A ampliação das lutas pelos direitos das crianças e dos adolescentes fez da década de 1980 um marco na implementação de políticas para a infância brasileira devido a diversos fatores. Nesse período, houve um maior reconhecimento da importância da infância como uma fase crucial para o desenvolvimento humano, o que levou a uma maior conscientização sobre a necessidade de garantir direitos e proteção às crianças. Além disso, a mobilização social e política em torno das questões relacionadas à infância ganhou força, com a participação de diversos atores, como movimentos sociais, organizações não governamentais e profissionais da área da educação e assistência social. Essa mobilização contribuiu para a criação de leis e políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes. A promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990 foi um marco importante nesse processo, pois estabeleceu direitos fundamentais para essa população, como o direito à vida, à saúde, à educação, à convivência familiar e comunitária, entre outros. O ECA também trouxe a responsabilização dos diferentes setores da sociedade na garantia desses direitos, como a família, o Estado e a sociedade em geral. Portanto, a década de 1980 foi marcada pela ampliação das lutas pelos direitos das crianças e dos adolescentes, o que resultou na implementação de políticas e na criação de instrumentos legais que visam garantir uma infância mais protegida e com acesso a oportunidades de desenvolvimento.
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