Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Matemática MAT0314 - Matemática para Engenharia III Prova 3.2 2015.1 Aluno: Nota: Instruções quanto a consulta: 1. Permitido a consulta da "colinha"e o uso de calculadora científica. 2. Proibido o uso de qualquer de calculadora, celulares, tablets e computadores. Alunos acessando qualquer um destes eletrônicos receberá nota zero na Prova 3.2. Instruções quanto a entrega da prova e atrasos: 1. Não é permitido entregar a prova antes das 13:20. 2. Não será permitida a entrada de alunos atrasados após a saída do primeiro aluno. Instruções quanto a correção da prova: 1. A prova 3.2 e o trabalho representam 50% da nota da UNIDADE III. 2. Só serão corrigidas questões respondidas nas folhas da prova. Questões respondidas a lápis não terão direito a revisão de prova. 3. Será avaliado o desenvolvimento da questão em conjunto com a resposta. Um problema com a resposta correta e sem o desenvolvimento receberá nota zero na questão. 4. Organização e clareza também serão avaliadas na correção. Correção: Questão 1 Questão 2 Questão 3 Trabalho: Série de Taylor Trabalho Extra: Eq.do Calor/Onda Total 1. (1,0) Uma corda é distendida e fixada ao eixo x em x = 0 e x = pi para t > 0. Se as vibrações transversais ocorrem em um meio que oferece uma resistência proporcional à velocidade instantânea, então a equação da onda toma a forma uxx = utt + ut, 0 < x < pi, t > 0, com as condições de contorno: u(0, t) = u(pi, t) = 0. Considere que a corda tem velocidade inicial zero e posição inicial f(x). Aplique o método de separação de variávies supondo que u(x, t) = X(x)T (t) e mostre, passo-a-passo, que achar a solução de u(x, t) precisamos resolver as equações diferenciais ordinárias X ′′(x) + λX(x) = 0, T ′′(t) + T ′(t) + λT (t) = 0. Não é necessário resolver as EDOs. Solução. Vamos supor que a solução da equação diferencial parcial (EDP) é dada na forma u(x, t) = X(x)T (t). Como u é solução, deve satisfazer a equação. Calculando as derivadas parciais temos, uxx = X ′′(x)T (t), ut = X(x)T ′(t), utt = X(x)T ′′(t), substituindo na EDP X ′′(x)T (t) = X(x)T ′′(t) +X(x)T ′(t). Organizando e separando as variáveis X ′′(x)T (t) = X(x)(T ′′(t) + T ′(t))⇐⇒ X ′′(x) X(x) = T ′′(t) + T ′(t) T (t) . Para que a igualdade acima possa acontecer é necessário que X ′′(x) X(x) e T ′′(t) + T ′(t) T (t) sejam iguais a uma constante. Por conveniência, chamaremos esta constantes de −λ. Desta forma, X ′′(x) X(x) = −λ⇐⇒ X ′′(x) = −λX(x)⇐⇒ X ′′(x) + λX(x) = 0, e T ′′(t) + T ′(t) T (t) = −λ⇐⇒ T ′′(t) + T ′(t) = −λT (t)⇐⇒ T ′′(t) + T ′(t) + λT (t) = 0, conforme queríamos demonstrar. 2. (4,0) (a) (1,0) Esboce o gráfico de f(x) por pelo menos três períodos dado que: • f é uma função par; • f é uma função periódica com período 2pi; • no intervalo [0, pi], a função f é definida por f(x) = { 1, 0 < x < pi/2, 2, pi/2 < x < pi. Solução. x f(x) 2 −pi 2 pi −3pi 2 2pi −5pi 2 3pi 1 −pi 2 pi−3pi 2 −2pi−5pi 2 −3pi (b) (1,5) Encontre a série de Fourier da f(x). Solução. A série de Fourier de uma função é dada por SF [f ] = a0 2 + ∞∑ n=1 [ an cos (npix L ) + bn sin (npix L )] . Para determiná-la, é necessário calcular os coeficientes a0, an's e bn's. Como f é uma função par, sabemos que a0 = 1 L ∫ L −L f(x) dx = 2 L ∫ L 0 f(x) dx, an = 1 L ∫ L −L f(x) cos (npix L ) dx = 2 L ∫ L 0 f(x) cos (npix L ) dx, e bn = 1 L ∫ L −L f(x) sin (npix L ) dx = 0. O parâmetro L representa metade do período de f(x), logo L = pi. Assim, a0 = 2 L ∫ L 0 f(x) dx = 2 pi ∫ pi 0 f(x) dx = 2 pi (∫ pi/2 0 1 dx+ ∫ pi pi/2 2 dx ) = 2 pi ( x ∣∣∣pi/2 0 + 2x ∣∣∣pi pi/2 ) = 2 pi (pi 2 + pi ) = 3, an = 2 L ∫ L 0 f(x) cos (npix L ) dx = 2 pi ∫ pi 0 f(x) cos(nx) dx = 2 pi (∫ pi/2 0 cos(nx) dx+ ∫ pi pi/2 2 cos(nx) dx ) = 2 pi ( sin(nx) n ∣∣∣∣pi/2 0 + 2 sin(nx) n ∣∣∣∣pi pi/2 ) = 2 npi ( sin (npi 2 ) − 2 sin (npi 2 )) = − 2 npi sin (npi 2 ) . Como visto em aula, sin (npi 2 ) = 0 se n é par e sin ( (2n− 1)pi 2 ) = (−1)n+1. Portanto somente os termos ímpares serão não nulos. Resposta: SF [f ] = 3 2 + ∞∑ n=1 − 2 npi sin (npi 2 ) cos(nx). Resposta Simplificada: SF [f ] = 3 2 + ∞∑ n=1 2(−1)n (2n− 1)pi cos((2n− 1)x). (c) (1,5) Dando um valor conveniente para x, use a série encontrada no item (b) e o Teorema da Convergência da Série de Fourier para mostrar que ∞∑ n=1 (−1)n 2n− 1 = − pi 4 . Solução. Para resolver esta questão precisamos da resposta simplificada do item anterior SF [f ] = 3 2 + ∞∑ n=1 2(−1)n (2n− 1)pi cos((2n− 1)x). Escolhendo x = 0 temos que cos((2n − 1)x) = cos 0 = 1 para todo n. Além disso, em x = 0 a série de Fourier da f(x) converge para 1. Logo, 1 = 3 2 + ∞∑ n=1 2(−1)n (2n− 1)pi , implicando 1− 3 2 = ∞∑ n=1 2(−1)n (2n− 1)pi . Tirando a constante 2 pi do somatório chegamos a −1 2 = 2 pi ∞∑ n=1 (−1)n (2n− 1) . Portanto, −pi 4 = ∞∑ n=1 (−1)n (2n− 1) , como queríamos demonstrar. Observação: outra escolhas de x eram possíveis. 3. (2,0) Encontre a solução formal do problema de corda vibratória utt = 4uxx, 0 < x < 2, t > 0; u(0, t) = 0, u(2, t) = 0, t > 0; u(x, 0) = 1, 0 < x < 2; ut(x, 0) = 8 sin(2pix)− 3 sin(5pix), 0 < x < 2. Solução. Sabemos que a solução do problema da corda vibrante de comprimento L e presa nas extremidades tem solução u(x, t) = ∞∑ n=1 {[ an cos ( npiαt L ) + bn sin ( npiαt L )] sin (npix L )} , onde α2 = 4 e L = 2. Resta determinar as constantes an e bn que sabemos estar relacionadas com a posição (f(x)) e velocidade (g(x)) inicial da corda pelas fórmulas f(x) = ∞∑ n=1 an sin (npix L ) , ou seja, an = 2 L ∫ L 0 f(x) sin (npix L ) dx, e g(x) = ∞∑ n=1 bn npiα L sin (npix L ) , ou seja, bn npiα L = 2 L ∫ L 0 g(x) sin (npix L ) dx. Calculando os an's através da integral com f(x) = 1 an = 2 L ∫ L 0 f(x) sin (npix L ) dx = 2 2 ∫ 2 0 sin (npix 2 ) dx = − 2 npi cos (npix 2 )∣∣∣∣2 0 = − 2 npi [cos(npi)− 1] = 2 npi [1− (−1)n] Como g(x) = 8 sin(2pix)−3 sin(5pix) fica mais fácil determinar os bn's através do somatório. Como (substituindo L = α = 2) 8 sin(2pix)− 3 sin(5pix) = ∞∑ n=1 bn(npi) sin (npix 2 ) , concluímos que todos os bn's são zero com exceção de b4(4pi) = 8⇐⇒ b4 = 2 pi e de b10(10pi) = −3⇐⇒ b10 = − 3 10pi . Como encontramos infinitos an's e apenas dois bn's não nulos, fica mais fácil separar o somatório em u(x, t) em dois para representar a resposta (substituindo L = α = 2) u(x, t) = ∞∑ n=1 an cos(npit) sin (npix 2 ) + ∞∑ n=1 bn sin(npit) sin (npix 2 ) . Substituindo os coeficientes encontrados, temos que u(x, t) = 2 pi sin(4pit) sin(2pix)− 3 10pi sin(10pit) sin(5pix) + ∞∑ n=1 { 2 npi [1− (−1)n] cos(npit) sin (npix 2 )} . Algumas integrais: 1. ∫ sin(ax) dx = − cos(ax) a 2. ∫ cos(ax) dx = sin(ax) a 3. ∫ sin(ax) sin(bx) dx = b sin(ax) cos(bx)− a cos(ax) sin(bx) a2 − b2 4. ∫ cos(ax) cos(bx) dx = a sin(ax) cos(bx)− b cos(ax) sin(bx) a2 − b2 5. ∫ x2 sin(ax) dx = 2x a2 sin(ax) + ( 2 a3 − x 2 a ) cos(ax) 6. ∫ x2 cos(ax) dx = 2x a2 cos(ax) + ( x2 a − 2 a3 ) sin(ax)7. ∫ ex sin(ax) dx = ex(sin(ax)− a cos(ax)) a2 + 1 8. ∫ ex cos(ax) dx = ex(a sin(ax) + cos(ax)) a2 + 1 9. ∫ x sin(ax) dx = sin(ax) a2 − x cos(ax) a 10. ∫ x cos(ax) dx = cos(ax) a2 + x sin(ax) a
Compartilhar