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18/12/2012 1 O Potencial Eletrostático O Potencial Eletrostático • Introdução • Energia Potencial Eletrostática • Potencial Eletrostático • Energia do Campo Elétrico • Superfícies Equipotenciais • O Potencial Eletrostático em Diversas Situações • Circulação e Rotacional Introdução • Em princípio, a lei de Coulomb (e, consequentemente, a lei de Gauss) nos dá tudo o que precisamos saber na eletrostática. Ou seja, conhecendo a carga e posições das partículas, podemos encontrar todas as forças elétricas. Ou ainda, se dermos liberdade para as cargas se moverem livremente sob a ação de outros tipos de força, podemos encontrar a configuração de equilíbrio, isto é, o arranjo no qual a distribuição de cargas permanecerá estática. • Podemos, no entanto, aumentar nossa compreensão se introduzirmos outros conceitos, como por exemplo o conceito da energia. • Vimos, no estudo da mecânica, que as expressões para energia cinética e potencial nos ajudaram a descobrir conexões entre os estados de um sistema em dois instantes diferentes, sem precisarmos conhecer os detalhes do que estava ocorrendo neste sistema entre estes dois instantes. • Vamos agora considerar a energia dos sistemas eletrostáticos. Energia Potencial Eletrostática • Na mecânica, vimos que se ܥ é um caminho entre dois pontos ଵܲ e ଶܲ, o trabalho realizado por uma força ܨԦ ao longo deste caminho é: ܹሺሻభ→మ ൌ න ܨ Ԧ ∙ ݀Ԧ݈ మ భሺሻ onde o elemento de linha ݀Ԧ݈ tem a orientação de ܥ. • Se ܨԦ é uma força central, ܨԦ ൌ ܨሺݎሻ̂ݎ, onde ̂ݎ é o versor da direção radial, com origem no centro das forças, então o trabalho torna‐se ܹሺሻభ→మ ൌ න ܨ Ԧ ∙ ݀Ԧ݈ మ భሺሻ ൌ න ܨ ݎ ݀ݎ మ భ Que não depende do caminho ܥ, mas apenas dos pontos inicial e final. • Quando o trabalho realizado por uma dada força depende apenas dos pontos inicial e final (e não do caminho ܥ entre eles), dizemos que esta força é uma força conservativa, e podemos escrever: න ܨ ݎ ݀ݎ మ భ ൌ െ ܷ ݎଶ െ ܷ ݎଵ onde define‐se ܷ ݎ ≡ െ නܨ ݎᇱ ݀ݎ′ బ onde ݎ é um ponto escolhido arbitrariamente, onde toma‐se ܷ ݎ ൌ 0. • A função ܷሺݎሻ é chamada de energia potencial. • Como dito anteriormente, uma força é conservativa, quando o trabalho realizado por ela em um dado deslocamento, não depende do caminho escolhido. Logo, todas as forças centrais são conservativas. • Isto implica que na figura ao lado, ܹሺభሻ ൌ ܹሺమሻ • Além disso, se tomarmos o sentido inverso no caminho ܥଶ, teremos ܹሺమሻ ൌ െܹሺିమሻ 18/12/2012 2 • Desta forma, temos ܹሺభሻ ൌ ܹሺమሻ ⇒ න ܨ ݎ ݀ݎ ሺభሻ ൌ න ܨ ݎ ݀ݎ ሺమሻ ⇒ න ܨ ݎ ݀ݎ ሺభሻ െ න ܨ ݎ ݀ݎ మ ൌ 0 ⇒ න ܨ ݎ ݀ݎ ሺభሻ න ܨ ݎ ݀ݎ ሺమሻ ൌ 0 ⇒ ර ܨ ݎ ݀ݎ ൌ 0 • A integral de linha de ܨԦ sobre um circuito fechado ܥ é chamada de circulação de ܨԦ ao longo de ܥ. • Temos então que a condição necessária e suficiente para que uma força seja conservativa é que sua circulação ao longo de qualquer caminho fechado seja igual a zero: ර ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ 0 • De forma geral, se uma força é conservativa então න ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ మ భ ൌ െ ܷ ଶܲ െ ܷ ଵܲ ൌ െ න ܷ݀ మ భ ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ െܷ݀ • Em coordenadas cartesianas, ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ ܨ௫݀ݔ ܨ௬݀ݕ ܨ௭݀ݖ e ܷ݀ ൌ ߲ܷ ߲ݔ ݀ݔ ߲ܷ ߲ݕ ݀ݕ ߲ܷ ߲ݖ ݀ݖ • Temos então ܨ௫ ൌ െ డ డ௫ ; ܨ௬ ൌ െ డ డ௬ ; ܨ௭ ൌ െ డ డ௭ ⇒ ܨԦ ൌ െ ߲ܷ ߲ݔ , ߲ܷ ߲ݕ , ߲ܷ ߲ݖ ൌ െߘܷ ൌ െgrad ܷ Onde ߘ ൌ డ డ௫ , డ డ௬ , డ డ௭ é o operador nabla em coordenadas cartesianas. • O gradiente é uma espécie de “derivada tridimensional” de uma função escalar. • Se o projetarmos sobre uma direção de versor ̂ݏ teremos a derivada direcional na direção ̂ݏ ߲ܷ ߲ݏ ൌ ̂ݏ ∙ grad ܷ • Em coordenadas cilíndricas, temos que o elemento de caminho ݀Ԧ݈ tem a forma ݀Ԧ݈ ൌ ݀ߩ, ߩ݀ߠ, ݀ݖ Assim ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ ܨఘ݀ߩ ܨఏߩ݀ߠ ܨ௭݀ݖ e ܷ݀ ൌ ߲ܷ ߲ߩ ݀ߩ ߲ܷ ߲ߠ ݀ߠ ߲ܷ ߲ݖ ݀ݖ logo ܨԦ ൌ ߲ܷ ߲ߩ , 1 ߩ ߲ܷ ߲߮ , ߲ܷ ߲ݖ ൌ െgradܷ • E em coordenadas esféricas temos ݀Ԧ݈ ൌ ݀ݎ, ݎ݀ߠ, ݎsenߠ݀߮ Assim ܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ ܨ݀ݎ ܨఏݎ݀ߠ ܨఝݎsenߠ݀߮ e ܷ݀ ൌ ߲ܷ ߲ݎ ݀ݎ ߲ܷ ߲ߠ ݀ߠ ߲ܷ ߲߮ ݀߮ logo ܨԦ ൌ ߲ܷ ߲ݎ ̂ݎ 1 ݎ ߲ܷ ߲ߠ ߠ 1 ݎsenߠ ߲ܷ ߲߮ ො߮ ൌ െgradܷ • Resumindo, o gradiente de uma função escalar qualquer pode ser escrito: Em coordenadas cartesianas: grad ݂ ൌ ߲݂ ߲ݔ ଓ̂ ߲݂ ߲ݕ ଔ̂ ߲݂ ߲ݖ ݇ Em coordenadas cilíndricas: grad ݂ ൌ ߲݂ ߲ߩ ߩො 1 ߩ ߲݂ ߲߮ ො߮ ߲݂ ߲ݖ ݇ E em coordenadas esféricas: grad ݂ ൌ ߲݂ ߲ݎ ̂ݎ 1 ݎ ߲݂ ߲ߠ ߠ 1 ݎsenߠ ߲݂ ߲߮ ො߮ • Para duas partículas carregadas, temos que a energia potencia eletrostática será dada por ܷ ݎ ൌ െ නܨ ݎᇱ ݀ݎᇱ బ ൌ െ ݍଵݍଶ 4ߨߝ න ݀ݎᇱ ݎ′ଶ బ ܷ ݎ ൌ ݍଵݍଶ 4ߨߝ 1 ݎ െ 1 ݎ • Geralmente toma‐se o ponto de referência como estando no infinito, i. e. ܷ ݎ ൌ ܷ ∞ ൌ 0 Assim, a energia potencial de duas partículas carregadas é dada por ܷ ݎ ൌ ݍଵݍଶ 4ߨߝ 1 ݎ ൌ ݍଵݍଶ 4ߨߝ 1 ݎԦଶ െ ݎԦଵ 18/12/2012 3 • Vê‐se que quando as partículas tem carga de mesmo sinal, a energia potencial associada ao par é positiva, e vice‐versa. • Dado o princípio da superposição, temos que a energia potencial associada a um número ܰ de partículas pode ser escrita como a soma das energias potenciais obtidas para a interação entre cada par de partículas ܷ ൌ 1 4ߨߝ ݍݍ ݎԦ െ ݎԦ ே ୀଵ ିଵ ୀଵ ൌ 1 2 1 4ߨߝ ݍݍ ݎԦ െ ݎԦ ே ୀଵ ஷ ே ୀଵ • Podemos generalizar a equação anterior para o caso em que as cargas estão distribuídas continuamente ܷ ൌ 1 2 1 4ߨߝ ඵ ݀ݍ݀ݍ ݎԦ െ ݎԦ Potencial Eletrostático • A partir da definição do campo elétrico temos ܧ ൌ ܨԦ ݍ ൌ െ 1 ݍ grad ܷ ൌ െgrad ܷ ݍ ܧ ൌ െgrad ܸ Onde definimos o potencial eletrostático ܸ ≡ ܷ ݍ Que é o trabalho realizado contra a força elétrica para levar uma carga unitária do ponto ଵܲ até o ponto ଶܲ • Vê‐se que a unidade de ܸ no SI é o Joule/Coulomb, definido como Volt ܸ ൌ ܬ ܥ ≡ ܸ ሺVoltሻ • Vê‐se também que o campo elétrico pode ser escrito em unidades de volt/metro. ܧ ൌ ܰ ܥ ൌ ܸ ݉ • Da definição acima temos que ܸ ݎଶ െ ܸ ݎଵ ൌ െ න ܧ ∙ ݀Ԧ݈ భ భ • Para uma carga pontual ݍ na origem, o potencial no ponto ݎ toma a forma ܸ ݎ െ ܸ ݎ ൌ െ ݍ 4ߨߝ න ݀ݎᇱ ݎᇱଶ బ ൌ ݍ 4ߨߝ 1 ݎ െ 1 ݎ • Novamente, tomaremos o ponto de referência no infinito, ܸ ݎ → ∞ ൌ 0, o que fornece ܸ ݎ ൌ ݍ 4ߨߝ 1 ݎ • Novamente, pelo princípio da superposição temos que o potencial produzido por uma distribuição de cargas puntiformes toma a forma ܸ ݎ ൌ ݍ 4ߨߝ 1 ݎ ே ୀଵ onde ݎ é a distância da carga ݆ ao ponto ܲ. • Para uma distribuição contínua de cargas ܸ ݎ ൌ 1 4ߨߝ න ݀ݍ ݎ • Como V é uma função escalar, em geral, ao invés de calcular ܧ diretamente, é mais simples calcular ܸ e em seguida obter ܧ a partir do grad ܸ. • Deve‐se levar em consideração que a expressão ܸ ݎ ൌ 1 4ߨߝ න ݀ݍ ݎ é válida para uma distribuição finita de cargas, pois tomamos o potencial nulo no infinito. • Em geral, se desejarmos calcular o potencial produzido por uma distribuição infinita, teremos que utilizar a equação ܸ ݎଶ െ ܸ ݎଵ ൌ െ න ܧ ∙ ݀Ԧ݈ భ భ • Temos ainda que a energia potencial associada a uma carga puntiforme e uma distribuição continua de cargas pode ser escrita como ܷ ൌ 1 2 1 4ߨߝ ඵ ݀ݍ݀ݍ ݎԦ െ ݎԦ ൌ 1 2 න ݀ݍ 1 4ߨߝ න ݀ݍ ݎԦ െ ݎԦ ܷ ൌ 1 2 න݀ݍܸ ݎԦ ൌ 1 2 නߩ ݎԦ ܸ ݎԦ ܸ݀ Energia do Campo Elétrico • Como vimos anteriormente, a energiapotencial associada a uma distribuição de cargas pode ser escrita em termos do potencial elétrico ܷ ൌ 1 2 නߩ ݎԦ ܸ ݎԦ ܸ݀ Usando a equação de Poisson, div ܧ ൌ ఘ ఌబ⁄ ,a equação acima pode ser reescrita como ܷ ൌ ߝ 2 නܸ ݎԦ divܧܸ݀ 18/12/2012 4 • Usando a identidade div ݂ݒԦ ൌ ݂divݒԦ ݒԦ ∙ grad݂ temos ܸdivܧ ൌ div ܸܧ െ ܧ ∙ gradܸ ൌ div ܸܧ ܧଶ logo ܷ ൌ ߝ 2 න ܧଶܸ݀ ߝ 2 න div ܸܧ ܸ݀ ܷ ൌ ߝ 2 න ܧଶܸ݀ ߝ 2 ර ܸܧ ∙ ݀ Ԧܵ ௌ • Onde a superfície fechada ܵ envolve todo o volume ܸ. Como o campo elétrico se estende por todo o espaço, devemos calcular as integrais em todo o espaço. • Na segunda integral temos que ܸ ∝ ଵ ⁄ , ܧ ∝ ଵ మ⁄ e ܵ ∝ ݎ ଶ. Logo ∮ௌ → 0 quando ܴ → ∞. Assim ܷ ൌ ߝ 2 න ܧଶܸ݀ ൌ න ݑܸ݀ Onde ݑ ≡ ఌబா మ ଶ é a densidade de energia do campo elétrico. • Voltaremos a falar nisso no próximo assunto Superfícies Equipotenciais • Uma superfície em que ܷ é constante é chamada de superfície equipotencial. Se ݀Ԧ݈ é o deslocamento sobre uma superfície equipotencial, então ܷ݀ ൌ െܨԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ 0 ⇒ ܷ݀ ݍ ൌ െ ܨԦ ݍ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ 0 ⇒ ܸ݀ ൌ െܧ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ 0 • Tal resultado significa que ܧ é perpendicular à superfície equipotencial (ܧ ٣ ݀Ԧ݈), ou seja, as linhas de campo de um campo conservativo são trajetórias ortogonais das superfícies equipotenciais deste campo. Superfícies equipotenciais de um campo uniforme Superfícies equipotenciais de uma carga puntiforme Superfícies equipotenciais de um dipolo elétrico Cálculo do Potencial Eletrostático em Diversas Situações • Fio Infinito • Dois planos infinitos e paralelos • Casca esférica • Anel isolante uniformemente carregado • Disco circular isolante uniformemente carregado • Anel isolante uniformemente carregado (fora do eixo) • Dipolo elétrico Circulação e Rotacional • Desenvolvemos o conceito de divergência, uma propriedade local de um campo vetorial, a partir de uma integral de superfície sobre uma superfície fechada arbitrária. • Neste mesmo espírito, iremos tentar extrair alguma propriedade local de um campo vetorial, a partir da integral de linha deste campo sobre uma curva fechada ܥ. • A curva ܥ pode ser vista como a fronteira de alguma superfície ܵ. 18/12/2012 5 • Como já visto, a integral de linha de uma campo vetorial ao longo de uma curva fechada é chamada de circulação, e será denotada pela letra Γ, Γ ൌ ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ • Onde ݀Ԧ݈ é um elemento de caminho, um vetor infinitesimal tangente à ܥ em cada ponto. • Existem dois sentidos nos quais ܥ pode ser percorrido, devemos escolher ݀Ԧ݈ de tal forma que não haja ambiguidade. • Agora vamos dividir a curva ܥ usando o circuito ܤ , formando desta forma dois caminhos, ܥଵ e ܥଶ, cada um incluindo ܤ como parte dele. • Tomando a integral de linha sobre cada percurso, no mesmo sentido, vemos que a soma das duas circulações, Γଵ e Γଶ, será igual à circulação original sobre ܥ. • Isso ocorre porque o circuito B é atravessado em direções opostas nas duas integrações. • Posteriores subdivisões do circuito ܥ em muitos loops não alterarão o valor da integral de linha original. • Logo ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌර ܣԦ ∙ ݈݀ ே ୀଵ ou Γ ൌΓ ே • Se continuarmos a subdividir indefinidamente, teremos, no limite, uma quantidade característica do campo vetorial ܣԦ em uma vizinhança local. • Quando subdividimos um loop, criamos loops com menor circulação e, consequentemente, com menor área delimitada. Logo, é de se esperar que o comportamento local esteja associado à razão entre a circulação e a área delimitada pelo loop. • Define‐se então o rotacional de um campo vetorial ܣԦ, rot ܣԦ, da seguinte forma: • A componente do rot ܣԦ na direção do vetor unitário ො݊ é o limite de uma integral de linha por unidade de área, a medida que a área delimitada pela curva tende a zero, sendo esta área perpendicular a ො݊. Isto é, ො݊ ∙ rot ܣԦ ൌ lim ௌ→ 1 ܵ ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ Onde a curva ܥ, que delimita ܵ, está em um plano normal a ො݊. • Embora seja pouco utilizada, existe outra definição para o rotacional: O rotacional de um vetor é o limite da razão entre a integral de seu produto vetorial com a normal traçada para fora, sobre uma superfície fechada, e o volume envolvido por essa superfície quando este volume tende a zero, a saber rot ܣԦ ൌ lim → 1 ܸ ර ො݊ ൈ ܣԦ ݀ܵ ௌ Esta definição é equivalente à primeira. ොܽ ∙ rot ܣԦ ൌ lim → 1 ܸ ර ොܽ ∙ ො݊ ൈ ܣԦ ݀ܵ ௌ ොܽ ∙ rot ܣԦ ൌ lim → 1 ܸ ර ܣԦ ∙ ሺߦ݀Ԧ݈ሻ ௌ ොܽ ∙ rot ܣԦ ൌ lim → 1 ߦܵ ර ߦܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ • Rotacional em coordenadas cartesianas ݔ, ݕ, ݖ ݎݐ ܣԦ ൌ ߲ܣ௭ ߲ݕ െ ߲ܣ௬ ߲ݖ ଓ̂ ߲ܣ௫ ߲ݖ െ ߲ܣ௭ ߲ݔ ଔ̂ ߲ܣ௬ ߲ݔ െ ߲ܣ௫ ߲ݕ ݇ • Rotacional em coordenadas cilíndricas ߩ, ߠ, ݖ ݎݐ ܣԦ ൌ 1 ߩ ߲ܣ௭ ߲ߠ െ ߲ܣఏ ߲ݖ ߩො ߲ܣఘ ߲ݖ െ ߲ܣ௭ ߲ߩ ߠ 1 ߩ ߲ ߩܣఏ ߲ߩ െ ߲ܣఘ ߲ߠ ݇ • Rotacional em coordenadas esféricas ݎ, ߠ, ߮ ݎݐ ܣԦ ൌ 1 ݎݏ݁݊ߠ ߲ ݏ݁݊ߠܣఝ ߲ߠ െ ߲ܣఏ ߲߮ ̂ݎ 1 ݎ 1 ݏ݁݊ߠ ߲ܣ ߲߮ െ ߲ ݎܣఝ ߲ݎ ߠ 1 ݎ ߲ ݎܣఏ ߲ݎ െ ߲ܣ ߲ߠ ො߮ 18/12/2012 6 • Teorema de Stokes. Vimos acima que a circulação de um campo vetorial ao longo de um circuito fechado ܥ pode ser obtida a partir da soma da circulação ao longo de circuitos menores, logo ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌර ܣԦ ∙ ݈݀ ே ୀଵ ൌ 1 ܵ ර ܣԦ ∙ ݈݀ ே ୀଵ Δ ܵ No limite Δ ܵ → 0 temos ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ lim ௌ→ 1 ܵ ර ܣԦ ∙ ݈݀ ே ୀଵ Δ ܵ ൌ න rot ܣԦ ∙ ݀ Ԧܵ ௌ ර ܣԦ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ න rot ܣԦ ∙ ݀ Ԧܵ ௌ Este resultado é conhecido como teorema de Stokes: A integral de linha de um campo vetorial ao longo de uma curva fechada é igual à integral da componente normal do seu rotacional sobre qualquer superfície limitada pela curva. • Como o campo elétrico é conservativo, temos que a sua circulação é zero, ර ܧ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ 0 • Aplicando o teorema de Stokes obtemos, ර ܧ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ න rot ܧ ∙ ݀ Ԧܵ ௌ ൌ 0 Logo rot ܧ ൌ 0 • Temos então que se um campo vetorial é conservativo, então o seu rotacional é nulo. Potencial de Condutores • No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático temos ܧ ≡ 0, logo ܸ 2 െ ܸ 1 ൌ െන ܧ ∙ ݀Ԧ݈ ଶ ଵ ൌ 0 ܸ 1 ൌ ܸ 2 ൌ ܿ݊ݏݐܽ݊ݐ݁ • Consideremos um condutor com uma cavidade e sem cargas livres. • Se tomarmos uma superfície gaussiana coincidente com a superfície interna do condutor que limita a cavidade, teremos Φௌ ൌ ර ܧ ∙ ݀ Ԧܵ ൌ ௌ 0 • Mas isso não significa que não existem cargas na superfície ܵ, significa somente que a carga total é nula. • Poderíamos ter cargas positivas e distribuídas sobre a superfície. • Mas isso não significa que não existem cargas na superfície ܵ, significa somente que a carga total é nula. • Poderíamos ter cargas positivas e distribuídas sobre a superfície, com linhas de campo iniciando nas cargas + e terminando nas cargas ‐ • Tomando um circuito fechado, passando por dentro do condutor e pela cavidade temos, ර ܧ ∙ ݀Ԧ݈ ൌ න ܧ ∙ ݀Ԧ݈ మ భ ് 0 • Contrariando a condição decampo conservativo. • Desta forma, temos que: Se não há cargas dentro da cavidade, não pode haver cargas na superfície interna; ܧ ≡ 0 não só no interior do material condutor, mas também em toda a cavidade • Os resultados acima valem para cavidades de qualquer formato, não apenas as esféricas, como obtidas por Newton para o caso gravitacional. • Valem também para quaisquer campos eletrostáticos externos ao condutor, ou seja, a cavidade é blindada da ação de campos externos (gaiola de Faraday). • Se uma carga ݍ for introduzida na cavidade, sem tocar no condutor, temos que, como Φௌ ൌ 0, as linhas de força que emanam de ݍ deverãoterminar em cargas negativas na superfície da cavidade, ou seja, a presença de uma carga ݍ induz uma carga െݍ na superfície interna da cavidade. 18/12/2012 7 • Contato entre condutores oSe dois condutores esféricos de raios ݎଵ e ݎଶ , com carga ݍଵ e ݍଶ, estiverem separados por uma distância ݀ ≫ ሺݎଵ, ݎଶሻ então o valor potencial sobre a superfície de cada um é pouco influenciado pela presença do outro. oSe eles forem conectados por um fio condutor, a carga total (ݍ ൌ ݍଵ ݍଶ ) se redistribui até eles ficarem com o mesmo potencial (desprezando novamente a influência de um sobre o outro e a influência do fio) ଵܸ ൎ ଶܸ ݍ′ଵ 4ߨߝݎଵ ൎ ݍ′ଶ 4ߨߝݎଶ ݍ′ଵ ݍ′ଶ ൌ ݎଵ ݎଶ oTemos, pela conservação de carga, que ݍ ൌ ݍ′ଵ ݍ′ଶ , logo ݍ′ଵ ൌ ݍ భ భାమ e ݍ′ଶ ൌ ݍ మ భାమ oComo ߪ ൌ ସగమ temos ߪଵ ߪଶ ൌ ݍ′ଵ ݍ′ଶ ݎଶ ݎଵ ଶ ൌ ݎଶ ݎଵ ߪଵ ߪଶ ൌ ݎଶ ݎଵ oO resultado acima significa que a densidade de carga é inversamente proporcional ao raio de curvatura da superfície condutora. oComo em um condutor ܧ ൌ ఙ ఌబ então o campo elétrico também será inversamente proporcional ao raio de curvatura da superfície condutora, ou seja, o campo é mais intenso na vizinhança de uma ponta. oO campo elétrico nas proximidades da ponta de um material condutor pode tornar‐se tão intenso a ponto de transformar o ar em condutor e, com isso, produzindo correntes elétricas no mesmo. Esse fenômeno recebe o nome de efeito corona. oPara que esse fenômeno surja, o campo elétrico tem que ser da ordem de 3 ൈ 10ܸ/݉. oO valor do campo elétrico que transforma um isolante em condutor é chamado de rigidez dielétrica do condutor, desta forma, a rigidez dielétrica do ar é 3 ൈ 10ܸ/݉. Equação de Poisson para ܸ • Da equação de Poisson temos ߘ ∙ ܧ ൌ ߩ ߝ e sendo o campo eletrostático conservativo, ܧ ൌ ߘܸ, temos ߘ ∙ ߘܸ ൌ ߩ ߝ ߘଶܸ ൌ ߩ ߝ Que é a equação de Poisson para o potencial eletrostático. • O operador ߘଶ é chamado de laplaciano e também é escrito na forma ∆. • Em coordenadas cartesianas, o laplaciano é dado por ∆≡ ߘଶ ൌ ߲ଶ ߲ݔଶ ߲ଶ ߲ݕଶ ߲ଶ ߲ݖଶ • Em uma região do espaço que não contenha cargas, ߩ ൌ 0, a equação de Poisson toma a forma ߘଶܸ ൌ 0 Que é conhecida como a equação de Laplace. Identidades do cálculo vetorial • Sejam ݂ e ݃ duas funções escalares e ܣԦ e ܥԦ dois campos vetoriais. Temos as seguintes identidades: rot grad݂ ൌ 0 ; div rot ܣԦ ൌ 0 grad ݂݃ ൌ ݂ grad݃ ݃ grad݂ div ݂ܣԦ ൌ ݂ divܣԦ ܣԦ ∙ grad݂ rot ݂ܣԦ ൌ ݂ rot ܣԦ grad݂ ൈ ܣԦ div ܣԦ ൈ ܥԦ ൌ ܣԦ ∙ rot ܥԦ െ ܥԦ ∙ rot ܣԦ
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