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Direio Constitucional Aula 1 07 Material de Apoio Magistratura

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Magistratura e Ministério Público 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Constitucional 
 Professor: Pedro Lenza 
Aula: 07 | Data: 01/04/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
FEDERAÇÃO 
1. Vedações constitucionais 
2. Competência Federativa 
 
FEDERAÇÃO 
 
1. Vedações constitucionais 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
a) Artigo 19, I, CF: nosso Estado é leigo, laico ou convencional. O Estado não pode estar ligado à religião, não 
pode dar incentivo a qualquer culto religioso; 
 
b) Artigo 19, II, CF: se um documento é emitido por um ente federativo, outro ente federativo não pode recusar 
fé ao documento; 
 
c) Artigo 19, III, CF: entes federativos não podem discriminar (exemplo: exigir regionalismo em concursos públicos 
violaria a CF, seria discriminação). Podem haver porém discriminações a fim de incentivos econômicos e 
tributários. 
 
2. Competência Federativa 
 
O ente federativo possui autonomia federativa (financeira, administrativa e política). A demonstração da 
autonomia está na competência federativa. 
 
1) União 
 
 Competência não legislativa (administrativa ou material): 
 
a) Competência Exclusiva da União: Artigo 21, CF. Exclusivo quer dizer que é indelegável (já privativo pode ser 
delegado). 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 21. Compete à União: 
 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de 
organizações internacionais; 
 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
 
III - assegurar a defesa nacional; 
 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção 
federal; 
 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
 
VII - emitir moeda; 
 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as 
operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, 
câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência 
privada; 
 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social; 
 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou 
permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que 
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão 
regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou 
permissão: 
 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento 
energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde 
se situam os potenciais hidroenergéticos; 
 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
 
 
 
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d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos 
brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de 
Estado ou Território; 
 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional 
de passageiros; 
 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do 
Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos 
Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 
2012) (Produção de efeito) 
 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência 
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, 
por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, 
geologia e cartografia de âmbito nacional; 
 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões 
públicas e de programas de rádio e televisão; 
 
XVII - conceder anistia; 
 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as 
calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; 
 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos 
e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (Regulamento) 
 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos; 
 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de 
viação; 
 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer 
natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o 
 
 
 
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enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio 
de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes 
princípios e condições: 
 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será 
admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso 
Nacional; 
 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas 
e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 
2006) 
 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, 
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou 
inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
49, de 2006) 
 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da 
existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
49, de 2006) 
 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da 
atividade de garimpagem, em forma associativa. 
 
b) Competência Comum (cumulativa/paralela): artigo 23, CF – todos os entes têm o dever de assegurar esses 
direitos. 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: 
 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições 
democráticas e conservar o patrimônio público; 
 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das 
pessoas portadoras de deficiência; 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais 
notáveis e os sítios arqueológicos; 
 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de 
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
 
 
 
 
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V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, 
à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015) 
 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de 
suas formas; 
 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento 
alimentar; 
 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das 
condições habitacionais e de saneamento básico; 
 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, 
promovendoa integração social dos setores desfavorecidos; 
 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de 
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus 
territórios; 
 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança 
do trânsito. 
 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a 
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do 
bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006). 
 
 Competência Legislativa 
 
a) privativa: artigo 22, CF. Não são matérias exclusivas da União, ela pode autorizar que outros entes possam 
legislar sobre a matéria. Por meio de lei complementar federal a União pode autorizar aos Estados e DF que 
legislem sobre questões específicas das matérias do artigo 22. 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
II - desapropriação; 
 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em 
tempo de guerra; 
 
 
 
 
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IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
 
V - serviço postal; 
 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e 
aeroespacial; 
 
XI - trânsito e transporte; 
 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
 
XIV - populações indígenas; 
 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de 
estrangeiros; 
 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o 
exercício de profissões; 
 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal 
e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como 
organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) 
 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia 
nacionais; 
 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança 
popular; 
 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, 
garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos 
de bombeiros militares; 
 
 
 
 
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XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e 
ferroviária federais; 
 
XXIII - seguridade social; 
 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
 
XXV - registros públicos; 
 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e 
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, 
defesa civil e mobilização nacional; 
 
XXIX - propaganda comercial. 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste 
artigo. 
 
b) concorrente: artigo 24, CF. 
 
União Estados e DF 
Estabelece normas gerais Estabelecem regras específicas 
 
Há um condomínio legislativo envolvendo a União, Estados e DF. 
 
O artigo 24 não fala em município, mas ele pode legislar sobre matérias do artigo 24? 
Município legisla na forma do artigo 30, I (assuntos de interesse local) e II (suplementar a legislação federal e a 
estadual no que couber, ou seja, tem que estar ligado à ideia de interessa local), CF. Houve decisão proferida em 
05.03.2015 (não há acórdão ainda), trata-se do REXT 586.224 que diz: “o município é competente para legislar 
sobre o meio ambiente (artigo 24, VI, CF), com a União e os Estados-membros, no limite do seu interesse local e 
desde que esse regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federativos”. Desta 
forma, o município pode legislar se houver lei federal ou estadual, de maneira suplementar e se tratar de matéria 
de interesse local, o município não pode legislar sozinho sobre matéria do artigo 24. 
 
Exemplo: caso de Paulínia em que uma lei municipal proibiu a queima de cana de açúcar, ocorre que o artigo 40 
da lei 12.651/2012 diz que é permitido o uso do fogo, desde que a eliminação seja planejada e gradual. A lei 
municipal não pode legislar sozinha sobre matérias do artigo 24, depende de lei federal e estadual e a lei 
municipal contrariou a lei 12.651/12 – Informativo 776 do STF. Ainda não há acórdão. 
 
 
 
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico; 
 
II - orçamento; 
 
III - juntas comerciais; 
 
IV - custas dos serviços forenses; 
 
V - produção e consumo; 
 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do 
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle 
da poluição; 
 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico; 
 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a 
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico; 
 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, 
pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015) 
 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas 
causas; 
 
XI - procedimentos em matéria processual; 
 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de 
deficiência; 
 
XV - proteção à infância e à juventude; 
 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
 
 
 
 
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§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas 
peculiaridades. 
 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
 
2) Estado-membro 
 
É um ente federativo com autonomia federativa financeira (orçamento próprio), administrativa e política. 
 
- O estado-membro tem autonomia de auto-organização (artigo 25, CF e artigo 11, ADCT), a CE (poder 
constituinte derivado) está abaixo da CF e deve observar os princípios da CF; 
 
- O Estado tem capacidade de autoadministração e autolegislação; 
 
- O Estado tem um autogoverno: possui um executivo próprio (governador), legislativo próprio (Assembleia 
Legislativa) e um judiciário próprio. 
 
Criação dos Estados-membros: artigo 18, §3º, CF. 
 
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
 
a) incorporar: é a chamadafusão – a fusão se verifica quando dois ou mais Estados desaparecem porque 
incorporam-se entre si, surgindo um novo Estado que não existia. No plebiscito será ouvida toda população 
envolvida, ou seja, de todos os Estados envolvidos. 
 
b) subdividir-se: é o modelo de cisão. Subdividir-se é quando um Estado vai desaparecer e vai dar lugar a dois ou 
mais Estados que não existiam. 
 
c) desmembrar: é o chamado desmembramento. Pode ocorrer o desdobramento formação ou desdobramento 
anexação. 
 
- desmembramento formação: uma parte do Estado se desmembra para formar um novo Estado que não existia. 
O Estado que vai desmembrar-se continua existindo e vai formar outro Estado que não existia (exemplo: Estado 
de Goiás e Tocantins). 
 
 
 
 
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- desmembramento anexação: existe dois Estados, uma parte de um Estado se desmembra para se anexar a um 
Estado que já existia, ambos Estados continuam existindo. 
Exemplo: no Pará o plebiscito não autorizou o desmembramento anexação. Se o plebiscito tivesse sido favorável 
o Congresso Nacional é obrigado a aprovar o projeto de lei? Se aprovado o presidente é obrigado a sancionar o 
projeto? 
O parlamento e o executivo têm liberdade política para respeitar ou não a vontade do povo, isso quer dizer que o 
Parlamento pode não aprovar o projeto de lei – STF. 
 
 Competência dos Estados-membros 
 
I) Competência não Legislativa comum: artigo 23, CF; 
II) Competência não legislativa residual/remanescente/reservada: artigo 25, §1º, CF. 
 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e 
leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
 
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes 
sejam vedadas por esta Constituição. 
 
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante 
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, 
vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 
 
§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. 
 
 Competência Legislativa Expressa: artigo 25, “caput”, CF – competência para elaborar sua CE. 
 
 Competência Legislativa Residual: artigo 25, §1º, CF. 
 
 Competência Delegada pela União: artigo 22, parágrafo único. 
 
 Competência Concorrente: matérias do artigo 24, são concorrentes entre União e Estados e DF. 
a) suplementar complementar: quando a União faz norma geral e o Estado faz norma específica para 
complementar a regra geral da União; 
 
b) suplementar supletiva: quando não existe norma geral da União, o Estado vai exercer a competência 
legislativa plena (artigo 24, §§ 1º a 4º), de modo a suprir algo que não existe (exemplo: lei da meia entrada; 
assentos de teatros para pessoas obesas). A superveniência de lei federal sobre norma geral suspende a eficácia 
da lei estadual geral no que for contrário. 
 
EC 85 de fevereiro de 2015 – introduz a palavra “inovação” para incentivar atividades científicas. O tema ciência, 
tecnologia e inovação são matérias do artigo 24, IX, CF, ou seja, são matérias de competência concorrente. 
 
 
 
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Artigo 219-B, §2º, CF (trazido pela EC85/2015) diz que: “Os Estados, o DF e os municípios legislarão 
concorrentemente sobre as matérias do artigo 24, IX, CF”. Pedro Lenza: como é matéria do artigo 24, deve ser 
lido com o artigo 30, I e II, ou seja, deve existir norma federal e estadual para que o município possa legislar. 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.

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