir um parecer com abstenção de opinião. 
d) incluir um parágrafo de ênfase na opinião. 
e) justificar a limitação de escopo. 
 
Comentários: A situação descrita no enunciado da questão 
representa uma Limitação na Extensão do Trabalho do Auditor. 
Conforme especificado no item 42 da NBC T 11-IT 05, aprovada 
pela Resolução nº 830/1998, ao se deparar com uma limitação 
na extensão dos trabalhos, o Auditor deve tentar utilizar-se de 
procedimentos alternativos, a fim de obter evidências de 
auditoria suficientes para emitir seu parecer. Se os 
procedimentos alternativos não lhe permitirem evidência 
suficiente, o Auditor deve manifestar tal limitação. 
Dessa forma, quando o enunciado da questão referir-se a uma 
Limitação na Extensão do trabalho do Auditor e determinar que 
seja assinalada a alternativa correspondente ao procedimento 
que esse deve adotar, deve-se dar prioridade à alternativa 
correspondente a “aplicação de procedimentos alternativos (ou 
adicionais)”. Caso não exista esta alternativa, deve-se assinalar 
a que especifique “emissão de Parecer com Ressalva ou com 
Abstenção de Opinião”. 
 
Gabarito: B 
 
10. (AFRF/2002.1/ESAF) - O fato de a administração se recusar a 
fornecer uma declaração que o auditor considere necessária constitui 
uma limitação de alcance. Nesse caso, o auditor deve expressar um(a): 
a) parecer com ressalva ou com abstenção de opinião. 
b) parágrafo de ênfase ou abstenção de opinião. 
c) negativa de opinião ou com parágrafo de ênfase. 
d) parecer de incerteza ou com abstenção de opinião. 
e) parecer com ressalva ou com parágrafo de ênfase. 
 
Comentários: Outra questão em que o enunciado apresenta uma 
situação que se caracteriza como “Limitação na Extensão do 
Trabalho do Auditor”. Não havendo entre as alternativas a 
correspondente à “aplicação de procedimentos alternativos ou 
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adicionais” por parte do Auditor, deve este emitir um “Parecer 
com Ressalva ou com Abstenção de Opinião". 
 
Gabarito: A 
 
11. (AFRF/2002.1/ESAF)- O auditor independente foi contratado 
apenas para opinar sobre o balanço patrimonial da empresa "ABC". O 
auditor não encontrou nenhuma restrição ao acesso de informações e 
registros, e todos os procedimentos julgados necessários foram 
efetuados. 
Nesse caso, o trabalho do auditor caracteriza-se 
a) pela extensão limitada de seu objetivo. 
b) pelo objetivo limitado de seu trabalho. 
c) pela abstenção de outros demonstrativos. 
d) por uma ressalva de escopo. 
e) pela limitação de escopo. 
 
Comentários: Observem que a situação apresentada no 
enunciado da questão não se refere à Limitação na Extensão do 
Trabalho do Auditor. Inclusive isto fica mais claro ainda quando 
é registrado que o Auditor não encontrou nenhuma restrição ao 
acesso de informações e registros. 
O que ocorreu foi um contrato do Auditor com a entidade para 
opinar apenas sobre o Balanço Patrimonial e não sobre todas as 
Demonstrações Contábeis obrigatórias pela Lei nº 6.404/1976. 
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi limitado. 
 
Gabarito: B 
 
12. (AFRF/2003/ESAF). Dadas as situações a seguir, identifique, na 
respectiva ordem, quais os tipos de parecer de auditoria mais 
adequados a cada situação: 
 
I - O auditor constatou que a empresa Alpha S/A somente faturava 
parte de suas mercadorias vendidas e que boa parte das mercadorias 
compradas entravam sem documentação hábil. 
 
II - O auditor constatou que a empresa Beta S/A não estava 
reconhecendo os juros e variações monetárias de seus contratos de 
financiamentos junto ao Banco Empresta Tudo S/A, efetuando a 
contabilização somente no pagamento do empréstimo. 
 
III - O auditor, ao executar os trabalhos na empresa Gama S/A, 
encontrou divergências no cálculo da provisão para contingências 
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trabalhistas. Ao analisar a relevância dos números, percebeu que os 
mesmos não afetavam as demonstrações contábeis. 
 
IV - O auditor ao avaliar as demonstrações financeiras da empresa 
Ômega S/A, não conseguiu compor o saldo das contas e financiamentos 
concedidos, nem das contas de investimentos. 
 
a) com ressalva, adverso, abstenção de opinião e sem ressalva 
b) adverso, abstenção de opinião, sem ressalva e com ressalva 
c) adverso, com ressalva, sem ressalva e abstenção de opinião 
d) abstenção de opinião, sem ressalva, com ressalva e adverso 
e) abstenção de opinião, com ressalva sem ressalva e adverso 
 
COMENTÁRIOS: Item I – O fato descrito certamente provocou 
grandes distorções nas demonstrações contábeis da entidade. 
No desenvolvimento de seus trabalhos é fundamental que o 
auditor independente verifique se as operações relevantes 
efetuadas pela entidade encontram-se devidamente 
documentadas, se os dados consignados nos documentos fiscais 
e contratuais estão corretos, assim como se tais dados foram 
corretamente transpostos para os livros contábeis e fiscais que 
compõem a escrituração da entidade. 
Ao verificar que tais requisitos não foram observados, o auditor 
emitirá parecer adverso. 
 
Item II - O fato descrito revela que a entidade não observou o 
regime de competência em relação aos juros passivos e às 
variações monetárias passivas incidentes sobre contratos de 
financiamento com determinada instituição financeira. No caso, 
subentende-se que a inobservância dos princípios fundamentais 
de contabilidade foi limitada a determinados contratos de 
financiamento, não se estendendo às demais obrigações. Neste 
caso, o auditor emitirá parecer com ressalva mencionando os 
efeitos da irregularidade nas demonstrações contábeis. 
 
Item III – O fato descrito não afetou as demonstrações 
contábeis e, portanto, são irrelevantes. Não ocorrendo 
distorções sobre as demonstrações contábeis será emitido 
parecer sem ressalva. 
 
Item IV – Por não ter tido condições de compor os saldos dos 
financiamentos e dos investimentos pressupõe-se que o auditor 
não teve acesso a informações que seriam fundamentais para a 
manifestação de sua opinião sobre as demonstrações contábeis. 
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Tal situação caracteriza "limitação na extensão do trabalho" e, 
portanto, enseja a emissão de parecer com abstenção de 
opinião. 
 
Observando-se as opções apresentadas, verifica-se que cada 
situação apresentada enseja um tipo de parecer. Dessa forma, 
para encontrar a solução, o candidato terá que estabelecer 
critérios de comparação relativa entre as situações. Não cabe em 
relação ao item II, por exemplo, pressupor que a inobservância 
do regime de competência tenha se estendido a outros grupos 
de contas, quando o enunciado não fornece indicações neste 
sentido. Ademais, comparando-se o item I com o II, verifica-se 
que o primeiro configura-se como uma situação mais grave que o 
segundo. 
 
Gabarito: C 
 
Em próxima aula, concluiremos as informações sobre o tópico Parecer 
dos Auditores Independentes e avançaremos no estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis. 
 
Até lá e um abraço a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Caros amigos, 
 
Iniciaremos esta aula, analisando os aspectos complementares relativos 
ao Parecer de Auditoria. A seguir, continuaremos o estudo da Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis. 
 
17.3 - INCERTEZA 
 
O item 11.3.7 da NBC T 11 estabelece a atitude a ser adotada pelo 
Auditor quando se deparar com uma “Incerteza”. 
 
Para melhor compreensão do conceito de Incerteza, vamos analisar a 
situação a seguir descrita. 
 
Suponhamos que o Auditor verifique a existência de uma ação judicial 
movida contra a entidade. As ações judiciais contra e sociedade são 
normalmente interpostas por seus empregados, clientes e fornecedores, 
entre outros. 
 
O primeiro passo a ser adotado em relação à ação judicial, cabe à 
entidade. Esta deverá verificar junto a seus advogados as 
possibilidades do resultado litígio. Supondo que os advogados da 
entidade entendam que as chances de sucesso sejam remotas, ou pelo 
menos significativas. 
 
Nesse caso, estará caracterizada uma contingência passiva, ou seja, um 
fato que não faz parte das operações rotineiras da sociedade e em 
relação ao qual existem chances consideráveis de perda. 
 
O segundo passo a ser adotado pela entidade será verificar, também 
junto aos seus advogados, se é possível estimar o valor que a entidade 
provavelmente terá que desembolsar quando ficar materializada a perda 
da ação. Suponhamos que o valor da ação seja de R$ 300.000,00. 
 
Nessa situação, em cumprimento aos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade, caberá à administração da entidade constituir uma 
Provisão para Contingências com base no valor estimado, registrando o 
seguinte lançamento: 
 
 
 
 
 
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Despesa com Provisão para Contingências 
(conta de resultado) 
 
a Provisão para Contingências – ações judiciais 
(conta do passivo exigível) R$ 300.000,00 
Tal lançamento está em consonância com os seguintes Princípios 
Fundamentais de Contabilidade elencados na Resolução CFC nº 750/93. 
 
Art. 6º - Princípio da Oportunidade – Inciso I – "desde que tecnicamente 
estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo 
na hipótese de somente existir razoável certeza de sua 
ocorrência." (grifamos) 
 
Art. 9º - Princípio da Competência - § 1º - "O Princípio da 
COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo 
resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido, 
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, 
resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. 
 
Art. 10º - Princípio da Prudência – O Princípio da PRUDÊNCIA determina 
a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais 
que alterem o Patrimônio Líquido. (grifamos) 
 
Dessa forma, a constituição das Provisões tem como base os princípios 
supramencionados. 
 
Cabe ressaltar que este não foi o entendimento da ESAF manifestado na 
prova de contabilidade no concurso de AFRF-2003, no qual a Banca 
considerou que a constituição da provisão para créditos de liquidação 
duvidosa e das variações cambiais passivas teriam como base somente 
o Princípio da Prudência. 
 
Retornando ao caso descrito, suponhamos que houvesse incerteza 
quanto ao desfecho do processo judicial movido contra a entidade ou 
que não fosse possível estimar o seu valor. Nesse caso, estaria 
caracterizada uma Incerteza. 
 
Caberia então à entidade revelar tal Incerteza e seus possíveis efeitos 
em notas explicativas às demonstrações contábeis. 
 
Estando diante da situação descrita, caberia ao Auditor verificar se a 
Incerteza está ou não adequadamente divulgada. 
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Caso conclua que a Incerteza esteja adequadamente divulgada nas 
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis, deverá o Auditor 
acrescentar um Parágrafo de Ênfase no seu Parecer, após o 
parágrafo de opinião, fazendo referência à nota explicativa da 
administração, que deve descrever de forma mais extensa, a natureza 
e, quando possível, o efeito da Incerteza. Nessa situação, o parecer 
continuaria na condição de "sem ressalva", caso não existissem outras 
situações objeto de ressalva.Caso o auditor conclua que a matéria envolvendo incerteza relevante 
não esteja adequadamente divulgada nas Notas Explicativas às 
Demonstrações Contábeis, de acordo com as disposições contidas no 
item 11.1.1.1, o seu Parecer deve conter Ressalva ou Opinião 
adversa, pela omissão ou inadequação da divulgação. 
 
A seguir, apresentamos um quadro, resumindo a situação descrita: 
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS 
• Exemplo: Ações Judiciais movidas 
contra a entidade. 
 
Se as chances de sucesso forem remotas: 
• 1. Se o valor for Estimável – 
Constituição de Provisão 
 
• 2. Se o valor não for Estimável - 
Incerteza 
 
INCERTEZA 
1. Quando adequadamente divulgada pela 
Entidade em Notas Explicativas: 
PARECER COM PARÁGRAFO DE ÊNFASE 
(após o parágrafo de opinião). O Parecer 
continua na condição de Sem Ressalva 
 
2. Quando Não divulgada adequadamente 
pela Entidade: 
PARECER COM RESSALVA OU ADVERSO 
 
Vamos analisar algumas questões de concursos relativas ao assunto. 
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1.( AFTN/1998/ESAF) A incerteza quanto à realização de um ativo 
mensurado em bases razoáveis e considerado relevante para as 
demonstrações contábeis da entidade auditada implica a emissão de: 
a) Parecer com parágrafo de ênfase 
b) Parecer com abstenção de opinião 
c) Parecer sem ressalva 
d) Parecer com ressalva ou adverso 
e) Relatório de recomendações 
Comentários: A questão foi mal formulada. Em primeiro lugar 
não foi mencionado no enunciado se a incerteza foi ou não 
adequadamente divulgada pela administração da entidade em 
notas explicativas. Vamos partir do pressuposto de que ao não 
mencionar tal condição subentende-se que a incerteza tenha 
sido adequadamente divulgada. 
 
Ao constatar que a incerteza está adequadamente divulgada nas 
notas explicativas, o Auditor irá adicionar um Parágrafo de 
Ênfase em seu parecer após o Parágrafo de Opinião, fazendo 
menção à nota explicativa emitida pela entidade. No entanto, 
nessa situação, o Parecer continua na condição de parecer sem 
ressalva. 
 
Existiriam então duas opções corretas; "a" e "c". 
A interpretação adotada pela ESAF deve ter sido a aplicação do 
critério “ O mais específico prevalece sobre o geral”. Assim, a 
situação mais específica (Parecer com Parágrafo de Ênfase) 
prevalece sobre a geral (Parecer sem Ressalva). 
 
Gabarito Oficial - A 
 
2. (AFRF/2002.2/ESAF) Após uma série de respostas de advogados 
da empresa auditada, o auditor segregou os processos judiciais movidos 
contra a empresa em três categorias de chance de insucesso, a saber: 
provável, possível e remota. Quando os processos forem classificados 
como prováveis, cujo efeito não possa ser razoavelmente estimado, o 
auditor deve emitir um parecer: 
a) sem ressalva 
b) com parágrafo de ênfase 
c) com ressalva 
d) adverso 
e) com abstenção 
 
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Comentários:Quando não for possível estimar os efeitos relativos 
a contingências passivas, estará caracterizada uma "Incerteza". 
Novamente, a Banca Examinadora não especificou se tal 
Incerteza está ou não adequadamente divulgada em notas 
explicativas. Parte-se então do pressuposto de que, ao não 
mencionar tal condição, a Banca entenda que a Incerteza esteja 
adequadamente divulgada. Neste caso, será emitido um parecer 
com parágrafo de ênfase, o qual continua na condição de parecer 
sem ressalva. 
 
Gabarito: B 
 
3. (AFPS/2002/ESAF) Em decorrência das respostas de circularização, 
de advogados internos e externos da empresa auditada, o auditor 
independente recebeu diversas respostas com opinião sobre a 
possibilidade remota de insucesso de ações de diversas naturezas, 
contra a empresa, já em fase de execução. 
 
Neste caso, o auditor deve: 
a) concordar integralmente com os advogados. 
b) discordar parcialmente dos advogados. 
c) concordar parcialmente com os advogados. 
d) discordar integralmente dos advogados. 
e) não concordar nem discordar dos advogados. 
 
Comentários: A questão aborda o procedimento a ser adotado 
pelo Auditor face às respostas de circularizações efetuadas junto 
aos advogados da entidade. A resolução da questão está mais na 
leitura atenta do enunciado e na aplicação do bom-senso do que 
no conceito da norma. 
Vejamos; existe uma contradição entre a situação das ações 
movidas contra a empresa e as respostas dos advogados. Se 
existe a possibilidade remota de insucesso em relação às ações, 
ou seja, grandes chances de sucesso para a empresa, como 
dizem os advogados, tais ações não poderiam estar na fase de 
execução. O fato das ações estarem na fase de execução 
evidencia que a entidade está tendo insucesso no litígio e, 
conseqüentemente, as informações dos advogados não estão 
corretas. 
Assim, deve o Auditor discordar integralmente dos advogados. 
 
Gabarito: D 
 
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4. (FCC) Quando ocorrer incerteza quanto a fato relevante, cujo 
desfecho possa afetar significativamente o patrimônio e o resultado da 
entidade, o auditor deve emitir um parecer 
 
a) sem ressalva, uma vez que sua responsabilidade se atém a fatos 
ocorridos até a data da elaboração das demonstrações contábeis. 
b) com abstenção de opinião, em virtude da impossibilidade da 
mensuração do fato superveniente. 
c) adverso, uma vez que isto constitui uma séria limitação ao seu 
trabalho. 
d) com ressalva, destacando a impossibilidade de se avaliar 
corretamente a possibilidade de ocorrência dos fatos, dado seu 
caráter aleatório. 
e) sem ressalva, mas com parágrafo de ênfase. 
 
Comentários: Ocorrendo Incerteza, e presumindo-se que esta 
esteja adequadamente divulgada nas Notas Explicativas às 
Demonstrações Contábeis da entidade, o item 11.3.7 da NBC T 
11 estabelece que será emitido Parecer com Parágrafo de 
Ênfase, o qual continua na condição de Parecer sem Ressalva. 
 
Gabarito: E 
 
17.4 – PARECER QUANDO DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 
CONTROLADAS E/OU COLIGADAS SÃO AUDITADAS POR OUTROS 
AUDITORES 
 
O item 11.3.9.1 da NBC T 11 estabelece que o Auditor deve assegurar-
se de que as Demonstrações Contábeis de controladas e/ou coligadas, 
relevantes, utilizadas para fins de consolidação ou contabilização dos 
investimentos pelo valor do patrimônio líquido na controladora e/ou 
investidora, estão de acordo com as disposições contidas no item 
11.1.1.1. 
 
Já ,os itens 11.3.9.2 e 11.3.9.3 estabelecem que quando houver 
participação de outros Auditores independentes no exame das 
Demonstrações Contábeis das controladas e/ou coligadas relevantes, o 
auditor da controladora e/ou investidora deve destacar esse fato no 
seu Parecer, expressar sua opinião sobre as Demonstrações Contábeis 
como um todo, baseando-se exclusivamente no Parecer de outro 
Auditor com respeito às Demonstrações Contábeis de controladas e/ou 
coligadas, devendo serem destacados os valores envolvidos. 
 
 
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No quadro a seguir é evidenciada a situação descrita. 
 
AUDITORIA EM CONTROLADAS OU COLIGADAS 
CONTROLADORA CONTROLADA ou 
COLIGADA 
Auditor 1 
Destacar o fato em seu 
PARECER e basear-se, 
exclusivamente, no 
Parecer do Auditor da 
Controlada 
 Auditor 2 
Efetuou Auditoria nas 
Demonstrações 
Contábeis das 
Controladas ou 
Coligadas 
 
A regra estabelecida pela norma tem como objetivo segregar as 
responsabilidades na execução dos trabalhos dos Auditores 
Independentes. Se foi realizada Auditoria Independente nas Controladas 
e/ou Coligadas, presume-se que o trabalho seja confiável, tendo em 
vista tersido executado por profissional habilitado para tal. 
 
As informações das Controladas e Coligadas são fundamentais para a 
Controladora para fins de avaliação dos Investimentos Relevantes e 
para a Consolidação das Demonstrações Financeiras. As variações nos 
Patrimônios Líquidos das Controladas e Coligadas terão reflexos nos 
Investimentos Relevantes da Controladora nessas sociedades. 
 
Assim, no exame das Demonstrações Contábeis da Investidora, o 
Auditor Independente necessitará de segurança quanto às informações 
das Controladas e Coligadas. Caso estas últimas tenham tido suas 
Demonstrações Contábeis auditadas por outros profissionais, o Auditor 
da Controlada deverá confiar no Parecer dos Auditores das Controladas 
e/ou Coligadas. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto. 
 
5.(AFTN/1998/ESAF) O exame das demonstrações contábeis de 
sociedades controladas e ou coligadas, relevantes, por outros auditores 
independentes, implica a seguinte obrigação para o auditor da sociedade 
controladora 
a) Ressalvar seu parecer, por esse fato 
b) Emitir parecer com abstenção de opinião 
c) Emitir parecer com parágrafo de ênfase 
d) Destacar esse fato no seu parecer 
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e) Não considerar esse fato no seu parecer 
 
Comentários: Conforme analisado, quando houver participação 
de outros Auditores independentes no exame das 
Demonstrações Contábeis das controladas e/ou coligadas 
relevantes, o auditor da controladora e/ou investidora deve 
destacar esse fato no seu Parecer e basear-se exclusivamente no 
Parecer do Auditor das Controladas ou Coligadas. 
 
Gabarito: D 
 
6. (FCC) Quando há demonstrações contábeis de controladas, utilizadas 
para fins de consolidação, que foram auditadas por outros profissionais, 
o auditor da companhia investidora 
 
a) Não precisa expressar sua opinião sobre elas, já que o trabalho foi 
executado por outras pessoas. 
b) Não apenas precisa expressar sua opinião sobre elas, mas 
também deve revisar o trabalho feito pelos outros. 
c) Precisa expressar sua opinião sobre elas, com base nos pareceres 
feitos pelos outros auditores e destacar tal fato em seu parecer. 
d) Precisa expressar sua opinião sobre elas, mas omitir em seu 
parecer que as mesmas foram auditadas por outros profissionais. 
e) Deve emitir um parecer com ressalva, destacando que as citadas 
 demonstrações foram auditadas por outros auditores. 
 
Comentários: Com base nos dispositivos analisados, quando as 
demonstrações contábeis de controladas, utilizadas para fins de 
consolidação, foram auditadas por outros profissionais, o auditor 
da companhia investidora não precisa expressar sua opinião 
sobre elas, já que o trabalho foi executado por outros auditores. 
 
Gabarito: A 
 
7.(AFRF/2002.2/ESAF)Quando outros auditores independentes 
emitirem parecer de auditoria de empresas controladas e 
coligadas relevantes, o auditor da empresa controladora, em seu exame 
de consolidação, deve: 
a) revisar os papéis de trabalho de auditores das empresas 
controladas/coligadas. 
b) emitir uma ressalva de limitação de escopo em seu parecer de 
auditoria. 
c) desconsiderar os trabalhos dos auditores das empresas 
controladas/coligadas. 
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d) abster-se de opinião dos valores consolidados auditados por outros 
auditores. 
e) basear-se exclusivamente no parecer dos outros auditores 
independentes. 
 
Comentários: Idem à questão 5. 
Gabarito: E 
 
17.5 – ASPECTOS COMPLEMENTARES 
 
PARECER SOBRE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONDENSADAS 
 
O item 11.3.10 da NBC T 11 estabelece que o Auditor poderá expressar 
opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma 
condensada, desde que tenha emitido opinião sobre as demonstrações 
contábeis originais. 
 
O parecer sobre as demonstrações contábeis condensadas deve indicar 
que elas estão preparadas segundo os critérios utilizados originalmente 
e que o perfeito entendimento da posição da entidade depende da 
leitura das demonstrações contábeis originais. 
 
Toda informação importante, relacionada com ressalva, parecer 
adverso, parecer com abstenção de opinião e/ou ênfase, constante do 
parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis originais, deve 
estar incluída no parecer sobre as demonstrações contábeis 
condensadas. 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NÃO-AUDITADAS 
 
A NBC T 11, em seu item 11.3.11, estabelece que sempre que o nome 
do auditor estiver, de alguma forma, associado com demonstrações ou 
informações contábeis que ele não auditou, estas devem ser claramente 
identificadas como “não-auditadas”, em cada folha do conjunto. 
 
Em havendo emissão de relatório, este deve conter a indicação de que o 
auditor não está expressando opinião sobre as referidas demonstrações 
contábeis. 
 
Para finalizar o tópico relativo ao Parecer de Auditoria, cabe assinalar 
que o Parecer do Auditor Independente tem por limite os próprios 
objetivos da auditoria das Demonstrações Contábeis e não representa, 
pois, garantia de viabilidade futura da entidade ou algum tipo de 
atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios. 
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18. NORMAS PROFISSIONAIS DO AUDITOR INDEPENDENTE 
 
Embora não haja referência explícita ao presente item no edital do 
concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, devido à 
sua grande importância na disciplina e à possibilidade de ser incluído no 
item “Normas de Auditoria Independente”, faremos o estudo do referido 
assunto. 
 
O conjunto de normas concernentes à RESPONSABILIDADE LEGAL E 
PROFISSIONAL do Auditor Independente, definido pelo CONSELHO 
FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC), encontra-se consolidado na 
RESOLUÇÃO CFC NO 821, de 17 de dezembro de 1997, a qual “Aprova a 
NBC P 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente com alterações 
e dá outras providências” e na Resolução CFC nº 803/96 que aprovou o 
Código de Ética Profissional do Contabilista. 
 
Conforme analisamos na Aula 0, a maior parte das questões de 
concursos tem como base a NBC T 11. Em segundo lugar, vem a NBC P 
1 que trata dos comandos relativos aos aspectos profissionais do Auditor 
Independente. 
 
A seguir, apresentaremos os principais aspectos da referida norma. 
 
Na referida Norma, são elencados os princípios e preceitos que 
regulamentam o exercício da profissão do Auditor Independente, os 
quais se configuram nos seguintes aspectos: 
 1.Competência Técnico-Profissional 
2.Independência 
3. Responsabilidade do Auditor na Execução dos Trabalhos 
4. Honorários 
5. Guarda de Documentação 
6. Sigilo 
7. Responsabilidade pela Utilização do Trabalho do Auditor 
Interno 
8. Responsabilidade pela Utilização do Trabalho de 
Especialistas 
9. Informações Anuais aos Conselhos Regionais de 
Contabilidade 
10. Educação Continuada 
11. Exame de Competência Profissional 
 
Vejamos uma questão que aborda os itens da NBC P1. 
 
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8. (AFTN/1996/ESAF) A NBC-P-1 – Normas Profissionais de Auditor 
Independente do Conselho Federal de Contabilidade, entre outras, 
estabelece as seguintes normas. 
a)Competência técnico- profissional, elementos comprobatórios e 
cuidado e zelo. 
b)Competência técnico – profissional, independência, cuidado e zelo. 
c)Avaliação do controle interno, independência e cuidado e zelo. 
d)Planejamento e supervisão, independência e cuidado e zelo. 
e)Documentação de auditoria, planejamento e supervisão e 
imparcialidade. 
 
Comentários: Elementos Comprobatórios, Avaliação do Controle 
Interno, Planejamentoe Supervisão e Documentação de 
Auditoria são aspectos técnicos contidos na NBC T 11. 
Competência técnico-profissional, Independência, Cuidado e Zelo 
são aspectos profissionais definidos na NBC P1. 
Gabarito:B 
 
18.1 – COMPETÊNCIA 
 
O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível 
de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios 
Fundamentais da Contabilidade e das Normas Brasileiras de 
Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de 
auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas 
administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada. 
 
O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das 
demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da 
entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível 
identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as 
práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a 
posição patrimonial e financeira da entidade, e o parecer a ser por ele 
emitido sobre as demonstrações contábeis. 
 
Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento 
preliminar da atividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação 
junto à administração, da estrutura organizacional, da complexidade das 
operações, e do grau de exigência requerido para a realização do 
trabalho de auditoria. Esta avaliação deve ficar evidenciada de modo a 
poder ser comprovado o grau de prudência e zelo na contratação dos 
serviços. 
 
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O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar 
adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a 
utilização de especialistas em outras áreas, em face da especialização 
requerida e dos objetivos do contratante. 
 
18.2 – INDEPENDÊNCIA 
 
O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar por 
fatores estranhos por preconceitos ou quaisquer outros elementos 
materiais ou afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua 
independência. 
 
Está impedido de executar trabalho de auditoria independente, o 
auditor que tenha tido, no período a que se refere a auditoria ou 
durante a execução dos serviços, em relação à entidade auditada, 
suas coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do 
mesmo grupo econômico: 
 
a) vínculo conjugal ou de parentesco consangüineo em linha reta, sem 
limites de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º 
grau, com administradores, acionistas, sócios ou com empregados 
que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam 
responsáveis por sua contabilidade; 
 
b) relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador 
assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos dois últimos anos; 
 
c) participação direta ou indireta como acionista ou sócio; 
 
d)interesse financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial 
interesse financeiro indireto, compreendida a intermediação de negócios 
de qualquer tipo e a realização de empreendimentos conjuntos; 
 
e)função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria 
independente; 
 
f) fixado honorários condicionais ou incompatíveis com a natureza do 
trabalho contratado; 
 
g) qualquer outra situação de conflito de interesses no exercício da 
auditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos órgãos 
reguladores e fiscalizadores. 
 
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Cabe observar que os impedimentos descritos referem-se ao período a 
que se refere a auditoria ou durante a execução dos serviços. Como 
exemplo, se o Auditor vai auditar as Demonstrações Contábeis de 2004, 
no início do exercício de 2005, caso o pai ou irmão do auditor tenham 
sido contadores ou diretores da companhia, até 2003, e depois se 
desligado da sociedade, não há qualquer impedimento para a execução 
do trabalho. 
 
O auditor deve recusar o trabalho ou renunciar à função na ocorrência 
de qualquer das hipóteses de conflitos de interesses previstos no 
presente item.” 
 
Ocorre impedimento de execução dos trabalhos de Auditoria 
Independente quando o Auditor possui os graus de parentesco 
especificados na alínea “a” supramencionada com pessoas que tenham 
ingerência na administração da entidade, ou seja, que tenham poder de 
decisão, ou com o responsável pela contabilidade. Caso se verifiquem os 
mesmos graus de parentesco com pessoas que trabalhem na entidade a 
ser auditada, mas não tenham poder de decisão nesta, não há 
impedimento do trabalho ser executado. Caso, por exemplo, a esposa 
do Auditor seja secretária da entidade a ser auditada, não haverá 
impedimento, tendo em vista que o cargo de secretária, 
presumivelmente, não possui poder de gerência. 
 
Parentesco consangüíneo em linha reta é o existente entre o Auditor e 
seus ascendentes e descendentes: Pais (1º grau), Avós (2º grau), Filhos 
(1º grau), Netos (2º grau) etc. Em linha colateral é o existente com os 
irmãos (2º grau), tios e sobrinhos (3º grau). Os primos são parentes 
consangüíneos de 4º grau. Em relação a estes últimos, não existe 
impedimento. 
 
Parentesco por afinidade é aquele relativo aos parentes consangüíneos 
do cônjuge (esposa ou marido do(a) auditor (a), tais como sogros (1º 
grau) e cunhados (2º grau). 
 
Vejamos questões de concursos sobre o assunto. 
 
9. (AFTN/1996/ESAF) Indique a assertiva que não configura conflitos 
de interesses e, portanto, perda efetiva, ou aparente, da independência 
do auditor. 
a)Vínculos conjugais com administrador da empresa auditada 
b) Relação de trabalho como empregado, nos últimos dois anos. 
c) Utilização dos trabalhos dos auditores internos. 
d) Fixação de honorários condicionais à natureza dos trabalhos. 
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e) Participação indireta como acionista da empresa auditada. 
 
Comentários: A única situação apresentada que não configura 
conflitos de interesse e, portanto, perda efetiva, ou aparente, da 
independência do Auditor é a da “utilização dos trabalhos dos 
auditores internos”. 
 
Ressalte-se que o Auditor pode utilizar o trabalho dos auditores 
internos, assim como o de especialistas em matérias específicas, 
mantendo, no entanto, a responsabilidade integral pela sua 
opinião. Em outras palavras, caso exista algum equívoco na 
conclusão do trabalho do especialista utilizado pelo Auditor, este 
não poderá eximir-se de sua responsabilidade, alegando que a 
culpa foi do auditor interno ou do especialista. 
 
Gabarito: C 
 
10.(FCC) O auditor da CVM, ao efetuar fiscalização nas demonstrações 
financeiras do Banco Depósito SA, constatou que o auditor responsável 
pelas demonstrações contábeis, objeto da fiscalização, possui 
parentesco em primeiro grau com o contador da empresa auditada. 
Nesse caso, para atender à Lei nº 6.404/76 e às normas da CVM, os 
trabalhos de auditoria serão considerados: 
a) anuláveis 
b) válidos 
c) corretos 
d) justificáveis 
e) nulos 
 
Comentários: O parentesco do Auditor com o Contador da 
entidade configura conflito de interesses no exercício da 
Auditoria Independente e, portanto, representa perda efetiva ou 
aparente da independência do Auditor, conforme estabelecido no 
item 1.2 da NBC P1. Os trabalhos executados pelo Auditor 
nessas circunstâncias são nulos. 
 
Gabarito: E 
 
18.3 - RESPONSABILIDADES DO AUDITOR NA EXECUÇÃO DOS 
TRABALHOS 
 
O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos 
trabalhos e na exposição de suas conclusões. 
 
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Ao opinar sobre as demonstrações contábeis o auditor deve ser 
imparcial. 
 
O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo a 
descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar 
a possibilidade de sua ocorrência. 
 
Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as 
demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor 
independente, caso não tenha feito ressalva específica em seu parecer, 
demonstrar, mediante, inclusive, a exibição de seus papéis de trabalho 
às entidades referidas no item 1.6.5, que seus exames foram 
conduzidos de forma a atender as Normas de Auditoria Independente 
das Demonstrações Contábeis e as presentes normas. 
 
18.4 – HONORÁRIOS 
 
O auditor deve estabelecer e documentar seus honorários mediante 
avaliação dos serviços, considerando os seguintes fatores: 
• a relevância, o vulto, a complexidade do serviço e o custo do 
serviço a executar; 
• o número de horas estimadas para a realização dos 
serviços; 
• a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou 
permanente; 
• a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da 
execução dos serviços; e 
• o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o 
caso, como serão cobrados os custos de viagens e estradas. 
 
Os honorários deverão constar de carta-proposta ou documento 
equivalente, elaborada antes do início da execução do trabalho que 
também contenha: 
 
1. a descrição dos serviços a serem realizados, inclusive 
referências às leis e regulamentos aplicáveis ao caso; 
2. que o trabalho será efetuado segundo as Normas de Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis e as presentes 
normas; 
3. o prazo estimado para realização dos serviços; 
4. os relatórios a serem emitidos; e 
5. as condições de pagamento dos honorários. 
 
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A inobservância de qualquer dos itens referidos nos itens 1.4.1 e 1.4.2 
constitui infração ao Código de Ética do Contabilista. 
 
Vejamos algumas questões sobre o item exposto: 
 
11.(AFTN/1998/ESAF) De acordo com a NBC – P –1 – Normas 
Profissionais de Auditor Independente, ao estabelecer e documentar 
seus honorários, o auditor incorre em infringência ao Código de Ética do 
Contabilista quando 
a) Determina a forma como os custos de viagens e estadas serão 
reembolsados 
b)Omite os tipos de relatórios de auditoria previstos por serem emitidos 
c)Fixa os honorários com base em estimativa de horas por serem gastas 
d)Omite a data de validade da proposta comercial de prestação de 
serviços 
e)Define prazo para realização dos serviços de auditoria contratados 
 
Comentários: A NBC P 1 estabelece os itens que devem constar 
na Carta-Proposta, tais como, entre outros, as condições de 
pagamento dos honorários. Alguns critérios podem ser utilizados 
como base para a cobrança dos honorários, outros não. Se no 
contrato de prestação dos serviços for estabelecido que serão 
emitidos determinados tipos de relatórios, a omissão destes 
representa infringência ao Código de Ética do Contabilista. 
Em relação à alternativa “D”, não existe definição na norma 
quanto à validade da proposta comercial de prestação de 
serviços, não havendo, portanto, infringência quando essa for 
omitida. 
Gabarito: B 
 
12.(AFTN/1998/ESAF) Segundo a NBC – P – 1 – Normas Profissionais 
do Auditor Independente, o estabelecimento de honorários 
condicionados à natureza dos trabalhos contratados 
a) Deve constar na carta de responsabilidade da administração. 
b) Deve ser objeto de divulgação nas notas explicativa no balanço. 
c) Compõe um dos aspectos do sigilo profissional por ser mantido. 
d) Deve constar na carta – proposta ou documento equivalente do 
auditor. 
e) Resulta em perda efetiva ou aparente da independência do auditor. 
 
Comentários: Conforme consta no item 1.2 da NBC P 1, alínea 
“f”, o establecimento de honorários condicionados à natureza 
dos trabalhos contratados resulta em perda efetiva ou aparente 
da independência do auditor. Honorários condicionados à 
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natureza dos trabalhos seria a situação do Auditor cobrar valores 
diferentes em relação aos tipos de trabalhos contratados como, 
por exemplo, cobrar mais pelo Procedimento Básico de Inspeção 
do que pelo de Investigação. O Auditor pode cobrar valores mais 
elevados em função da quantidade ou complexidade das 
operações da entidade. No entanto, tal diferenciação não poderá 
ser estabelecida com base na natureza dos trabalhos ou no tipo 
de Parecer a ser emitido. 
Gabarito: E 
 
13.(AFRF/2001/ESAF) Constitui infringência ao Código de Ética 
Profissional do Contabilista e, portanto, é vedado ao auditor 
independente de demonstrações contábeis no desempenho de suas 
funções: 
a) Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse no 
montante de honorários profissionais estabelecidos para a contratação. 
 b) Transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro contabilista, 
mesmo com a anuência do cliente, por escrito. 
 c) Transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a outro 
contabilista, mantendo, porém, sempre como sua a responsabilidade 
técnica. 
 d) Comunicar ao cliente, em documento reservado, eventual 
circunstância adversa que possa influir na decisão de contratação dos 
seus serviços profissionais. 
 e) Indicar títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos 
realizados e relação de clientes. 
Comentários: De acordo com o Código de Ética do Contabilista, é 
vedado o auditor valer-se de agenciador de serviços, mediante 
participação desse no montante de honorários profissionais 
estabelecidos para a contratação. 
 Gabarito:A 
 
18.5 – GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO 
 
O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, 
deve conservar a boa guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir 
da data da emissão de seu parecer, toda a documentação, papéis de 
trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços 
realizados. 
 
18.6 – SIGILO 
 
O sigilo profissional deve ser observado nas seguintes circunstâncias: 
c) na relação entre o auditor e a entidade auditada; 
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ci) na relação entre os auditores; 
cii) na relação entre os auditores e os organismos reguladores e 
fiscalizadores; e 
ciii) na relação entre o auditor e demais terceiros. 
 
O auditor deve respeitar e assegurar o sigilo relativamente às 
informações obtidas durante o seu trabalho na entidade auditada, não 
as divulgando, sob nenhuma circunstância, sem autorização expressa da 
entidade, salvo quando houver obrigação legal de fazê-lo. 
 
O auditor somente deverá divulgar a terceiros informações sobre a 
entidade auditada ou sobre o trabalho por ele realizado, caso seja 
autorizado, por escrito, pela administração da entidade, com poderes 
para tanto, que contenha de forma clara e objetiva os limites das 
informações a serem fornecidas, sob pena de infringir o sigilo 
profissional. 
 
O auditor, quando previamente autorizado, por escrito, pela entidade 
auditada, deverá fornecer as informações que forem julgadas 
necessárias ao trabalho do auditor independente que o suceder, as 
quais serviram de base para emissão do último parecer de auditoria por 
ele emitido. 
 
Observem uma questão sobre o item supramencionado: 
 
14.(AFRF/2001/ESAF) As informações que serviram de base para o 
último parecer sobre demonstrações contábeis emitido pelo auditor 
independente que tenha sido precedido: 
a) Não podem ser divulgadas para o auditor sucessor, em nenhuma 
circunstância, sob pena de quebra de sigilo profissional.b) Devem ser divulgadas para o auditor sucessor, independente de 
autorização da entidade auditada, conforme determinam as normas. 
 c) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde que o 
Conselho Regional de Contabilidade autorize formalmente. 
 d) Podem ser divulgadas para o auditor sucessor, desde que a 
entidade auditada autorize previamente, por escrito. 
 e) Devem ser compulsoriamente divulgadas para o auditor sucessor, 
sob pena de este emitir parecer com ressalva por limitação de escopo. 
 
Comentários: Entendo que houve uma falha na redação da 
alternativa considerada como correta. A norma estabelece que 
quando previamente autorizado, por escrito, pela entidade 
auditada, o auditor deverá fornecer as informações que forem 
julgadas necessárias ao trabalho do auditor independente que o 
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suceder. Portanto, quem tem a opção de autorizar ou não a 
entrega da documentação é a entidade. Uma vez autorizada tal 
entrega, o Auditor anterior deverá fornecer as informações para 
o Auditor que o suceder. 
Embora mal redigida, por eliminação chegaríamos à alternativa 
“C”. 
Gabarito: C 
 
O auditor, desde que autorizado pela administração da entidade 
auditada, quando solicitado por escrito e fundamentadamente, pelo 
Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de 
Contabilidade, bem como pelos órgãos reguladores e fiscalizadores de 
atividades específicas, quando o trabalho for realizado em entidades 
sujeitas ao controle daqueles organismos, deve exibir as informações 
obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos 
serviços, a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres, de 
modo a demonstrar que o trabalho foi realizado de acordo com as 
Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, das 
presentes normas e demais normas legais aplicáveis. 
 
Os contadores designados pelo Conselho Federal de Contabilidade e 
Conselhos Regionais de Contabilidade para efetuarem a fiscalização do 
exercício profissional deverão ter competência técnico-profissional 
similar à requerida ao auditor independente para o trabalho por ele 
realizado e assumirão compromisso de sigilo profissional semelhante. 
 
Os organismos profissionais assumirão a responsabilidade civil por 
perdas e danos que vierem a ser causados em decorrência da quebra de 
sigilo pelos profissionais por eles designados para o exame dos 
trabalhos desenvolvidos pelos auditores. 
 
 
O dever de manter o sigilo prevalece: 
 
f) para os auditores, mesmo após terminados os compromissos 
contratuais: 
g) para os contadores designados pelos organismos referidos no item 
1.6.5, mesmo após o término do vínculo empregatício ou funcional; e 
h) para os Conselheiros do Conselho Federal de Contabilidade e dos 
Conselhos Regionais de Contabilidade, mesmo após o término dos 
respectivos mandatos. 
 
 
 
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18.7 - RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DO 
AUDITOR INTERNO 
 
A responsabilidade do auditor não será modificada mesmo quando o 
contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos 
trabalhos. 
 
18.8 - RESPONSABILIDADE PELA UTILIZAÇÃO DO TRABALHO DE 
ESPECIALISTAS 
 
O auditor pode utilizar especialistas legalmente habilitados como forma 
de contribuir para a realização de seu trabalho, mantendo integral a sua 
responsabilidade profissional. 
 
A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência 
profissional, quando o especialista legalmente habilitado for 
contratado pela entidade auditada, sem vínculo empregatício, 
para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas 
demonstrações contábeis, quando tal fato for mencionado em seu 
parecer. 
 
O auditor deverá enviar, até 30 de junho de cada ano, ao Conselho 
Regional de Contabilidade, na forma a ser regulamentada pelo Conselho 
Federal de Contabilidade: 
 
a) as informações sobre os seus clientes, cuja sede seja a da jurisdição 
do respectivo Conselho, e que o objeto do trabalho seja a auditoria 
independente, realizado em demonstrações contábeis relativas ao 
exercício encerrado até o dia 31 de dezembro do ano anterior, 
b) a relação dos nomes do seu pessoal técnico existente em 31 de 
dezembro do ano anterior; e 
c) a relação de seus clientes cujos honorários representem mais de 
10% do seu faturamento anual, bem como os casos onde o 
faturamento de outros serviços prestados aos mesmos clientes de 
auditoria, ultrapassarem, na média dos últimos 3 anos, os honorários 
dos serviços de auditoria. 
 
Quando solicitado, o auditor deverá disponibilizar e fornecer, no prazo 
de trinta dias, a relação de seus clientes e outras informações 
necessárias à fiscalização da atividade de auditoria independente. 
 
15.(AFTN/1998/ESAF) Entre as assertivas abaixo, indique aquela que 
não se configura como responsabilidade ou dever do auditor 
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independente, previsto nas normas de auditoria do Conselho Federal de 
Contabilidade 
a)O auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e 
erros que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis 
b)O uso de trabalho de especialista, empregado da entidade auditada, 
restringe a responsabilidade do auditor à sua competência 
c) O auditor, para poder exercer sua atividade, deverá submeter-se a 
exame de competência profissional 
d) A utilização do trabalho de contador, na função de auditor interno, 
não modifica a responsabilidade do auditor 
e) O auditor, no exercício de sua atividade, deverá comprovar a 
participação em programas de educação continuada. 
 
Comentários: Regra geral, o Auditor pode utilizar o trabalho 
especialistas, mantendo integralmente sua responsabilidade. A 
exceção à regra é quando o especialista legalmente habilitado 
for contratado pela entidade auditada, sem vínculo empregatício. 
Neste caso, a responsabilidade do auditor fica restrita à sua 
competência profissional, quando tal fato for mencionado em seu 
parecer. 
Na alternativa “b” é mencionado que o especialista é empregado 
da entidade auditada. 
Gabarito: B 
 
A relação de clientes referida no item 1.9.2 deverá identificar as 
Companhias Abertas, Instituições Financeiras e demais entidades 
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, Fundos de 
Investimento, Entidades autorizadas a funcionar pela SUSEP – 
Superintendência de Seguros Privados, Administradoras de Consórcio, 
Entidades Fechadas de Previdência Privada, Empresas Estatais, 
(Federais, Estaduais e Municipais), Empresas Públicas, sociedades por 
ações de capital fechado com mais de 100 acionistas e as sociedades 
limitadas que tenham o controle societário, direto ou indireto, das 
entidades referidas neste item. 
 
As informações prestadas aos Conselhos Regionais de Contabilidade 
serão resguardadas pelo sigilo, nos termos previstos nestas normas. 
 
18.9 - EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
O auditor independente, no exercício de sua atividade, deverá 
comprovar a participação em programa de educação continuada, na 
forma a ser regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
 
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18.10 – EXAME DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL 
 
O auditor independente, para poder exercer sua atividade, deverá 
submeter-se a exame de competência profissional, na forma a ser 
regulamentada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
Na próxima aula concluiremos os tópicos da disciplina 
especificados na aula inaugural. 
 
Um abraço a todos e até lá.CURSOS ON-LINE – AUDITORIA P/ ICMS-SP 
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1
AUDITORIA - AULA 6 
 
Caros amigos, 
 
Nesta aula, completaremos os tópicos referentes à disciplina de 
Auditoria contidos no programa do concurso de Agente Fiscal de Rendas 
do Estado de São Paulo. Inicialmente, estudaremos o item relativo aos 
aspectos práticos dos Procedimentos de Auditoria. A seguir, 
estudaremos algumas normas complementares da matéria e 
finalizaremos com o estudo das Presunções Legais de Omissão de 
Receitas e dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
 
19.PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA – ASPECTOS PRÁTICOS 
 
Neste item, estudaremos alguns aspectos práticos da atividade dos 
Auditor Independente das Demonstrações Contábeis: 
 
19.1 - AUDITORIA DAS DISPONIBILIDADES 
 
Após a fase de planejamento, quando o Auditor efetua a análise do SCCI 
da entidade e define a Natureza, Oportunidade e Extensão dos 
Procedimentos de Auditoria, tem início a Auditoria das Demonstrações 
Contábeis propriamente dita. Normalmente, o Balanço Patrimonial é a 
primeira demonstração a ser auditada, iniciando-se o trabalho com o 
exame das contas que compõem o Ativo Circulante. A seguir, é 
apresentada a configuração do referido grupo de contas. 
 
ATIVO CIRCULANTE 
• DISPONIBILIDADES 
• DIREITOS REALIZÁVEIS A CURTO PRAZO 
(DIREITOS PESSOAIS) 
• ESTOQUES (DIREITOS REAIS) 
• DESPESAS ANTECIPADAS 
 
A auditoria das Disponibilidades é especialmente importante, pois neste 
subgrupo patrimonial é onde existe a maior possibilidade de ocorrerem 
erros e fraudes. As Disponibilidades são formadas pelas seguintes 
contas. 
 
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2
DISPONIBILIDADES 
• CAIXA 
• BANCOS CONTA MOVIMENTO 
• APLICAÇÕES DE LIQÜIDEZ IMEDIATA 
• NUMERÁRIO EM TRÂNSITO 
 
Na auditoria da conta Caixa, devem ser adotados os seguintes 
procedimentos: 
 
AUDITORIA DA CONTA CAIXA 
• Realização de contagem sem prévio aviso 
• Verificação do número de caixas existentes 
• Contagem simultânea dos caixas existentes 
• Anotações da contagem em papéis de trabalho 
• Contagem na presença do responsável 
• Obtenção de declaração de devolução dos 
 numerários contados 
 
Tais procedimentos são adotados com vistas a que eventuais fraudes 
não possam ser ocultadas. Se, por exemplo, o Auditor não realiza a 
contagem simultânea nos caixas existentes em uma entidade, caso 
exista desfalque em uma das unidades, esse pode ser ocultado, 
transferindo-se o numerário para o caixa desfalcado quando da 
realização da conferência. Além do dinheiro no caixa, são contabilizados 
nessa conta os cheques recebidos que ainda não foram depositados. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto. 
 
1.(AFTN/1996/ESAF) Para a realização da contagem de caixa, o 
auditor deverá tomar os cuidados necessários para que o resultado seja 
válido. Indique a opção que não representa uma atitude de zelo do 
auditor. 
a) Realização de contagem sem prévio aviso. 
b) Obter declaração de devolução dos numerários contados. 
c) Anotações da contagem em papel de trabalho. 
d) Certificar-se do número de caixas existentes na empresa. 
e) Dispensa da presença do responsável pelo caixa, no ato da 
contagem. 
 
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3
Comentários: A contagem do Caixa deve ser efetuada na 
presença do responsável. 
Gabarito: E 
 
A auditoria da Conta Bancos deve ser efetuada conforme a 
representação a seguir exposta: 
 
AUDITORIA DE BANCOS CONTA-MOVIMENTO 
1.Reconciliações bancárias (confronto dos Documentos 
(extratos bancários) com os respectivos Registros 
Contábeis (Escrituração no Livro Razão Analítico da 
conta Bancos); 
2. Verificação de sistema de autorizações para emissão 
de ordens de pagamento; 
3. Verificação da existência de normas internas, 
determinando que os cheques devam ser assinados 
por mais de uma pessoa (normalmente o tesoureiro e 
um administrador); 
4. Verificação de avisos bancários e de contas 
paralisadas. 
5. Confirmação dos saldos bancários por meio de 
circularizações junto às instituições financeiras. 
 
Vamos analisar mais algumas questões sobre a Auditoria das 
Disponibilidades: 
 
2. (AFTN/1996/ESAF) Indique a opção que não representa um ponto 
forte dos controles internos das disponibilidades financeiras da empresa, 
considerando a execução dos trabalhos de auditoria das demonstrações 
contábeis. 
a) Segregação de funções entre controles bancários e registros 
contábeis. 
b) Sistema formal de autorizações de emissões de ordens de 
pagamentos. 
c) Sistema de Fundo fixo de Caixa para pagamentos de pequena monta. 
d) Contagem física dos cheques emitidos no exercício social auditado. 
e) Assinatura dos cheques, sempre, por duas pessoas independentes. 
 
Comentários: Das alternativas apresentadas, a única que não 
representa um ponto forte dos controles internos das 
disponibilidades financeiras da empresas é “contagem física dos 
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cheques emitidos”. Tal informação, isoladamente, não 
representa qualquer garantia de controle das atividades da 
entidade. A resolução da questão deve ser efetuada, 
comparando-se as alternativas. 
Gabarito: D 
 
3. (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção abaixo que não corresponde a 
um procedimento geralmente empregado na auditoria das 
disponibilidades financeiras das entidades 
a) Contagem de fundo fixo de caixa 
b) Confirmação de assinaturas autorizadas 
c) Análise do fluxo de caixa projetado 
d) Confirmação de contas bancárias paralisadas 
e) Exame documental dos avisos bancários 
 
Comentários: Mais uma questão que pode ser resolvida 
diferenciando-se Controles Contábeis de Administrativos. “A 
Análise do Fluxo de Caixa Projetado” refere-se a um controle 
gerencial, relativo à gestão da sociedade. Reparem que se trata 
de uma projeção para o futuro, representando, portanto, um 
“Controle Administrativo”. 
Gabarito:C 
 
As Aplicações de Liquidez Imediata são aquelas que rendem juros entre 
datas muito próximas. Os procedimentos de auditoria aplicados sobre 
essas contas são semelhantes aos adotados para as contas bancárias, 
tais como verificação dos saldos junto às instituições financeiras por 
meio de circularizações e confronto dos documentos representativos das 
contas com os respectivos registros contábeis, verificando-se as 
aplicações e os resgates, entre outros. 
 
Os Numerários em Trânsito são os valores que, na data do balanço, 
estão “chegando” na entidade, tais como remessas de filiais e 
recebimento de clientes. Os valores ainda não estão nas contas da 
entidade, mas estarão nos primeiros dias do exercício seguinte. 
 
4. (FCC) O auditor, na realização de seu trabalho, em um cliente, 
constata que cerca de 25% de um valor total de R$ 10.000.000,00, das 
contas de adiantamentos a despachantes aduaneiros, foram feitas 
indevidamente a maior, em virtude da não conciliação destas contas por 
parte da empresa. Tal fato apresenta-se como um erro relevante em 
função da magnitude em relação aos ativos da empresa. Desta forma, o 
auditor deve comunicar à administração da entidade 
 
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a) facultativamente e sugerir medidas corretivas, informando em seu 
parecer os possíveis efeitos, caso as medidas não sejam adotadas. 
b) obrigatoriamente, e efetuar medidas corretivas, solicitando que a 
empresa divulgue notas explicativas, por não se tratar de fato 
para parecer. 
c) obrigatoriamente e sugerir medidas corretivas, devendo informar 
em seu parecer ospossíveis efeitos, caso as medidas não sejam 
adotadas. 
d) facultativamente e obriga-la a proceder às medidas corretivas. 
Caso a empresa não o faça, não poderá emitir parecer. 
e) opcionalmente, uma vez que não é papel do auditor elaborar ou 
sugerir medidas corretivas, e mencionar, obrigatoriamente, em 
seu parecer, essa ressalva. 
 
Comentários: Foi descrito no enunciado uma situação que 
configura um erro ou uma fraude relevante. Diante do fato o 
Auditor tem a obrigação de sugerir medidas corretivas, devendo 
informar em seu parecer os possíveis efeitos, caso as medidas 
não sejam adotadas. Observem que quem deve efetuar as 
medidas corretivas é a entidade. Ao Auditor cabe sugerir tais 
medidas. 
Gabarito:C 
 
5. (FCC) A Cia. Caminho do Norte tem uma conta corrente no Banco 
América do Oeste. Em 31-12-2002, o extrato bancário emitido pela 
instituição financeira acusava um saldo credor de R$ 28.800,00. Em 
contrapartida, o livro Razão acusava, para a mesma conta, um saldo 
devedor de R$ 26.500,00. O auditor independente, por meio da análise 
do extrato bancário, apurou os seguintes fatos não registrados na 
contabilidade. 
 
I – Aviso de lançamento a débito, efetuado pelo banco, de R$ 450,00, 
relativo a contas de luz e de telefone. 
 
II – Aviso de lançamento a débito de R$ 3.000,00, em virtude de 
devolução de duplicata descontada por falta de pagamento do sacado. 
 
III – Devolução de cheques de terceiros, depositados pela companhia, 
no valor de R$ 1.850,00, em virtude de insuficiência de fundos; 
 
IV – Aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em 
cobrança no banco, no valor de R$ 6.800,00, mais os juros pelo atraso 
no pagamento de R$ 100,00. 
 
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6
No processo de conciliação bancária, o auditor verificou, também, que 
havia cheques emitidos pela companhia, ainda não descontados junto ao 
banco, no valor de R$ 700,00. 
 
Logo, o saldo correto da mencionada conta-corrente, em 31-12-2002, 
encontrado pelo auditor após a conciliação bancária, em R$, é de: 
 
a) 28.800,00 
b) 28.100,00 
c) 25.100,00 
d) 24.800,00 
e) 23.500,00 
 
Comentários: Em primeiro lugar, é preciso observar que 
lançamentos a débito no extrato representam saídas de 
numerário que devem ser registradas a crédito no livro razão. 
Assim, após a conciliação bancária, o saldo credor no extrato da 
conta bancária deve ser igual ao saldo devedor escriturado na 
conta caixa. 
 
Observem que os fatos identificados de I a IV referem-se a 
operações que estavam consignadas no extrato bancário, mas 
não haviam sido registradas na contabilidade da empresa. 
 
Quanto aos cheques emitidos pela entidade no valor de R$ 700, 
estes já estavam registrados na contabilidade da sociedade 
(princípio contábil da oportunidade que diz respeito à 
tempestividade dos registros contábeis; os cheques devem ser 
registrados quando emitidos), mas não constavam no extrato, já 
que ainda não haviam sido compensados. 
 
Assim, as situações da conta bancária no livro razão e no extrato 
devem ser da seguinte forma representadas: 
 
 Bancos conta movimento Extrato bancário 
Débito Crédito Saldo Débitos/Crédito Saldo 
 26.500 28.800 
 
 
 
 
 (IV) 6.900 
 450 (I) 
3.000 (II) 
1.850 (III) 
 
 
 
 
 
 
 700 (Débito) 
 
 28.100 28.100 
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Gabarito: B 
 
 
19.2 – AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER 
 
Na Auditoria de Contas a Receber, o Auditor efetua a Inspeção dos 
títulos representativos das operações efetuadas, confrontando-os com 
os respectivos lançamentos contábeis, assim como realiza a 
Investigação e Confirmação, checando os saldos existentes por meio da 
Circularização junto aos Clientes e demais devedores. 
 
Efetua também a revisão da exatidão e da adequação dos Cálculos para 
constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. 
 
Trata-se de um grupo de grande importância nas sociedades comerciais 
e industriais. 
 
19.3 – AUDITORIA DE ESTOQUES 
 
A Auditoria dos Estoques (Mercadorias nas sociedades comerciais e 
Produtos Acabados, Produtos em Elaboração e Matérias-Primas nas 
industriais) é efetuada com base no chamado “Corte” ou “Cut-off”. Tal 
procedimento consiste na Inspeção dos Estoques. O Auditor a partir das 
informações relativas aos saldos dos Estoques em determinada data, 
analisa todas as entradas e saídas posteriores até a data em que realiza 
a Contagem Física. O Estoque Físico verificado deve corresponder ao 
Estoque contábil apurado. Caso não ocorra tal coincidência de valores e 
quantidades, deve o Auditor investigar as razões que provocaram as 
divergências, como, por exemplo, vendas sem emissão de Notas Fiscais 
e Faturas e/ou não registradas, compras sem recebimento dos 
documentos e não registradas, desvios de materiais, entre outras. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
 
6. (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção que representa um 
procedimento não aplicável à auditoria dos estoques de materiais de 
uma entidade 
a)Confirmação de materiais em poder de terceiros 
b)Coordenação e responsabilidade pela realização das contagens físicas 
c)Exame do “corte” dos documentos de movimentação dos estoques. 
d)Verificação da existência de penhoras e/ou hipotecas de itens 
e)Revisão preliminar das instruções de inventário físico. 
 
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Comentários: A coordenação e responsabilidade pela realização 
das contagens físicas de Estoques é da entidade. Ao Auditor cabe 
acompanhar as referidas contagens. Também deve o Auditor 
verificar se a contagem está sendo bem planejada, efetuando a 
revisão preliminar das instruções de inventário físico. 
Gabarito: B 
 
7. (AFTN/1996/ESAF) Existem diversos pontos fortes em um sistema 
de controle interno de estoques eficaz. Identifique a opção que não 
representa um ponto forte deste sistema de controle interno. 
a) Utilização de coletas de preços para aquisições. 
b) Utilização de requisições de materiais para produção e consumo. 
c) Controle periódico dos estoques. 
d) Determinação do ponto mínimo de estoques. 
e) Contagens rotativas, ou periódicas, de estoques. 
 
Comentários: A “pegada” da questão é a de fazer o candidato 
confundir “Controle” com “Contagem”. As contagens rotativas 
ou periódicas de estoques fazem parte do Sistema de Controle 
Interno das entidades. O Controle Interno dos Estoques não 
pode ser periódico e, sim, permanente. Determinação do ponto 
mínimo de estoques é o controle da quantidade mínima de 
mercadorias ou produtos que a entidade deve ter para fazer 
frente aos pedidos dos clientes. 
Gabarito: C 
 
 
19.4 – AUDITORIA DAS DESPESAS ANTECIPADAS 
 
As Despesas Antecipadas são representadas pelas contas Seguros 
Antecipados, Juros Antecipados, Aluguéis Antecipados e Assinaturas de 
Periódicos a Apropriar e representam um grupo não muito importante 
nas entidades, mas de grande importância nos concursos públicos, pois 
é uma das formas de se verificar a aplicação do Princípio da 
Competência. 
 
A auditoria de tais contas é efetuada por meio da Inspeção de 
Documentos e Registros, assim como da conferência dos Cálculos das 
apropriações dos valores ao resultado. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
8. (AFTN/1996/ESAF) A auditoria das despesas antecipadas, 
classificadas como ativo Circulante, tem a finalidade de determinar: 
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a)Que representam gastos efetivos que irão beneficiar o período 
encerrado. 
b)Se foram utilizados osPrincípios Fundamentais de Contabilidade. 
c)Se elas representam gastos que não influenciarão resultados futuros 
d)Se elas representam despesas que foram pagas para reduzir o cálculo 
dos impostos. 
e)Que as despesas incorreram, mas não foram pagas. 
 
Comentários: As Despesas Antecipadas referem-se a 
pagamentos efetuados em períodos anteriores aos da ocorrência 
dos respectivos Fatos Geradores das Despesas. Assim, se 
aluguéis referentes ao exercício de 2006 são pagos 
antecipadamente, em 2005, os valores, quando pagos, são 
contabilizados como Despesas Antecipadas e serão apropriados 
ao resultado como Despesas no período de competência que é 
2006. 
São, portanto, gastos que irão beneficiar períodos futuros. 
As Despesas Antecipadas são registradas em obediência ao 
Princípio da Competência dos Exercícios. 
Gabarito: B 
 
19.5 – AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – INVESTIMENTOS 
 
A auditoria do Ativo Permanente – Investimentos é efetuada por meio 
da Inspeção nos documentos e registros, da conferência dos Cálculos de 
Equivalência Patrimonial, das apropriações dos Ágios e Deságios e da 
Provisão para Perdas Prováveis na Alienação de Investimentos. 
 
19.6 –AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – IMOBILIZADO 
 
Na auditoria do Ativo Permanente – Imobilizado o Auditor efetua a 
Inspeção de documentos, registros contábeis e conferência física dos 
bens tangíveis, assim como da conferência de Cálculo da Depreciação 
(bens tangíveis), Amortização (bens intangíveis) e Exaustão (recursos 
naturais). 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
9. (ESAF/1996/ESAF) Assinale a opção que representa um objetivo 
exclusivo de auditoria das contas contábeis representativas do Ativo 
Imobilizado de uma empresa. 
a) Determinar a existência física e estado geral de conservação. 
b) Determinar se pertence à empresa ou a terceiros. 
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10
c) Verificar de foram aplicados os princípios fundamentais de 
contabilidade. 
d) Constatar e divulgar a existência de itens penhorados ou de uso 
restrito. 
e) Constatar a adequação dos cálculos e registros contábeis das 
depreciações. 
 
Comentários: Determinar a existência física, o estado geral de 
conservação, se pertence a empresa ou a terceiros e a 
constatação da existência de itens penhorados ou de uso restrito 
são aplicados às contas do Imobilizado mas também são 
aplicados aos Estoques. 
A constatação da adequação dos cálculos e registros contábeis 
das depreciações não é aplicável aos estoques. Embora a única 
alternativa possível seja a “e”, a questão apresenta uma 
impropriedade, já que, embora o referido procedimento seja 
aplicado essencialmente às contas do Imobilizado, não é 
exclusivo deste grupo, já que aplica-se também aos Imóveis de 
Renda classificados no Ativo Permanente Investimentos. 
Gabarito:E 
 
 
19.7 – AUDITORIA DO ATIVO PERMANENTE – DIFERIDO 
 
A auditoria do Diferido é efetuada por meio da Inspeção dos 
documentos e registros, assim como da revisão dos Cálculos das 
amortizações. 
 
19.8 - AUDITORIA DOS PASSIVOS CONTINGENTES 
 
Conforme já assinalado, os Passivos Contingentes representam 
situações inesperadas negativas para a empresa, tais como Ações 
Judiciais ou Autos de Infração movidos contra a entidade em relação às 
quais exista significativa probabilidade de perda. Quando os respectivos 
valores forem estimáveis, a administração da entidade deve constituir 
as Provisões em obediência aos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 
Assim, a Auditoria dos Passivos Contingentes será efetuada por meio de 
circularizações e entrevistas com os advogados da entidade, do exame 
dos processos judiciais ou administrativos e da revisão da correção e 
adequação dos cálculos para constituição das provisões. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
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10. (AFRF/2002.1/ESAF) No momento da circularização de 
advogados da empresa auditada, o objetivo do auditor é 
a) identificar todos os compromissos. 
b) questionar os ativos e passivos contingentes. 
c) identificar todos os passivos contingentes. 
d) questionar as chances de sucesso das ações. 
e) identificar os valores a serem divulgados. 
 
Comentários: Conforme analisado, no momento da circularização 
com os advogados da empresa auditada, o objetivo é identificar 
todos os Passivos Contingentes. Embora a norma estabeleça que 
os procedimentos aplicados às Contingências Passivas devem 
também ser aplicadas às Contingências Ativas, a ESAF considera 
que somente no caso dos Passivos Contingentes são aplicados os 
referidos procedimentos. Tal posicionamento da Banca está de 
acordo com o Princípio da Prudência. 
Gabarito:C 
 
 
19.9 – AUDITORIA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
A auditoria das contas do Patrimônio Líquido é realizada por meio da 
Inspeção para exame do Estatuto e de suas alterações, das Atas das 
Assembléias e dos títulos emitidos, das revisões dos cálculos das 
constituições das Reservas de Lucros e de Capital, entre outros 
procedimentos. 
 
 
19.10 – AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADO 
 
A auditoria das contas de Resultado é efetuada por meio da Inspeção 
sobre documentos representativos das Receitas e Despesas e dos 
respectivos registros contábeis. Conferência de Cálculo das referidas 
contas, Revisão analítica do comportamento das contas ao longo de 
períodos sucessivos, entre outras. 
 
20– ASSUNTOS COMPLEMENTARES E NORMAS DA CVM 
20.1– REVISÃO LIMITADA 
 
Conforme especificado nas Normas e Procedimentos de Auditoria do 
Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) – NPA nº 4 do IBRACON, 
a Revisão Limitada das Demonstrações Contábeis compreende a 
realização de uma série de procedimentos com o objetivo de verificar se 
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12
os critérios contábeis adotados na elaboração das Demonstrações 
Contábeis estão de acordo com os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e se foram aplicados com uniformidade em relação ao 
exercício anterior. 
 
É importante assinalar que em função do caráter limitado de seu 
alcance, a Revisão Limitada não permite que o Auditor manifeste uma 
opinião sobre as Demonstrações Contábeis, pois este tipo de trabalho 
não envolve a adoção de procedimentos de auditoria na extensão 
necessária para a emissão de um Parecer de Auditoria. 
 
A limitação, portanto, refere-se à extensão dos procedimentos aplicados 
e ao exame do SCCI da entidade. 
 
No quadro a seguir, são evidenciados os principais aspectos da Revisão 
Limitada. 
 
REVISÃO LIMITADA 
14. Base Legal: NPA IBRACON 04 
 
15. Objetivo: Verificar se os critérios contábeis foram 
aplicados de acordo com os PFC e se são uniformes 
em relação ao período anterior. 
 
16. Limitação referente à análise do SCCI e aos 
Procedimentos de Auditoria. 
17. Não permite uma opinião sobre as Demonstrações 
Contábeis. 
 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
11.(AFRF/2002.1/ESAF) Uma revisão limitada, em face do caráter 
restrito de seu alcance, não possibilita ao auditor condições de 
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis. Essa 
limitação refere-se a: 
a) avaliação de risco de auditoria, controles internos e sistemas de 
informações contábeis da empresa. 
b) avaliação de controles internos e inadequado controle do sistema de 
informações contábeis. 
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13
falta de planejamento adequado e da adequada avaliação dos controles 
internos da empresa. 
d) falta de conhecimento suficiente das estratégias e das atividadesoperacionais da empresa auditada. 
e) avaliação dos sistemas de controles internos e testes nos registros 
contábeis na extensão necessária. 
 
Comentários: Conforme assinalado, a limitação refere-se à 
avaliação dos sistemas de controles internos e testes nos 
registros contábeis na extensão necessária. 
Gabarito: E 
 
20.2 - REVISÃO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS 
 
O Comunicado Técnico CT/IBRACON/Nº 02/90 (NORMAS E 
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA) – REVISÃO ESPECIAL DAS 
INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS (ITR) DAS COMPANHIAS ABERTAS, 
aprovada pela Resolução CFC nº 678/90, estabelece que, de acordo com 
as vigentes normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as 
companhias abertas devem colocar à disposição do mercado, nos prazos 
definidos, informações trimestrais (ITR) que busquem, através de um 
quadro numérico simplificado e de um relatório da administração, 
demonstrar o comportamento das receitas, custos, despesas e 
lucratividade do período. Integram o conjunto das ITR o balanço e a 
demonstração do resultado do trimestre e o acumulado do exercício, 
bem como o relatório de desempenho e outras informações que a 
companhia entenda relevantes, apresentadas comparativamente em 
moeda constante. 
 
A parir do 1º trimestre de 1990, conforme Instrução nº 118 da 
CVM/1990, as ITR devem ser objeto de revisão por auditores 
independentes, consoante, metodologia definida pelo Instituto Brasileiro 
de Contadores – IBRACON em conjunto com o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC). 
 
A citada norma estabelece ainda que a Revisão Limitada das ITR 
consiste na realização dos procedimentos mínimos descritos neste 
Comunicado Técnico com o objetivo final de habilitar o Auditor a 
declarar que ele não tomou conhecimento de qualquer modificação 
relevante que deva ser feita nas ITR para que as mesmas estejam de 
acordo com os Princípios de Contabilidade que fundamentam as 
demonstrações financeiras em moeda de poder aquisitivo constante, 
aplicados de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão 
de Valores Mobiliários. 
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14
 
A Revisão das Informações Trimestrais é um tipo de Revisão Limitada. 
 
O assunto encontra-se resumido no quadro a seguir apresentado. 
RELATÓRIO DE REVISÃO DAS INFORMAÇÕES 
TRIMESTRAIS 
c) NPA IBRACON 06/96 
 
ci) As Cias. Abertas devem colocar à disposição do 
mercado informações periódicas (trimestrais) 
 
cii) BP e DRE parciais e acumulados de acordo com as 
Normas da CVM 
 
ciii) Objetivo: Declarar o Auditor que não tomou 
conhecimento de modificações relevantes nas 
demonstrações contábeis. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
12.(AFRF/2001/ESAF) Assinale a circunstância que requer 
modificação relevante no Relatório de Revisão das Informações 
Trimestrais (ITR), emitido pelo auditor independente: 
a) Falta de observação das contagens físicas dos estoques. 
b) Omissão de fatos relevantes nas notas explicativas. 
d) Não-obtenção de respostas de circularizações de clientes. 
6. Falta de aplicação de testes de comprovação de transações. 
e) Não obtenção de respostas de circularizações de advogados. 
 
Comentários: Observem que as alternativas “a”, ”c”, ”d” e “e” 
referem-se a procedimentos executados na Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis com vistas à 
emissão do Parecer de Auditoria, o que não se constitui objetivo 
da Revisão das Informações Trimestrais. 
O item 16 do Comunicado Técnico CT/IBRACON/Nº 02/90 do 
Instituto Brasileiro de Contadores – IBRACON/1990 as 
circunstâncias que requerem modificações no relatório de 
revisão especial derivam de : 
 
a) limitação na aplicação dos procedimentos mínimos descritos 
neste Comunicado Técnico; 
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15
b) mudanças e/ou não aplicação dos princípios de contabilidade 
geralmente aceitos; 
c) omissão ou inadequada divulgação de fatos relevantes nas 
notas explicativas; e 
d) não-observância de normas específicas da CVM com relação à 
elaboração das ITR em moeda constante. 
Gabarito: B 
 
20.3 - REVISÃO PELOS PARES DE AUDITORIA 
 
De acordo com a Resolução CFC 1.008/04, a Revisão pelos Pares 
de Auditoria é a avaliação dos procedimentos adotados pelos 
Auditores com vistas a assegurar a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos. No quadro a seguir são apresentados os principais 
aspectos da citada revisão. 
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16
REVISÃO PELOS PARES DE AUDITORIA 
Objetivo: Avaliar os procedimentos adotados pelos 
Auditores com vistas a assegurar a qualidade dos 
trabalhos desenvolvidos. 
 
 Aplicável aos Auditores registrados na CVM. 
 
Base Legal:Resolução CFC 1008/04 que revogou a 
Resolução CFC 964/03. 
 
Partes envolvidas: 
Comitê Administrador – CRE - Quatro membros do 
CFC e quatro membros do IBRACON. 
Comitê Administrador 
 Auditores Revisores 
Auditores Revisados 
 
Periodicidade 
Executada, no mínimo, a cada quatro anos. 
RELATÓRIOS 
Sem Ressalvas 
Com Ressalvas 
 Com Conclusão adversa 
 Com abstenção de Conclusão 
 Vejamos uma questão sobre o assunto: 
 
5. (AFRF/2002.1/ESAF) De acordo com a Resolução CFC nº 910/01, 
o objetivo da revisão pelos pares de auditoria é a 
a) revisão interna das práticas de auditoria aplicadas por sócios de 
outros escritórios da mesma empresa de auditoria. 
b) avaliação dos procedimentos adotados pelos auditores, com vistas a 
assegurar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
c) revisão dos procedimentos e técnicas adotadas pelas empresas de 
auditoria que suportaram a emissão do parecer. 
d) avaliação das práticas e das estimativas contábeis adotadas pelos 
auditores que suportaram 
a emissão do parecer. 
e) revisão das políticas internas adotadas pelas empresas de auditoria 
na segregação de outros tipos de serviços prestados. 
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17
 
Comentários: Conforme analisado o ojetivo da Revisão pelos 
Pares de Auditoria é o da avaliação dos procedimentos adotados 
pelos auditores, com vistas a assegurar a qualidade dos 
trabalhos desenvolvidos. 
Gabarito: B 
 
20.4 – DO REGISTRO DOS AUDITORES INDEPENDENTES NA 
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM) 
 
Os Auditores das Companhias Abertas estão sujeitos ao registro na 
Comissão de Valores Mobiliários nos termos contidos na Instrução CVM 
308/99. 
 
Vejamos uma questão sobre o assunto. 
6.(AFRF/2001/ESAF)- Assinale a opção que não representa um dever 
do auditor independente, de acordo com a Instrução no 308/99, da 
Comissão de Valores Mobiliários: 
a) Comunicar à Comissão de Valores Mobiliários, no prazo de vinte dias, 
a substituição por outro auditor, com justificativa e anuência da 
mudança. 
 b) Verificar se as informações financeiras do relatório da administração 
estão em consonância com as demonstrações contábeis auditadas. 
 c) Elaborar e encaminhar à administração relatório circunstanciado que 
contenha observações a respeito de deficiências dos controles internos. 
 d) Indicar os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por 
ação, sempre que emitir parecer de auditoria com ressalva ou adverso. 
 e) Verificar se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria 
foram divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua publicação. 
 
Comentários: Os Deveres e Responsabilidades dos Auditores 
Independentes encontram-se especificados no artigo 25 da 
Instrução CVM nº 308/1999, a seguir transcrito: 
“Art. 25 - No exercício de suas atividades no âmbito do mercado 
de valores mobiliários,o auditor independente deverá, 
adicionalmente: 
I - verificar: 
a) - se as demonstrações contábeis e o parecer de auditoria 
foram divulgados nos jornais em que seja obrigatória a sua 
publicação e se estes correspondem às demonstrações contábeis 
auditadas e ao relatório ou parecer originalmente emitido; 
b) - se as informações e análises contábeis e financeiras 
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apresentadas no relatório da administração da entidade estão 
em consonância com as demonstrações contábeis auditadas; 
c) - se as destinações do resultado da entidade estão de acordo 
com as disposições da lei societária, com o seu estatuto social e 
com as normas emanadas da CVM; e 
d) - o eventual descumprimento das disposições legais e 
regulamentares aplicáveis às atividades da entidade auditada 
e/ou relativas à sua condição de entidade integrante do mercado 
de valores mobiliários, que tenham, ou possam vir a ter reflexos 
relevantes nas demonstrações contábeis ou nas operações da 
entidade auditada. 
II - elaborar e encaminhar à administração e, quando solicitado, 
ao Conselho Fiscal, relatório circunstanciado que contenha suas 
observações a respeito de deficiências ou ineficácia dos 
controles internos e dos procedimentos contábeis da entidade 
auditada; 
III - conservar em boa guarda pelo prazo mínimo de cinco anos, 
ou por prazo superior por determinação expressa desta 
Comissão em caso de Inquérito Administrativo, toda a 
documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e 
pareceres relacionados com o exercício de suas funções; 
IV - indicar com clareza, e em quanto, as contas ou subgrupos de 
contas do ativo, passivo, resultado e patrimônio líquido que 
estão afetados pela adoção de procedimentos contábeis 
conflitantes com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
bem como os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou 
prejuízo por ação, conforme o caso, sempre que emitir relatório 
de revisão especial de demonstrações trimestrais ou parecer 
adverso ou com ressalva; 
V - dar acesso à fiscalização da CVM e fornecer ou permitir a 
reprodução dos documentos referidos no item III, que tenham 
servido de base à emissão do relatório de revisão especial de 
demonstrações trimestrais ou do parecer de auditoria; e 
VI - possibilitar, no caso de substituição por outro auditor, 
resguardados os aspectos de sigilo e mediante prévia 
concordância da entidade auditada, o acesso do novo auditor 
contratado aos documentos e informações que serviram de base 
para a emissão dos relatórios de revisões especiais de 
demonstrações trimestrais e pareceres de auditoria dos 
exercícios anteriores. 
Parágrafo Único - Constatada qualquer irregularidade relevante 
em relação ao que estabelece os incisos I e II, o auditor 
independente deverá comunicar o fato à CVM, por escrito, no 
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prazo máximo de vinte dias, contados da data da sua ocorrência. 
 
Nos artigos seguintes, são especificados os deveres e 
responsabilidades dos administradores e do Conselho Fiscal 
“Art. 26 - A entidade, ao contratar os serviços de auditoria 
independente, deve fornecer ao auditor todos os elementos e 
condições necessários ao perfeito desempenho de suas funções. 
Parágrafo 1 - A entidade auditada deverá fornecer ao auditor 
independente a carta de responsabilidade da administração, de 
acordo com as normas aprovadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade - CFC. 
Parágrafo 2 - A responsabilidade dos administradores das 
entidades auditadas pelas informações contidas nas 
demonstrações contábeis, ou nas declarações fornecidas, não 
elide a responsabilidade do auditor independente no tocante ao 
seu relatório de revisão especial de demonstrações trimestrais 
ou ao seu parecer de auditoria, nem o desobriga da adoção dos 
procedimentos de auditoria requeridos nas circunstâncias. 
Art. 27 - Os administradores das entidades auditadas serão 
responsabilizados pela contratação de auditores independentes 
que não atenderem às condições previstas nesta Instrução, 
especialmente quanto à sua independência e à regularidade de 
seu registro na Comissão de Valores Mobiliários. 
Parágrafo Único - Sem prejuízo das sanções legais cabíveis, 
constatada a falta de independência do auditor ou a ausência de 
registro nesta CVM, o trabalho de auditoria será considerado 
sem efeito para o atendimento da lei e das normas da Comissão. 
Art. 28 - A administração da entidade auditada deverá, no 
prazo de vinte dias, comunicar à CVM a mudança de auditor, 
havendo ou não rescisão do contrato de prestação dos serviços 
de auditoria, com justificativa da mudança, na qual deverá 
constar a anuência do auditor substituído. 
Parágrafo 1º - Decorrido o prazo sem que haja manifestação 
da administração da entidade auditada quanto à informação 
requerida, o auditor independente deverá comunicar à CVM a 
substituição, no prazo de dez dias, contados a partir da data 
do encerramento do prazo conferido à administração da 
entidade. 
Parágrafo 2 º- O auditor independente que não concordar com 
a justificativa apresentada para a sua substituição deverá 
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encaminhar à CVM as razões de sua discordância, no prazo de 
trinta dias, contados a partir da data da substituição. 
Parágrafo 3º - O descumprimento do disposto neste artigo 
sujeitará a entidade e o auditor independente à multa 
cominatória diária, nos termos do art. 18 desta Instrução. 
Art. 29 - O conselho fiscal da entidade auditada, quando em 
funcionamento, deverá verificar o correto cumprimento pelos 
administradores do disposto nos arts. 27 e 28.” 
 
Observa-se, assim, que a alternativa “a” refere-se a uma 
obrigação da administração da entidade e não do Auditor. 
Observem que existe um prazo de 20 dias a ser observado pelo 
Auditor que é estabelecido no parágrafo único do artigo 25 
supracitado. 
Gabarito: A 
21 -AUDITORIA INTERNA 
 
Os procedimentos de Auditoria Interna encontram-se previstos na NBC T 
12, aprovada pela Resolução CFC 986/2003. 
 
Conforme analisamos na Aula 0, a Auditoria Interna é de competência 
exclusiva de Contadores registrados no Conselho Regional de 
Contabilidade e é realizada normalmente por profissionais que possuem 
vínculo empregatício com a entidade auditada, embora também possa 
ser efetuada por meio de serviços terceirizados. 
 
Ao contrário do Auditor Independente das Demonstrações Contábeis, o 
Auditor Interno tem como função assessorar a administração da 
entidade. Também é função do Auditor Interno acompanhar 
continuamente (monitorar) a execução do SCCI da entidade. 
 
Enquanto o Auditor Independente avalia o SCCI, essencialmente, na 
fase do Planejamento de Auditoria, podendo, caso seja necessário, 
retornar à essa avaliação durante a execução dos procedimentos, o 
Auditor Interno analisa o SCCI continuamente, com vistas a verificar sua 
eficácia e efetivo cumprimento. 
 
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21
AUDITORIA INTERNA 
Funções: 
1. Assessorar a Administração da Entidade; 
2.Acompanhar continuamente o Sistema Contábil e de 
Controles Internos da Entidade. 
 
Vejamos algumas questões sobre o assunto: 
 
 
9.(FCC) São objetivos da auditoria interna, EXCETO: 
 
a) avaliar a eficácia dos controles internos existentes 
b) levantar os sistemas de informações existentes na entidade 
c) comprovar a integridade de gerenciamento de riscos da entidade 
d) executar a implantação dos controles internos da entidade 
e)assistir à administração da entidade no cumprimentode seus 
objetivos 
 
Comentários: A execução e implantação dos controles internos 
da entidade são de competência da administração da entidade. 
Gabarito: D 
 
10. (ESAF) Assinale a opção correta. 
a)O auditor interno não deve prestar assessoria ao Conselho Fiscal ou 
órgãos equivalentes do empregador. 
b)A utilização de trabalho de especialistas provoca perda de autonomia 
do auditor interno 
c)De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, auditoria interna 
é atribuição privativa de contadores 
d)O dever de manter sigilo encerra-se 3 anos após terminado o vínculo 
empregatício do auditor interno 
e)O conhecimento da execução orçamentária não é um fator relevante 
para os trabalhos do auditor interno 
 
Comentários: 
a) O Auditor Interno deve prestar assessoria à administração da 
entidade e ao Conselho Fiscal. 
b) A utilização de trabalho de especialistas não provoca perda de 
autonomia do auditor interno, o qual continua integralmente 
responsável pelo trabalho realizado. 
c) A atividade de Auditoria Interna é atribuição privativa de 
contadores registrados no CRC. 
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d) Não existe prazo para manutenção do sigilo. O sigilo é eterno. 
e) O Auditor Interno executa auditoria contábil e operacional, 
incluído nesta última o conhecimento da execução orçamentária. 
Gabarito: C 
 
22 – PRESUNÇÕES LEGAIS DE OMISSÃO DE RECEITAS 
 
As Presunções Legais de Omissão de Receitas são situações previstas 
em lei que, uma vez verificadas suas ocorrências, a própria lei presume 
tratar-se de Omissão de Receitas, ou seja, de receitas que não foram 
escrituradas com vistas à sonegação de tributos por parte do sujeito 
passivo da obrigação tributária. O efeito jurídico das Presunções Legais 
de Omissão de Receitas é o de inverter o ônus da prova. 
 
Em uma situação normal, o ônus da prova cabe a quem faz a acusação. 
Assim, quando é verificado pela autoridade fiscal o descumprimento de 
uma obrigação tributária pelo contribuinte, cabe à fiscalização formalizar 
a exigência do crédito tributário e dos respectivos encargos por meio de 
um auto de infração. Neste caso, deverão integrar o auto de infração 
todos os elementos de prova com base nos quais foi constatada a 
irregularidade apontada. 
 
No caso das Presunções Legais o que precisa ser evidenciado é o fato 
descrito, pois a própria Lei presume que tal fato represente uma 
Omissão de Receita. As Presunções Legais são relativas, o que quer 
dizer que admitem prova em contrário. Mas, como alegado, a prova em 
contrário cabe ao sujeito passivo. 
 
O Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto nº 
3.000/1999, caracteriza como omissão de receitas, em seus artigos 281 
a 287. 
 
 
 
 
1. O Saldo Credor de Caixa, 
2. A Falta de Escrituração de Pagamento; 
3. A Manutenção no Passivo de Obrigações Pagas e; 
4. A Falta de Comprovação do Passivo 
 
Art. 281. Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada 
ao contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência 
das seguintes hipóteses (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12, § 2º, e 
Lei nº 9.430, de 1996, art. 40): 
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23
 
I - a indicação na escrituração de saldo credor de caixa; 
II - a falta de escrituração de pagamentos efetuados; 
III - a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja 
exigibilidade não seja comprovada.” 
 
I - SALDO CREDOR DE CAIXA 
 
O Saldo Credor de Caixa constitui-se em Presunção Legal de Omissão de 
Receitas. Os registros de ingressos de valores no Caixa (registros a 
débito) da empresa têm como contrapartida as respectivas origens dos 
recursos. A pior situação que pode existir no caixa é a de saldo zero. 
Portanto, o saldo credor é uma situação impossível em uma escrituração 
regular. A saída de recursos em montante superior ao volume de 
entradas só se justifica quando não foram registradas ingressos 
entradas de recursos. Normalmente, tal situação ocorre quando a 
sociedade omite receitas não as escriturando e existem despesas que 
não podem ser ocultadas. 
 
Exemplo: A sociedade AB tem um saldo escriturado de R$ 30.000 em 
seu caixa. No período foram registradas saídas dos seguintes valores: 
1. R$ 12.000; 2. R$ 10.000 e 3. R$ 14.000 
 
O registro resumido da entrada dos recursos seria: 
 
Caixa 
a Outras Origens (Capital Social, Capital de Terceiros) ---- 30.000 
 
 
 
 
 
 
 Caixa 
30.000 
 
12.000 (1) 
10.000 (2) 
14.000 (3) 
 Saldo credor 
6.000 
 
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24
Nesta situação, presume-se que os R$ 6.000 representativos do saldo 
credor de caixa sejam provenientes de Receitas que não foram 
registradas. A escrituração correta seria: 
 
D: Caixa ............ 36.000 
C: Outras Origens ......... 30.000 
C: Receitas .................. 6.000 
 
 
 Caixa 
30.000 
 6.000 
12.000 (1) 
10.000 (2) 
14.000 (3) 
 
 
II - FALTA DE ESCRITURAÇÃO DE PAGAMENTOS EFETUADOS 
 
Omissão de Compras (Ativo Oculto) 
 
Exemplo (1): Em uma fiscalização na sociedade AB é constatada a 
existência de uma Máquina em relação a qual não existe qualquer 
registro ou documento representativos de sua aquisição. 
 
Neste caso, a Lei presume que o bem tenha sido adquirido com recursos 
provenientes de Receitas Omitidas já que não foi feito o registro de sua 
aquisição e inexistem documentos comprobatórios da operação de 
compra. 
 
Deveria ter sido efetuado o seguinte registro: 
 
Máquinas 
a Caixa (ou Contas a Pagar) 
 
Exemplo (2): Em uma Inspeção (confronto dos registros contábeis, 
documentos fiscais e comerciais e conferência física) de Estoques 
verificou-se a seguinte situação relativa fluxo de entradas e saídas: 
 
Fluxo de Estoques em unidades 
Datas EI Entradas Saídas Saldo Contábil Saldo Físico 
Janeiro.X1 20 
Fevereiro.X1 50 
Março.X1 40 30 35 
 
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25
Conforme evidenciado, constatou-se a existência de 5 unidades em 
relação às quais não existiam registros ou documentação 
representativas das respectivas entradas. Nessa situação, presume-se 
que as unidades excedentes tenham sido adquiridas com recursos 
provenientes de Receitas Omitidas. 
 
III – PASSIVO FICTÍCIO 
 
III.1 - Passivo quitado não baixado na escrituração 
 
Conforme analisamos na aula inaugural, todo registro contábil deve 
estar respaldado por documentação hábil e idônea (notas fiscais, faturas 
ou duplicatas que comprovem a efetiva ocorrência da operação). Vamos 
imaginar a seguinte situação: 
 
Exemplo: Em determinada sociedade constava o seguinte lançamento: 
 
D: Mercadorias 
C: Fornecedores .............. 50.000 
 
Em um fiscalização foi constatado, com base na documentação, que a 
sociedade já havia quitado a dívida. 
 
Nesta situação, a Lei presume que o pagamento foi efetuado com 
recursos provenientes de Receitas que foram omitidas. A presunção 
decorre do fato de que não foi registrado o pagamento pois se o fosse 
haveria o saldo credor de caixa (“estouro de caixa”) por não existirem 
registros de recursos suficientes para a quitação da dívida. 
 
III.2 – Passivo Inexistente 
 
Exemplo: Em uma fiscalização na sociedade AB foi identificado o 
seguinte lançamento: 
 
Caixa 
a Empréstimos Bancários .............. R$ 70.000 
 
A sociedade foi intimada a comprovar o empréstimo. A comprovação 
poderia ser efetuada por meio da apresentação do contrato com a 
instituição financeira juntamente com os comprovantes da transferênciado numerário. 
 
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26
Caso a sociedade não comprove a existência do Empréstimo, a Lei 
presume que os recursos aportados foram provenientes de Receitas 
Omitidas. O registro real seria: 
 
Caixa 
a Receita ............................. R$ 70.000 
 
“Suprimentos de Caixa 
Art. 282. Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do 
contribuinte ou qualquer outro elemento de prova, a autoridade 
tributária poderá arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa 
fornecidos à empresa por administradores, sócios da sociedade não 
anônima, titular da empresa individual, ou pelo acionista controlador da 
companhia, se a efetividade da entrega e a origem dos recursos não 
forem comprovadamente demonstradas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, 
art. 12, § 3º, e Decreto-Lei nº 1.648, de 18 de dezembro de 1978, art. 
1º, inciso II).” 
 
Exemplo: Em uma fiscalização na sociedade AB foi identificado o 
seguinte lançamento: 
 
Caixa 
a Capital Social ................. R$ 100.000 
 
A sociedade foi intimada a comprovar a origem e a efetiva entrega 
dos recursos. Em primeiro lugar, deve ser comprovada a capacidade 
financeira dos sócios para realizar o aporte. Em segundo, cabe a 
comprovação da efetiva entrega dos valores. A comprovação da entrega 
dos recursos pode ser efetuada por meio da apresentação de cheque 
nominal do sócio para a empresa ou com base em documentos que 
evidenciem a transferência entre contas bancárias. 
 
Caso a sociedade não comprove a origem e a efetiva entrega dos 
recursos, a Lei presume que os aportes sejam provenientes de Receitas 
Omitidas. O registro real seria: 
 
Caixa 
a Receitas ...................... R$ 100.000 
 
“Art. 283. Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive 
ganhos de capital, a falta de emissão de nota fiscal, recibo ou 
documento equivalente, no momento da efetivação das operações de 
venda de mercadorias, prestação de serviços, operações de alienação de 
bens móveis, locação de bens móveis e imóveis ou quaisquer outras 
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27
transações realizadas com bens ou serviços, bem como a sua emissão 
com valor inferior ao da operação (Lei nº 8.846, de 1994, art. 2º).” 
 
Conforme assinalado, qualquer operação comercial deve estar 
respaldada em documentação hábil e idônea que comprove a sua efetiva 
ocorrência. 
 
“Art. 284. Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade 
tributária poderá, para efeito de determinação da base de cálculo sujeita 
à incidência do imposto, arbitrar a receita do contribuinte, tomando por 
base as receitas, apuradas em procedimento fiscal, correspondentes ao 
movimento diário das vendas, da prestação de serviços e de quaisquer 
outras operações (Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º). 
# RIR/94: Novo. 
§ 1º Para efeito de arbitramento da receita mínima do mês, serão 
identificados pela autoridade tributária os valores efetivos das receitas 
auferidas pelo contribuinte em três dias alternados desse mesmo mês, 
necessariamente representativos das variações de funcionamento do 
estabelecimento ou da atividade (Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 1º). 
§ 2º A renda mensal arbitrada corresponderá à multiplicação do valor 
correspondente à média das receitas apuradas na forma do § 1º pelo 
número de dias de funcionamento do estabelecimento naquele mês (Lei 
nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 2º). 
§ 3º O critério estabelecido no § 1º poderá ser aplicado a, pelo menos, 
três meses do mesmo ano-calendário (Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 
3º). 
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a receita média mensal das vendas, 
da prestação de serviços e de outras operações correspondentes aos 
meses arbitrados será considerada suficientemente representativa das 
receitas auferidas pelo contribuinte naquele estabelecimento, podendo 
ser utilizada, para efeitos fiscais, por até doze meses contados a partir 
do último mês submetido às disposições previstas no § 1º (Lei nº 8.846, 
de 1994, art. 6º, § 4º). 
§ 5º A diferença positiva entre a receita arbitrada e a escriturada no 
mês será considerada na determinação da base de cálculo do imposto 
(Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 6º). 
§ 6º O disposto neste artigo não dispensa o contribuinte da emissão de 
documentário fiscal, bem como da escrituração a que estiver obrigado 
pela legislação comercial e fiscal (Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 7º). 
§ 7º A diferença positiva a que se refere o § 5º não integrará a base de 
cálculo de quaisquer incentivos fiscais previstos na legislação tributária 
(Lei nº 8.846, de 1994, art. 6º, § 8º).” 
 
 
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Art. 285. É facultado à autoridade tributária utilizar, para efeito de 
arbitramento a que se refere o artigo anterior, outros métodos de 
determinação da receita quando constatado qualquer artifício utilizado 
pelo contribuinte visando a frustrar a apuração da receita efetiva do seu 
estabelecimento (Lei nº 8.846, de 1994, art. 8º). 
 
Levantamento Quantitativo por Espécie 
 
“Art. 286. A omissão de receita poderá, também, ser determinada a 
partir de levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e 
produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa 
jurídica (Lei nº 9.430, de 1996, art. 41). 
 
§ 1º Para os fins deste artigo, apurar-se-á a diferença, positiva ou 
negativa, entre a soma das quantidades de produtos em estoque no 
início do período com a quantidade de produtos fabricados com as 
matérias-primas e produtos intermediários utilizados e a soma das 
quantidades de produtos cuja venda houver sido registrada na 
escrituração contábil da empresa com as quantidades em estoque, no 
final do período de apuração, constantes do Livro de Inventário (Lei nº 
9.430, de 1996, art. 41, § 1º). 
§ 2º Considera-se receita omitida, nesse caso, o valor resultante da 
multiplicação das diferenças de quantidade de produtos ou de matérias-
primas e produtos intermediários pelos respectivos preços médios de 
venda ou de compra, conforme o caso, em cada período de apuração 
abrangido pelo levantamento (Lei nº 9.430, de 1996, art. 41, § 2º). 
§ 3º Os critérios de apuração de receita omitida de que trata este artigo 
aplicam-se, também, às empresas comerciais, relativamente às 
mercadorias adquiridas para revenda (Lei nº 9.430, de 1996, art. 41, § 
3º).” 
 
Depósitos Bancários 
 
Art. 287. Caracterizam-se também como omissão de receita os valores 
creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a 
instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, 
regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e 
idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações (Lei nº 
9.430, de 1996, art. 42). 
 
§ 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado 
auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição 
financeira (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, § 1º). 
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29
§ 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não 
houverem sido computados na base de cálculo do imposto a que 
estiverem sujeitos, submeter-se-ão às normas de tributação específicas, 
previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos 
(Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, § 2º). 
§ 3º Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão 
analisados individualizadamente, observado que não serão considerados 
os decorrentes de transferência de outras contas da própria pessoa 
jurídica (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42, § 3º, inciso I). 
 
23 – PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE 
 
“PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE 
 
 
Os PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE (PFC) encontram-
se consolidados na RESOLUÇÃO CFC NO 750, de 29 de dezembro de 
1993. 
 
O programa do concurso cita a Resolução CFC nº 774/94 a qual 
complementa a Resolução CFC nº 750/93. 
 
Em sua grande maioria, as questões relativas ao tópico reproduzem 
literalmente a norma, sendo necessária, portanto, a sua leitura 
sistemática. 
 
A supramencionada norma torna obrigatória a observância dos PFC no 
exercício da profissão de auditor independente e constitui condição de 
legitimidade das Normas Brasileiras de contabilidade (NBC). 
 
Estabelece o artigo 1º da RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93 que a Essência 
das Transações deve prevalecer sobre a Forma. 
 
Como exemplo, caso haja uma venda a prazo com cláusula de Reserva 
de Domínio, a qual determina que a propriedade do bem ficará com a 
sociedade vendedora até a quitação das parcelas, embora a sociedade 
compradora esteja apenas com a posse do bem, não tendo a sua 
propriedade, na essência considera-se que o bem já esteja integrado ao 
imobilizado da sociedade adquirente. 
 
Estabelece o artigo 2o da RESOLUÇÃO CFC NO 750/93 que “os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
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30
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência 
social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades. 
 
Desta forma, a referida norma estabelece: 
 
“Art. 3o São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
I – o da ENTIDADE; 
II – o da CONTINUIDADE; 
III – o da OPORTUNIDADE; 
IV – o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V – o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
VI – o da COMPETÊNCIA e 
VII – o da PRUDÊNCIA. 
 
 
Seção I 
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
Art. 4o O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, 
a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo 
de patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. 
 
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas 
a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa 
unidade de natureza econômico-contábil 
 
 
(Grifamos) 
Seção II 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
Art. 5o . A Continuidade ou não da Entidade, bem como sua 
vida definida ou provável, deve ser considerada quando da classificação 
e avaliação das mutações patrimoniais Quantitativas e qualitativas. 
Par.1o. A Continuidade influencia o valor econômico dos 
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, 
especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo 
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determinado, previsto ou previsível. 
Par. 2º .A observância do Princípio da CONTINUIDADE é 
indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por 
efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes 
patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante 
para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 
 
 
 
 
Seção III 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
Art. 6o O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, 
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do 
patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de 
imediato e com a extensão correta, independentemente das causas 
que as originaram. 
 
Parágrafo único. Como resultado da observância do Princípio 
da OPORTUNIDADE: 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente 
existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e 
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários; 
III- o registro deve ensejar o reconhecimento universal das 
variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de 
tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao 
processo decisório da gestão. 
 
 
Seção IV 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
Art. 7o . Os componentes do patrimônio devem ser 
registrados pelos valores originais das transações com o mundo 
exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão 
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive 
quando configurarem agregações ou decomposições no interior da 
Entidade. 
Par. único. Do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta: 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser 
feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os 
resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição 
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destes; 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou 
obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-
se, tão somente, sua decomposição em elementos e ou sua 
agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais. 
III- o valor original será mantido enquanto o componente 
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; 
IV – os Princípios da Atualização Monetária e do Registro 
pelo Valor Original são compatíveis entre si e complementares, dado 
que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de 
entrada; 
V – o uso da moeda do País na tradição do valor dos 
componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização dos 
mesmos. 
 
 
Seção V 
O PRINCÍPIO DA AUTUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
Art. 8o. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através 
do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes 
patrimoniais. 
Par. único. São resultantes da adoção do Princípio da 
Atualização Monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida 
de valor, não representa unidade constante em termos de poder 
aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os 
valores das transações originais (art. 7o ), é necessário atualizar sua 
expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, 
por consequência, o do patrimônio líquido. 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, 
mas tão-somente, o ajustamento dos valores originais para cada 
determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros 
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda 
nacional em um dado período. 
 
 
 
 
Seção VI 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
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Art. 9o . As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de 
recebimento ou pagamento. 
Par. 1o . O Princípio da Competência determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição 
no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das 
mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da 
Oportunidade. 
Par. 2o . O reconhecimento simultâneo dasreceitas e 
despesas, quando correlatas, é consequência natural do respeito ao 
período em que ocorrer sua geração. 
Par. 3o . As receitas consideram-se realizadas: 
I- nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o 
pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela 
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à 
Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados; 
II – Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, 
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de 
um ativo de valor igual ou maior. 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. 
Par. 4o . Consideram-se incorridas as despesas: 
I – Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, 
por transferência de sua propriedade para Terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um 
ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente 
ativo; 
 
 
Seção VII 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
Art. 10 . O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor 
para os componentes do ativo e do maior para os do Passivo, sempre 
que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido. 
Par. 1o . O Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que 
resulte menor patrimônio líquido, Quando se apresentarem opções 
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
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Par. 2o . Observado o disposto no artigo 7o , o Princípio da Prudência 
somente se aplica às mudanças posteriores, constituindo-se 
ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da 
Compet6encia. 
Par. 3o . A aplicação do Princípio da Prudência ganha ênfase quando, 
para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem 
ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade 
constitui infração às alíneas c, d, e e do artigo 27 do Decreto-lei no 
9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética 
Profissional do Contabilista. 
 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC no 530/81, esta Resolução entra em 
vigor a partir de 1o de janeiro de 1994. 
 
 
Caros amigos, desejo que todos vocês tenham determinação e paz de 
espírito para alcançarem seus objetivos. 
 
 
João Imbassahy

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