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REVISÃO LITERARIA SOBRE PARICÁ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CAMPUS PROFª CINOBELINA ELVAS - CPCE
Schizolobium amazonicum (PARICÁ)
BOM JESUS- PI
JUNHO DE 2016
ALAN DE SOUSA 
Schizolobium amazonicum (PARICÁ)
BOM JESUS- PI
JUNHO DE 2016
SUMÁRIO
1 REVISÃO LITERARIA	04
2 REFERÊNCIAS	06
1 REVISÃO LITERARIA 
	O paricá é uma espécie que ocorre no estado da Amazônia na floresta primária e secundária de terra firma em várzea DUCKE (1949 Apud CARVALHO, 2007). A espécie Schizolobium amazonicum (Paricá) está presente no biossistema da Amazônia, sempre na vegetação virgem, tendo o seu desenvolvimento rápido e apresenta grande porte. Os estados do Maranhão e Pará têm o seu cultivo intensivo nas instituições de reflorestamento, utilizando o sistema de plantio puro ou no modo de consorcio do paricá com outras espécies (Costa, Avila , Cantarelli, 2008 p.232). 
	O paricá é uma árvore que apresenta cerca de 40 m de altura e 100 cem diâmetros altura do peito (DAP), em sua fase adulta. Na fase inicial do seu ciclo, o caule apresenta coloração verde, com pequenas marcas ocasionadas devido à queda das folhas (CARVALHO, 2007).
	Em sua filotaxia, pode apresentar folhas longipecioladas, bipinadas, contendo aproximadamente entre 60 cm a 150 cm de comprimento, acompanhado de um raque lenhoso quando ainda jovem ,porém com o passar dos anos o seu tamanho acaba se reduzindo. Já suas flores exibem coloração amarela-clara, com aroma doce, sendo zigomorfas, medindo cerca de 2 cm a 2,2 cm de comprimento (CARVALHO, 2007). Seu fruto tem característica de uma criptosâmara , com formato espatulada, oblanceolada, aberta no ápice, medindo de 6 cm a 10 cm de comprimento, por 1,5 cm a 3 cm de largura, produzindo duas sementes por fruto ( OLIVEIRA & PEREIRA, 1984).
	Segundo Sousa et al (2005), explica que a madeira do paricá pode ser empregada para fabricação de fôrmas para concretos, laminados ,fabricação de palitos de fósforos. Além disso, sua casca pode ser utilizadapara cartum e suas folhas são usadas como antitérmico por algumas etnias indígenas. A madeira do paricá apresenta boas características para produção de celulose, pois tem fácil branqueamento e apresenta excelente resultado no produto final no caso o papel (PEREIRA et al,1982)
	 Para bom cultivo do paricá, deve-se levar em consideração as condições do clima, de acordo com VIEIRA (2007) , explica as possíveis temperatura e quantidade para o cultivo do paricá no estado de Rondônia: 
	A média climatológica da precipitação pluvial para os meses de junho, julho e agosto são inferiores a 20 mm/mês, a média anual da precipitação pluvial varia entre 1.400 e 2.600 mm/ano concentrada principalmente nos meses de outubro a março. A média anual da temperatura do ar entre 24 ºC a 26 °C, com média das máximas de 33o e a média das mínimas de 19 oC. Os meses mais quentes são os de agosto e setembro, onde as máximas absolutas variam entre 33 oC e 38 oC. Em toda região ocorre o fenômeno da "friagem", motivada pelo degelo dos Andes nos meses de maio a junho em que a temperatura mínima chega a menos de 13 oC. A umidade relativa do ar durante o período chuvoso chega a índices superiores a 82 %.
	A temperatura é um dos fatores que podem inibir o crescimento da espécie, por outro lado, existe o solo que é de suma importância para qualidade da madeira, a partir dessa premissa DUCKE (1949 Apud CARVALHO, 2007), relata sobre as características do solo: “No Pará, sua ocorrência natural limita-se a determinadas regiões de solos argilosos de fertilidade química alta e sujeitos a compactação”. Entretanto, CRESPO et al ( 1995 Apud CARVALHO, 2007) que espécie ocorre naturalmente no país da Bolívia, em solos aluvial que apresenta pequena quantidade de teor de materia orgânica no solo e seu PH podendo varia entre entre 3,7 e 5,5 e baixa capacidade de troca catiônica com níveisde saturação de Al (alumínio).
	De acordo com Costa, Avila , Cantarelli (2008, p.232), explica as principais pragas que podem atacar a cultura de paricá:
	Existem registros dos seguintes insetos – pragas: broca - da - madeira ( Acanthoderes jaspidea), coleobroca (Micrapate brasiliensis), aneladores ( Oncideres jaspidea e O. saga) e mosca - da – madeira ( Rhaphiorhynchus pictus). Há relatos também sobre a infestação de cigarras Quesada gigas ( Hemiptera: Cicadidae) causando danos na raízes (ninfas) e no tronco das plantas (adultos). Os métodos de controle são especifico para cada caso.
	Além das pragas que comprometem o cultivo de paricá, existem também as doenças que afetam diretamente no desenvolvimento da cultura. Sabendo sobre a existência dessas doenças, CARVALHO (2007), relata os nomes dessas doenças em um determinada região do país: “No norte de Mato Grosso, e na região de Paragominas, PA, há muita incidência de broca no broto terminal. Em função do estresse, a planta é muito suscetível a doenças fúngicas. Na haste, foram detectadas Fusarium sp. e Botryodiplodia sp, e nas raízes, Rosellinia sp. e Botryodiplodia sp.”.
	
	
	
	 
 2 REFERÊNCIAS 
CARVALHO, P. E. R. Paricá Schizolobium amazonicum, Colombo Paraná, Circular Técnica 142, EMBRAPA Florestas, 2007CARVALHO, Paulo Ernani ramalho. Schizolobium amazonicum. p. 1–8 , 2007.
COSTA, Ervandil Corrêa; AVILA, Márcia d´; CANTARELLI, Edison Bisognin. ENTOMOLOGIA FLORESTAL. 3. ed. Santa Maria, RS: UFSM, 2014. .
SOUSA, D. B.; CARVALHO, G.S.; RAMOS, E. J. A. Paricá Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke. Rede de Sementes da Amazônia,Benevides, n. 13, 2005.
PEREIRA, A. P.; MELO, C. F. M. de; ALVES, S de M. O paricá (Schizolobium amazonicum), características gerais da espécie e suas possibilidades de aproveitamento na indústria de celulose e papel.In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 1982, Campos do Jordão. Anais. São Paulo: Instituto Florestal, 1982. p. 1340-1344. Publicado na Silvicultura em São Paulo, v. 16 A, parte 2, 1982.

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