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João Pessoa, PB Universidade Federal da Paraíba Centro de Energias Alternativas e Renováveis Departamento de Engenharia de Energias Renováveis Professora: Cristiane K. F. da Silva 2 I. Introdução • 1.1. Transferência de Calor • 1.2.1. Formas de Energia • 1.3. Origens Físicas e Equações das Taxas • 1.1.1. Relevância da Transferência de Calor • 1.1.2. Análise de Problemas de Transferência de Calor • 1.2. A Exigência da Conservação de Energia • 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle • 1.2.3. Balanço de Energia em uma Superfície Profª: Cristiane K. 3 Qual é o valor deste conhecimento e em quais problemas ele pode ser aplicado? O Corpo Humano: Rejeição de calor conforto; A temperatura regula e dispara respostas biológicas: Hipotermia e Choque Térmico; Engenharia Biomédica: cirurgias a laser. 1.1.1. Relevância da Transferência de Calor A determinação das taxas de transferência de calor de um sistema e, consequentemente, o tempo de aquecimento ou arrefecimento, bem como a variação de temperatura, é o objetivo da Transferência de Calor. Profª: Cristiane K. 4 Dispositivos de conservação e produção de energia. Sistemas de ar-condicionado Sistemas de aquecimento Sistemas de refrigeração 1.1.1. Relevância da Transferência de Calor Casas energeticamente eficientes Profª: Cristiane K. 5 Coletores de energia solar Concentrador Solar 1.1.1. Relevância da Transferência de Calor Profª: Cristiane K. Dessalinizador Solar 6 Células a Combustível de Hidrogênio 1.1.1. Relevância da Transferência de Calor Profª: Cristiane K. 7 Primeiro Passo: entender os fundamentos e ganhar um bom conhecimento. Segundo Passo: dominar os fundamentos testando esses conhecimentos. 1.1.2. Análise de Problemas de Transferência de Calor Profª: Cristiane K. 8 • Passo 1: Declaração do Problema Escrever sucinta e objetivamente o que se conhece a respeito do problema. • Passo 2: Esquema Desenhar um esboço realista do sistema físico envolvido e enumerar nele as informações relevantes. • Passo 3: Considerações, Suposições e Aproximações Listar todas as considerações simplificadoras pertinentes; Estabelecer as suposições e aproximações adequadas; Assumir valores razoáveis. 1.1.2. Análise de Problemas de Transferência de Calor Profª: Cristiane K. 9 • Passo 5: Análise e Cálculos Começar a análise aplicando as leis de conservação apropriadas e introduzir as equações das taxas na medida em que elas sejam necessárias. • Passo 6: Comentários Discutir os resultados. Incluir um resumo das principais conclusões, uma crítica das considerações originais. • Passo 4: Propriedades Compilar valores das propriedades físicas necessárias e determinar as propriedades desconhecidas. 1.1.2. Análise de Problemas de Transferência de Calor Profª: Cristiane K. 10 1.2. A Exigência da Conservação de Energia 1.2.1. Formas de Energia Energia Total Cinética Potencial Gravitacional Elétrica Magnética Química Nuclear • Quer percebamos ou não, a energia é parte importante na maioria dos aspectos de nossa vida diária. Profª: Cristiane K. 11 1.2.1. Formas de Energia Energia Total Macroscópica Cinética Potencial Gravitacional Microscópica Energia Interna Energia que um sistema possui como um todo, com relação a algum referencial externo Energia relacionada à estrutura molecular de um sistema e ao grau de atividade molecular. Profª: Cristiane K. 12 Energia Interna Potencial Química Nuclear Energia Latente Elétrica e Magnética Cinética Energia Sensível E. C. de Rotação E. C. de Vibração E. de Spin E. C. de Translação Soma de todas as formas microscópicas de energia em um sistema. Está relacionada à estrutura molecular e ao grau de atividade molecular. A velocidade média e o grau de atividade das moléculas são proporcionais à T. Energia associada com a fase de um sistema Energia associada com as ligações atômicas de uma molécula Energia associada com as ligações no interior do núcleo do átomo. Movimento das moléculas Átomo das moléculas Elétrons giram ao redor de seus eixos 1.2.1. Formas de Energia Profª: Cristiane K. 13 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle Princípio da Conservação de Energia ou Primeira Lei da Termodinâmica: durante uma interação, a energia pode mudar de uma forma para outra, mas a quantidade total permanece constante. A única forma na qual a quantidade de energia de um sistema pode mudar é se energia cruzar sua fronteira. EP = 10 unidades EC = 0 Energia potencial Energia cinética EP = 7 unidades EC = 3 unidades Salto São Francisco, no Paraná. Uma velha locomotiva a vapor Hidrelétrica de Tucuruí 14 Aplicação em um Sistema Fechado durante um Intervalo de Tempo. ∆𝐸𝑎𝑐𝑢 𝑇𝑜𝑡 = 𝑄 −𝑊 (1.11a) Uma interação de energia só é calor se ocorrer devido a uma diferença de temperatura. Aplicação em um Volume de Controle em um Instante de Tempo A energia pode ser transferida por três formas: calor, trabalho e fluxo de massa. Se a energia que cruza a fronteira de um sistema fechado não é calor, ela deve ser trabalho. 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle Profª: Cristiane K. 15 Primeira Lei da Termodinâmica durante um Intervalo de Tempo (∆t) O aumento na quantidade de energia acumulada (armazenada) em um volume de controle deve ser igual á quantidade de energia que entra no volume de controle menos a quantidade de energia que deixa o volume de controle. Um Estudo sobre as Formas de Energia na Transferência de Calor • Energia Mecânica: EC + EP • Energia Térmica: Ut = Usen + Ulat • Energia Acumulada: • Energia Gerada: • Energias de Entrada e Saída: 𝐸𝑎𝑐𝑢 = 𝐸𝐶 + 𝐸𝑃 + 𝑈𝑡 𝐸𝑔 Fenômenos Volumétricos 𝐸𝑒𝑛𝑡 𝐸𝑠𝑎𝑖 Fenômenos de Superfície 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle 𝑒 = 𝑢𝑡 + 1 2 𝑉 2 + 𝑔𝑧 Mecanismo adicional de transferência de energia Profª: Cristiane K. Equação das Energias Térmica e Mecânica para um Intervalo de Tempo (∆t) ∆𝐸𝑎𝑐𝑢 = 𝐸𝑒𝑛𝑡 − 𝐸𝑠𝑎𝑖 + 𝐸𝑔 (1.11b) Equação das Energias Térmica e Mecânica para um Instante t 𝐸 𝑎𝑐𝑢 ≡ 𝑑𝐸𝑎𝑐𝑢 𝑑𝑡 = 𝐸 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸 𝑠𝑎𝑖 + 𝐸 𝑔 (1.11c) O aumento na quantidade de energia térmica e mecânica acumulada em um V.C A quantidade de energia térmica e mecânica que entra no V.C A quantidade de energia térmica e mecânica que deixa o V.C A quantidade de energia térmica que é gerada no interior do V.C A taxa na qual as energias térmica e mecânica entram no V.C A taxa na qual as energias térmica e mecânica deixam o V.C A taxa na qual a energia térmica é gerada no interior do V.C A taxa de aumento da quantidade de energia térmica e mecânica acumulada em um V.C 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle (J) (J/s) 16Profª: Cristiane K. Considerações sobre a Equação (1.11c) 𝐸 𝑒𝑛𝑡 + 𝐸 𝑔 > 𝐸 𝑠𝑎𝑖 ⟹ Se Se 𝐸 𝑒𝑛𝑡 + 𝐸 𝑔 < 𝐸 𝑠𝑎𝑖 ⟹ Se 𝐸 𝑒𝑛𝑡 + 𝐸 𝑔 = 𝐸 𝑠𝑎𝑖 ⟹ 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle Toda aplicação da primeira lei deve iniciar com a identificação de um V.C. apropriado e de sua S.C., nos quais uma análise é posteriormente efetuada. 17 Profª: Cristiane K. 𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑎 𝐸 𝑎𝑐𝑢 𝐷𝑖𝑚𝑖𝑛𝑢𝑖çã𝑜 𝑛𝑎 𝐸 𝑎𝑐𝑢 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜 Casos Especiais 1) Processo Transiente para um Sistema Fechado ∆𝑈𝑡 = 𝑄 −𝑊 Mudanças desprezíveis nas energias cinética e potencial Em um instante t 𝑑𝑈𝑡 𝑑𝑡 = 𝑞 −𝑊 2) Conservação de Energia em um Volume de Controle com escoamento em Regime Estacionário e sem geração de energia térmica 𝐸 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸 𝑠𝑎𝑖 = 0 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle Em um intervalo ∆t 18 Profª: Cristiane K. Considere um fluxo através de um Volume de Controle, sem mudança de fase Taxa de Trabalho de Escoamento:𝑊 𝑒𝑠𝑐𝑜 = 𝑝𝑣𝑚 Equação da Energia para Processos em Regime Estacionário : 𝑚 𝑢𝑡 + 𝑝𝑣 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 𝑒𝑛𝑡 −𝑚 𝑢𝑡 + 𝑝𝑣 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 𝑠𝑎𝑖 + 𝑞 −𝑊 = 0 (1.11d) 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle 19 Profª: Cristiane K. (1.11e) Entalpia: 1º Caso: Para um Gás Ideal com Calor Específico Constante, com variações nas energias cinética e potencial e trabalho desprezíveis: 𝑖 = 𝑢𝑡 + 𝑝𝑣 (𝑖𝑒𝑛𝑡 − 𝑖𝑠𝑎𝑖 ) = 𝑐𝑝(𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇𝑠𝑎𝑖 ) 𝑞 = 𝑚 𝑐𝑝(𝑇𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑒𝑛𝑡 ) (1.11e) 2º Caso: Para um Líquido Incompressível, com variações nas energias cinética e potencial, desprezíveis e trabalho desprezível, incluindo trabalho de escoamento: (𝑢𝑒𝑛𝑡 − 𝑢𝑠𝑎𝑖 ) = 𝑐(𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇𝑠𝑎𝑖 ) (𝑝𝑣)𝑒𝑛𝑡 − (𝑝𝑣)𝑠𝑎𝑖 ≅ 0 𝑞 = 𝑚 𝑐(𝑇𝑠𝑎𝑖 − 𝑇𝑒𝑛𝑡 ) A Eq. (1.11e) é a Equação simplificada da energia térmica para sistemas com escoamento estacionário. 1.2.2. Conservação de Energia em um Volume de Controle 20 Profª: Cristiane K. 1.2.3. Balanço de Energia em uma Superfície Conservação da Energia em uma Superfície: 𝐸 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸 𝑠𝑎𝑖 = 0 Aplicada a condições de regime estacionário e transiente. Os termos relativos à geração e ao acúmulo de energia não são mais relevantes. Considere a superfície da parede com transferência de calor por condução, convecção e radiação. 𝑞"𝑐𝑜𝑛𝑑 − 𝑞"𝑐𝑜𝑛𝑣 − 𝑞"𝑟𝑎𝑑 = 0 (1.12) (1.13) 21 Profª: Cristiane K. 1.3. Origens Físicas e Equações de Taxa O que é Transferência de Calor? Transferência de calor (ou calor) é energia térmica em trânsito devido a uma diferença de temperaturas no espaço. O que é a Energia Térmica? A energia térmica está associada à translação, rotação, vibração e aos estados eletrônicos dos átomos e moléculas que constituem a matéria. 22 Profª: Cristiane K. 1.3. Origens Físicas e Equações de Taxa NÃO confundir ou trocar os significados físicos de Energia Térmica, Temperatura e Transferência de Calor Quantidade Significado Símbolo Unidades Energia Térmica Energia associada com o comportamento microscópico da matéria. U ou u J ou J/kg Temperatura Um modo de avaliar indiretamente a quantidade de energia térmica acumulada na matéria. T K ou ºC Transferência de Calor Transferência de energia térmica devido à gradientes de temperatura. Calor Quantidade de energia térmica transferida sobre um intervalo de tempo ∆t > 0. Q J Taxa de Calor Energia térmica transferida por unidade de tempo. q W (J/s) Fluxo de Calor Energia térmica transferida por unidade de tempo e por unidade de área da superfície. q” W/m² 23 Profª: Cristiane K. 1.3. Origens Físicas e Equações de Taxa Modos de Transferência de Calor Condução: Transferência de calor em um sólido ou fluido estacionário (gás ou líquido) em virtude do movimento aleatório dos seus átomos, moléculas e/ou elétrons constituintes. Convecção: Transferência de calor devido ao efeito combinado do movimento aleatório (microscópico) e do movimento macroscópico (advecção) do fluido sobre uma superfície. Radiação: Energia que é emitida pela matéria devido à mudanças nas configurações eletrônicas de seus átomos ou moléculas e é transportada como ondas eletromagnéticas (ou fótons). 24 1.3.1. Condução Condução: é a transferência de energia das partículas mais energéticas de uma substância para partículas vizinhas adjacentes menos energéticas, como resultado da interação entre elas. • A condução está diretamente ligada à atividades atômicas e moleculares • A condução pode ocorrer em sólidos, líquidos e gases. a) Mecanismo Físico Gases • A temperatura em um ponto está relacionada com a energia das moléculas naquele ponto. • Não há movimento macroscópico ou global. 25 Profª: Cristiane K. • Na presença de um gradiente de temperatura a transferência de energia ocorre na direção da diminuição da temperatura. 1.3.1. Condução Difusão de Energia: transferência líquida de energia pelo movimento molecular aleatório. • O plano hipotético é atravessado devido ao movimento aleatório das moléculas. 26 Profª: Cristiane K. • Quando as moléculas colidem energia é transferida das mais energéticas para as de menor energia. 1.3.1. Condução Líquidos Sólidos É devida à combinação de vibrações dos retículos e movimento dos elétrons livres. Moléculas mais próximas e interações mais fortes e mais frequentes. 27 Profª: Cristiane K. b) Equações de Taxa 𝑞"𝑥 = −𝑘 𝑑𝑇 𝑑𝑥 (1.1) Aplicação para condução unidimensional de calor, através de uma parede plana com condutividade térmica constante: (-): assegura que a transferência de calor no sentido positivo de x seja uma quantidade positiva. k: condutividade térmica do material (W/(m. K)). 1.3.1. Condução Sentido da T decrescente. Lei de Fourier 28 Profª: Cristiane K. 𝑞"𝑥 = 𝑘 𝑇1 − 𝑇2 𝐿 = 𝑘 ∆𝑇 𝐿 (1.2) • Taxa de Calor (qx) 𝑞𝑥 = 𝑞"𝑥 .𝐴 (W) 1.3.1. Condução L: espessura da parede (m) 𝑞𝑥 = −𝑘𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑥 (W) Lei de Fourier 29 Profª: Cristiane K. 1.3.2. Convecção Convecção: é o modo de transferência de energia entre uma superfície e um fluido adjacente, que está em movimento, e que envolve os efeitos combinados de difusão e do movimento de um fluido. a) Mecanismo Físico Dois Mecanismos Difusão Advecção Movimento molecular aleatório Movimento global ou macroscópico do fluido Na ausência de qualquer movimento de massa de fluido, a transferência de calor entre a superfície e o fluido adjacente será por pura condução 30 Profª: Cristiane K. Desenvolvimento da camada limite na transferência de calor Camada limite hidrodinâmica ou de Velocidade: Região no fluido onde a velocidade varia de zero (em y=0) até um valor u∞ associado ao escoamento do fluido. Camada limite térmica: Região no fluido onde a temperatura varia entre Ts (y=0) até T∞, associada à região de escoamento afastada da superfície. • Contribuição do movimento molecular aleatório (difusão)? • Contribuição do movimento global do fluido (advecção)? O modo de transferência de calor por convecção é mantido pelo movimento molecular aleatório e pelo movimento global do fluido no interior da camada limite. 1.3.2. Convecção 31Profª: Cristiane K. Forçada X Natural (Livre) b) Classificação de acordo com a natureza do Escoamento Utilização de equipamentos para aumentar a velocidade do fluido Ocorre naturalmente; escoamento induzido por forças de empuxo. Convecção Forçada: se o fluido é forçado a fluir sobre uma superfície por meios externos. Convecção Natural ou Livre: se o movimento do fluido é causado por forças de flutuação induzidas por diferenças de densidade, decorrentes da variação de T no fluido. Processos de transferência de calor que envolvem mudança de fase: subida de bolhas de vapor durante a ebulição ou queda de gotículas de líquido durante a condensação. 1.3.2. Convecção c) Equações de Taxa A equação da taxade transferência de calor por convecção é conhecida como a Lei do Resfriamento de Newton: (1.3a)𝑞" = ℎ(𝑇𝑠 − 𝑇∞) q” (W/m²): fluxo de calor por convecção Ts: temperatura da superfície T∞: temperatura do fluido suficientemente longe da superfície h (W/(m².k)): coeficiente de transferência de calor por convecção. Considerações para uso da equação (1.3a): Fluxo de calor é positivo: Ts > T∞ Fluxo de calor é negativo: T∞> Ts 𝑞" = ℎ(𝑇∞ − 𝑇𝑠) A transferência de calor é positiva se ocorrer para a superfície (1.3b) 1.3.2. Convecção Problema central da convecção: determinação de valor de h Tab. 1.1 Incropera 33Profª: Cristiane K. 1.3.3. Radiação A transferência por radiação ocorre mais eficientemente no vácuo. Radiação Térmica É a energia emitida pela matéria que se encontra a uma temperatura não- nula. Todos os sólidos, líquidos e gases emitem, absorvem ou transmitem radiação em diferentes graus. Absorção Transmissão Emissão Reflexão a) Mecanismo Físico Energia é transportada por ondas eletromagnéticas (ou fótons). 34 Profª: Cristiane K. Mudanças nas configurações eletrônicas de átomos ou moléculas que constituem a matéria. b) Equações de Taxa A transferência de calor por radiação em uma interface gás/sólido envolve a emissão de radiação a partir da superfície e pode também envolver a absorção da radiação incidente. Emissão de Radiação (fluxo de energia que sai devido à emissão) 𝐸𝑛 = 𝜎𝑇𝑠 4 (1.4)Lei de Stefan-Boltzmann En (W/m²): poder emissivo de um corpo negro Ts: temperatura absoluta (K) da superfície σ: Constante de Stefan-Boltzmann (σ = 5,67.10-8 W/(m².K4)) 𝐸 = 𝜀𝜎𝑇𝑠 4 (1.5)Superfície real: E (W/m²): poder emissivo da superfície ε : emissividade da superfície (0≤ ε ≤1). 1.3.3. Radiação Corpo negro: superfície idealizada que emite radiação a uma taxa máxima. • Apêndice A 35 Profª: Cristiane K. Absorção de Radiação (energia absorvida devida à irradiação) 𝐺𝑎𝑏𝑠 = 𝛼𝐺 (1.6) Gabs (W/m²): radiação incidente absorvida G (W/m²): irradiação α : absortividade (0≤ α ≤1). Um corpo negro é um perfeito absorvedor (α=1) e um perfeito emissor (ε=1) Se α < 1 e a superfície é opaca: porções da irradiação são refletidas; Se a superfície é semitransparente: porções da irradiação podem ser também transmitidas; O valor de α depende da natureza da irradiação: A água e o vidro são considerados semitransparentes à radiação solar. A taxa na qual a radiação incide sobre uma área unitária da superfície é chamada de Irradiação (G) Considerações 1.3.3. Radiação Taxa na qual a energia radiante é absorvida, por unidade de área da superfície: 36Profª: Cristiane K. Caso Particular: Troca por radiação entre uma pequena superfície e uma grande vizinhança, Tviz. 𝐸𝑛 = 𝜎𝑇𝑣𝑖𝑧 4 = 𝐺 Em alternativa, (1.7)𝑞"𝑟𝑎𝑑 = 𝑞 𝐴 = 𝜀𝐸𝑛 𝑇𝑠 − 𝛼𝐺 = 𝜀𝜎(𝑇𝑠 4 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 4 ) 𝑞𝑟𝑎𝑑 = ℎ𝑟𝐴 𝑇𝑠 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 (1.8) hr (W/m².K): Coeficiente de Transferência de Calor por radiação ℎ𝑟 ≡ 𝜀𝜎(𝑇𝑠 + 𝑇𝑣𝑖𝑧 )(𝑇𝑠 2 + 𝑇𝑣𝑖𝑧 2 ) (1.9) Para convecção e radiação combinadas: 𝑞 = 𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣 + 𝑞𝑟𝑎𝑑 = ℎ𝐴 𝑇𝑠 − 𝑇∞ + 𝜀𝐴𝜎(𝑇𝑠 4 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 4 ) (1.10) 1.3.3. Radiação Taxa líquida de transferência de calor por radiação, expressa por unidade de área da superfície. Superfície cinza: α = ε 37 Profª: Cristiane K.
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