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CAP 82 – LACTAÇÃO Desenvolvimento das mamas As mamas começam a se desenvolver na puberdade, estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino mensal; os estrogênios estimulam o crescimento da parte glandular das mamas além do deposito de gordura que dá massa as mamas. Ocorre crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez, e só então o tecido glandular fica inteiramente desenvolvido para a produção de leite. Estrogênios estimulam o crescimento do sistema de ductos das mamas Durante toda a gravidez, a grande quantidade de estrogênios secretada pela placenta faz com que o sistema de ductos das mamas cresça e se ramifique. O estroma das mamas aumenta em quantidade e grande quantidade de gordura é depositada no estroma. O GH, prolactina, glicocorticoides adrenais e insulina, cada um deles tem pelo menos algum papel no metabolismo das proteínas, e explica sua função no desenvolvimento das mamas. Progesterona é necessária para o desenvolvimento total do sistema lóbulo-alveolar. Quando o sistema de ductos estiver desenvolvido a progesterona, junto com o estrogênio, causará o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com multiplicação dos alvéolos e desenvolvimento de características secretórias das células dos alvéolos. Prolactina promove a lactação Efeito especial do estrogênio e progesterona é inibir a verdadeira secreção do leite. O hormônio prolactina tem efeito exatamente oposto, promovendo-a. É secretado pela adenohipófise materna, e a concentração aumenta a partir da 5ª semana de gestação até o nascimento do bebe. A placenta secreta grande quantidade de somatomamotropina coriônica humana que tem propriedades lacotgênicas, apoiando assim a prolactina da adenohipófise materna durante a gravidez. Mesmo assim, devido aos efeitos supressivos do estrogênio e progesterona, não mais do que uns poucos ml de liquido são secretados a cada dia após o nascimento do bebe. O liquido secretado nos últimos dias antes e depois do parto chamamos de colostro, que contem essencialmente as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase sem nenhuma gordura. Imediatamente depois que o bebe nasce, a perda subida tanto de estrogênio quanto de progesterona da placenta permite que o efeito lactogenico da prolactina assuma seu papel e durante os próximos 1 a 7 dias as mamas começam a secretar bastante leite em vez de colostro. Essa secreção de leite requer secreção da maioria dos outros hormônios maternos, principalmente GH, cortisol, PTH e insulina. Eles são necessários para fornecer aa, ácidos graxos, glicose e cálcio que são fundamentais para a formação do leite. Depois do nascimento do bebe, o nível basal de secreção de prolactina retorna aos níveis de não gravidez durante algumas semanas. Entretanto, cada vez que a mãe amamenta o bebe, sinais neurais dos mamilos para hipotálamo causam um pico de 10 a 20x da secreção de prolactina que dura 1 hora. Se o pico da prolactina estiver ausente ou bloqueado, as mamas perdem a capacidade de produzir leite dentro de 1 semana. A produção de leite pode se manter por vários anos se a criança continuar a sugar. Hipotálamo secreta o hormônio inibitório prolactina O hipotálamo essencialmente estimula a produção de todos os outros hormônios, mas efetivamente inibe a produção de prolactina. A secreção pela adenohipófise de prolactina é controlada totalmente por fator inibidor formado no hipotálamo e transportado pelo sistema porta hipotalâmico-hipofisário a adenohipófise. Este fator se chama hormônio inibidor de prolactina, e parece com a dopamina. Supressão de ciclos ovarianos femininos na nutriz por muitos meses após o parto Na maioria das nutrizes, o ciclo ovariano (e a ovulação) não retorna ate umas poucas semanas depois de ela parar de amamentar. Os mesmos sinais neurais das mamas para o hipotálamo que causam a secreção de prolactina durante o ato de sugar, inibem a secreção do hormônio liberador da gonadotropina pelo hipotálamo, e assim suprime a formação de LH e FSH. Processo de ejeção de leite (ou “descida”) na secreção de leite – a função da ocitocina O leite é secretado de maneira continua nos alvéolos das mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o sistema de ductos e portando não vaza continuamente pelos mamilos. O leite precisa der ejetado nos alvéolos para os ductos, antes de o bebe poder obtê-lo. Isso é causado por reflexo neurogênico e hormonal combinado, que envolve o hormônio da hipófise posterior ocitocina. Quando o bebe suga, ele não recebe quase nenhum leite durante mais ou menos 30 segundos. Impulsos sensoriais são transmitidos pelos nervos somáticos dos mamilos até a medula espinhal, e dai para o hipotálamo, onde desencadeiam sinais neurais que promovem a secreção de ocitocina, ao mesmo tempo da prolactina. A ocitocina faz com que as células mioepiteliais se contraiam, transportando assim o leite dos alvéolos para os ductos sob pressão. Em seguida, a sucção do bebe fica efetiva em remover o leite. Isso é a ejeção ou descida do leite. Inibição da ejeção do leite Diversos fatores psicogênicos ou ate mesmo a estimulação generalizada simpática em todo o corpo materno podem inibir a secreção de ocitocina e deprimir a secreção do leite. Composição do leite e a drenagem metabólica na mãe causada pela lactação A concentração de lactose no leite humano é 50% maior que no leite na vaca. Ele tem 2 a 3 x menos proteína, e 1/3 de cinzas que contem cálcio e outros minerais em comparação a esse leite. A composição e o teor calórico do leite dependem da dieta da mãe e outros fatores como a dimensão dos seios. Grandes quantidades de substratos metabólicos são perdidas pela mãe. Para suprir as necessidades de cálcio e fosfato, as glândulas paratireoides aumentam bastante, e os ossos são progressivamente descalcificados. Anticorpos e outros agentes anti-infecciosos no leite Não só o leite fornece nutrição ao recém-nascido, mas também proteção importante contra infecções. Vários tipos de anticorpos e outros agentes anti-infecciosos são secretados no leite. Diversos tipos de leucócitos são secretados, incluindo neutrófilos e macrófagos, principalmente para destruir a Escherichia colo – que causa diarreia com frequência em recém-nascidos.
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