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PRODUÇÃO ANTECIPADAS DE PROVAS E ARGUIÇÃO DE FALSIDADE

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FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS
AEMS
Curso de Direito
3º B
Fábio Maick da Silva
Reginaldo de Souza Fernandes
PRODUÇÃO ANTECIPADAS DE PROVAS E ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
TRÊS LAGOAS
2016
Fábio Maick da Silva
Reginaldo de Souza Fernandes
PRODUÇÃO ANTECIPADAS DE PROVAS E ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Processual Civil do 3º ano/1º semestre do Curso de Direito das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.
Professor: Francisco Arrais
TRÊS LAGOAS
2016
I – PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS
Falando sobre as provas no CPC, mas precisamente iremos falar de produção antecipada de provas, primeira prova em espécie tratada pelo Novo Código, seguida da ata notarial, do depoimento pessoal, da confissão, da exibição de documento ou coisa, da prova documental, da prova testemunhal, da prova pericial e da inspeção judicial.
A produção antecipada de prova é tratada no capítulo específico das provas, sendo admitida em três hipóteses, isto é, casos nos quais: a) haja fundado receio de que venham a tornar-se impossível ou muito difícil as verificações de certos fatos na pendência da ação; b) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; e c) o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação (art. 381). Podemos observar que as hipóteses de cabimento são bastante genéricas.
Também já conhecemos a urgência na produção da prova diante de fundado receio de que venha a se tornar impossível ou muito difícil a sua produção. O atual Código barca a possibilidade de a prova antecipadamente produzida viabilizar a autocomposição, na esteira do estímulo às técnicas de solução consensual de conflitos (art. 3º, §3º), e também o prévio conhecimento dos fatos em que possa justificar ou evitar o ajuizamento da ação. A produção antecipada de provas perde, o seu caráter tradicionalmente cautelar, pensado apenas como solução para os casos em que haja receio de que aquela prova não possa vir a ser produzida num futuro próximo.
Quanto à competência para sua apreciação, o CPC deixa claro que é do juízo do foro onde a prova deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu (art. 381, §2º), ressaltando, ainda, que a produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta (§3º).
Outra novidade interessante é a possibilidade de a produção antecipada de provas assumir caráter não contencioso: “Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica, para simples documento e sem caráter de que possa haver contestação, que alegará, em petição circunstanciada, a sua intenção.” (art. 381, §5º).
Em outras palavras, é dizer que a produção antecipada de prova não precisa necessariamente estar ligada a uma demanda futura, podendo se prender unicamente à intenção de documentação de um fato ou de uma relação jurídica, que não possa haver contestação, o que rompe totalmente com a concepção tradicional e atual do instituto.
Diante de tantas modificações e nuances, será o Poder Judiciário quem delimitará a interpretação das hipóteses genéricas de cabimento e terá que coibir eventuais abusos advindos da produção antecipada de prova sem caráter contencioso, mesmo porque a documentação de fatos e relações jurídicas pode ser mais facilmente materializada por atas notariais e escrituras públicas, por exemplo.
II – ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
A arguição de falsidade não deverá ser feita por incidente, mas suscitada na contestação, na réplica, ou no prazo de 15(quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada de documento aos autos (artigo 430). Mas uma vez arguida a falsidade deverá ser arguida como questão incidental, salvo se a parte requerer que se decida como questão principal, nos termos do artigo 19, II.,  quando a matéria será tratada em ação declaratória, meramente declaratória, se o interesse da parte assim permitir. Será admissível a ação declaratória ainda que não haja violação do direito, quando terá natureza preventiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
JUNIOR, Fredie Didier. Provas - vol. 03 – Direito Processual Civil. Ed JupodiVM. São Paulo, 2016
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9526/Producao-antecipada-de-prova-no-Novo-Codigo-de-Processo-Civil>

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