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FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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AS PRIMEIRAS INICIATIVAS 
 O estabelecimento de escolas destinadas ao preparo especifico dos professores ligado diretamente com o 
advento do mundo moderno > ideias liberais de secularização e extensão do ensino primário a todas as 
camadas da população. 
 Movimentos de Reforma e Contra-Reforma > contemplando a formação de professores 
 Revolução Francesa > ideia de uma escola normal a cargo do Estado destinada a formar professores leigos. 
Essa ideia encontrou condições favoráveis no sec XIX (consolidação dos Estados Nacionais e implantação dos 
sistemas públicos de ensino) – Multiplicação das escolas normais 
 Antes da formação, já existia a preocupação na seleção dos docentes: feita através de exames de admissão. 
 Lei 15/10/1827 – manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos 
do império + exames de seleção para mestres e mestras > Parlamentares da Câmara pedem isenção dos 
exames para as mulheres. 
 Em 1820 – método mutuo: preocupação com o ensino das primeiras letras e o preparo dos docentes sendo 
instruídos no domínio do método > primeira forma de preparação dos professores exclusivamente prática, 
sem preocupação com a teoria. 
 Após a reforma constitucional de 12/08/1834 por iniciativa das Províncias seriam estabelecidas as primeiras 
escolas normais. 
 Governo Central ocupando-se apenas do ensino de todos os graus na capital do Império e do superior em 
todo país. Provincias sendo responsáveis pela instrução primária e secundária. 
 Escolas Normais sempre fizeram parte dos programas provinciais; modelo europeu (francês), a criação das 
escolas normais coincidem com a hegemonia do grupo conservador (ações desenvolvidas para consolidar 
sua supremacia e impor seu projeto político) > potencial organizativo e civilizatório. 
 O método mutuo da Lei de 1827 reduziu o preparo didático e profissional do mestre à compreensão do 
referido método. 
 Em todas as províncias as escolas normais tiveram uma trajetória incerta e atribulada, um processo continuo 
de criação e extinção. 
 Características comuns das primeiras escolas normais instaladas: currículo de didática extremamente 
simples; um ou dois professores para todas as disciplinas; curso de dois anos (se ampliou ligeiramente até o 
final do Império); currículo rudimentar: não ultrapassava os conteúdos primários, rudimentar formação 
pedagógica (limitada a uma disciplina: Pedagogia ou Métodos de Ensino), de caráter prescritivo. 
 Infraestrutura disponível: prédio, instalações e equipamentos foram objetos de criticas. A frequência 
reduzida embora as províncias proporcionassem cadeiras do ensino primário para egressos das escolas 
normais independentemente de concurso. 
 Falta de interesse da população pela profissão docente. 
 Ausência da compreensão acerca da necessidade de formação específica dos docentes de primeiras letras. 
 Sociedade agraria escravocrata: não apresentava condições de exigir maior desenvolvimento da educação 
escolar. 
 Exames ou concursos: antes das escolas normais e mesmo durante seu funcionamento as províncias usaram 
os exames e concursos para recrutamento de docentes por ser economicamente mais interessante. 
Concursos sem publicidade, o candidato não tinha competidor. 
 Professores Adjuntos: Sistema de inspiração austríaca e holandesa consistia em empregar aprendizes como 
auxiliares de professores em exercício preparando-os para a profissão docente. Estritamente prática, sem 
qualquer base teórica. 
 Primeiros 50 anos do Império: escolas normais pautadas em modelos medíocres, não passaram de 
rudimentares e mal sucedidos. 
 1868/70 – transformações de ordem ideológica, politica e cultural: “um país é o que a sua educação o faz 
ser”. 
 Ensino como algo indispensável ao desenvolvimento social e econômico da nação. Com base nessas ideias 
de 4 escolas normais em 1867 passam para 22 escolas normais 1883. 
 Paralelamente a valorização das escolas normais, ocorre também enriquecimento de seu currículo, 
ampliação dos requisitos para ingresso e sua abertura ao elemento feminino. 
 Primeiras escolas normais exclusivamente masculinas: exclusão das mulheres ou prevendo-se a futura 
criação de escolas normais femininas. 
 Mecanismo de exclusão já na escola primária: currículos diferentes > meninas voltadas para trabalhos 
domésticos. 
 Final do Império já se delineava o papel das mulheres no ensino brasileiro: ideia de que a educação da 
infância deveria ser atribuída a mulher como prolongamento do papel de mãe e da atividade educadora que 
exercia em casa. 
 Magistério feminino: conciliava a função doméstica da mulher e era a solução para a falta de mão de obra 
para a escola primária. (destinação de órfãs institucionalizadas para o magistério: casamento ou serviço 
doméstico). 
 Feminização do magistério = desprestigio social da profissão e baixos salários. 
 Decreto 7.247 de 19/04/1079: maior complexidade curricular> língua nacional; língua francesa; aritmética; 
álgebra e geometria; metrologia e escrituração mercantil; geografia e cosmografia; história universal; 
história e geografia do Brasil; elementos de ciências físicas e naturais e de fisiologia e higiene; filosofia; 
princípios de direito natural e de direito público, com explicação da Constituição Politica do Império; 
princípios de economia política; noções de economia doméstica (para as alunas); pedagogia e prática de 
ensino primário geral; prática de ensino intuitivo ou lição de coisas; princípios de lavoura e horticultura; 
caligrafia e desenho linear; música vocal; ginástica; prática manual de ofícios (para os alunos); trabalhos de 
agulhas (para as alunas); instrução religiosa (não obrigatória para os acatólicos). 
 Reforma Curricular Leôncio de Carvalho: acolheu a frequência e os exames livres, a duração do curso normal 
não foi fixada em anos, mas em séries de matérias nas quais os alunos se submeteriam a exames. 
 Final do Império: a maioria das províncias não tinha mais de uma escola normal pública, quando duas, uma 
era para o sexo feminino. 
 Escolas Normais não alcançavam o nível do curso secundário: inferiores no conteúdo e na duração dos 
estudos. 
 Reduzida formação profissional das escolas normais nesse período se deu também pela escassez de 
bibliografia pedagógica brasileira. 
EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO 
 Novo regime deu continuidade as ideias que se iniciaram nas ultimas décadas do Império.. 
 Quadro social, político e econômico da Primeira República pouco favoreceu a difusão do ensino > interesses 
políticos e econômicos dos grupos dominantes das regiões produtoras de café – deslocamento do eixo 
econômico da região nordeste para sudeste. 
 Constituição Republicana de 24/02/1891: nenhuma modificação para o ensino normal, conservando a 
descentralização. Instrução primária e profissional a cargo dos estados e municípios. 
 Ausência do governo central e desequilíbrio financeiro: movimento de chamada de participação do governo 
central já desde a primeira década do presente século > incluía especificamente as escolas normais. 
 Primeira República: fértil em projetos de lei. 
 Primeira Guerra – movimento nacionalista: criação de escolas normais a expensas do Governo Federal. 
 Atividade normativa ou financiadora do Governo Federal no âmbito do ensino normal e primário não se 
concretizou na Primeira República. 
 Alguns avanços no que diz respeito ao desenvolvimento qualitativo e quantitativo das escolas de formação 
de professores: liderança dos estados mais progressistas > São Paulo. 
 Atuação dos reformadores paulistas: consolidada uma nova estrutura que permaneceu praticamente intacta 
em suas linhas essenciais nos primeiros 30 anos da República. 
 Introduzidas as ideiasde Pestalozzi: método intuitivo de ensino e contratadas professores-diretoras de 
formação norte-americana. 
 Lei n. 169, de 07/08/1873 – a criação de um ensino primário de longa duração (8 anos), dividido em dois 
cursos (elementar e complementar); criação dos “grupos escolares”; criação de um curso superior, anexo a 
Escola Normal destinado a formar professores para as escolas normais e os ginásios. Escola Normal > 
alterações significativas: amplitude do currículo, prolongamento do curso para quatro anos, exame de 
ingresso. 
 Não se instalou a Escola Normal superior, ela permaneceu na legislação até 1920. Cursos complementares 
não se instalaram com o objetivo de integralizar o primário, mas com o objetivo de preparar os professores 
para as escolas preliminares mediante acréscimo de um ano de prática de ensino nas escolas modelo. 
 Dualidade das escolas de formação de professores. 
 Estados brasileiros começam a instalar cursos complementares em continuação ao primário destinados a 
funcionar como curso geral básico de preparação para a escola normal, justapondo-se paralelamente ao 
secundário. 
 Imediatamente após a escola primária: o curso complementar, espécie de primário superior, propedêutico à 
escola normal de duração, conteúdo e regime de ensino interiores ao secundário, e este último de caráter 
elitizante, objetivo de procura dos que se destinavam ao ensino superior. 
 Curso complementar: ligação entre a escola primária e a normal > maiores requisitos para ingresso 
 Fase pós Primeira Guerra: se prolonga por toda década de 1920 é de preocupação e entusiasmo pela 
problemática educacional (nacional e internacional). Divulgação dos princípios escolanovistas. 
 Nova orientação do ensino requeria conhecimentos sobre o desenvolvimento a e natureza da criança, os 
métodos e técnicas de ensino a ela adaptados e os amplos fins do processo educativo. 
 Consolidação de dois cursos distintos: criação ou ampliação dos estudos complementares e em alguns 
estados a divisão do curso normal em dois ciclos: um geral e o outro profissional. 
 Reforma de 1923 por Lysimaco Ferreira da Costa: plano de estudo da Escola Normal em dois cursos > 
fundamental ou geral com três anos e o profissional ou especial com três semestres. Preocupação dessa 
reforma na formação técnico-profissional. 
 Introdução de novas disciplinas de formação de profissional: história da educação, a sociologia, a biologia e 
higiene, desenho e os trabalhos manuais. 
 Diferenciação nas modalidades de escola: a) Escolas Normais de Segundo Grau - curso de adaptação, 
complementar ao primário (dois anos), curso preparatório de cultura geral (três anos) e curso de aplicação 
essencialmente profissional (dois anos); b) Escolas Normais de Primeiro Grau – curso de adaptação (dois 
anos) e curso Normal com três anos de duração; c) Cursos Normais Rurais – duração de dois anos, 
funcionando junto aos grupos escolares e oferecendo apenas um aprofundamento das matérias ensinadas 
no primário 
 Introdução de escolas normais de iniciativa privada 
 Final dos anos 1920 – inspiradas no escolanovismo, pedagogia embasada fundamentalmente na psicologia 
experimental, preocupada com a medição da inteligência e das aptidões. 
 Palavras- chave da época: Escola nova, ensino ativo, método analítico, testes e medidas. 
 Delimitações de problemas educacionais: abordagem estritamente técnica > tecnicismo – desconsiderando 
seu contexto histórico-social. 
A DEFINIÇÃO DO MODELO 
 Final da República: curso hibrido > currículo profissional e ensino de humanidades e ciências. 
 1930 – transformar a escola normal numa instituição estritamente profissional, excluindo de seu currículo o 
conteúdo propedêutico e exigindo como condição para o ingresso o secundário fundamental. 
 Formava-se uma nova consciência educacional relativa ao papel do Estado na educação. 
 Escola Nova x Tradicional 
 Reforma de Anisio Teixeira no Distrito Federal, pelo Decreto 3.810, de 19/03/1932: escolas de cultura geral e 
de cultura profissional. Antigo ciclo da escola normal é ampliado e equiparado ao ensino secundário federal, 
enquanto o curso profissional, totalmente reformulado, veio a constituir a Escola de Professores. 
 Reforma de Fernando de Azevedo em São Paulo, pelo Decreto 5.884, de 21/04/1933 > semelhantes 
reformas entre SP e DF: incorporação do Instituto de Educação de São Paulo à Universidade de São Paulo e 
currículo de formação de professores primários. 
 Conteúdos x Métodos e processos de ensino: valorização das chamadas “Ciências da Educação” – 
especialmente as contribuições da Psicologia e da Biologia. 
 Adequação dos currículos as características do meio social, importância dos processos intuitivos, método 
analítico para o ensino da leitura. 
 Aparição de cursos regulares de aperfeiçoamento do magistério e formação de administradores escolares 
aparecem nos primeiros anos da década de 1930. 
 Surge o curso de Pedagogia em 1939 incialmente criado na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade 
do Brasil com dupla função: formar bacharéis para atuar como técnicos de educação e licenciados 
destinados a docência nos cursos normais. Licenciatura no esquema 3+1 
 Movimento ruralista: décadas de 1930 e 1940 
 Primeira regulamentação do governo central em decorrência da orientação centralizadora da administração 
do estadonovista > fixar bases e determinar os quadros da educação nacional, traçando as diretrizes a que 
deve obedecer a formação física, intelectual e moral da infância e da juventude. 
 I Conferencia Nacional de Educação de 1941: evidenciou preocupações relativas a ausência de normas 
centrais que garantissem uma base comum aos sistemas estaduais de formação de professores. 
 Lei Orgânica: Normal divido em dois ciclos > curso de formação de “regentes” do ensino primário em quatro 
anos, funcionaria em Escolas Normais Regionais; curso de segundo ciclo em dois anos, funcionaria nas 
Escolas Normais e Institutos de Educação. 
 Curriculo de 1º e 2º ciclo – velhas falhas: primeiro ciclo contemplava disciplinas de cultura geral, duas 
disciplinas de formação de professores na série final; segundo ciclo contemplava todos os “fundamentos da 
educação” 
 Equivalência completa de todas as modalidades de cursos de nível médio, inclusive o normal só viria com a 
LDB. 
 Censo Escolar de 1964 – 56% tinham realizado o curso de formação profissional. Dos 44% dos professores 
leigos, 71,6% tinham apenas o curso primário, 13,7% ginasial e 14,6% curso colegial. 
 Anos 50 – euforia desenvolvimentista: tentativas de modernização do ensino 
 LDB de 61 – não trouxe inovações para o ensino normal, só a equivalência legal de todas as modalidades de 
ensino médio. 
 Pós 64 – utilização de novas tecnologias de ensino. Tornar a escola eficiente e produtiva, voltada para a 
preparação para o trabalho. 
DESCARACTERIZAÇÃO DO MODELO 
 Reformas do regime militar: reordenação do ensino superior, modificação do currículo do curso de 
Pedagogia: formação de especialistas e formação do professor primário em nível superior além do normal. 
 LDB 71 – contemplou a escola normal e, no bojo da profissionalização obrigatória adotada para o segundo 
grau, transformou-a numa das habilitações desse nível de ensino abolindo de vez a profissionalização antes 
ministrada na escola de nível ginasial > Habilitação Específica para o Magistério.

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