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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL FERTILIDADE DO SOLO PROF. DR. THIAGO WOICIECHOWSKI RESUMO: O MICRONUTRIENTE ZINCO Ana Luiza Rati; Giovana Tetsuya; Rodrigo Costa 1. Origem O elemento Zinco é um metal de transição, representado pelo símbolo Zn na tabela periódica. Possui número atômico 30 e é o vigésimo terceiro elemento mais abundante no planeta. As vias de entrada do zinco no solo podem ocorrer de duas formas, sendo a primeira de forma natural, onde a entrada primária ocorre devido ao intemperismo químico e físico das chamadas rochas mãe e a entrada secundária, que pode ser pela atmosfera através de atividades vulcânicas e incêndios florestais e também por processos bióticos, como por exemplo, a decomposição e por pluviolixiviados. O homem possui grande influência na entrada de zinco no solo, ou seja, outra via de entrada é de forma antrópica, através de atividades como mineração, atividades de fundição e combustão de combustível fóssil. No Brasil, os principais minerais de zinco são a Hemimorfita (2ZnO.SiO2.H2O), Willemita (Zn2SiO4) e a Esfalerita (ZnS), que possui respectivamente, 54%, 58,5% e 67% de zinco. 2. Formas de Zn no solo Na solução do solo, o zinco se apresenta em formas de íons livres (Zn2+ e ZnOH+), enquanto que na fase sólida ele pode se apresentar adsorvido e em forma trócavel na superfície da fração coloidal. A interação do zinco com as fases do solo são controladas pelos seguintes parâmetros: concentração de Zn2+ e de outros íons na solução do solo; o tipo e a quantidade de sítios de adsorção associado com a fase sólida do solo; presença de matéria orgânica; e pelo pH. A presença de zinco na solução do solo é controlada pelos processos de adsorção e dessorção. Se na borda do colóide ocorrer a presença de cargas negativas, ou seja, se o solo apresenta capacidade de reter cátions (CTC), o íon Zn2+ irá se ligar com essas cargas, sendo esse processo chamado de adsorção. Entretanto, existem alguns minerais que apresentam seletividade, como por exemplo a goethita, que apresenta preferência por cobre, ou seja, o Zn2+ acaba que competindo com o Cu2+ pelos sítios de adsorção. E quando a concentração de Zn2+ diminui na solução do solo, acontece o processo inverso ao de adsorção, onde o íon irá se desligar da borda do colóide (dessorção). A disponibilidade de Zn2+ diminui com a elevação do pH, por causa da alta concentração de OH- que irá reagir com Zn2+, formando um composto chamado de hidróxido de zinco (Zn(OH)2). Por causa da competição pelos sítios de adsorção, altas concentrações de cobre na solução do solo podem diminuir a disponibilidade para a planta, assim como em solos com pouca CTC, devido ao fato do Zn2+ ser obrigado a ficar na solução do solo e podendo ser perdido por lixiviação. 3. Zinco nas plantas Devido as concentrações no solo de Zn2+ serem geralmente baixas comparadas com a demanda da planta, a difusão acaba sendo o principal mecanismo para o fornecimento de zinco para a planta. Em monocotiledôneas, a absorção pode ocorrer de duas maneiras: Em forma de Zn2+ (ou ZnOH- em solos de pH alto) ou em forma de quelatos de fitosideróforos de zinco enquanto que nas dicotiledôneas, ocorre somente a absorção por Zn2+. O zinco é transportado via xilema em duas formas: complexada com ácidos orgânicos e na forma livre como Zn2+. Quanto a redistribuição, alguns autores consideram o zinco altamente móvel, outros atribuem a ele uma mobilidade intermediária. Nas plantas, o zinco atua como cofator funcional, estrutural ou regulador de um grande número de enzimas. É um constituinte da enzima anidrase carbônica (AC), importante no metabolismo dos carboidratos, já que possui o papel de transporte de CO2 dentro do processo de fotossíntese. No metabolismo das proteínas, o zinco está envolvido na estabilidade e função do material genético, desse modo, quando ocorre a deficiência de zinco, afeta a síntese de proteínas. O zinco está presente na isoenzima superóxido dismutase (SD)(Cu-Zn- SD), responsável pela proteção das membrana e das proteínas contra a oxidação. O modo como zinco atua no metabolismo da auxina (ácido indolacético - AIA) ainda não está completamente claro, mas o distúrbio no metabolismo de auxina (AIA) está intimamente relacionado com os mais distintos sintomas de deficiência de Zn que são a inibição da elongação dos internódios e a redução do tamanho da folha. O zinco também participa durante a reprodução, uma vez que ele é requerido para o crescimento e viabilidade do pólen e o florescimento e a produção de sementes são severamente afetadas em plantas com deficiência de zinco. 4. Sintomas de deficiência Os sintomas de deficiência de zinco podem aparecer principalmente em folhas jovens, ocorrendo: Clorose internevais conferindo as folhas, faixas brancas ou amareladas entre a nervura principal e as bordas; necroses que ocorrem devido a morte celular; e o bronzeamento das folhas. Ocasionando também, superbrotações apicais com posterior perda da dominância acarretando uma redução no crescimento em altura e lanceolamento e diminuição do tamanho das folhas.
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