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VINÍCIUS MONTE LIMA IRRADIAÇÃO TÉRMICA LEI DE STEFAN-BOLTZMANN Londrina – Paraná 2016 Relatório requisitado na disciplina de Laboratório de Física Moderna no curso de Física – Licenciatura pelo professor Doutor Américo Tsuneo Fujii. INTRODUÇÃO Diferentemente dos dois processos de propagação de calor (condução e convecção), a irradiação térmica não necessita de meio material para transmitir energia térmica. Dessa forma, definimos irradiação térmica como sendo a propagação de calor na qual a energia térmica é transmitida através de ondas eletromagnéticas. Dentre a diversidade de ondas eletromagnéticas, os raios infravermelhos são os que apresentam efeitos térmicos com maior intensidade. James C.Maxwell propôs que esse tipo de energia (radiação térmica) viaja pelo espaço na forma de ondas constituídas por uma componente de campo elétrico e uma componente de campo magnético, perpendiculares entre si e ambas oscilando numa frequência determinada. Figura 1 – Esquematização de uma eletromagnética viajando no vácuo Todo objeto que estiver acima do zero absoluto (0 K) emitirá alguma radiação, então, a física do século XIX voltava-se para explicar a relação entre a energia de radiação com a temperatura de um objeto. Observou-se que objetos com uma superfície perfeitamente negra absorvem toda a radiação incidente sobre eles e da mesma forma deveriam irradiá-la se estivessem em equilíbrio térmico. A radiação térmica em equilíbrio é então chamada de radiação do corpo negro. J. Stefan em 1884 deduziu a primeira relação entre temperatura e energia de radiação de um corpo negro que foi explicada teoricamente mais tarde por Boltzmann na mesma época. Figura 2 – Joseph Stefan (Klagenfurt, 24 de março de 1835 — Viena, 7 de janeiro de 1893) e Ludwig Eduard Boltzmann (Viena, 20 de fevereiro de 1844 — Duino-Aurisina, 5 de setembro de 1906) As deduções dessas leis demarcam o limite do que foi possível alcançar usando-se apenas as ferramentas da termodinâmica e do eletromagnetismo clássico, sob a ignorância completa dos fenômenos quânticos. São resultados fabulosos que serviram como um ponto de partida bem estabelecido e seguro para a análise de resultados experimentais, bem como os trabalhos posteriores de Planck (quantização da energia) e Einstein (efeito fotoelétrico). Todos os corpos irradiam calor constantemente, perdendo energia. Os corpos sem energia térmica própria precisam, então, absorver energia para depois emiti-la. Portanto, aquele que mais absorve é também o que mais pode emitir. Figura 3 – Emissão de radiação térmica do corpo humano. As regiões vermelhas indicam maior emissão enquanto as azuis indicam menor emissão O corpo hipotético, que é um absorvedor ideal e, logicamente, um emissor ideal, é denominado corpo negro. Define-se poder emissivo E como a potência irradiada por unidade de área. No Sistema Internacional de Unidades, conhecido como (SI), a unidade do poder emissivo é dada em W/m2 (watt por metro quadrado). Sendo assim, definimos a Lei de Stefan-Boltzmann da seguinte maneira: 𝐸𝑐𝑛 = 𝜎. 𝑇 4 Onde σ é a constante de proporcionalidade, cujo valor, no SI, é de aproximadamente 5,7 .10-8 W/m2.K4, o poder emissivo E de um corpo negro cn é proporcional à quarta potência de sua temperatura absoluta T. O problema, agora, era explicar como esta energia radiante total, emitida pelo corpo negro, era distribuída entre as várias frequências ou comprimentos de onda da radiação já que a teoria se James C.Maxwell se mostrou incapaz de fazê-lo. Max Planck, em 1900, mostrou que a energia destas oscilações é limitada para múltiplos inteiros da energia fundamental, proporcional a frequência de oscilação. Ao deduzir esta lei, ele considerou a possibilidade da distribuição de energia eletromagnética sobre os diferentes modos de oscilação de carga na matéria. Assim a energia deveria ser quantizada, e o tamanho desses pacotes de energia ou quantum é proporcional a frequência e igual à h.f , onde h é a constante de Planck. Figura 4 – Emissão de radiação de um corpo negro em função do comprimento de onda e a comparação entre a teoria clássica e os resultados de Planck. Com essa hipótese, Planck solucionou a distribuição da radiação luminosa de um corpo negro e mostrou como ela varia com o comprimento de onda para uma dada temperatura, mostrou também que a energia de radiação de um corpo negro pode ser definida por sua temperatura. OBJETIVOS O objetivo deste estudo é compreender a natureza e o comportamento da irradiação térmica, a diferença entre a absorção, emissão e a reflexão por superfícies distintas através do Cubo de Leslie, a relação entre a potência de radiação com a distância fonte-sensor (relação do inverso do quadrado) e verificar experimentalmente a Lei de Stefan-Boltzmann. METODOLOGIA: CUBO DE LESLIE O cubo de Leslie é composto por quatro faces distintas, são elas: preta, branca, polida e áspera. A diferenciação entre as faces é necessária para haver diferente emissão de radiação por cada uma delas. Dentro do cubo que é oco, há uma lâmpada incandescente que aquece uniformemente o cubo de dentro para fora. Figura 5 – Cubo de Leslie usado no experimento. A partir do aquecimento das faces mede-se a intensidade de radiação emitida por cada qual com um receptor composto de uma termopilha. A temperatura do cubo é determinada usando-se um ohmímetro conectado às entradas de um resistor térmico (thermistor) na base do cubo. Com o valor da resistência obtida no ohmímetro, que flutua já que a temperatura não se mantém estável, é possível obter a temperatura aproximada do cubo, por meio de uma tabela fornecida pelo fabricante do material. E a medida aferida no voltímetro, se refere a intensidade de radiação emitida por cada uma das faces. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: CUBO DE LESLIE Para a montagem experimental foram utilizados: um cubo de Leslie da Pasco, uma termopilha, também da Pasco, uma lâmpada incandescente, dois multímetros e cabos de conexão. Figura 6 – Arranjo experimental. Primeiramente a lâmpada dentro do cubo é acesa e é aguardado o momento em que o sistema aqueça até mais de cem graus Celsius. A temperatura é medida indiretamente a partir da variação (inversamente proporcional) da resistência do sistema e de uma tabela cedida pela fabricante do equipamento. A lâmpada então e desligada e assim que o cubo chega as temperaturas de cem, oitenta, sessenta e quarenta graus Celsius a emissão de radiação é mensurada com a termopilha, nas quatro faces para cada uma das temperaturas citadas. RESULTADO E DISCUSSÕES: CUBO DE LESLIE Os dados obtidos seguem na tabela abaixo: Radiação emitida em cada face (milivolts) Temperatura (ºC) Negra Áspera Branca Polida 40,00 (2,22 ± 0,2) (0,63 ± 0,2) (2,23 ± 0,2) (0,17 ± 0,2) 60,00 (3,8 ± 0,2) (1,15 ± 0,2) (3,8 ± 0,2) (0,33 ± 0,2) 80,00 (7,06 ± 0,2) (2,06 ± 0,2) (7,13 ± 0,2) (0,45 ± 0,2) 100,00 (11,3 ± 0,2) (3,4 ± 0,2) (11,57 ± 0,2) (0,99 ± 0,2) Tabela 1 – Primeiros dados obtidos no cubo de Leslie As emissões podem ser comparadas em um mesmo gráfico, representado pelo gráfico 1. Gráfico 1 – Emissões de cada face do cubo de Leslie para cadatemperatura. A princípio a teoria nos diz que quanto maior a absorção de radiação, maior é a emissão. Teoricamente o esperado para a emissão na ordem crescente seria: Face branca, face polida, face áspera e face negra. Então, o resultado que foge do esperado é a emissão da face branca do cubo de Leslie. A justificativa pode se dar pelo fato que a face branca na verdade é composta de apenas uma película de tinta branca na placa de alumínio do cubo de Leslie. A radiação que comumente é associada a transmissão de calor, a radiação infravermelha, tem um poder de penetração maior que esta película. O mesmo ocorre com a face negra. Estas cores das faces possuem apenas uma absorção claramente diferente no que diz respeita a luz visível e não na região do infravermelho, o que explicaria a emissão praticamente igual das duas faces. METODOLOGIA: RELAÇÃO DA INTENSIDADE DE RADIAÇÃO E DISTÂNCIA Duas lâmpadas de tungstênio, uma pequena e uma grande, e o cubo de Leslie são colocados em uma mesa com um receptor de radiação. A intensidade de radiação é então aferida para diferentes distâncias. As relações entre as grandezas são então relacionadas de várias maneiras para confirmar a proporcionalidade entre a distância e a intensidade da radiação aferida. A teoria explicita que intensidade de radiação é inversamente proporcional ao quadrado da distância. Este comportamento é explicado pela lei do inverso do quadrado da distância: O corpo emissor, com potência de P, em watts, fixo sobre a mesa, emite radiação para todas as direções em forma de esferas concêntricas (considerando um emissor pontual), como esquematizado na figura abaixo: Figura 7 – Uma fonte de luz com diferentes densidades de fluxo em função da distância. A densidade de fluxo de radiação q1, que é a potência irradiada por área é diferente para distâncias diferentes do emissor. Entretanto, a potência da fonte é constante para ambos os casos, temos assim: 𝑞1 = 𝑃 4𝜋𝑟1 2 Onde 4𝜋𝑟1 2 é a área da esfera em questão. Para a segunda esfera, de raio r2 temos analogamente: 𝑞2 = 𝑃 4𝜋𝑟2 2 Como a potência se mantém constante durante o experimento, podemos afirmar que 𝑞2. 4. 𝜋. 𝑟2 2 = 𝑞1. 4. 𝜋. 𝑟1 2 ou seja 𝑞2 = 𝑟1 2. 𝑞1 𝑟2 2 já que 𝑟1 2. 𝑞1 é um valor constante (ϼ) e apenas a segunda distância é variável, a equação abaixo é conhecida como a lei do inverso do quadrado da distância. 𝑞2 = ϼ 𝑟2 2 Essa lei diz que ao se afastar de uma fonte luminosa, a intensidade luminosa (que é a densidade de fluxo) vai diminuindo com o inverso do quadrado da distância. Com a diminuição da intensidade luminosa a radiação detectada será menor. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: RELAÇÃO DA INTENSIDADE DE RADIAÇÃO E DISTÂNCIA Para a montagem experimental foram utilizados: duas lâmpadas de incandescentes e um cubo de Leslie da Pasco, uma trena, sensor de termopilha, também da Pasco, um multímetro e uma fonte de tensão variável. Figura 8 – Arranjo experimental para obter a Lei do Inverso do Quadrado da distância Com a fita métrica fixada na mesa, o filamento da lâmpada é posicionado na posição zero da fita (para as duas lâmpadas envolvidas no experimento – no caso do cubo de Leslie, a face da qual será medida a radiação é colocada na posição zero da fita) e o sensor é afastado, e em cada nova posição a radiação aferida no voltímetro é tomada. RESULTADO E DISCUSSÕES: RELAÇÃO DA INTENSIDADE DE RADIAÇÃO E DISTÂNCIA Com a fonte gerando uma diferença de potencial de 12,1 volts e uma corrente de 2,0 amperes, foi realizado o experimento com as duas lâmpadas separadamente, utilizando as mesmas distâncias para aferição. Os dados obtidos seguem na tabela abaixo: Lâmpada 1 - Grande Lâmpada 2 - Pequena Distância (cm) Radiação (mV) Distância (cm) Radiação (mV) 3,00 155,3 3,00 81,6 3,50 119,8 3,50 67,6 4,00 98,2 4,00 54,3 4,50 79,9 4,50 41,9 5,00 66,1 5,00 34,5 6,00 47,7 6,00 25,4 7,00 35,8 7,00 18,4 8,00 28,3 8,00 14,7 9,00 22,5 9,00 11,4 10,00 18,6 10,00 9,1 12,00 12,1 12,00 6,2 14,00 8,8 14,00 4,7 16,00 6,6 16,00 3,6 18,00 5,3 18,00 2,8 20,00 4,3 20,00 2,3 25,00 2,6 25,00 1,4 30,00 1,8 30,00 0,8 35,00 1,2 35,00 0,6 40,00 0,9 40,00 0,4 45,00 0,7 45,00 0,3 50,00 0,5 50,00 0,2 60,00 0,2 60,00 0,1 70,00 0,1 70,00 0 80,00 0,1 80,00 0 90,00 0,1 90,00 0 100,00 0,1 100,00 0 Tabela 2 – Dados obtidos para as duas lâmpadas. A maior com diâmetro aproximado de 5,5 cm e a menor com diâmetro de aproximadamente 2,5 cm. Já para o cubo de Leslie os dados aferidos seguem na tabela 3 abaixo. Distância (cm) Radiação (mV) 3,00 10,00 5,00 9,50 7,00 8,00 10,00 5,70 15,00 3,20 20,00 2,00 25,00 1,40 30,00 1,00 40,00 0,60 50,00 0,40 60,00 0,30 Tabela 3 – Dados obtidos para a face branca do cubo de Leslie. Vamos analisar primeiro os dados para a lâmpada maior. O gráfico da intensidade de radiação por distância nos fornece um comportamento não linear desta dependência. Gráfico 2 – Emissões de radiação pela distância para a lâmpada maior. Segundo a teoria do inverso do inverso do quadrado da distância, a dependência se dá por 1 /d², para verificar isso, os gráficos da dependência inversa, dependência inversa ao quadrado e dependência inversa ao cubo da distância são apresentados abaixo para comparação. Gráfico 3 – Emissões de radiação pelo inverso da distância para a lâmpada maior. Gráfico 4 – Emissões de radiação pelo inverso do quadrado da distância para a lâmpada maior. Gráfico 5 – Emissões de radiação pelo inverso do cubo da distância para a lâmpada maior. Fica praticamente claro a dependência com o inverso do quadrado da distância, entretanto para constatar o fato esperado matematicamente o gráfico logaritmo da radiação pela distância foi plotado e o fit linear foi feito, como é explicitado abaixo. Gráfico 6 – Logaritmo das emissões de radiação pelo logaritmo da distância para a lâmpada maior. A emissão que teoricamente que se dá por: 𝑞2 = ϼ. 𝑞1 −𝑛 ou log(𝑞2) = log(ϼ) + −𝑛. log(𝑞1) Que se assemelha com uma equação linear: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏. 𝑥 Logo, o fator b do fit linear expõe o fator da dependência da distância para a radiação aferida de uma fonte térmica. O valor do fator b para a lâmpada maior é de menos 2,22, muito próximo do valor – 2, esperado teoricamente, confirmando então seu comportamento previsto. A mesma análise foi realizada com a lâmpada menor, e os gráficos estão expostos abaixo. Gráfico 7 – Emissões de radiação pela distância para a lâmpada menor. Gráfico 8 – Emissões de radiação pelo inverso da distância para a lâmpada menor. Gráfico 9 – Emissões de radiação pelo inverso do quadrado da distância para a lâmpada menor. Gráfico 10 – Emissões de radiação pelo inverso do cubo da distância para a lâmpada menor. Novamente, o padrão observado na lâmpada maior é observado também na lâmpada menor. O gráfico logaritmo com o fit linear comprova este comportamento. Gráfico 11 – Logaritmo das emissões de radiação pelo logaritmo da distância para a lâmpada menor. Com a mesma análise feita no caso da lâmpada maior, obtemos o fator b de menos 2,16, mais próximo do esperado que é de -2. Já com o cubo de Leslie os dados obtidos da radiaçãopela distância são apresentados em forma de um gráfico logo abaixo. Gráfico 12 – Emissões de radiação pela distância para o cudo de Leslie. A princípio o comportamento se assemelha muito com os comportamentos obtidos experimentalmente para as lâmpadas, entretanto ao plotar as dependências inversas em um mesmo gráfico, ele nos mostra que a relação esperada não foi obtida. Gráfico 13 – Emissões de radiação pelos inversos da distância para o cudo de Leslie. A provável justificativa para que o cubo de Leslie não se comporte como as lâmpadas, é que a teoria do inverso do quadrado da distância só é válida para fontes pontuais, que os filamentos podem ser aproximados e o cubo que é um corpo extenso não. METODOLOGIA: LEI DE STEFAN-BOLTZMANN Para determinarmos a relação entre a temperatura e a potência da radiação, medimos a potência irradiada por uma lâmpada com uma termopilha. Ao variarmos a tensão da lâmpada sua potência de radiação e temperatura também variarão, quando a termopilha recebe a radiação térmica é gerada uma pequena corrente entre os termopares. A temperatura do filamento é medida indiretamente através da corrente e da tensão na lâmpada enquanto a potência irradiada é determinada pela medida do multímetro acoplado à termopilha. Para determinarmos a relação entre a temperatura e a potência da radiação, utilizamos a medida indireta da temperatura da lâmpada, que será dada pela seguinte expressão: 𝑇 = ( 𝑅 − 𝑅𝑟𝑒𝑓 𝛼. 𝑅𝑟𝑒𝑓 ) + 𝑇𝑟𝑒𝑓 Onde T é temperatura do filamento, R a resistência do filamento para cada tensão e para cada corrente, α é a resistividade em relação à temperatura do material da lâmpada (tungstênio), Tref a temperatura ambiente em kelvins e Rref é a resistência do filamento à temperatura ambiente. Para o cálculo da resistência em cada um dos casos, para diferentes tensões e correntes, usamos a primeira lei de Ohm: 𝑅 = 𝑈 𝑖 Onde U é a tensão em volts e i a corrente em amperes. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: LEI DE STEFAN-BOLTZMANN Para a montagem experimental foram utilizados: uma lâmpada de incandescentes, uma fonte de tensão variável e três multímetros. O sensor foi posicionado a uma distância fixa do filamento da lâmpada, alinhou- se o filamento com o sensor do detector. Conectou-se o sensor ao voltímetro e a fonte de tensão a lâmpada, ligou-se em série ao circuito fonte-lâmpada um amperímetro e em paralelo a lâmpada um voltímetro. Variou-se, então, a tensão na fonte e registrou-se o valor da tensão do detector, na lâmpada, e a corrente para cada variação empregada; os dados foram registrados em uma tabela contendo a tensão e corrente na lâmpada e a tensão (radiação) no detector. Figura 9 – Arranjo experimental para confirmar a lei de Stefan-Boltzmann RESULTADO E DISCUSSÕES: LEI DE STEFAN-BOLTZMANN Os dados obtidos seguem na tabela abaixo assim como as grandezas aferidas antes do experimento e a resistência já calculada para cada corrente e tensão na qual a lâmpada foi submetida: D.d.p (volts) Corrente (A) Intensidade inicial (volts) Intensidade final (volts) Resistência (ohms) 2,1 0,85 0,32 1,5 2,470588235 3,1 1,02 0,28 2,77 3,039215686 4 1,15 0,39 4,32 3,47826087 5,1 1,25 0,15 6,72 4,08 6 1,41 0,3 9 4,255319149 7,1 1,53 0,39 12,05 4,640522876 8,1 1,63 0,41 15 4,969325153 9,1 1,73 0,54 18,25 5,260115607 10 1,82 0,47 21,74 5,494505495 11 1,91 0,68 25,3 5,759162304 12 2 0,48 29,42 6 Resistência de Referência (ohms) Resistividade do filamento (1/K) Temperatura Ambiente (K) 0,43 4,50E-03 291 Tabela 4 – Dados obtidos no experimento assim como a resistência para cada tensão e corrente O cálculo da temperatura para cada resistência e emissão é apresentado abaixo: Tabela 5 – Temperatura e emissão para cada resistência do filamento. Resistência (ohms) Temperatura do Filamento (K) Intensidade de Emissão (V) 2,470588235 1345,567563 1,5 3,039215686 1639,431879 2,77 3,47826087 1866,328615 4,32 4,08 2177,30491 6,72 4,255319149 2267,909121 9 4,640522876 2466,980814 12,05 4,969325153 2636,904472 15 5,260115607 2787,183776 18,25 5,494505495 2908,315501 21,74 5,759162304 3045,089046 25,3 6 3169,552972 29,42 A partir da tabela acima, é possível plotar o gráfico da intensidade de radiação pela temperatura é exposto abaixo: Gráfico 14 – Emissões de radiação pela temperatura do filamento. Como a intenção deste experimento é comprovar a lei de Stefan-Boltzmann, as temperaturas ao quadrado, ao cubo, a quarta potência e a quinta potência também foram calculadas e seguem na tabela abaixo. Temperatura do Filamento² (K²) Temperatura do Filamento³ (K³) (Temperatura do Filamento²)² (K²)² (Temperatura do Filamento³)² (K³)² 1810552,068 2436220134 3,2781E+12 4,4109E+15 2687736,887 4406361535 7,22393E+12 1,18431E+16 3483182,498 6500763167 1,21326E+13 2,26433E+16 4740656,669 10321855040 2,24738E+13 4,89324E+16 5143411,781 11664790490 2,64547E+13 5,99968E+16 6085994,338 15014031269 3,70393E+13 9,13753E+16 6953265,195 18335096087 4,83479E+13 1,27489E+17 7768393,402 21651940058 6,03479E+13 1,68201E+17 8458299,054 24599402250 7,15428E+13 2,08069E+17 9272567,297 28235793103 8,59805E+13 2,61818E+17 10046066,04 31841538469 1,00923E+14 3,19882E+17 Tabela 6 – Temperaturas elevadas a segunda, terceira, quarta e quinta potência. Com os dados da tabela 6, plotamos os gráficos da emissão pela temperatura ao quadrado, ao cubo, a quarta potência e a quinta potência com o intuito de observar quando a relação se torna linear. Gráfico 15 – Emissões de radiação pela temperatura ao quadrado do filamento. Gráfico 16 – Emissões de radiação pela temperatura ao cubo do filamento. Gráfico 17 – Emissões de radiação pela temperatura a quarta potência do filamento. Gráfico 18 – Emissões de radiação pela temperatura a quinta potência do filamento. É claro que o comportamento mais próximo do linear é obtido com o gráfico da temperatura elevada a quarta potência. Para constatar matematicamente esta relação, foi plotado o gráfico do logaritmo da intensidade de radiação pelo logaritmo da temperatura. Gráfico 18 – Log das emissões de radiação pelo Log da temperatura do filamento. A emissão que teoricamente que se dá por: 𝑅 = 𝜎. 𝑇𝑛 ou log(𝑅) = log(𝜎) + 𝑛. log(𝑇) Que se assemelha com uma equação linear: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏. 𝑥 Logo, o fator b do fit linear expõe o fator da dependência da temperatura para a radiação aferida de uma fonte térmica. O valor do fator b para a lâmpada é de 3,52, muito próximo do valor 4, esperado teoricamente, confirmando então seu comportamento previsto considerando que o valor não foi mais próximo por erros intrínsecos ao experimento. CONCLUSÕES O objetivo de compreender a natureza da Radiação Térmica e determinar a diferença entre a absorção, emissão e a reflexão por superfícies distintas através do Cubo de Leslie, a relação entre a potência de radiação com a distância fonte-sensor (Lei do Inverso do Quadrado e a Lei de Stefan-Boltzmann foram alcançados com sucesso. Valendo as considerações dos resultados que não foram obtidos como o esperado pelo fato de tratarmos os equipamentos como reais e não ideais. BIBLIOGRAFIA - THERMALRADIATION SYSTEM - Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO scientific Model TD-8553/8554A/8555 - Johnson, G – Os dez experimentos mais belos da ciência – 2008 - Halliday & Resnick, Walker, J – Fundamentos da Física – Volume 4 – 9ª Edição – 2014 - Einstein, A., Infeld, L. – A evolução da física – 2008 - Serway & Moses – Modern Physics – 2010 - http://alunosonline.uol.com.br/fisica/lei-stefan-boltzmann.html – Lei de Stefan- Boltzmann - acesso 15 de julho de 2016. - http://www.if.ufrj.br/~moriconi/MecEst/corpo-negro.pdf – AS LEIS DE STEFAN- BOLTZMANN E WIEN - acesso 16 de julho de 2016. - http://fisicanodiaadia.blogspot.com.br/2012/02/lei-de-stefan-boltzmann.html – Física do Cotidiano: Lei de Stefan-Boltzmann - acesso 20 de julho de 2016. - http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap2/cap2-5.html – LEIS DE RADIAÇÃO (PARA CORPOS NEGROS ) – acesso 19 de julho de 2016. - https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Stefan-Boltzmann – Lei de Stefan-Boltzmann – acesso 18 de julho de 2016.
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