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Trabalho Paulo Freire

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
 DOCENTE: ELISA MARIA DOS ANJOS
 DISCENTE: TAMIRES SURIEL NUNES ARAÚJO 
 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 
 SEGUNDA AVALIAÇÃO 
 
RESENHA – TEMA : A PEDAGOGIA DE PAULO FREIRE
A pedagogia de Paulo Freire tem como base a ideia de que o ensino deve ser ministrado de forma a se tornar o conhecimento algo parte do indivíduo, algo construído e não imposto a ele como uma obrigação. O papel do professor é de mediador e não ditador. 
Paulo Freire diz que o formador deve se formar ao formar e o formado deve formar ao ser formado. Isso quer dizer, basicamente, que a medida que o professor ensina ele também aprende e adquire experiência de forma que o aluno transmite conhecimento ao professor enquanto está aprendendo com ele.
Essa concepção só foi possível a partir do momento que Paulo Freire identifica e discorre sobre o fato de que no estudante já existe um conhecimento prévio, ou seja, o aluno não é um ser vazio, sem forma e sem conteúdo. Mas já possui aprendizados e conhecimentos posteriores seja por experiências familiares ou sociais. Tais informações não podem ser ignoradas e descartadas pelo educador, devem ser aproveitadas e respeitadas e utilizadas para a construção do conhecimento e do saber. Tanto do indivíduo quanto do professor.
O termo educação bancária personifica a ação da escola tradicional onde o ensino é imposto como um deposito bancário, o conhecimento vai sendo depositado no indivíduo sem que haja espaço para a reflexão e indagação. Diferente da pedagogia progressista proposta por Paulo Freire. Na pedagogia progressista o ensino teria como base e método a participação constante do aluno no processo de formação.
Paulo Freire também discorre em seu livro diversos outros assuntos importantes para a pedagogia do educador. Ele cita a importância da coerência no falar do professor. A corporeificação das palavras pelo exemplo, isso significa que o discurso do educador deve condizer com suas ações. Ele não pode apregoar a moral e a ética e ofender o aluno. Não pode discorrer se opondo ao racismo e ter atitudes contrárias as suas palavras.
Também é proposto no seu livro a pedagogia da autonomia, a necessidade da criticidade nas palavras de Paulo Freire: ensinar exige criticidade. 
 
Ele diz:” Não há para mim, na diferença e na “distância” entre a ingenuidade e a criticidade, entre o saber de pura experiência feito e o que resulta dos procedimentos metodicamente rigorosos, uma ruptura, mas uma superação. A superação e não a ruptura se dá na medida em que a curiosidade ingênua, sem deixar de ser curiosidade, pelo contrário, continuando a ser curiosidade, se criticiza. Ao criticizar-se, tornando-se então, permito-me repetir, curiosidade epistemológica, metodicamente “rigorizando-se” na sua aproximação ao objeto, conota seus achados de maior exatidão. 
Na verdade, a curiosidade ingênua que, “desarmada”, está associada ao saber do senso comum, é a mesma curiosidade que, criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais metodicamente rigorosa do objeto cognoscível, se torna curiosidade epistemológica. Iluda de qualidade mas não de essência. A curiosidade de camponeses com quem tenho dialogado ao longo de minha experiência político-pedagógica, fatalistas ou já rebeldes diante da violência das injustiças, é a mesma curiosidade, enquanto abertura mais ou menos espancada diante de “não-eus”, com que cientistas ou filósofos acadêmicos “admiram” o mundo. Os cientistas e os filósofos superam, porém, a ingenuidade da curiosidade do camponês e se tornam epistemologicamente curiosos. “
Com isso Paulo Freire nos mostra como é importante a curiosidade ingênua mas que também precisa haver uma crítica uma reflexão sobre o que se está pesquisando.
Esses são somente alguns aspectos da incrível obra de Paulo Freire, de uma forma resumida e simplificada.

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