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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO Bacharelado em Ciência e Tecnologia Campus Caraúbas - RN Química Aplicada à Engenharia Professor: Marcelo Batista de Queiroz 2 ELETROQUÍMICA é uma área da química que estuda as reações que produzem corrente elétrica através de reações chamadas de oxidação e redução. A eletroquímica também estuda as reações que ocorrem por intermédio do fornecimento de corrente elétrica, conhecidas como eletrólise. 3 A eletroquímica está muito presente no nosso dia-a-dia! Está presente basicamente em pilhas e baterias utilizadas em aparelhos eletrônicos, como celular, controle remoto, lanternas, filmadoras, calculadoras, brinquedos, computadores, e muitos outros. 4 As reações de oxirredução (oxidação e redução) também estão presentes no cotidiano, como na oxidação do ferro (ferrugem), redução de minérios metálicos para a produção de metais, formação do aço, corrosão de navios, etc. 5 As reações de oxirredução (oxidação e redução) também estão presentes no cotidiano, como na oxidação do ferro (ferrugem), redução de minérios metálicos para a produção de metais, formação do aço, corrosão de navios, etc. 6 Os processos eletroquímicos também estão presentes na galvanoplastia (cobertura de um metal com outro). 7 A primeira PILHA ELETROQUÍMICA foi criada em 1800, por Alessandro Volta, que utilizou discos (eletrodos) alternados de cobre e zinco, separadas por algodão embebido em solução salina. O nome "pilha" advém da sobreposição dos diversos discos de metal e algodão. Alessandro Giuseppe Volta (1745 - 1827) 8 A primeira PILHA ELETROQUÍMICA foi criada em 1800, por Alessandro Volta, que utilizou discos (eletrodos) alternados de cobre e zinco, separadas por algodão embebido em solução salina. O nome "pilha" advém da sobreposição dos diversos discos de metal e algodão. 9 John Frederic Daniell, em 1836, construiu uma pilha com, eletrodos de cobre e zinco. Cada eletrodo ficava em uma célula individual, possuindo um tubo, chamado de "ponte salina", que ligava as duas cubas, aumentando sua eficiência. Este tipo de dispositivo passou a ser chamado de pilha de Daniell. John Frederic Daniell (1790 - 1845) 10 Como determinamos se uma reação é de oxirredução?! Podemos fazer isso mantendo-nos informados sobre os números de oxidação de todos os elementos envolvidos na reação. 11 Este procedimento nos diz quais elementos (se houver algum) variam o estado de oxidação. Por exemplo: Zn(s) + 2H+(aq) → Zn2+(aq) + H2(g) Escrevendo o número de oxidação de cada elemento acima ou abaixo da equação, podemos ver as variações de estados de oxidação que ocorrem. 0 +2 +1 0 12 Em qualquer reação redox, tanto a oxidação, quanto a redução devem ocorrer. Em outras palavras, se uma substância for oxidada, a outra deverá ser reduzida. A substância que torna possível que uma outra seja oxidada é chamada AGENTE OXIDANTE ou oxidante. Analogamente, um AGENTE REDUTOR ou um redutor é uma substância que fornece elétrons, fazendo assim com que a outra substância seja reduzida. 13 14 15 16 Exemplo: A bateria de níquel-cádmio, uma ‘pilha seca’ usada em dispositivos que funcionam com bateria, usa a seguinte reação redox para gerar eletricidade: Cd(s) + NiO2(s) + 2H2O(l) → Cd(OH)2(s) + Ni(OH)2(s) Identifique as substâncias oxidadas e reduzidas e, também, o agente oxidante e o agente redutor. 17 Lei da conservação de massa: a quantidade de cada elemento presente no início da reação deve estar presente no final. Conservação da carga: os elétrons não são perdidos em uma reação química. 18 § Semi-reações As semi-reações são um meio conveniente de separar reações de oxidação e de redução. As semi-reações para: Sn2+(aq) + 2Fe3+(aq) → Sn4+(aq) + 2Fe2+(aq) são Sn2+(aq) → Sn4+(aq) +2e- 2Fe3+(aq) + 2e- → 2Fe2+(aq) Oxidação: os elétrons são produtos. Redução: os elétrons são reagentes. 19 § Balanceamento de equações pelo método das semi-reações ü Meio Ácido O método de semi-reações fornece um método geral para balancear as equações de oxirredução. Como exemplo, vamos considerar a reação que ocorre entre o íon permanganato (MnO4-) e o íon oxalato (C2O42-) em solução aquosa ácida. MnO4-(aq) + C2O42-(aq) → Mn2+(aq) + CO2(aq) Escreve-se as semi-reações não balanceadas: MnO4-(aq) → Mn2+(aq) C2O42-(aq) → CO2(aq) 20 Após o balanço de massa e de carga, precisamos multiplicar cada uma delas por um fator apropriado de tal forma que o número de elétrons ganhos na semi-reação seja igual ao número de elétrons perdidos na outra. As semi-reações são em seguida somadas para fornecer a equação total balanceada. 10e- + 16H+(aq) + 2MnO4-(aq) → 2Mn2+(aq) + 8H2O(l) 5C2O42-(aq) → 10CO2(g) + 10e- ___________________________________________________________________________________________ 16H+(aq) + 2MnO4-(aq) + 5C2O42-(aq) → 2Mn2+(aq) + 8H2O(l) + 10CO2(g) 21 Podemos resumir o procedimento para balancear uma reação redox que ocorre em meio ácido como segue: 1. Divida a equação em duas semi-reações incompletas, uma para oxidação e outra para redução. 2. Faça o balanceamento de cada semi-reação: a) Primeiro com elementos diferentes de H e O. b) Depois faça o balanceamento do O adicionando água. c) Depois faça o balanceamento do H adicionando H+. d) Termine fazendo o balanceamento de cargas adicionando elétrons. 3. Multiplique cada semi-reação para fazer com que o número de elétrons seja igual. 4. Some as semi-reações e simplifique. 5. Confira! 22 § Balanceamento de equações pelo método das semi-reações ü Meio Básico Se uma reação redox ocorre em meio básico, a equação deve ser completada com a utilização de OH- e H2O em vez de H+ e H2O. Assim as semi-reações podem ser balanceadas inicialmente como se ocorressem em meio ácido. Os íons H+ podem, então, ser ‘neutralizados’ ao se adicionar um número igual de íons OH- em ambos os lados da equação e cancelando, quando apropriado, as moléculas de água resultante. 23 Exemplo: Complete e faça o balanceamento da seguinte reação em meio básico. CN-(aq) + MnO4-(aq) → CNO-(aq) + MnO2(s) Equação balanceada: H2O(l) + 3CN-(aq) + 2MnO4-(aq) → 3CNO-(aq) + 2MnO2(s) + 2OH- 24 Por favor não façam isso na prova!!!!!! 25 Células voltaicas ou galvânicas são aparelhos nos quais a transferência de elétrons ocorre através de um circuito externo. (Ex: Zn|Cu). As células voltaicas são espontâneas. Os elétrons fluem do anodo para o catodo porque o catodo tem uma energia potencial elétrica mais baixa do que o anodo. A diferença de potencial: é a diferença no potencial elétrico (medida em volts). 26 Uma reação espontânea ocorre quando uma tira de zinco é colocada em contato com uma solução contendo Cu2+. À medida que a reação prossegue, a cor azul dos íons Cu2+ desaparece e o cobre metálico deposita-se no zinco. Ao mesmo tempo, o zinco começa a se dissolver. 27 • À medida que ocorre a oxidação, o Zn é convertido em Zn2+ e 2e-. • Os elétrons fluem no sentido do anodo onde eles são usados na reação de redução. • Espera-se que o eletrodo de Zn perca massa e que o eletrodo de Cu ganhe massa. “Regras” para células voltaicas: 1. No anodo os elétrons são produtos (oxidação). 2. No catodo os elétrons são reagentes (redução). 3. Os elétrons não podem nadar. 28 • Os elétrons fluem do anodo para o catodo. • Consequentemente, o anodo é negativo e o catodo é positivo. • Os elétrons não conseguem fluir através da solução, eles têm que ser transportados por um fio externo. 29 + 30 Para uma célula voltaica funcionar, as soluções nas duas semicélulas devem permanecer ELETRICAMENTE NEUTRAS. Devido a Zn ser oxidado no compartimento do anodo, os íons Zn2+ entram na solução. Portanto deve existir algum meio de os íons positivos migrarem para fora do compartimento do anodo ou para os íons negativos migrarem para dentro, a fim de manter a solução eletricamente neutra. Igualmente ocorre com o Cu. Uma PONTE SALINA serve a esse propósito, a mesma consiste em um tubo em forma de U que contém uma solução de eletrólito, como o NaNO3, cujos íons não reagem com outros íons na célula ou com os materiais dos eletrodos. 31 • Semicélulas • Eletrodos • Cabos • Ponte salina • Eletrólito 32 Os processos químicos que constituem qualquer célula voltaica são ESPONTÂNEOS. De forma simples, podemos comparar o fluxo de elétrons provocados por uma célula voltaica ao fluxo de água em uma queda d’água. A água flui espontaneamente sobre uma queda d’agua por causa da diferença de potencial entre o topo da queda e o rio abaixo. 33 Os elétrons fluem do anodo de uma célula voltaica para o catodo devido a diferença na energia potencial. A energia potencial dos elétrons é mais alta no anodo que no catodo, e eles fluem espontaneamente por um circuito externo do anodo para o catodo. 34 A diferença na energia potencial por carga elétrica entre dois eletrodos é medida em unidades de volts. Um volt (V) é a diferença potencial necessária para fornecer 1 J de energia para uma carga de 1 coulomb (C). 35 A diferença de potencial entre dois eletrodos em uma célula voltaica fornece a força diretora que empurra os elétrons por um circuito externo. Consequentemente, chamamos essa diferença de potencial de FORÇA ELETROMOTRIZ ou FEM. A FEM de uma pilha, denominada Ecel, é também chamada potencial de célula. Como Ecel é medido em volts, geralmente nos referimos a ele como voltagem da célula. A FEM de uma célula voltaica em particular depende das reações específicas que ocorrem no catodo e no anodo, das concentrações dos reagentes e produtos e da temperatura. 36 Inicialmente, consideraremos as células que funcionam a 25°C sob condições-padrão (concentrações de 1 mol/L em solução e 1 atm de pressão para os gases). Sob condições-padrão a FEM é chamada de FEM-padrão ou potencial-padrão de célula, sendo representado por E°cel. Para célula voltaica Zn-Cu, por exemplo, o potencial de célula a 25°C é 1,10 V. Zn(s) + Cu2+(aq, 1 mol/L) → Zn2+(aq, 1 mol/L) + Cu(s) E°cel = + 1,10V 37 A FEM ou potencial da pilha de uma célula voltaica depende das semicélulas, em particular do catodo e do anodo, envolvidas. Poderíamos em princípio, tabelar os potenciais-padrão da célula para todas as combinações possíveis de catodos/anodos. Em vez disso, podemos atribuir um potencial-padrão para cada semicélula individual e, depois usar esses potenciais de semicélulas para determinar E°cel. O potencial da célula é a diferença entre dois potenciais de eletrodo, um associado ao catodo e o outro ao anodo. 38 Por convenção o potencial associado a cada eletrodo é escolhido como o potencial para a redução que ocorre naquele eletrodo. Dessa forma, os potenciais-padrão do eletrodo são tabelados para as reações de redução; eles são os potenciais-padrão de redução, denominados de E°red. O potencial da célula, E°cel é dado pelo potencial-padrão de redução da reação do catodo E°red (catodo), menos o potencial-padrão de redução da reação do anodo, E°red (anodo): E°cel = E°red (catodo) - E°red (anodo) 39 Como toda célula voltaica envolve duas semi- células, não é possível medir o potencial-padrão de redução de uma semi-célula diretamente. Podemos atribuir um potencial-padrão de redução para determinada semi-reação de referência! A semi-reação de referência é a redução de H+(aq) a H2(g) sob condições-padrão, ao qual é atribuído um potencial-padrão de redução de exatamente 0 V. 40 2H+(aq) + 2e- → H2(g) E°red = 0 V Um eletrodo desenvolvido para produzir essa semi-reação é chamado ELETRODO-PADRÃO DE HIDROGÊNIO (EPH). (1 mol/L) (1 atm) 41 42 Considere a reação espontânea de oxidação do Zn e redução do H+: Zn(s) + 2H+(aq) → Zn2+(aq) + H2(g) Se o eletrodo de Zn2+/ Zn é o anodo e o EPH é o cátodo, a voltagem da célula é +0,76 V. 43 E°cell = E°red(catodo) - E°red(anodo) E°red(anodo) = -0,76 V. E°red (H2) = 0V 44 45 • Uma vez que o E°red = -0,76 V, concluímos que a REDUÇÃO do Zn2+ na presença do EPH não é espontânea. • A OXIDAÇÃO do Zn com o EPH é espontânea. • A variação do coeficiente estequiométrico não afeta o E°red. 2Zn2+(aq) + 4e- → 2Zn(s) E°red = - 0,76 V • As reações com E°red > 0 são reduções espontâneas em relação ao EPH. 46 Em qualquer célula voltaica, a semi-reação do catodo é a de mais alta energia na escala, e a diferença entre os dois potenciais-padrão de redução é o potencial da célula (E°cel). Mais positivo Mais negativo Cátodo (redução) Anodo (oxidação) E°cel E °red (catodo) E °red (anodo) E ° r ed (V ) Mais positivo Mais negativo Cu2+ + 2e- → Cu E°cel = (+0,34)-(-0,76) = + 1,10 V (catodo) (anodo) E ° r ed (V ) Zn → Zn2+ + 2e- + 0,34 - 0,76 47 Temos observado que as células voltaicas usam as reações redox que ocorrem espontaneamente. Qualquer reação com FEM positiva, deve ser espontânea. Consequentemente, é possível saber se uma reação redox será espontânea usando os potenciais de semicélula. 48 A abordagem seguinte se referirá às reações redox em geral, não apenas às reações em células voltaicas. E° = E°red (processo de redução) – E°red (processo de oxidação) Um valor positivo de E indica um processo espontâneo, e um valor negativo indica um processo não espontâneo. 49 Considere a reação do níquel com a prata: Ni(s) + 2Ag+(aq) → Ni2+(aq) + 2Ag(s) Nessa reação o Ni é oxidado e Ag+ é reduzido. Consequentemente, usando os dados tabelados, a FEM padrão para a reação é: E° = E°red(Ag+/Ag) - E°red(Ni2+/Ni) E° = (+ 0,80 V) – (- 0,28 V) = + 1,08 V • O valor positivo de E° indica que a reação é espontânea. • Apesar de a semi-reação da prata estar multiplicada por dois, o potencial não está!! 50 A variação da energia livre de Gibbs (ΔG), é uma medida da espontaneidade de um processo que ocorre a temperatura e pressão constantes. Uma vez que a FEM (E), de uma reação redox indica se a reação é espontânea, a FEM e a variação da energia livre estão descritas pela equação: ΔG = - nFE (J/mol) Onde: n = número de elétrons transferidos na reação; F = constante de Faraday (1F = 96500 C/mol = 96500 J.V-1.mol-1) 51 Tanto n quanto F são números positivos. Portanto, um valor positivo de E leva a um valor negativo de ΔG. Lembre-se: Tanto um valor positivo de E quanto um negativo de ΔG indicam que uma reação é espontânea. Lembre-se!! Quando os reagentes e produtos estão todos em seus estados-padrão, a equação torna-se: ΔG° = - nFE° 52 A medida que uma célula voltaica é descarregada, os reagentes da reação são consumidos e os produtos são gerados. De forma que as concentrações dessas substâncias variam. A FEM cai progressivamente até E = 0, no ponto em que dizemos que a pilha ‘acabou’. Nesse ponto, as concentrações dos reagentes e produtos param de variar, eles estão em equilíbrio. Examinaremos como a FEM das pilhas depende das concentrações dos reagentes e produtos da reação da pilha. A FEM gerada sob condições não-padrão podem ser calculadas usando a equação de Walther Nernst. 53 Observação!! Se Q > K, as substâncias do lado direito da equação (produtos) reagirão para formar as substâncias da esquerda (reagentes). A reação caminha da direita para a esquerda ao se aproximar do equilíbrio. Se Q < K, então a reação direta deve ocorrer para atingir o equilíbrio. 54 Observação!! Se ΔG < 0, a reação é espontânea no sentido direto. Se ΔG = 0, a reação está em equilíbrio. Se ΔG > 0, a reação inversa será espontânea. 55 A dependência da FEM da pilha com a concentração pode ser obtida a partir da dependência da variação da energia livre com a concentração. Lembre-se que a variação da energia livre ΔG, está relacionada com a variação da energia livre padrão ΔG°. ΔG = ΔG° + RT . lnQ Substituindo: ΔG = -nFE -nFE = -nFE° + RT . lnQ 56 1. Podemos usar a equação de Nernst para produzir uma célula que tem uma FEM baseada apenas na DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO. 2. Um compartimento consistirá de uma solução concentrada, enquanto o outro tem uma solução diluída. 3. Exemplo: Ni2+(aq) 1,00 mol/L e Ni2+(aq) 1,00 x 10-3 mol/L. 4. A célula tende a igualar as concentrações do Ni2+(aq) em cada compartimento. 57 Uma célula baseada unicamente na FEM gerada por causa de uma diferença em uma concentração é chamada PILHA DE CONCENTRAÇÃO. Exemplo: Níquel Anodo: Ni(s) → Ni2+(aq) + 2e- E°red = - 0,28 V Catodo: Ni2+(aq) + 2e- → Ni(s) E°red = - 0,28 V E°cel = 0 V 58 59 Podemos calcular a FEM de uma pilha de concentração usando a equação de Nernst. Para essa pilha em particular, vemos que n = 2. Assim, a 298K: 60 BATERIA ou PILHA é uma fonte de energia eletroquímica fechada e portátil que consiste em uma ou mais células voltaicas. Embora qualquer reação redox espontânea possa servir como base para uma célula voltaica, fabricar uma bateria comercial que tem característ icas de desempenho específicas pode requerer considerável engenhosidade. 61 As diferentes aplicações exigem baterias com diferentes propriedades: • A bateria automotiva, por exemplo, deve ser capaz de fornecer uma corrente elétrica grande por um período curto. • A bateria que faz funcionar os marcapassos, por outro lado, devem ser muito pequenas e capazes de fornecer uma corrente pequena mas constante por um longo período sem ser recarregadas. 62 A lgumas bater ias são P ILHAS PRIMÁRIAS, significando que elas não podem ser recarregadas. Uma pilha primária deve ser descartada ou reciclada depois que a sua FEM cair para zero. Uma PILHA SECUNDÁRIA pode ser recarregada a partir de uma fonte de energia externa depois que a sua FEM cair. 63 Fornecer energia para a ignição e partida do veículo, colocando-o em funcionamento. 64 A bateria é composta de eletrodos positivos e negativos que imersos em solução de ácido sulfúrico produzem uma diferença de tensão de 2 volts por elemento. A: C: O potencial padrão da pilha pode ser obtido a partir dos potenciais-padrão tabelados: E°cel = (+1,685 V) – (- 0,356 V) E°cel = + 2,041 V 65 66 Grade Placas Separador Elemento Caixa Tampa e Sobretampa Densímetro Conectores Intercell Polos Terminais Eletrólito 67 A pilha primária (não recarregável) mais comum é a PILHA ALCALINA. O anodo dessa pilha consiste em zinco metálico em pó imobilizado em um gel em contato com uma solução concentrada de KOH (daí o nome pilha alcalina). O catodo é uma mistura de MnO2(s) e grafite, separados do anodo por um tecido poroso. A pilha é selada em uma lata de aço para reduzir o risco de vazamento de KOH concentrado. 68 69 As reações da célula são complexas, mas podem ser aproximadamente representadas como segue: Catodo: 2MnO2(s) + 2H2O(l) + 2e- → 2MnO(OH)(s) + 2OH-(aq) Anodo: Zn(s) + 2OH-(aq) → Zn(OH)2(s) + 2e- A FEM de uma pilha alcalina é 1,55 V à temperatura ambiente. 70 As células voltaicas são baseadas nas reações de oxirredução espontâneas. Contrariamente, é possível usar a energia elétrica para fazer com que as reações redox não espontâneas ocorram. Por exemplo: a eletricidade pode ser usada para decompor o cloreto de sódio fundido em seus elementos componentes: 2NaCl(l) → 2Na(l) + Cl2(g) Tais processos, produzidos por uma fonte externa de energia elétrica, são chamados REAÇÕES DE ELETRÓLISE e ocorrem em CÉLULAS ELETROLÍTICAS. 71 72 ü Por causa dos altos pontos de fusão das substâncias iônicas, a eletrólise de sais fundidos necessita de altas temperaturas. ü Obtemos os mesmos produtos se fizermos a eletrólise de uma solução aquosa de um sal em vez de fazer do sal fundido. ü Porém, a eletrólise de uma solução é complicada pela presença de água, porque temos que considerar se a água é oxidada (para formar O2) ou reduzida (para formar H2) em vez dos íons do sal. § Eletrólise em soluções aquosas 73 § Eletrólise com eletrodos ativos Até aqui na abordagem de eletrólise, temos encontrado apenas ELETRODOS INERTES, eles não sofrem reação. Entretanto, várias aplicações práticas de eletroquímica são baseadas nos ELETRODOS ATIVOS (que participam do processo de eletrólise). 74 A GALVANOPLASTIA, por exemplo, usa a eletrólise para depositar uma fina camada de metal em outro para melhorar o aspecto visual ou a resistência a corrosão. 75 Exemplo: Galvanizar o níquel em um pedaço de aço. Considere um eletrodo de Ni ativo e um outro eletrodo metálico (aço) colocado em uma solução aquosa de NiSO4: Anodo: Ni(s) → Ni2+(aq) + 2e- Catodo: Ni2+(aq) + 2e- → Ni(s) O Ni se deposita no eletrodo inerte! 76 O potencial-padrão de redução do Ni2+ (E°red = - 0,28 V) é menos negativo que o da H2O (E°red = - 0,83 V), logo o Ni2+ será preferencialmente reduzido no catodo. 77 A estequiometria de uma semi-reação mostra quantos elétrons são necessários para atingir um processo eletrolítico. Por exemplo: a redução de Na+ em Na é um processo de um elétron: Na+ + e- → Na Portanto, 1 mol de elétrons depositará 1 mol de Na metálico! Para qualquer semi-reação, a quantidade de uma substância reduzida ou oxidada em uma célula eletrolítica é diretamente proporcional ao número de elétrons transmitidos a célula. 78 A quantidade de carga que passa pelo circuito elétrico, como aquele em uma célula eletrolítica, é geralmente medida em coulombs. A carga de 1 mol de elétrons é 96500 C (1 Faraday) 1 F = 96500 C / mol de e- Um coulomb é a quantidade de carga passando em um ponto em um circuito em 1 s quando a corrente for 1 ampère (A). Coulombs = ampères x segundos 79 Exemplo: Calcule a massa em gramas de alumínio produzido em 1,00 h pela eletrólise de AlCl3 fundido se a corrente elétrica é de 10,0 A. (PMAl = 27 g / mol) Obs: 1C = A.s 80 Para qualquer processo espontâneo, ΔG é uma medida do trabalho máximo útil, Wmáx, que pode ser extraído do processo ΔG = Wmáx. Como ΔG = - nFE, o trabalho elétrico útil máximo obtido a partir de uma célula voltaica é: Wmáx = - nFE Em uma célula eletrolítica usamos uma fonte externa de energia para realizar um processo eletroquímico não espontâneo. Nesse caso ΔG é positivo e Ecel é negativo. Wmáx = nFEext 81 Produto n x F é a carga elétrica total fornecida ao sistema por uma fonte externa de eletricidade. O Trabalho elétrico pode ser expresso em unidades de energia de watts multiplicados pelo tempo. O watt (W) é uma unidade de potência elétrica (taxa de gasto de energia). 1 W = 1 J / s Assim, um watt-segundo é um Joule. A unidade empregada pelos utensílios elétricos é o quilowatt-hora (kWh), igual a 3,6 x 106 J. 82 Usando essas considerações, podemos calcular o trabalho máximo alcançável a partir das células voltaicas e o trabalho mínimo necessário para realizar as reações eletrolíticas desejadas. Exemplo: Calcule o número de quilowatts-hora de eletricidade necessários para produzir 1,0 x 103 kg de alumínio pela eletrólise de Al3+ se a FEM aplicada for 4,5 V. Obs: 1 J = V.C
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