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Animais pseudocelomados
Profa. Dra. Katia Santos Bezerra
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS
Curso de Ciências Biológicas
Disciplina: Zoologia dos Invertebrados II
Pseudocelomados - Filos:
Filo Rotifera
Filo Gastrotricha
Filo Kinorhyncha
Filo Loricifera
Filo Priapulida
Filo Nematoda
Filo Nematomorpha
Filo Acanthocephala
Filo Entoprocta
A importância dos vermes nemátodes:
Sua abrangência e abundância levou N.A. Cobb (1914) a escrever:
Se toda a matéria do universo exceto os nemátodes fosse varrida, nosso mundo ainda seria vagamente reconhecível, e se, como espíritos em corpos, pudéssemos então pesquisá-los, devíamos encontrar montanhas, colinas, vales, rios, lagos e oceanos representados por um fino filme de nemátodes. A localização das cidades seria decifrável, uma vez que para cada amontoado de seres humanos existiria uma correspondência no amontoado de certos nemátodes. As árvores ainda permaneceriam como fileiras fantasmagóricas representando nossas ruas e estradas. A localização de várias plantas e animais ainda seria decifrável e, se tivéssemos conhecimento suficiente, em muitos casos até mesmo as suas espécies poderiam ser determinadas por um exame de seus antigos parasitas nemátodes.
Posição no Reino Animal
Nos principais filos, a blastocele original do embrião persiste como um espaço, ou cavidade corpórea, entre o arquêntero e a parede do corpo. Devido a essa cavidade não possuir o revestimento peritoneal encontrado em celomados verdadeiros, ela é chamada de pseudocele, e os animais que a possuem são denominados pseudocelomados. 
Contribuições Biológicas da pseudocele
A pseudocele pode ser preenchida por fluido ou pode conter uma substância gelatinosa com algumas células mesenquimáticas. 
A pseudocele apresenta certos potenciais adaptativos em comum com um celoma verdadeiro, embora não sejam percebidos em todos os membros:
Maior liberdade de movimento
Espaço para desenvolvimento e diferenciação dos sistemas digestivo, excretor e reprodutor;
Um meio simples de circulação ou distribuição de materiais ao longo do corpo;
Um lugar de armazenamento de produtos de excreção a serem eliminados ao exterior dos dutos excretores;
Um órgão hidrostático. Considerando que a maioria dos pseudocelomados é bastante pequena, as funções mais importantes da pseudocele são, provavelmente, a circulação e o seu funcionamento como um meio para manter uma alta pressão hidrostática interna.
Um trato digestivo completo com boca e ânus é encontrado nestes filos e em todos os filos mais complexos.
Características dos Filos Pseudocelomados
Simetria bilateral; não-segmentado; triblástico (três folhetos germinativos)
Pseudocele como cavidade corpórea
Maioria de tamanho pequeno; alguns microscópicos; uns poucos com metro ou mais de comprimento
Corpo vermiforme; parede do corpo é uma epiderme celular ou sincicial com uma cutícula espessada, algumas vezes com mudas; maioria das camadas musculares composta de fibras longitudinais; cílios ausentes em vários filos
Sistema digestivo completo com boca, intestino e ânus; faringe muscular e bem desenvolvida.
Ausência de órgãos circulatórios e respiratórios
Sistema excretor de canais e protonefrídios em alguns; podem estar presentes cloacas que recebem os produtos da excreção, digestão e reprodução
Sistema nervoso de gânglios cerebrais ou um anel nervoso circum-entérico conectado aos nervos anterior e posterior; órgãos dos sentidos são poros ciliados, papilas, cerdas e alguns ocelos
Sistema reprodutor com gônadas e dutos que podem ser simples ou duplos; quase sempre sexos separados, com os machos frequentemente menores que as fêmeas; ovos microscópicos com casca que frequentemente contém quitina.
Desenvolvimento pode ser direto ou com um complicado ciclo de vida; clivagem geralmente em mosaico; constância no número de células ou núcleos é comum
FILO ROTIFERA
Filo Rotifera - apresentação
Os Rotifera (L. rota, + fera, aqueles que possuem) têm seu nome derivado da coroa ciliada característica que, ao bater, frequentemente dá a impressão de rodas girando.
Tamanho – os rotíferos variam de 40 micrômetros a 3 mm de comprimento, mas a maioria mede entre 100 e 500 micrômetros.
Cor – alguns tem cores lindas, embora a maioria seja transparente, e alguns tem formas bizarras (Fig. 15.2). 
Forma - Suas formas são frequentemente correlacionadas com seu modo de vida. Os flutuadores são normalmente globulares e saculiformes; os rastejadores e nadadores são algo alongados e vermiformes, com uma epiderme exterior espessa (lórica).
Distribuição – os rotíferos são um grupo cosmopolita de cerca de 1.800 espécies, algumas das quais são encontradas em todo o mundo.
Filo Rotifera - apresentação
Modo de vida - a maioria das espécies é habitante de água doce, algumas são marinhas, algumas são terrestres e algumas são epizóicas (vivem sobre o corpo de outro animal) ou parasitas.
Adaptações de vida – os rotíferos são adaptados a muitos tipos de condições ecológicas. 
	- A maioria das espécies é bentônica, vivendo no fundo ou na vegetação de lagoas ou ao longo das costas de lagos de água doce onde eles nadam ou rastejam sobre a vegetação. 
	- Uma grande proporção das espécies que vivem no filme de água entre os grãos de areia das praias (meio fauna) é de rotíferos. 
	- As formas pelágicas são comuns em águas de superfície de lagos e lagoas de água doce.
Forma e função- características externas Filo Rotifera
O corpo de um rotífero é composto de uma cabeça onde há uma coroa ciliada, um tronco e uma cauda posterior, ou pé. Esse corpo é coberto por uma cutícula e é, com exceção da coroa, aciliado.
A coroa ciliada envolve uma área central aciliada na cabeça, a qual pode conter cerdas ou papilas sensoriais.
A boca fica situada na coroa no lado mediano-ventral.
 Os cílios coronais são usados tanto na locomoção como na alimentação.
O tronco pode alongar-se, ou ser saculiforme. Ele contém os órgãos viscerais e frequentemente possui antenas sensoriais.
O pé é um órgão de adesão e contém glândulas pedais que secretam um material adesivo usado por formas sésseis e rastejantes, na forma de mede-palmos ajudados pelo pé, ou nadando com os cílios coronais, ou ambos.
Características internas
Epiderme sincicial – abaixo da cutícula há uma epiderme sincicial que secreta a cutícula, e faixas de músculos subepidérmicos, alguns circulares, alguns longitudinais e alguns atravessando a pseudocele em direção a órgão viscerais.
Pseudocele – é ampla ocupando o espaço entre a parede de corpo e as vísceras. Ela é preenchida por fluido, algumas das faixas musculares e uma rede de células mesenquimáticas ameboides.
Sistema digestivo completo – alguns rotíferos se alimentam através da passagem de diminutas partículas orgânicas ou algas para a boca pelo batimento dos cílios coronais.
Características internas
Faringe (mástax) e mandíbulas (trofos) – A mástax é provida com uma porção muscular que é equipada com mandíbulas duras (trofos) para sucção e trituração de partículas alimentares.
Alimentação – as espécies carnívoras se alimentam de protozoários e metazoários pequenos que elas capturam apanhando-os ou por meio de armadilhas. 
Glândulas salivares e gástricas – secretam enzimas para digestão extracelular. A absorção ocorre no estômago.
Sistema nervoso – consiste em um cérebro bilobado, dorsal ao mástax, que envia nervos pares aos órgãos dos sentidos, mástax, músculos e vísceras. Os órgãos sensoriais incluem ocelos pareados, cerdas e papilas sensoriais, poros ciliados e uma antena dorsal.
Reprodução dos rotíferos
Os rotíferos são dióicos, sendo os machos normalmente menores que as fêmeas. 
As fêmeas possuem ovários combinados a glândulas vitelinas (germovitelário) e em ovidutos que se abrem na cloaca. O vitelo é provido aos óvulos em desenvolvimento via pontes citoplasmáticas de fluxo.
O sistema reprodutor masculino inclui um único testículo e um duto espermático ciliado que se dirige a um poro genital (machos normalmente não possuem uma cloaca). O fim
do duto espermático é especializado na forma de órgão copulador.
Reprodução dos rotíferos
A cópula – normalmente ocorre por impregnação hipodérmica; o pênis pode penetrar qualquer parte da parede do corpo feminino e pode injetar o esperma diretamente na pseudocele.
As fêmeas eclodem de seus ovos com características de adulto, necessitando de poucos dias para atingir a maturidade. Os machos são maduros sexualmente, maduros já na eclosão.
Reprodução dos Rotíferos
Mícticos (Gr. míktos, misturado) se refere à capacidade dos ovos haploides de serem fertilizados (quer dizer, “misturados”) com o núcleo do espermatozoide do macho para formar um embrião diploide. Os ovos amícticos (“sem mistura”) já são diploides e podem desenvolver-se apenas por partenogênese.
A reprodução de alguns rotíferos (classe Monogononta) é partenogenética durante parte do ano quando as condições ambientais são adequadas.
Em resposta a um determinado estímulo, as fêmeas começam a produzir óvulos haploides. 
Os machos proveem o espermatozoide para fertilizar outros óvulos haploides, os quais então se desenvolvem em ovos dormentes diploides (2N) que podem resistir aos rigores do inverno. Quando as condições voltam a ser adequadas, os ovos dormentes retomam seu desenvolvimento e há a eclosão de uma fêmea.
Nebalia
Philodina
Asplanchna
FILO NEMATODA: Nemátodes
Nemátodes
Número e distribuição:
Aproximadamente 12.000 espécies de Nematoda (Gr. Nematos, filamento);
Eles vivem no mar, na água doce e no solo, desde as regiões polares até os trópicos, e desde picos de montanhas até as profundezas do mar.
Importância para os humanos:
Os nemátodes também parasitam virtualmente todos os tipos de animais e muitos dos tipos de plantas. Os efeitos de infestação por nemátode em colheitas, animais domésticos e humanos fazem deste filo um dos mais importantes
Forma e função
Forma cilíndrica – as características distintivas deste grande grupo de animais são sua forma; 
sua cutícula flexível não-viva; 
sua falta de cílios móveis ou flagelos; 
os músculos de sua parede corpórea, os quais tem várias características incomuns, tais como seu desenvolvimento exclusivo na direção longitudinal, e a eutela.
Não possuem protonefrídeos; seu sistema excretor consiste em uma ou mais células glandulares maiores que se abrem num poro excretor ou sistemas de canais.
Uso da pseudocele como órgão hidrostático – alta pressão hidrostática
Estrutura de um nemátode
A cutícula
A cutícula é de grande importância funcional para o nemátode, servindo para conter a alta pressão hidrostática gerada pelo fluido da pseudocele.
As várias camadas da cutícula são principalmente de colágeno. Três das camadas são compostas de fibras trançadas, as quais conferem um pouco de elasticidade longitudinal ao verme mas limitam severamente sua capacidade de expansão lateral.
A pseudocele
A pseudocele preenchida por fluido, na qual se encontram os órgãos internos, constitui um esqueleto hidrostático. Os esqueletos hidrostáticos, encontrados em muitos invertebrados, dão sustentação através da transmissão da força de contração muscular para o seu conteúdo, um fluido incompressível. 
Normalmente os músculos são organizados antagonicamente, de tal forma que o movimento é efetuado em uma direção pela contração de um grupo de músculos, e o movimento na direção oposta é efetuado pelo conjunto antagônico de músculos.
Os nematódeos não tem músculos circulares na parede do corpo para se antagonizarem aos músculos longitudinais; então a cutícula em de suprir esta função.
Tubo digestivo dos nematódes
O tubo digestivo: uma boca, uma faringe muscular, um longo intestino não-muscular, um reto curto e um ânus terminal.
Alimentação: o alimento é sugado para a faringe quando os músculos em sua porção anterior contraem-se rapidamente e abrem seu lúmen. O relaxamento dos músculos anteriores à massa alimentar fecha o lúmen da faringe, forçando o alimento em direção posterior para o intestino. A matéria alimentar move-se posteriormente através de movimentos corpóreos e devido ao alimento adicional que é passado ao intestino a partir da faringe. 
A defecação é realizada por músculos que simplesmente mantêm o ânus aberto, e sua força de expulsão é fornecida pela alta pressão pseudocelomática que envolve o intestino.
Reprodução
A maioria dos nemátodes é dioica. Os machos são menores que as fêmeas e suas extremidades posteriores geralmente possuem um par de espículas copulatórias.
A fertilização é interna e os ovos são normalmente armazenados no útero até sua postura. Depois da embriogênese o verme juvenil eclode. As quatro fases juvenis estão separadas umas das outras por mudas ou perdas da cutícula.
Ascaris lumbricoides: A grande lombriga dos seres humanos
É um dos parasitas mais comuns encontrados em seres humanos
E mais de 1,2 bilhão de pessoas estão infectadas em todo o mundo
Vermes da Ancilostomíase
Os vermes da ancilostomíase possuem a extremidade anterior curva dorsalmente , tendo a forma de gancho.
A espécie mais comum é Necator americanos (L. necator, assassino), com fêmeas de até 11 mm. 
Os machos podem alcançar 9 mm de comprimento. 
A ancilostomíase em crianças pode resultar em crescimento mental e físico retardado em perda geral de energia.
Forma de transmissão: os ovos são transmitidos nas fezes e os jovens eclodem no solo, onde vivem sobre bactérias. Quando a pele humana entra em contato com o solo infectado, os jovens infestantes perfuram a pele até atingir o sangue, alcançam os pulmões e, finalmente, o intestino.
Oxiurídeos, Enterobius vermicularis
Os adultos vivem no intestino grosso e no ceco. 
As fêmeas, até aproximadamente 12 mm de comprimento, migram à noite para a região anal para botar seus ovos. Coçando, a irritação resultante contamina efetivamente as mãos e roupas de cama. 
Os ovos desenvolvem-se e tornam-se infecciosos em até 6h na T° corpórea
Quando são engolidos, eclodem no duodeno e os vermes amadurecem no intestino grosso.
Oxiúro
Vermes da filariose
Pelos menos oito espécies de nemátodes de filariose infectam os seres humanos e alguns destes são grandes causas de doenças. Uns 250 milhões de pessoas em países tropicais estão infectados com Wuchereria bancrofti.
Os vermes vivem no sistema linfático e as fêmeas têm comprimento de até 100 mm.
Os sintomas estão associados com a inflamação e obstrução do sistema linfático. As fêmeas liberam microfilárias jonvens, minúsculas, no sangue e no sistema linfático. Quando se alimentam, os mosquitos ingerem as microfilárias e elas se desenvolvem nos mosquitos até as fases infecciosas.
Outro verme de filariose causa a “cegueira de rio” (oncocercose) e é transmitido por borrachudos.

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