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GUARDA COMPARTILHADA

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GUARDA COMPARTILHADA
HISTÓRICO DA GUARDA
- Grécia Antiga – surgimento do instituto do pátrio poder.
- Direito Romano – direito positivo com a definição do pater familiae ( sui iuis). O Pai concentrava todo poder sobre a família.
- Direito Português – Ordenações do Reino que chegaram ao Brasil colônia e perduraram após a Independência com as Ordenações Filipinas. Sendo características, o exercício do poder familiar pelo pai, cabendo à mãe apenas direitos relativos à obediência familiar. 
- Código Civil de 1.916: O modelo patriarcal usado para elaboração do Código Civil de 1916 foi o da família brasileira preponderantemente rural, tendo o pai como chefe da família, devido a sua autoridade e poder, fortalecido pela condição econômica. À mãe cabia apenas a criação dos filhos.
HISTÓRICO DA GUARDA
- Com o decorrer do Século XX, a família, que era basicamente rural, vai migrando para as cidades, e os filhos que eram em grande numero, pois significavam mão de obra necessária para os afazeres da fazenda, dão lugar a um numero cada vez menor de membros familiares.
- Com a mudança da vida rural para a vida urbana, houve uma mudança significativa nas relações familiares, com as novas necessidades, o homem já não conseguia mais sustentar a família sozinha, sendo necessário que a mulher fosse trabalhar para ajudar no sustento deixando paulatinamente de ser submissa e ajudando também nas decisões familiares.
- O homem deixou de cuidar somente do sustento passando a se preocupar com a educação e a criação dos filhos, ocorrendo com isso uma distribuição igualitária de responsabilidades, direitos e deveres do casal perante a família.
Com a evolução familiar, muda-se também a forma de criação e educação dos filhos, deixando de lado o poder autoritário do pai para ser exercida uma relação mais afetuosa na educação e criação, aparecendo então uma nova nomenclatura dessa responsabilidade, até então definida como “pátrio poder”, para o atual denominado poder familiar.
HISTÓRICO DA GUARDA
O pátrio poder no Código Civil de 1916 estava voltado somente para questão que o poder parental era um direito paterno e não levava em conta a formação emocional e afetiva da criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069 de 1990, com o respaldo da Constituição de 1988, traz uma mudança radical nos direitos dos filhos menores e amplia a responsabilidade em igualdade entre os pais.
Por isso, o Código Civil de 2002 substitui a expressão pátrio poder, para uma expressão mais condizente com a realidade atual, ou seja, poder familiar, considerando que os pais passam a ter responsabilidade e não poder sobre os filhos. Dessa forma, ambos os pais tem o direito e dever, de caráter irrenunciável, de participar da vida do filho, tanto nos momentos de prazer como também nos momentos onde é exigida uma maior atenção, seja na formação educacional, seja na formação moral ou espiritual.
CONCEITO E TIPOS DE GUARDA
- O conceito de guarda surge de um valor maior protegido, que é o bem estar, a preservação do menor enquanto ser em potencial, que deve ser educado, e sustentado, para atingir a maioridade com completa saúde física e mental, capacitação educacional, e entendimento social, de forma a atender o princípio fundamental de ser sujeito de uma vida digna, fundamento do próprio Estado de Direito insculpido em nossa Constituição (CF, art. 1º, III).
- GUARDA ALTERNADA: Entende-se por guarda alternada aquela em que a criança mora um período de tempo com o pai e outro período com a mãe alternadamente. Este período poderá ser anual, mensal, semestral ou ate diário, ou seja, aquele que as partes acordarem. Nesta modalidade, o genitor que estiver com a posse do menor, no tempo pré-estabelecido, ira exercer, de forma exclusiva, os direitos e deveres referentes ao menor.
- ANINHAMENTO OU NIDAÇÃO: Nesta modalidade os pais se revezam, mudando-se para a casa onde moram os menores, alternando os períodos de tempo. Este acordo não costuma perdurar, em razão do alto custo para a manutenção, pois exige três residências, uma para a mãe, uma para o pai e outra para o filho, onde este acolhe de tempos em tempos, alternadamente. 
CONCEITO E TIPOS DE GUARDA
- GUARDA EXCLUSIVA: A guarda exclusiva é a atribuída, isoladamente, a um só dos genitores.
- GUARDA DIVIDIDA: Já a guarda dividida se impôs como o recurso de exercício de autoridade parental mais propício à criança, já que ela vivera num lar determinado e usufruirá da presença do outro genitor, a quem não foi atribuída à guarda, através do direito de visita.
DIFERENÇA ENTRE GUARDA FISICA E GUARDA JURIDICA
GUARDA FISICA: É aquela com quem reside a criança.
GUARDA JURIDICA: É aquela de quem detém todos os atributos que o tornam responsável pelo sustento, manutenção e educação do filho.
GUARDA COMPARTILHADA
CONCEITO: Guarda compartilhada é a guarda jurídica atribuída a ambos os genitores, é a situação em que fiquem como detentores da guarda jurídica sobre o menor, pessoas residentes em locais separados.
Neste novo conceito é retirado da guarda a conotação de posse, para privilegiar a ideia de estar com, compartilhar, voltada para o atendimento do melhor interesse dos filhos e dos genitores.
GUARDA COMPARTILHADA NO MUNDO
- FRANÇA: tal ideia surgiu em 1976, no Código Civil Frances onde o Juiz após ouvir os filhos menores decide quem será responsável pela guarda, ou então, se houver uma declaração feita em conjunto entre partes o mesmo decide pela compartilhada.
- CANADA: a separação dos genitores não deve gerar um sentimento de perda para nenhuma das partes envolvidas, seja mãe, pai, ou filhos. Esta ideia é a pedra de toque para a adoção da guarda compartilhada por este ordenamento.
- INGLATERRA: busca-se distribuir igualmente, entre os genitores, a responsabilidade perante os filhos, cabendo à mãe os cuidados diários com os filhos, resgatando ao pai o poder de dirigir conjuntamente a vida dos menores.
- ESTADOS UNIDOS: é o país onde mais se aplicou a este estudo, e a maioria de seus estados já adota francamente a guarda compartilhada.
GUARDA COMPARTILHADA NO BRASIL
-No Brasil, a aplicação da guarda compartilhada vem sendo examinada nas ultimas três décadas. Em agosto de 2008, entrou em vigor a Lei nº 11.698/08, publicada em 13 de junho de 2008, que veio alterar os artigos 1.583 e 1.584 do Código Civil Brasileiro, inserindo em nossa legislação, expressamente, a guarda compartilhada, a qual era indeferida por alguns magistrados, alegando que não havia legislação expressa regulamentando tal pedido, outros, no entanto, timidamente já vinham concedendo este tipo de guarda a pedido das partes, amparados pelos princípios do melhor interesse da criança e da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.
- Ate a entrada em vigor da Lei nº 11.698/08, no Brasil, a regra era a atribuição da guarda exclusiva a um dos genitores, a partir da vigência da nova legislação, as partes podem requerer a guarda compartilhada o que anteriormente já era possível, mas, somente em casos de separação consensual, bem como o juiz poderá decretá-la em atenção às necessidades especificas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe, como preceitua a redação do artigo 1.584, inciso I e II, inserido pela Lei 11.698/08.
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA – LEI Nº 11.698/08
LEI Nº 11.698, DE 13 DE JUNHO DE 2008.	
Altera os artigos 1.583 e 1.584 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 –Código Civil, para instituir e disciplinar a guarda compartilhada.
OBS: Em síntese, a alteração trazida pela Lei nº 11.698/08, veio apenas regularizar um direito já existente de forma implícita em nosso país.
CONCLUSÕES FINAIS
A extinção do vinculo matrimonial põe fim ao casal conjugal, mas preserva o casal parental, o pai será sempre o pai e o filho sempre o filho, este vinculo é definitivo.
Estudos científicos chegaram à conclusão que a presença tanto do pai, quanto da mãe é essencial para a formação física e
emocional dos filhos menores.
Nesta linha de raciocínio, a guarda compartilhada, visa reorganizar as relações parentais dentro da família desunida, através de relações próximas entre pais e filhos, conferindo àqueles maiores responsabilidades e garantindo a ambos um relacionamento mais intenso o que a guarda unilateral não propiciava.
Pesquisas revelam que pais que dividem a guarda de seus filhos dedicam mais tempo a eles e participa de um maior número de atividades na companhia deles, além de serem mais participativos e incisivos nas decisões de questões relativas às crianças, do que aque1es que não partilham a guarda.
Assim sendo, a guarda compartilhada, com advento da Lei nº 11.698/08, fez prevalecer a Justiça, garantindo ao menor o seu bem estar, fundamentado nos princípios constitucionais que garante a vida, a liberdade e igualdade para todos.
DIREITO NOTURNO – TURMA 2BN – PSICOLOGIA
MEMBROS DO GRUPO
MARCO ANTONIO NADALIN PEIXOTO
ALEXANDRE A. DA SILVA

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