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1 Taxa de Equilíbrio da Previdência Social Brasileira Segundo um Sistema Nacional ∗ Carlos Spínola Ribeiro♣ Palavras-chave: Previdência Social; População; Reformas Previdenciárias; Sistemas Nocionais de Contribuição Definida Resumo Nesse trabalho foi estimada a taxa interna de retorno de um sistema nocional de contribuições definidas (NDC) para o caso do Regime Geral de Previdência Social Brasileiro. A taxa interna de retorno de um NDC é aquela que garante o equilíbrio entre as receitas e despesas de um sistema de previdência social financiado pelo regime de repartição simples e está intrinsecamente ligada às componentes econômicas e demográficas. A taxa de equilíbrio foi estimada tomando como base a população projetada até o ano de 2050, fornecida pelo IBGE. A componente da taxa interna de retorno de um NDC para o sistema de previdência social brasileira, estimada neste trabalho, é aquela que é dependente da mudança na estrutura etária da população. Os resultados mostram, frente às hipóteses adotadas nesse trabalho, que os valores presentes das contribuições a serem realizadas são 40% superiores aos valores presentes das contribuições que serão arrecadadas. Dessa forma, é preciso realizar uma redução dos valores das aposentadorias em 40% para que o equilíbrio financeiro do atual sistema previdenciário seja garantido nos próximos 45 anos. ∗ Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, realizado em Caxambu- MG – Brasil, de 29 de setembro a 03 de outubro de 2008. ♣ Bacharel em Ciências Atuariais pela Universidade Federal de Minas Gerais. 2 Taxa de Equilíbrio da Previdência Social Brasileira Segundo um Sistema Nacional ∗ Carlos Spínola Ribeiro♣ 1. Introdução Os anos seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial foram de modo geral de grande expansão dos sistemas de Previdência Oficial ao redor do mundo, sendo eles em grande parte de base contributiva. Atualmente a maioria desses sistemas está em déficit e são responsáveis por grande parte das transferências governamentais e pelo aumento da carga tributária. Tais sistemas possuem uma forma de financiamento conhecida como repartição simples ou Pay as you go (PAYG), nos quais os recursos advindos das contribuições dos ativos de hoje são utilizados para o pagamento dos atuais aposentados, sem qualquer tipo de capitalização ou acúmulo. Dessa forma, parte do equilíbrio de um sistema PAYG baseia-se na chamada razão de dependência, que consiste da proporção da população inativa relativamente á população ativa ou apta ao trabalho. Nesse sistema de financiamento os benefícios são geralmente definidos, e os desequilíbrios causados por mudanças econômicas e demográficos são acomodados por acréscimos nas taxas de contribuição, ou geram déficit para o sistema. Do ponto de vista demográfico, diante de um cenário de crescimento populacional, a razão de dependência será pequena (poucos beneficiários relativamente aos contribuintes), e o sistema é normalmente superavitário. Entretanto, como ilustrado no trabalho de JOSÉ ALBERTO, Magno e ALEXANDRINO, Ricardo (2003), em vários países do mundo, inclusive no Brasil, os muitos anos de queda na fecundidade causaram envelhecimento da população e, conseqüente, aumento na razão de dependência, tornando tais sistemas cada vez mais insolventes. A preocupação com a sustentabilidade dos sistemas de previdência não é recente, e muito países realizaram reformas em seus sistemas PAYG. A maior parte deles conduziram reformas que alteram os parâmetros internos do sistema, como critérios de elegibilidade mais rígidos, aumento da taxa de contribuição, etc. Atualmente, tais mudanças, conhecidas como reformas paramétricas, atingiram um ponto saturação junto a algumas populações tal, que se tornaram politicamente inviáveis. Além das reformas paramétricas, segundo EATWELL, John (2002), há ainda aquelas que mudam estruturalmente o sistema, como mudança para modelos capitalizados ou mistos. ∗ Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, realizado em Caxambu- MG – Brasil, de 29 de setembro a 03 de outubro de 2008. ♣ Bacharel em Ciências Atuariais pela Universidade Federal de Minas Gerais. 3 Esse último mistura características de diversos sistemas. Esses planos são de contribuição definida (CD), e o valor das aposentadorias é determinado com base nas contribuições acumuladas pelos participantes do plano, somado à rentabilidade dos investimentos durante o período de acumulação. O grande problema de se passar de um sistema PAYG para esses sistemas capitalizados é seu alto custo de transição. Tais custos advêm dos segurados que estão atualmente contribuindo para o sistema PAYG, ou aposentados por ele, e, assim, não possuem nenhuma reserva acumulada. Nesse caso, para viabilizar suas aposentadorias no novo modelo, o Estado teria que reconhecer seus direitos ás contribuições passadas, e transferir seus valores para os fundos individuais. Uma alternativa que vem sendo altamente recomendável aos sistemas de financiamento previdenciário, devido aos seus baixos custos de transição, é a introdução de sistemas de financiamento nocionais de contribuições definidas (ou NDC’s). Nesses sistemas as contribuições correntes continuam financiando as aposentadorias correntes, como em um sistema PAYG. Entretanto, as contribuições de cada um dos segurados são registradas em contas individuais fictícias, que, por sua vez, são capitalizadas virtualmente por uma taxa de juros que é função das componentes demográficas e econômicas. Essa taxa é conhecida como taxa interna de retorno. A taxa interna de retorno de um sistema NDC visa corrigir os valores das contas individuais dos segurados, de modo que os valores presentes de todas as contribuições a serem realizadas sejam iguais aos valores presentes dos benefícios a serem pagos, e assim o equilíbrio financeiro do sistema é mantido. O presente trabalho visa calcular a taxa interna de retorno de um sistema nocional como medida de equilíbrio necessária para manter a solvência do atual sistema de previdência social brasileiro. O cálculo de tal taxa será realizado supondo que as variáveis econômicas permanecerão constantes no período 2005-2050 e que apenas as variações na estrutura etária da população poderão alterar o equilíbrio do sistema. Além disso, objetivando simplificar o modelo de projeção, será considerada unicamente a população urbana e dentro desta, apenas os contribuintes com e sem carteira assinada. Como na PNAD a pergunta sobre contribuição para a previdência oficial só é respondida por pessoas que trabalham, não foi possível incluir os contribuintes segurado facultativo2. Do lado da despesa, isto é, as aposentadorias, foram consideradas apenas as urbanas por tempo de contribuição do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Segundo o AEPS 2005, as aposentadorias são os benefícios previdenciários, que se caracterizam por pagamentos mensais vitalícios, efetuados ao segurado por motivo de tempo de contribuição, idade, invalidez permanente ou trabalho exercido sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A aposentadoria por tempo de contribuição é devida ao 2 É o maior de 16 anos de idade que se filia ao RGPS, mediante contribuição, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório ou que esteja vinculado a outro regime de Previdência Social. Podem filiar-se facultativamente, entre outros, a dona-de-casa e o estudante”. 4 segurado que completa, no mínimo, 35 anos de contribuição,se do sexo masculino, ou 30, se do sexo feminino. 2. O Sistema Nocional em Outros Países Há uma vasta literatura sobre reformas previdenciárias feitas ao redor do mundo onde foi adotado o sistema nocional. Citaremos algumas a seguir A Itália Polônia e Suécia, por exemplo, migraram seus sistemas PAYG para os sistemas nocionais de contribuição definida (NDC). No entanto, por ser um sistema relativamente novo, não há, ainda, trabalhos avaliando os impactos destas mudanças de regimes. Segundo BÖRSH, Axel (2004), os NDC’s possuem mecanismos que reduzem o custo econômico e político de uma reforma previdenciária, deixando as regras e os aspectos contábeis mais transparentes. Um outro trabalho de FOX, Louise e PALMER, Edward é realizada uma análise das várias reformas ocorridas nos países da União Européia e Ásia que adotaram sistemas mistos. Descreve-se nesse trabalho os aspectos políticos, fiscais e a legislação envolvida na transição dos sistemas PAYG para os NDC’s ou mistos. O autor SETTERGREN, Ole (2001) em seu artigo Automatic Balance Mechanism of the Swedish Pension System, discorre sobre a passagem do sistema de contribuição definida (CD) e outro beneficio definido (BD), para o multipilar sueco, no qual um dos pilares é um NDC. O autor mostra também como funciona o financiamento do sistema, no qual uma porcentagem das contribuições segue para pagamentos correntes, PAYG, enquanto a outra é capitalizada através de um fundo. Outro trabalho de SETTERGREN, Ole e MIKULA, Boguslaw (2003) denominado The Rate of Return of Pay-As-You-Go Pension Systems, foi calculado, com dados de período, a taxa de retorno de equilíbrio de um sistema PAYG. O autor esclarece que não é apenas o crescimento da base contributiva que promove o equilíbrio de um sistema PAYG. O equilíbrio depende também dos ganhos de produtividades, da mortalidade e da tendência de crescimento populacional. Nesse trabalho, o autor construiu uma medida que facilita o cálculo do equilíbrio de período do sistema, desconsiderando a solvência em longo prazo. 3. Fonte Dos Dados Com o intuito de projetar os contribuintes do regime geral de previdência social brasileiro e os seus beneficiários, que se aposentaram por tempo de contribuição, foram utilizadas várias fontes de dados, as quais serão descritas abaixo. Para a estimativa dos beneficiários e contribuintes futuros da previdência social foi utilizada a projeção qüinqüenal da população brasileira, fornecida pelo IBGE entre os anos de 2000 a 2050. 5 As variáveis necessárias para estimativa dos contribuintes em 2005, tais como: taxa de ocupação, taxa de formalização e de contribuintes, ano do início da projeção, foram obtidas Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (PNAD) de 2005. A quantidade de contribuintes empregados, individuais e facultativos, bem como os valores médios de suas contribuições previdenciárias, foram estimados a partir do Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS) de 2005. O número de aposentadorias ativas e concedidas, por sexo e faixa etária, também foi retirado do AEPS de 2005. Para todos os anos projetados foram utilizadas as tábuas de vida masculina e feminina construídas pelo IBGE para o ano 2000, dado que estamos adotando o pressuposto que somente a estrutura etária da população vai mudar no tempo.4 4. Metodologia 4.1 Modelo Geral Segundo PALMER, Edward (2005), o equilíbrio financeiro de um plano é definido como aquele em que o valor presente de todos os Ativos do plano em um determinado ano t, VP(At), é igual ao valor presente de todos os Passivos, VP(Pt) )A(VP)P(VP tt = (1) Ainda segundo PALMER, Edward (2005), o valor presente de todos os passivos corresponde às obrigações do plano com todos os seus participantes vivos, sejam eles trabalhadores ou aposentados. Já os Ativos correspondem ao valor presente do fluxo futuro de contribuições a serem realizadas, acrescido dos rendimentos dos ativos financeiros, no caso do sistema previdenciário possuir algum. Nesse trabalho os ativos e passivos serão considerados, respectivamente, os valores totais das contribuições dos contribuintes do setor empregados e individuais, e os pagamentos totais realizados aos aposentados por tempo de contribuição. Em uma situação estável, onde a distribuição dos salários, da força de trabalho, e da população, por idade, é fixa, e, ainda, é fixa a taxa específica de mortalidade, a taxa de retorno necessária para manter o sistema NDC em equilíbrio (equação (1)) é dada pelo crescimento da base de contribuições. Ou seja, a taxa de retorno é determinada pelo crescimento da força de trabalho ( população) (λ) e da produtividade (δ). No entanto, sob várias circunstâncias, a taxa de retorno equivalente a (λ) + (δ) não é suficiente para manter o equilíbrio. Distribuições diferentes dos fluxos de contribuições e pagamentos de benefícios no tempo, por exemplo, afetam a capacidade do NDC de manter o equilíbrio de longo prazo. Caso isso ocorra, é necessário adicionar uma componente (ρ) à taxa de retorno, de forma a cobrir as variações no período. 1 )A(VP )P(VP t t −=ρ (2) 6 Logo, a taxa interna de retorno (α) de um NDC, será dada por: ρ+λ+δ=α (3) Nesse trabalho, as componentes econômicas (δ + λ) serão mantidas constantes, apenas a variação na distribuição etária da população (força de trabalho), chamada aqui de fator demográfico, ρ, será estimada. Dessa forma, a parcela da taxa interna de retorno, calculada para o Brasil, ρ , será igual à taxa de variação na estrutura demográfica de um sistema NDC. Sobre a suposição de que as componentes econômicas irão permanecer constantes ao longo do tempo, a taxa interna de retorno, considerando apenas a variação demográfica do sistema NDC, pode ser escrita como: 1 )A(VP )P(VP t t −=ρ=α (4) De acordo com (4), ρ é o fator que nos diz quão distante está do equilíbrio a razão entre o valor atual das contribuições e valor atual dos benefícios, diante das mudanças na estrutura etária da população. Se PV(A) < PV(P) tais contas devem possuir uma taxa de correção menor a fim de trazer o sistema de volta ao equilíbrio. Por outro lado, a taxa pode ser maior se PV(A) > PV(P), e, zero, quando tais valores forem iguais. 4.2 Operacionalização do Modelo O valor presente das contribuições a serem realizadas e o valor presente dos benefícios a serem pagos, as duas componentes da expressão (4) necessárias para a estimativa da componente α, foram determinadas como se segue. 4.2.1 Valor Presente Das Contribuições O valor presente das contribuições foi estimado pela seguinte fórmula: ∑ = ⋅+⋅⋅⋅= n 1t t )CMICICMFCF(TPDesc)A(VP (5) Onde CF, CI, CMF e CMI são, respectivamente, a quantidade de contribuintes empregados, de contribuintes individuais, a contribuição média dos contribuintes formais e a contribuição media dos contribuintes individuais (que são apenas um grupo da categoria “outros contribuintes”). Onde as contribuições serão consideradas constantes em todo o período. Já as variáveis tDesc e TP são, respectivamente, o fator de desconto (necessário para trazer as contribuições a valores presentes), e a porcentagem das contribuições de todos os contribuintes que vai para pagamento das aposentadorias por tempo de contribuição. O índice t do somatório corresponde ao período de tempo considerado. A taxa de desconto tDesc traz os valores projetados do ano t, para valores atuais, para o início da projeção. Essa taxa corresponde a uma taxa de desconto comercial, que pode ser 7 representada por t)i1( 1 + , onde i =δ + λ, ou seja a taxa de desconto na situação de estabilidade . A taxa de desconto adotadafoi de 4%, valor futuro estimado para as taxas de crescimento da economia brasileira. A taxa TP corresponde á fração das contribuições destinadas ao pagamento das aposentadorias por tempo de contribuição. Essa taxa foi estimada dividindo-se o valor pago aos aposentados por tempo de contribuição, pelo valor total pago a todos os benefícios previdenciários somado ás pensões, no ano de 2005, e foi mantida constante durante todo o período de projeção. A contribuição média dos contribuintes individuais(CMI) foi calculada diretamente dos dados sobre total de contribuições e número de contribuintes, publicadas no AEPS 2005. No caso dos empregados, as informações disponíveis eram remunerações totais e a quantidade de contribuintes. Assim, primeiramente foi calculado o salário médio (remuneração média), e a ele foi aplicada a alíquota de 29%. A alíquota de contribuição, dos empregados, de acordo com o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) varia de 8% a 11%, mas, em média, essa contribuição situa-se próxima de 9%. A alíquota de contribuição para o empregador adotada foi de 20%. Os contribuintes empregados e individuais, por ano (t) e grupo etário (k), foram obtidos conforme as seguintes expressões: )()()( TxFkTxOkPTCF ktkt ⋅⋅= (6) )()1()()( TxCITxFkTxOkPTCI ktkt ⋅−⋅⋅= (7) Onde: tPTk = número de pessoas no grupo etário k, no ano t. TxOk = taxa de ocupação no grupo etário k em 2005. TxFk = taxa de formalização no grupo etário k em 2005. TxCI = taxa de contribuição dos contribuintes individuais. 4.2.2 Valor Presente dos Benefícios Futuros O valor presente dos benefícios a serem pagos foi determinado usando a seguinte expressão: ∑ ∑ = = ⋅⋅= n t m k kktt BMAADescPVP 1 1 )( (8) Onde tAk é a quantidade de aposentadorias ativas no grupo etário k e tempo t, e BMAk é o benefício médio de aposentadoria. Os benefícios médios de aposentadoria, discriminados por sexo e grupo de idade, foram estimados através da divisão dos valores totais pagos pela quantidade de aposentadorias ativas. O valor médio das aposentadorias foi discriminada por 8 grupo etário, devido aos valores médios de contribuição de cada grupo diferirem muito, e a media ponderada não refletir o valor realmente pago com tais beneficiários. Como os aposentados em um tempo t serão iguais aos aposentados do ano t-1 que sobreviverão um ano, mais os sobreviventes das aposentadorias concedidas (AC) no ano t , faz-se necessário estimar as entradas em aposentadoria. As entradas em aposentadorias no tempo t foram estimadas pela aplicação da taxa de entrada em benefício, calculada conforme equação 9, aos contribuintes estimados para cada ano, expostos ao risco de se aposentar, ou seja, de acordo com a equação 10. A taxa de entrada em benefício utilizada foi estimada com base nas entradas ocorridas em 2005 e, a partir daí, foi mantida constante para os demais anos de projeção. ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ += 2 CC ACTE 2010 xn 2005 xn 2005 xn xn (9) Onde: 2005xn AC corresponde ao número total de aposentadorias concedidas no ano de 2005 para as pessoas de idade entre (x) e (x + n) e txn C é o número de contribuintes no ano t xn 5t xn t xn5t xn TE52 CCAC ⋅+= + + (10) Assim, podemos determinar as aposentadorias ativas no ano t+5 e grupo etário K+5, pela soma do estoque de aposentado em t, que sobreviveram a t+5 ( tAk S(k+5)) com as aposentadorias concedidas no ano t, também sobrevivente tACk, 5L(k+5)/ l(k), conforme fórmula 11 )k(l )5k(LAC)5k(SAA 5ktkt5k5t +⋅++=++ (11) onde: )(5 )5( )5( 5 kL kLkS +=+ (12) )5( +ks - Razão de sobrevivência entre as idades x e x+5. 5L(k) = número de pessoas entre as idades x e x+5. l(x) = número de pessoas na idade exata x. 9 5 Apresentação dos Resultados Conforme a metodologia descrita anteriormente, foi estimado o número de contribuintes, o número de beneficiários de aposentadoria por tempo de contribuição, o valor a ser pago a título de aposentadoria e o valor arrecadado com contribuições, em cada um dos anos de projeção, e seus resultados podem ser visualizados nas Tabelas 1 e 2 abaixo. Seguindo o comportamento previsto para a população em idades ativas o número de contribuintes ativos e de contribuições deverá crescer até 2040, quando começará a decrescer lentamente. O número de aposentadorias por tempo de contribuição, e o total a ser pago, projetadas para os anos de 2005-2050, também crescem, mas em uma proporção bem maior do que os contribuintes e contribuições. Esse comportamento também é explicado pelo crescimento esperado da população, no caso a idosa. A título de exemplo, a população brasileira com mais de 65 anos que em 2000 representava 5,2% da população, deverá, em 2050, corresponder a cerca de 20% ( Wong, L,L R, 2006). Logo, os valores estimados no presente trabalho, podem ser sumarizados através das tabelas apresentadas abaixo: Tabela 1 Quantidade Total de Contribuintes e Aposentadorias Ativas por Tempo de Contribuição Projetadas, anos 2005-2050. Contribuintes Formais Individuais Anos Homens Mulheres Homens Mulheres Total 2005 19559855 10362677 2934626 4114129 36971286 2010 21172804 11118338 3264600 4564911 40120654 2015 22364864 11611028 3595130 4985386 42556409 2020 23346410 11985191 3896574 5341716 44569892 2025 24286985 12342350 4163763 5644823 46437921 2030 25109411 12641705 4397330 5900413 48048859 2035 25660909 12804660 4583057 6097782 49146409 2040 25935091 12838975 4727359 6229063 49730488 2045 26037633 12802405 4831426 6308522 49979986 2050 26033228 12726697 4893843 6338606 49992375 Fonte: Elaborado pelo autor a partir da Projeção da População Brasileira 2000-2005 IBGE e AEPS 2005. Tabela 2 Valores Médios Anuais das Contribuições e Aposentadorias, em R$, Adotados na Projeção. Contribuições Sexo Empregados Formais Individuais Aposentadorias por Tempo de Contribuição Homens 12837,15 702,82 12485,88 Mulheres 10432,55 611,55 9049,1 Fonte: Elaborado pelo autor a partir do AEPS 2005. 10 Ao multiplicar-se a quantidade total de contribuintes pelo valor médio da contribuição, efetuada por sua respectiva categoria, e, em seguida, somando-se todas as categorias, chegaremos aos valores totais arrecadados. Analogamente, usando o mesmo raciocínio, chegaremos ao valor total pago aos aposentados por tempo de contribuição. Com os valores totais das contribuições e aposentadorias pôde-se chegar, através das formulas (5) e (8), em valores presentes em 2005. Os resultados podem ser assim descritos Tabela 3, ilustrada abaixo: Tabela 3 Valores Totais das Contribuições e Aposentadorias Pagas a Valores Atuais de 2005. Anos Contribuições Totais Aposentadorias Totais Razão – Contribuições/ Aposentadorias VP(A) VP(P) VP(Passivo)/VP(Ativo) 2005 37.574.634 37.662.553 1 37574634 37662553 1,0023 2010 40.640.331 43.173.759 1,06 33403389 35485682 1,0623 2015 42.898.086 51.555.672 1,2 28980410 34829164 1,2018 2020 44.739.351 60.163.681 1,34 24842173 33406756 1,3448 2025 46.483.101 68.650.658 1,48 21214281 31331264 1,4769 2030 47.992.136 77.082.522 1,61 18002656 28914949 1,6061 2035 48.984.865 85.392.799 1,74 15102948 26328194 1,7432 2040 49.460.616 93.530.656 1,89 12534085 23702115 1,891 2045 49.616.574 100.438.717 2,02 10334589 20920284 2,0243 2050 49.567.219 105.866.501 2,14 8485829 18124177 2,1358 Fonte: Elaborado pelo autor a partir da Projeção da População Brasileira 2000-2005 IBGE e AEPS 2005. Os valores qüinqüenais projetadose apresentados na Tabela 3 foram desagregados por interpolação linear e, dessa forma, obteve-se os valores das arrecadações e despesas anuais, apresentados no Gráfico 1. Gráfico 1 Valores Totais Anuais das Contribuições e Aposentadorias (Em Mil R$) 0 20.000.000 40.000.000 60.000.000 80.000.000 100.000.000 120.000.000 20 05 20 08 20 11 20 14 20 17 20 20 20 23 20 26 20 29 20 32 20 35 20 38 20 41 20 44 20 47 20 50 Anos Projetados Va lo re s A rr ec ad ad os c om C on tri bu in te s Contribuiçoes Aposentadorias 11 Fonte: AEPS 2005, PNAD 2005 e População Projetada anos 2000-2050 IBGE – Projetado com base dos valores estimados para os salários médios e quantidades de contribuintes e beneficiários; Verifica-se que os valores das contribuições e aposentadorias são bastante próximos até 2012. Após esse ano os valores das aposentadorias, começam a crescer em um nível muito maior do que o das contribuições. Em 2020 a diferença entre o valor a ser pago e o valor a ser arrecadado chegará à, aproximadamente, 15,4 bilhões, sendo sempre crescentes com tendência de estabilizar próximo do ano de 2050, onde a diferença entre o arrecadado e o pago chegará a 56,3 bilhões. Os valores presentes das contribuições e aposentadorias em cada período, avaliadas em 2005, na hipótese de que a taxa de desconto é 4%, equivalentes (λ+δ), estão ilustrados no gráfico 9. Assim sendo, a diferença entre o valor atual das aposentadorias e o valor atual das contribuições, em cada período, nos dá o déficit a ser esperado, em termos de valor atual, dado o envelhecimento populacional e caso se observe as hipóteses adotadas nesse trabalho. A diferença entre tais valores deverá aumentar após 2010, praticamente estabilizando próxima de 2022. Após 2022 a diferença entre esses valores ficará próxima de 10 bilhões, sem grandes oscilações. Gráfico 2 Valor Atual das Contribuições e Aposentadorias Totais em 2005 0 5000000 10000000 15000000 20000000 25000000 30000000 35000000 40000000 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060 Anos Va lo r P re se nt e Valores Presentes das Contribuições Valores Presentes das Aposentadorias Fonte: AEPS 2005, PNAD 2005 e População Projetada anos 2000-2050 IBGE. Elaborado pelo autor os valores do Gráfico 1 descontados à taxa de 4% ao ano. A taxa de longo prazo que ao ser aplicada aos fundos virtuais a partir de 2005, que traria o sistema ao equilíbrio, será dada pela razão entre a soma dos valores atuais das contribuições e dos benefícios, de todos os períodos, menos 1, conforme estabelece a equação 2. Isto feito, a taxa encontrada, foi de 40%. Dessa forma, ao realizar um desconto de 40% sobre os benefícios, o atual sistema de previdência brasileiro ficará em equilíbrio pelos 12 próximos 45 anos, dado as mudanças na população. O Gráfico 3 ilustra uma situação hipotética resultante da redução em 40% nos valores das aposentadorias futuras. Gráfico 3 Valor Corrente das Contribuições e Aposentadorias Totais Após a Aplicação da Taxa de Equilíbrio de um NDC Projetado 0 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 60.000.000 70.000.000 80.000.000 20 05 20 08 20 11 20 14 20 17 20 20 20 23 20 26 20 29 20 32 20 35 20 38 20 41 20 44 20 47 20 50 V al or es A rr ec ad ad os c om C on tri bu in te s Contribuiçoes Aposentadorias Fonte: AEPS 2005, PNAD 2005 e População Projetada anos 2000-2050 IBGE. Elaborado pelo autor os valores do Gráfico 1 descontados apenas o valor das aposentadorias à 40%. Pode-se verificar que após a aplicação da taxa de equilíbrio o valor das contribuições excede o valor pago com as aposentadorias até o ano de 2022. Trazendo tais valores correntes a valores atuais de 2005, usando a taxa de desconto de 4%, atingimos a situação apresentada no Gráfico 4. 13 Gráfico 4 Valor Atual das Contribuições e Aposentadorias Totais Após Aplicação da Taxa de Equilíbrio de um NDC Projetado 0 5000000 10000000 15000000 20000000 25000000 30000000 35000000 40000000 2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060 Anos V al or P re se nt e Valores Presentes das Contribuições Valores Presentes das Aposentadorias Fonte: AEPS 2005, PNAD 2005 e População Projetada anos 2000-2050 IBGE. Elaborado pelo autor os valores do Gráfico 7 descontados apenas o valor das aposentadorias à 40%. Novamente pode-se perceber que os valores atuais das contribuições serão superiores ao das aposentadorias por 17 anos (até 2022), e, durante os 28 anos restantes, os valores atuais das aposentadorias serão superiores ás contribuições, mas as diferenças entre esses valores serão menores. Assim, ao somarmos os valores das diferenças positivas e negativas entre os valores atuais, ela será zero. No entanto, não podemos esquecer que o equilíbrio descrito acima se refere a valore atuais. Assim, esta implícito que as diferenças positivas entre contribuições e benefícios, verificadas até 2022, serão acumuladas em um fundo, com rendimento real de 4% ao ano, e, que esses recursos serão utilizados gradativamente para cobrir as diferença negativas a partir de 2022. 6 Conclusão O presente trabalho visou calcular a taxa interna de retorno de um sistema nocional como medida de equilíbrio necessária para manter a solvência do atual sistema de previdência social brasileiro. Nesses sistemas as contribuições correntes continuam financiando as aposentadorias correntes, como em um sistema PAYG. Entretanto, as contribuições de cada um dos segurados são registradas em contas individuais fictícias, que, por sua vez, são capitalizadas virtualmente por uma taxa de juros que é função das componentes demográficas e econômicas. Essa taxa é conhecida como taxa interna de retorno. 14 A taxa interna de retorno de um sistema NDC visa corrigir os valores das contas individuais dos segurados, de modo que os valores presentes de todas as contribuições a serem realizadas sejam iguais aos valores presentes dos benefícios a serem pagos, e assim o equilíbrio financeiro do sistema é mantido. O cálculo de tal taxa foi realizado supondo que as variáveis econômicas permanecerão constantes no período 2005-2050 e que apenas as variações na estrutura etária da população poderão alterar o equilíbrio do sistema. Além disso, objetivando simplificar o modelo de projeção, foi considerado unicamente a população urbana e dentro desta, apenas os contribuintes empregados, individuais e os aposentados por tempo de contribuição do Regime Geral de Previdência Social. Dado o atual cenário de envelhecimento populacional e mantendo tudo o mais constante, a taxa estimada no presente trabalho, que ao ser aplicada aos benefícios a serem ativos a partir de 2005 traria a sistema de repartição simples ao equilíbrio foi de 0,40. No modelo aqui aplicado esta implícito que as diferenças positivas entre contribuições e benefícios, verificadas até 2022, serão acumuladas em um fundo, com rendimento real de 4% ao ano, e, que esses recursos serão utilizados gradativamente para cobrir as diferença negativas a partir de 2022. 15 Referências Bibliográficas Ministério da Previdência Social, Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS. Anuário Estatístico da Previdência Social. Brasília, V.14, P.1-834, dezembro 2005. Disponível em: www.previdenciasocial.gov.br/docs/pdf/suphist2005.pdf . Acesso 25 out. 2007. SETTERGREN, Ole (2001). Automatic Balance Mechanism of the SwedishPension System. The National Social Insurance Board. Wirtschaftspolitische Blätter, Agosto 2001. KINSELLA, Kevin e PHILLIPS, David. Global Aging: The Challenge of Success. Population Bulletin. V. 60, No. 1, março 2005. Disponível em: www.prb.org. Acessado em 13 set. 2007. FOX, Louise e PALMER, Edward. New Approaches To Multi-Pillar Pension Systems: What In The World Is Going On?. Social Protection. The World Bank, setembro 1999; ALBERTO, Magno e ALEXANDRINO, Ricardo. O Envelhecimento da População Brasileira: Um Enfoque Demográfico. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, V. 19, P. 725-733, Maio 2003. W ong, L,L R . O Rápido Processo de Envelhecimento Populacional do Brasil: Sérios Desafios para as Políticas Públicas. Revista Brasileira de Estudos de População, Vol.23. n.1. jan/jun. 2006. HOLZMANN, Robert e PAWMER, Eduard. 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National Bureau of Economic Research, Cambrige USA Março 2004. 16 Anexos Tabela A 1 Tabua de vida Masculina - IBGE 2000 Idade Q(X) D(X) l(X) L(X) S(X) T(X) E(X) 0 0,0340 3400 100000 97077 0,97077 6956278 69,5628 1 0,0075 723 96600 384631 0,96342 6859201 71,0062 5 0,0024 225 95877 478824 0,99401 6474570 67,5300 10 0,0027 258 95652 477616 0,99748 5995746 62,6829 15 0,0099 944 95394 474610 0,99371 5518130 57,8457 20 0,0160 1508 94450 468478 0,98708 5043520 53,3988 25 0,0179 1667 92941 460539 0,98305 4575042 49,2252 30 0,0204 1861 91274 451718 0,98085 4114503 45,0786 35 0,0242 2164 89413 441655 0,97772 3662785 40,9648 40 0,0312 2718 87249 429449 0,97236 3221130 36,9188 45 0,0415 3510 84531 413879 0,96374 2791681 33,0255 50 0,0546 4425 81021 394042 0,95207 2377802 29,3480 55 0,0765 5860 76596 368329 0,93475 1983760 25,8990 60 0,1041 7363 70736 335272 0,91025 1615431 22,8375 65 0,1436 9100 63373 294116 0,87725 1280159 20,2004 70 0,2035 11045 54273 243755 0,82877 986043 18,1682 75 0,2787 12047 43229 186026 0,76317 742288 17,1711 80 0,2495 7781 31182 271050 0,59301 556262 17,8392 85 0,4382 10255 23401 169442 0,62513 285212 12,1879 90 0,8326 10946 13146 101192 0,59721 115770 8,8063 95+ 1,0000 2201 2201 14578 0,14406 14578 6,6246 Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1043&id_pagina=1 Tabela A 2 Tabua de Vida Feminina - IBGE 2000 Idade Q(X) D(X) l(X) L(X) S(X) T(X) E(X) 0 0,0260 2600 100000 97733 0,97733 8242192 82,4219 1 0,0060 586 97400 388126 0,97172 8144459 83,6187 5 0,0018 169 96814 483648 0,99545 7756333 80,1158 10 0,0018 174 96645 482790 0,99823 7272685 75,2515 15 0,0031 299 96471 481609 0,99755 6789895 70,3828 20 0,0041 394 96173 479879 0,99641 6308286 65,5931 25 0,0054 516 95779 477606 0,99526 5828407 60,8527 30 0,0073 698 95263 474572 0,99365 5350801 56,1687 17 35 0,0102 960 94566 470429 0,99127 4876229 51,5643 40 0,0152 1421 93606 464477 0,98735 4405800 47,0675 45 0,0222 2042 92185 455818 0,98136 3941323 42,7545 50 0,0318 2865 90143 443550 0,97308 3485505 38,6664 55 0,0461 4025 87277 426325 0,96117 3041955 34,8540 60 0,0680 5658 83253 402119 0,94322 2615630 31,4178 65 0,0985 7643 77595 368867 0,91731 2213511 28,5265 70 0,1470 10279 69952 324062 0,87853 1844644 26,3701 75 0,2175 12977 59673 265921 0,82059 1520582 25,4819 80 0,0339 1581 46696 441944 0,62433 1254661 26,8687 85 0,1873 8451 45115 304954 0,69003 812717 18,0144 90 0,2474 9071 36664 270280 0,59333 507762 13,8492 95+ 1,0000 27593 27593 237482 0,38436 237482 8,6066 Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1043&id _pagina=1 Tabela A 3 Taxas Específicas de Ocupação Formalização e Contribuição dos Informais para a Previdência Taxa de Ocupação Taxa de Formalização Tx Contribuição Informais Masc Fem Masc Fem Masc Fem 15 a 19 0,766240 0,661425 0,3029 0,3134 0,0183 0,0257 20 a 24 0,861470 0,746381 0,5684 0,5375 0,0541 0,0769 25 a 29 0,909456 0,813266 0,6546 0,5819 0,0759 0,1068 30 a 34 0,931866 0,834274 0,6770 0,5754 0,1060 0,1147 35 a 39 0,933758 0,862856 0,6892 0,5524 0,1026 0,1096 40 a 44 0,938146 0,871787 0,6712 0,5540 0,1075 0,1124 45 a 49 0,927512 0,871786 0,6776 0,5358 0,1298 0,1178 50 a 54 0,923499 0,861234 0,6198 0,5094 0,1284 0,1530 55 a 59 0,919423 0,836471 0,5443 0,4530 0,1160 0,1212 60 a 64 0,897133 0,780139 0,4874 0,3553 0,0881 0,1122 65 a 69 0,859694 0,708010 0,3461 0,2400 0,0739 0,0902 Fonte: PNAD 2005; Elaborado pelo autor: Taxas de ocupação – Divisão dos ocupados na semana de referencia pela PEA; Taxa de Formalização – divisão dos formalizados pelos ocupados; Taxa de Contribuição dos Informais – Quem não estava formalizado mas contribuiu para o Regime de Previdência Federal dividida pela população informal. 18 Tabela A 4 Taxa Específicas de Entradas em Aposentadoria por Tempo de Contribuição, por Sexo, ano de 2005 Fonte: AEPS 2005 Gráfico A 1 Valor Anual Médio das Contribuições Previdenciárias por Grupo Etário e Sexo, Brasil 2005 0,00 2000,00 4000,00 6000,00 8000,00 10000,00 12000,00 14000,00 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 65 65 + Faixas Etárias Va lo re s M ed io s de C on tr ib ui çã o Masculino Feminino Fonte: AEPS 2005 Idade Homens Mulheres 30 a 34 0,00000 0,00000 35 a 39 0,00012 0,00004 40 a 44 0,00113 0,00069 45 a 49 0,00476 0,01288 50 a 54 0,02314 0,01853 55 a 59 0,03250 0,01731 60 a 64 0,02778 0,00289 65 a 69 0,00405 0,00139 70 a 74 0,00097 0,00047 19 Gráfico A 2 Valores Médios das Aposentadorias por Tempo de Contribuição por Grupo Etário e Sexo Valores dos Salarios Médios Anuais das Aposentadorias por Tempo de Contribuição 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 a 84 85 a 89 90 + Faixas de Idade Sa la rio M éd io Homens Mulheres Fonte: AEPS 2005
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