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Questões - Prova Final

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PROVA FINAL: ECONOMIA A1 - CURSO DE DIREITO
Iº SEMESTRE DE 2012 (03/07/2012)
A riqueza e a pobreza das nações: o que explica as diferenças de rendas per capita e de taxas de crescimento econômico entre os países? Cardoso (2012)*; Krugman, Wells (2007, caps. 25 e 26); Mankiw (2009, caps. 25, 26)
* Cardoso, Eliana (2012) O que faz rico um país? (e-mail em 26/06/2012)
Os economistas defendem dois fatores que determinam as diferenças de desempenho econômico entre os países: o geográfico e o institucional. O primeiro determina fertilidade do solo, frequência de doenças, parasitas comuns – características que afetam direta ou indiretamente a produtividade do solo e dos trabalhadores daquele país. Entretanto, mesmo em países de mesmas características geográficas que são muito próximos ou divididos apenas por uma fronteira política, pode-se notar diferenças gritantes. O que explica isso são as instituições. Entre elas, as apontadas como mais importantes são o respeito aos contratos, o direito de propriedade, a segurança para investir e controlar os rendimentos, a inflação controlada e a livre troca de moedas. Essas instituições, quando eficientes, atraem substancialmente investimentos, o que faz com que a economia cresça de forma diferenciada. �
O fator determinante para o crescimento de longo prazo é a produtividade. Assim sendo, existem fatores que auxiliam no aumento da produtividade. Dentre eles, o capital físico, capital humano, tecnologia e recursos naturais.
O capital físico é responsável por fornecer apoio ao trabalhador, isto é, esse capital é composto por produtos feitos pelo homem de forma a aumentar a produtividade dos trabalhadores. Tais produtos consistem basicamente em construções e máquinas. Valendo frisar neste ponto que uma maior produtividade proporciona um maior crescimento.
O capital humano se relaciona diretamente com o capital físico, visto que não basta dar máquinas ao trabalhador, este precisa saber usá-las. Com isso, é fator determinante ao aumento da produtividade a educação, em especial de nível superior. Portanto, o capital humano consiste basicamente de profissionais capazes de aproveitar o aumento de produtividade oferecido pelas construções e máquinas do capital físico.
A tecnologia é possivelmente o fator que produz maiores efeitos na produtividade do trabalhador. Invenções tais como os sacos de papel com fundo dobrável e o bloquinho de papel aderente para avisos foram grandes responsáveis por aumentos de produtividade em mercearias e escritórios, respectivamente. Portanto, percebe-se que por mais que pareçam modestas, as inovações tecnológicas exercem influencia direta na produtividade dos trabalhadores.
Ainda deve-se considerar como relevante para o PIB real per capita os recursos naturais. Apesar de estes não serem determinantes para o desenvolvimento, podem exercer papel relevante. Como no caso do Kuwait que devido a suas enormes jazidas de petróleo possui PIB per capita equivalente ao verificado na Coréia do Sul. Portanto, mesmo que não possam ser considerados determinantes, os recursos naturais ainda devem ser observados como favoráveis eu desenvolvimento do PIB real per capita de um país.
Como visto acima, cada fator desempenha seu próprio papel no desenvolvimento de longo prazo de um país. Apesar de cada fator desempenhar um papel com maior ou menor relevância, todos eles atuam da mesma forma. Influenciando a produtividade.
Com base em Pinheiro (2003, enviado em 05/06/2012), desenvolva:
Consequências da morosidade da justiça
A morosidade reduz “o valor presente do ganho líquido(recebimento esperado menos os custos), significando que osistema judicial só em parte protege os direitos de propriedade.”
O benefício da morosidade aos empresários: em um litígio trabalhista, a parte acusada, sendo mais forte na maioria dos casos, abusa dos recursos disponíveis como forma de induzir sua contraparte a aceitar uma solução negociada.
Transmissão dos encargos judiciais e do risco jurídico ao consumidor.
Canais de influência do judiciário no desempenho econômico
Quatro dos canais pelos quais a ineficiência do judiciário impacta o desempenho econômico são o progresso tecnológico, a eficiência das firmas, o investimento e a qualidade da política econômica.
O progresso tecnológico é diretamente influenciado pela ineficiência do judiciário pela vulnerabilidade dos produtos de propriedade intelectual em relação aos de propriedade física. Dessa forma, o investimento em desenvolvimento e tecnologia no país é seriamente prejudicado, pois é visto como um investimento de alto risco que pode acabar sendo usurpado em um ambiente juridicamente hostil.
A eficiência das firmas é afetada pela insegurança, que faz com que seja embutido nos preços dos produtos o custo do risco jurídico. Dessa forma compra-se menos produtos, diminuindo o giro da economia tornando o sistema menos eficiente. “Porque contratos não são eficientemente garantidos, as firmas podem decidir não executar determinados negócios, deixar de explorar economias de escala, combinar insumos ineficientemente, não alocar sua produção entre clientes e mercados da melhor forma, deixar recursos ociosos, etc.” (Pinheiro, 2003, p. 10)
O investimento é afetado pelo fato de ter que ser embutido em seus juros o risco de não ser pago em um ambiente que os contratos não são eficientemente regulados. Diminuindo os investimentos toda a economia passa a operar em um ritmo sub-otimo, pois não há capital inicial disponível para os empreendedores do país iniciarem seus negócios ou capital para investir e melhorar a eficiência e produtividade de seus antigos empreendimentos.
Em ambiente que o sistema jurídico não funciona bem, a política econômica também não fica pior. O governo tende a ser mais intervencionista e menos eficiente dificultando o crescimento econômico. Grandes empresas de setores estratégicos substituem os investidores privados, que não arriscam um investimento tão grande em um ambiente cujos contratos não são críveis e acabam sendo muito menos eficientes que as empresas do mesmo setor privadas, perdendo competitividade internacional e onerando o governo.
A visão dos empresários sobre a justiça no Brasil
Os empresários avaliam que o principal problema do judiciáriobbrasileiro é a morosidade (quesito “agilidade”);
Quanto aos custos, a avaliação também é largamente negativa;
Acerca da imparcialidade, o nível de satisfação do empresariado é considerável: a fração correspondente à avaliação positiva, isto é, de regular a ótimo, é de cerca de 70%.
A empresa brasileira, normalmente, já é organizada de modo a evitar, de qualquer forma, o mínimo contato com o judiciário, mesmo que isso provoque, entre outros, perda de negócios, produção de maneira ineficiente e utilização de máquinas substituindo trabalhadores. Evidencia-se, portanto, que o comportamento das empresas diante do mau funcionamento da justiça está enraizado na sua cultura, tendo, como consequência, a tentativa de manter, a todo custo, distância do judiciário. Elas, no entanto, não percebem, em muitas vezes, o custo que isso representa para suas atividades. Sendo assim, o judiciário não atinge significativamente a vida das empresas, pois elas o evitam, porém o prejuízo à economia é, exatamente, consequência dessa postura.
Como três dos quatro indicadores usuais da (in)eficiência dos Judiciários – Morosidade, Imprevisibilidade e Custo de Acesso – e as noções de Valor Presente e Taxa de Desconto de ganhos futuros - conforme postas em Mankiw (2009, cap. 27, p. 573-576) - poderiam ser combinados na análise comparativa entre Judiciários.
As noções de Valor Presente e Taxa de Desconto representam uma forma de medir a eficiência de Judiciários quanto à sua morosidade, imprevisibilidade e custo de acesso. Da mesma forma que é possível analisar se é mais vantajoso ganhar 100 no presente ou 200 no futuro, tendo conhecimento da taxa de juros, é possível avaliar a relação custo-benefício de se entrar em um processojudiciário levando em conta o mesmo raciocínio. A partir do custo do investimento de se entrar com uma ação no judiciário, tendo conhecimento de seu nível de morosidade e imprevisibilidade, pode-se saber se vale ou não a pena entrar com tal ação, levando em conta o retorno financeiro esperado caso a ação seja bem sucedida. 
Muitas vezes, com os recursos que seriam utilizados para pagar advogados e cobrir outros custos do processo, levando em consideração o tempo que ele pode demorar e a possível derrota judicial, seria mais prudente investir esse dinheiro e lucrar com as taxas de juros. No caso de judiciários mais competentes, o tempo curto de duração do processo e o baixo custo de acesso, aliados à possibilidade de se ter certeza do sucesso de uma ação baseado em casos anteriores, representa um incentivo para entrar na justiça, sendo que o retorno será maior e menos arriscado do que em países com o judiciário ineficiente.
Tendo por base os cinco e-mails sobre o tema que lhes foram enviados em 05/06/2012, discorra sobre a reforma do nosso Código de Processo Civil e, em especial, sobre a sua importância econômica.
As reformas propostas no Código de Processo Civil Brasileiro têm como base dois fundamentos: o incidente de coletivização e a limitação dos recursos intransponíveis.
O primeiro submete casos similares aos já discutidos no Superior Tribunal Federal a serem julgados de forma semelhante, seguindo sua jurisprudência. Dessa forma, aumenta a previsibilidade dos casos (evitando que haja corrupção ou decisão diferente por influências), diminui a demanda e a morosidade, evita o uso do judiciário para postergar dívidas e pagamento de impostos. Esse conjunto de melhorias traria o aumento da eficiência do judiciário, o que poderá atrair investimentos externos. 
O segundo, a limitação dos recursos intransponíveis, também vem com o propósito de diminuir a morosidade e aumentar a eficiência do judiciário. É a limitação dos recursos abertos antes da sentença de um processo a apenas um por causa. Isso evita que haja causas na justiça por tempo indeterminado alimentado por recursos. Evita também que haja a postergação de cumprimento da sentença e dá maior segurança jurídica e previsibilidade, além de deminuir custos com encargos judiciais.
I. Incidente de coletivização:
II. Limitação dos recursos interponíveis:
Redução dos encargos judiciais;
Coibição do uso chicaneiro/diversionista dos recursos;
Segurança jurídica e previsibilidade: redução dos riscos jurídicos embutidos nos preços dos bens e serviços;
Atração de investimentos externos.
Discuta (argumentando contra ou a favor) as seguintes afirmações: 
o comércio internacional prejudica os países pobres ao obrigá-los a uma inflexível especialização em processos produtivos nos quais se pagam baixíssimos salários;
Segundo Paul Krugman essa visão é falsa. Os salários pagos aos trabalhadores do setor de exportação são baixos quando comparados aos padrões de um país industrializado, mas poderiam ser muito menores se o país pobre não realizasse o comércio internacional. A população desses países está disposta a trabalhar por pouco porque neles há excesso de mão de obra e pouco de outros fatores de produção, como capital, tornando as oportunidades de trabalho muito limitadas. Assim, a manutenção de baixos salários não se justifica pelo fato de a abertura obrigar os países subdesenvolvidos a uma inflexível especialização em processos produtivos nos quais se pagam baixos salários. O comercio internacional, na verdade, torna esses países menos pobres e aumenta o salário dos trabalhadores comparado ao que seria sem a abertura.
o comércio internacional prejudica os países ricos pois permite a exportação de empregos para as nações com mais baixos níveis salariais 
Material utilizado no Ponto 2 do Programa -Vantagens Absolutas, Vantagens Comparativas..., inclusive o enviado por e-mail
Esse raciocínio é errado. “Importar bens produzidos pelo ‘trabalho de pobres’ não reduz o nível de vida nos Estados Unidos” (KRUGMAN E WELLS). De fato usa-se menos trabalho para produzir em países desenvolvidos, pois há tecnologia avançada nesses locais. Mas o que determina a vantagem comparativa não é a quantidade de recursos usada para produzir um bem, mas o custo de oportunidade desse bem. 
Salários baixos nos países indicam uma baixa produtividade do trabalho conjunto dos setores. Assim, usar muito trabalho na produção de um produto de baixo custo não requer, nessas localidades, que se renuncie à produção de grande quantidade de outros bens. Nos países ricos acontece o contrário: a produtividade muito elevada em outras indústrias mais lucrativas significa que produzir um bem de baixo custo, apesar de rapidamente, implica no sacrifício de grande quantidade da produção de outros bens mais caros. Assim, o custo de oportunidade de produzir um bem barato é bem menor em um país pobre, do que no desenvolvido.
Mesmo que os países desenvolvidos tenham vantagem absoluta com relação a produção de um bem de baixo custo no mercado, os países pobres possuem uma vantagem comparativa para sua produção. Consequentemente, há um incentivo no emprego desses setores de produção barata nos países pobres e desincentivo nos ricos, mas isso favorece o padrão de vida nos países desenvolvidos, pois há um crescimento nele de setores mais tecnológicos, e, portanto, mais lucrativos, mesmo que a quantidade de empregados nesses setores seja menor.
Pelo menos três questões serão desenvolvidas em classe, sem consulta.
ÂNIMO E BOAS FÉRIAS

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